Amanhã é 2010!
Como passou rápido. Entre acertos, desacertos, gafes e pérolas, a maioria de nós - jornalistas - saiu ilesa das “trombadas” diárias com alguns personagens, que desacostumados à democracia, tentam subverter a ordem da liberdade, enveredando pelo espinhoso caminho da censura. E lá se vai mais um ano...
A pérola do ano
Coube aos vereadores situacionistas baseados na CPI do Fantasma o maior “fora” que se tem notícia na política local. Mesmo a despeito das provas apresentadas, contradições dos depoentes e evidências claras de irregularidades, o relatório final da CPI foi um primor de incongruências, “não encontrando” nada que desabonasse nenhuma conduta de qualquer parte. Tanto da Prefeitura como dos “ectoplasmas” encontrados pelos corredores dos casarões mal-assombrados da municipalidade.
Pode reclamar...
...com o bispo. Esse velho ditado popular vale de fato para Limeira. Pois foi dele, bispo, e da Diocese local, a notícia do ano. A tentativa de censurar, via Justiça, a imprensa limeirense sobre o caso das transferências dos padres, por dom Vilson Dias de Oliveira e padre Reynaldo Ferreira de Mello, foi uma bomba. Não explodiu devido à sabedoria e imparcialidade do juiz Rilton José Domingues, que não só não acatou o pedido de liminar como extinguiu a ação, devido a sua inconsistência, pois não havia, nas reportagens e colunas, ataques, ofensas, calúnias, difamações ou injúrias. A censura é odiosa, sob qualquer aspecto.
Olhos vendados
Para quem deseja saber um pouco mais e ler uma análise real e inquestionável sobre toda essa polêmica religiosa, vou sugerir o artigo “Tirai a trave dos teus olhos”, do diretor desta Gazeta, Roberto Lucato, no seu Ponto Um do último dia 24 de dezembro. Para quem não teve acesso à edição impressa, pode acessar o site da Gazeta de Limeira - www.gazetadelimeira.com.br -, que está lá. Espera-se, agora, que o bispo também não censure os fiéis descontentes e proíba as manifestações contrárias às suas idéias. Como existe também, e muitas, favoráveis às suas decisões. É uma questão de saber conviver com os dois lados. Só!
O ponto positivo
A consolidação do Parque da Cidade, como área de lazer e caminhadas, merece mais que elogios. Tanto para a administração municipal, que bancou a iniciativa, como para a população que está sabendo usar o local. É uma pena que alguns vândalos não entendam assim e continuem a depredar aquele patrimônio, que é de todos. E uma sugestão: mais parques dessa natureza poderiam ser construídos em Limeira.
Feliz Ano Novo
Esta é minha última coluna de 2009. Ao longo deste ano gostaria de agradecer àqueles que entenderam meus elogios, minhas críticas e me apoiaram. E principalmente àqueles que, despreparados para o exercício da liberdade de imprensa, procuraram de uma forma ou de outra interferir no meu livre arbítrio, pois são esses que nos dão mais força ainda para continuarmos nessa árdua batalha por um jornalismo livre e responsável. Seus argumentos não se sustentam. E que venha 2010. E, com ele, quem sabe uma luz para que todos nós entendamos, definitivamente, que somos agentes multiplicadores da paz, da prosperidade e da igualdade. E não pregoeiros da desordem. Um ótimo 2010 para todos!
Eu recomendo
Um filme interessante. E que mostra até onde pode chegar a paciência de um cidadão. Estou falando de Um Dia de Fúria (Falling Down), de 1993. Dirigido por Joel Schumacher, esse drama misturado com policial e suspense tem 113 minutos e produção franco-americana. Retrata a história de um homem desempregado, que chega ao seu limite num dia durante um congestionamento e resolve combater a escória da sociedade ele mesmo e do detetive que estava para se aposentar e tem a missão de encontrá-lo e capturá-lo na imensa Los Angeles. No elenco traz Michael Douglas, Robert Duvall, Barbara Hershey e Tuesday Weld, entre outros.
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
2010? Então feliz 2011!
Na próxima terça-feira, quando voltarei a publicar um novo artigo neste espaço, estaremos no ano-novo. Ano emblemático. O último da primeira década do Século XXI e também de eleições - quase gerais - por aqui. Se virou ideia corrente que o ano no Brasil só começa depois do carnaval e como será eminentemente político, seu início de fato deve acontecer apenas depois do pleito que vai eleger deputados (estaduais e federais), senadores, governadores e presidente da República, em outubro. Após o segundo turno. Onde houver. Então será hora de preparação para os festejos de Natal e fim de ano. Pronto! Lá se foi 2010...
Pode até parecer conversa de louco, mas não é não! Basta lembrar que em abril começa a vigorar o calendário político oficial estipulado pela legislação eleitoral , aquele que deve ser cumprido pelos candidatos (os que terão seus nomes e fotos estampados na urna eletrônica). Março, portanto, e sob o signo da Quaresma cristã, passa a ser o único mês inteiro. Novembro e dezembro acabarão sendo diluídos entre os festejos dos eleitos e a figura comercial do Papai Noel.
Fácil de entender! O difícil é compreender tamanha discrepância entre a realidade e esse mundo criado pelos políticos, feito uma verdadeira Torre de Babel, porém corporativo na hora de repartir os dividendos, sejam eles da esquerda, da direita, do centro e de tantas outras direções, que contemplam as mais diferentes ideologias. E a nós, simples mortais, cidadãos e contribuintes, os verdadeiros patrões dessa turba de intocáveis e que bancamos suas conveniências, pouco ou quase nada nos é dado como retorno. Um lucro não repartido a não ser entre essa privilegiada confraria. Mesmo que entre socos e beijos; tapas e abraços.
Essa é uma reflexão importante em ano eleitoral, no qual tudo se converge para umbigos e vaidades. E uma constatação da perversa disparidade que existe entre o mundo real - aquele que trabalha para construir - e o imaginário improdutivo desses políticos. E se nesse período batemos sempre na mesma tecla, esmurramos sempre as mesmas facas pontiagudas e chamamos a atenção para temas recorrentes, é para trazer o eleitor à consciência, provocar nele um tsunami de princípios e despertá-lo para a difícil procura de uma “agulha no palheiro” entre o amontoado de candidatos e números que aparecerão seguidos por currículos quase sempre hilários, com promessas nunca compridas. Ou como Diógenes, que de lanterna em punho em plena luz do dia, vivia à procura de um homem honesto.
Mais uma vez assistiremos a um desfile de personalidades benevolentes, com “invejáveis” folhas de serviços prestados à coletividade e extremamente compromissadas com o povo. Até a apuração do último voto. Depois, tais quais ostras, vão se fechar em suas conchas para se fartarem no banquete da hipocrisia. O ano de 2010 já bate às portas. É preciso precaver-se na hora de confirmar o “sim” na urna eletrônica. Então, para não perder tempo com um ano que não teremos, um feliz 2011.
Antonio Claudio Bontorim
Pode até parecer conversa de louco, mas não é não! Basta lembrar que em abril começa a vigorar o calendário político oficial estipulado pela legislação eleitoral , aquele que deve ser cumprido pelos candidatos (os que terão seus nomes e fotos estampados na urna eletrônica). Março, portanto, e sob o signo da Quaresma cristã, passa a ser o único mês inteiro. Novembro e dezembro acabarão sendo diluídos entre os festejos dos eleitos e a figura comercial do Papai Noel.
Fácil de entender! O difícil é compreender tamanha discrepância entre a realidade e esse mundo criado pelos políticos, feito uma verdadeira Torre de Babel, porém corporativo na hora de repartir os dividendos, sejam eles da esquerda, da direita, do centro e de tantas outras direções, que contemplam as mais diferentes ideologias. E a nós, simples mortais, cidadãos e contribuintes, os verdadeiros patrões dessa turba de intocáveis e que bancamos suas conveniências, pouco ou quase nada nos é dado como retorno. Um lucro não repartido a não ser entre essa privilegiada confraria. Mesmo que entre socos e beijos; tapas e abraços.
Essa é uma reflexão importante em ano eleitoral, no qual tudo se converge para umbigos e vaidades. E uma constatação da perversa disparidade que existe entre o mundo real - aquele que trabalha para construir - e o imaginário improdutivo desses políticos. E se nesse período batemos sempre na mesma tecla, esmurramos sempre as mesmas facas pontiagudas e chamamos a atenção para temas recorrentes, é para trazer o eleitor à consciência, provocar nele um tsunami de princípios e despertá-lo para a difícil procura de uma “agulha no palheiro” entre o amontoado de candidatos e números que aparecerão seguidos por currículos quase sempre hilários, com promessas nunca compridas. Ou como Diógenes, que de lanterna em punho em plena luz do dia, vivia à procura de um homem honesto.
Mais uma vez assistiremos a um desfile de personalidades benevolentes, com “invejáveis” folhas de serviços prestados à coletividade e extremamente compromissadas com o povo. Até a apuração do último voto. Depois, tais quais ostras, vão se fechar em suas conchas para se fartarem no banquete da hipocrisia. O ano de 2010 já bate às portas. É preciso precaver-se na hora de confirmar o “sim” na urna eletrônica. Então, para não perder tempo com um ano que não teremos, um feliz 2011.
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Atuação forte
Assim como a alta cúpula empresarial esteve em peso na sessão da Câmara da última segunda-feira, que aprovou a doação de um terreno para construção da futura sede do Ciesp, deveria participar mais de outras sessões, em especial daquelas que têm projetos de interesse ou “desinteresse” da comunidade. Pela força e representatividade que tem a categoria, essa pressão seria importante para colocar os vereadores nos seus devidos lugares, obrigando-os a pensarem mais na hora de votar e não simplesmente aprovar tudo o que é empurrado goela abaixo. Poderia ter sido assim com a questão do IPTU para terrenos, com a prorrogação do contrato de concessão do serviço de água e esgoto, nas audiências públicas, como a do orçamento do município, por exemplo, e em apoio à redução do ISS,...
Forças vivas
No caso do ISS o Ciesp se limitou a enviar uma carta de apoio ao vereador Paulo Hadich (PSB) autor do projeto de redução do imposto. Já passou da hora do empresariado participar mais das decisões políticas e marcar presença na tomada dessas decisões, deixando de lado a visão corporativa para pensar de forma coletiva. Há muito tempo, infelizmente, Limeira perdeu essa capacidade de se organizar e pressionar na busca de seu próprio destino. É preciso reacender a chama do interesse comunitário e fazer valer o poder que está nas mãos de cada um. Por que o poder, de fato, está nas mãos do cidadão. Não do político.
Conta simples
Alguém já imaginou se a Câmara de Limeira ainda pagasse o famigerado “jetom” por sessão extraordinária? Os vereadores iriam nadar nos “jetons”. Em especial neste mês de dezembro. É uma “extra” atrás da outra...haja tanto trabalho! Ontem teve mais uma. Ufa!
Quase pronta!
A Prefeitura informou, através de nota à imprensa, que a obra na Ponte Preta está na sua reta final. Só não explicou, de fato, qual o comprimento dessa reta final. Enquanto que na Praça do Museu....
Tem de sobra
A administração Félix está arrasando com a segunda edição da revista Prefeitura nos Bairros, que está bancando o “IPTU Premiado” (alguém se lembra do IPTU da Sorte, de Pejon? Também teve revista, no mesmo estilo e formato...). Papel de primeira, apresentação gráfica e editorial de excelente qualidade. E, em cada página, sobre uma obra apresentada, o mesmo slogan “Dinheiro do IPTU sendo bem investido!”. De fato...
Um Feliz Natal
Amanhã é Natal. É preciso liberar o espírito dos pensamentos ruins e das adversidades da vida e desejar a todos o mais fraterno e Santo Natal. Que a data sirva de inspiração principalmente para aqueles que carecem de mais humildade no coração. Para que compreendam o significado das palavras. Para que entendam que a palavra é uma dádiva e não pode ser desperdiçada apenas em sons sem sentido ou desconexos. Um Feliz Natal para todos. De coração e alma limpa!
Eu recomendo
O filme recomendado desta semana é Rede de Intrigas (Network), de 1976. Com a direção de Sidney Lumet, esse drama americano, que tem roteiro de Paddy Chayefsky e duração é de 121 minutos, ganhou 4 Oscar. Veja a sinopse: apresentador de TV é demitido devido sua baixa audiência. Quando seu programa ainda estava no ar, ele anuncia a demissão e avisa que irá se matar durante o programa da semana que vem. Isso faz com que o público fique extremamente curioso a passe a elevar sua audiência às alturas, devidamente aproveitada pelos responsáveis do programa. Isso faz nascer um louco profeta, em uma das mais ácidas críticas ao modo de se fazer televisão no mundo. No elenco, entre outros, estavam Robert Duvall, William Holden, Faye Dunaway e Peter Finch.
Antonio Claudio Bontorim
Assim como a alta cúpula empresarial esteve em peso na sessão da Câmara da última segunda-feira, que aprovou a doação de um terreno para construção da futura sede do Ciesp, deveria participar mais de outras sessões, em especial daquelas que têm projetos de interesse ou “desinteresse” da comunidade. Pela força e representatividade que tem a categoria, essa pressão seria importante para colocar os vereadores nos seus devidos lugares, obrigando-os a pensarem mais na hora de votar e não simplesmente aprovar tudo o que é empurrado goela abaixo. Poderia ter sido assim com a questão do IPTU para terrenos, com a prorrogação do contrato de concessão do serviço de água e esgoto, nas audiências públicas, como a do orçamento do município, por exemplo, e em apoio à redução do ISS,...
Forças vivas
No caso do ISS o Ciesp se limitou a enviar uma carta de apoio ao vereador Paulo Hadich (PSB) autor do projeto de redução do imposto. Já passou da hora do empresariado participar mais das decisões políticas e marcar presença na tomada dessas decisões, deixando de lado a visão corporativa para pensar de forma coletiva. Há muito tempo, infelizmente, Limeira perdeu essa capacidade de se organizar e pressionar na busca de seu próprio destino. É preciso reacender a chama do interesse comunitário e fazer valer o poder que está nas mãos de cada um. Por que o poder, de fato, está nas mãos do cidadão. Não do político.
Conta simples
Alguém já imaginou se a Câmara de Limeira ainda pagasse o famigerado “jetom” por sessão extraordinária? Os vereadores iriam nadar nos “jetons”. Em especial neste mês de dezembro. É uma “extra” atrás da outra...haja tanto trabalho! Ontem teve mais uma. Ufa!
Quase pronta!
A Prefeitura informou, através de nota à imprensa, que a obra na Ponte Preta está na sua reta final. Só não explicou, de fato, qual o comprimento dessa reta final. Enquanto que na Praça do Museu....
Tem de sobra
A administração Félix está arrasando com a segunda edição da revista Prefeitura nos Bairros, que está bancando o “IPTU Premiado” (alguém se lembra do IPTU da Sorte, de Pejon? Também teve revista, no mesmo estilo e formato...). Papel de primeira, apresentação gráfica e editorial de excelente qualidade. E, em cada página, sobre uma obra apresentada, o mesmo slogan “Dinheiro do IPTU sendo bem investido!”. De fato...
Um Feliz Natal
Amanhã é Natal. É preciso liberar o espírito dos pensamentos ruins e das adversidades da vida e desejar a todos o mais fraterno e Santo Natal. Que a data sirva de inspiração principalmente para aqueles que carecem de mais humildade no coração. Para que compreendam o significado das palavras. Para que entendam que a palavra é uma dádiva e não pode ser desperdiçada apenas em sons sem sentido ou desconexos. Um Feliz Natal para todos. De coração e alma limpa!
Eu recomendo
O filme recomendado desta semana é Rede de Intrigas (Network), de 1976. Com a direção de Sidney Lumet, esse drama americano, que tem roteiro de Paddy Chayefsky e duração é de 121 minutos, ganhou 4 Oscar. Veja a sinopse: apresentador de TV é demitido devido sua baixa audiência. Quando seu programa ainda estava no ar, ele anuncia a demissão e avisa que irá se matar durante o programa da semana que vem. Isso faz com que o público fique extremamente curioso a passe a elevar sua audiência às alturas, devidamente aproveitada pelos responsáveis do programa. Isso faz nascer um louco profeta, em uma das mais ácidas críticas ao modo de se fazer televisão no mundo. No elenco, entre outros, estavam Robert Duvall, William Holden, Faye Dunaway e Peter Finch.
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Obstáculos não vencidos
Um passo para trás. Assim deve ser entendida a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP15), encerrada na sexta-feira passada, em Copenhague, na Dinamarca, na qual sobraram propostas e faltaram duas determinações fundamentais, justamente de quem deveria tomá-las: a vontade política e o interesse social dos dois maiores poluidores do Planeta. Estados Unidos e China. Conseguiram, é bem verdade, tudo o que queriam. Empurrar para 2010 (que já se avizinha) todas as ações possíveis e imagináveis para tentar conter as sucessivas catástrofes naturais - já consequência do efeito estufa - que devastam o globo terrestre.
Para entender a relutância das duas potências não é preciso resolver equações complicadas ou buscar explicações de difícil compreensão. Tanto EUA como China não querem perder o status do domínio econômico - mesmo a despeito de toda a crise - que os isola do restante das nações na resolução de um problema, que é grave, mas que entendem que pode esperar. E não pode. Não dá mais para protelar ações para tentar reverter a tendência da deterioração do meio ambiente, causada pelo próprio homem e sua ganância diante das riquezas que lhe parecem fáceis, mas que comprometem a estabilidade climática global.
Os EUA, principalmente - e pivô da crise econômica mundial, que tenta se levantar a qualquer custo - não conseguem enxergar além desse domínio. Barack Obama, que disse que “Lula era o cara”, não conseguiu mostrar o sentido e o vanguardismo de sua eleição e faltou-lhe coragem para uma decisão mais arrojada. A China, de Hu Jintao, não quer, a despeito de seu fechado regime comunista, perder o status de país capitalista exportador, que hoje espalha sua marca por toda a Terra. Duas situações conflitantes, porém iguais na ideologia e na falta de interesse em resolver um problema gerado pelo próprio protagonismo a que se submeteram. Reduzir as emissões de gases na atmosfera significa, para estes dois países, limitar seu processo produtivo. A verdade, entretanto, não é bem essa. É preciso, antes de tudo, investir em tecnologias que permitam produções mais limpas e ambientalmente comprometidas, rumo ao desenvolvimento sustentável. Não aceitam esse desafio.
A frustração, demonstrada pelo presidente brasileiro, não é só dele. É de todos aqueles que percebem no dia a dia que as mudanças climáticas chegaram bem mais cedo que o esperado e que o risco aumenta num terrível efeito dominó. Aonde vai ou pode chegar ainda é imprevisível, porém facilmente imaginável.
O malogro nas negociações e o pífio relatório de apenas três páginas não levaram em conta, para o desespero de todos os povos, que a visível bagunça climática não poupa ninguém. Nem países pobres, em desenvolvimento ou ricos. Nem político que permite loteamentos em áreas de várzea ou o grande pecuarista que desmata e mata florestas inteiras. E até mesmo o cidadão que não sabe - ou não quer aprender - sobre a importância da reciclagem do lixo. O assunto interessa, sim, a todos!
Antonio Claudio Bontorim
Para entender a relutância das duas potências não é preciso resolver equações complicadas ou buscar explicações de difícil compreensão. Tanto EUA como China não querem perder o status do domínio econômico - mesmo a despeito de toda a crise - que os isola do restante das nações na resolução de um problema, que é grave, mas que entendem que pode esperar. E não pode. Não dá mais para protelar ações para tentar reverter a tendência da deterioração do meio ambiente, causada pelo próprio homem e sua ganância diante das riquezas que lhe parecem fáceis, mas que comprometem a estabilidade climática global.
Os EUA, principalmente - e pivô da crise econômica mundial, que tenta se levantar a qualquer custo - não conseguem enxergar além desse domínio. Barack Obama, que disse que “Lula era o cara”, não conseguiu mostrar o sentido e o vanguardismo de sua eleição e faltou-lhe coragem para uma decisão mais arrojada. A China, de Hu Jintao, não quer, a despeito de seu fechado regime comunista, perder o status de país capitalista exportador, que hoje espalha sua marca por toda a Terra. Duas situações conflitantes, porém iguais na ideologia e na falta de interesse em resolver um problema gerado pelo próprio protagonismo a que se submeteram. Reduzir as emissões de gases na atmosfera significa, para estes dois países, limitar seu processo produtivo. A verdade, entretanto, não é bem essa. É preciso, antes de tudo, investir em tecnologias que permitam produções mais limpas e ambientalmente comprometidas, rumo ao desenvolvimento sustentável. Não aceitam esse desafio.
A frustração, demonstrada pelo presidente brasileiro, não é só dele. É de todos aqueles que percebem no dia a dia que as mudanças climáticas chegaram bem mais cedo que o esperado e que o risco aumenta num terrível efeito dominó. Aonde vai ou pode chegar ainda é imprevisível, porém facilmente imaginável.
O malogro nas negociações e o pífio relatório de apenas três páginas não levaram em conta, para o desespero de todos os povos, que a visível bagunça climática não poupa ninguém. Nem países pobres, em desenvolvimento ou ricos. Nem político que permite loteamentos em áreas de várzea ou o grande pecuarista que desmata e mata florestas inteiras. E até mesmo o cidadão que não sabe - ou não quer aprender - sobre a importância da reciclagem do lixo. O assunto interessa, sim, a todos!
Antonio Claudio Bontorim
sábado, 19 de dezembro de 2009
Longa jornada...
Ainda vai longe a pendenga judicial envolvendo o prefeito Sílvio Félix (PDT), seu secretário da Educação, Antonio Montesano Neto, membros da Comissão de Licitação da Prefeitura e SP Alimentação. A cada dia novos fatos e dados alimentam (que ironia, não?) as ações do Ministério Público, que vem sendo implacável, no combate a essa terceirização. Desde o seu início. E quando Félix, para se defender, acusa gestões anteriores, ele pisa um perigoso campo minado, uma vez que precisa explicar tudo o que aconteceu até agora, em sua gestão. O que passou, é outra história e não pode servir como defesa sólida de um caso também sólido.
O troco de Kühl
“Para se defender de uma investigação e provar que está certo é preciso acusar outros? Será que para fazer o certo temos que fazer sempre de modo diferente? É impossível admitir que outras pessoas fizeram de maneira correta e que, portanto, podemos ter a grandeza de continuar fazendo do mesmo jeito? As ações são corretas quando são éticas e têm amparo legal. Independem de outra fundamentação!”. Este é o trecho final de uma nota à imprensa enviada pelo ex-prefeito Pedrinho Kühl e define bem o seu inconformismo, com a nota paga pela Prefeitura para se defender das acusações da terceirização da merenda, que vem sofrendo sucessivas ações judiciais. A nota é assinada também pela ex-secretária da Educação, Ana Terezinha Carneiro Naleto. É o direito ao contraditório!
Quase destruída!
A Bandeira Brasileira, hasteada permanentemente no marco dos 500 anos do descobrimento do Brasil, na rotatória da Hípica, está aos farrapos. A cada dia ela aparece mais desgastada. Bastante rasgada e faltando pedaços, já passou da hora de ser trocada. Afinal, está num dos pontos de maior acesso para o centro da cidade e bem visível. Longe de ser um cartão postal, revela desleixo e despreocupação das autoridades para com um dos símbolos nacionais.
Mais Área Azul
Ainda sobre os espaçosos, que usam mais que uma vaga para estacionar seus veículos, eu mesmo tive uma experiência prática dessa situação nesta semana. Ontem à tarde, no mesmo dia em que esta coluna fazia comentários sobre a falta de vagas no centro, rodei cerca de 30 minutos no quadrilátero entre as ruas Alferes Franco, Deputado Octávio Lopes, Santa Cruz e 13 de Maio, para conseguir uma vaga. Tudo porque, num espaço para cinco veículos, na Alferes, estavam estacionados apenas três. Bem folgados e espaçosos, impediam outros de ocuparem as vagas existentes.
Janeiro, o preço...
No próximo mês, área azul terá novo preço. Vai subir consideravelmente. Então, cada vaga deverá ser muito bem aproveitada. Espera-se, no mínimo, mais atenção da concessionária para com o usuário. Não é só ver se tem cartão, colocar aviso de multa, ou multar. Não! Ganhar dinheiro assim é fácil. Será que não há nenhuma espécie de responsabilidade para a Hora Park? Ou seja lá que concessionária for? É só recolher as moedas e contá-las no final da tarde? Quem pode responder?
Também no blog
A coluna Texto&Contexto está também na internet. No blog da Gazeta e pode ser acessada pelo link: http://colunatextoecontexto.blogspot.com/. Para leitura e comentários dos internautas. Quem quiser, pode me seguir também pelo Twitter. Outra ferramenta interessantíssima que a internet disponibiliza. Meu endereço é: http://twitter.com/claudiobontorim
Frase da Semana
“O meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável. E isso significa que é uma ameaça para o futuro do planeta e para os nossos países”. Gafe da ministra Dilma Rousseff, durante apresentação do plano brasileiro para o clima, em reunião do COP15 em Copenhague, Dinamarca. Na segunda-feira, 14.
Antonio Claudio Bontorim
Ainda vai longe a pendenga judicial envolvendo o prefeito Sílvio Félix (PDT), seu secretário da Educação, Antonio Montesano Neto, membros da Comissão de Licitação da Prefeitura e SP Alimentação. A cada dia novos fatos e dados alimentam (que ironia, não?) as ações do Ministério Público, que vem sendo implacável, no combate a essa terceirização. Desde o seu início. E quando Félix, para se defender, acusa gestões anteriores, ele pisa um perigoso campo minado, uma vez que precisa explicar tudo o que aconteceu até agora, em sua gestão. O que passou, é outra história e não pode servir como defesa sólida de um caso também sólido.
O troco de Kühl
“Para se defender de uma investigação e provar que está certo é preciso acusar outros? Será que para fazer o certo temos que fazer sempre de modo diferente? É impossível admitir que outras pessoas fizeram de maneira correta e que, portanto, podemos ter a grandeza de continuar fazendo do mesmo jeito? As ações são corretas quando são éticas e têm amparo legal. Independem de outra fundamentação!”. Este é o trecho final de uma nota à imprensa enviada pelo ex-prefeito Pedrinho Kühl e define bem o seu inconformismo, com a nota paga pela Prefeitura para se defender das acusações da terceirização da merenda, que vem sofrendo sucessivas ações judiciais. A nota é assinada também pela ex-secretária da Educação, Ana Terezinha Carneiro Naleto. É o direito ao contraditório!
Quase destruída!
A Bandeira Brasileira, hasteada permanentemente no marco dos 500 anos do descobrimento do Brasil, na rotatória da Hípica, está aos farrapos. A cada dia ela aparece mais desgastada. Bastante rasgada e faltando pedaços, já passou da hora de ser trocada. Afinal, está num dos pontos de maior acesso para o centro da cidade e bem visível. Longe de ser um cartão postal, revela desleixo e despreocupação das autoridades para com um dos símbolos nacionais.
Mais Área Azul
Ainda sobre os espaçosos, que usam mais que uma vaga para estacionar seus veículos, eu mesmo tive uma experiência prática dessa situação nesta semana. Ontem à tarde, no mesmo dia em que esta coluna fazia comentários sobre a falta de vagas no centro, rodei cerca de 30 minutos no quadrilátero entre as ruas Alferes Franco, Deputado Octávio Lopes, Santa Cruz e 13 de Maio, para conseguir uma vaga. Tudo porque, num espaço para cinco veículos, na Alferes, estavam estacionados apenas três. Bem folgados e espaçosos, impediam outros de ocuparem as vagas existentes.
Janeiro, o preço...
No próximo mês, área azul terá novo preço. Vai subir consideravelmente. Então, cada vaga deverá ser muito bem aproveitada. Espera-se, no mínimo, mais atenção da concessionária para com o usuário. Não é só ver se tem cartão, colocar aviso de multa, ou multar. Não! Ganhar dinheiro assim é fácil. Será que não há nenhuma espécie de responsabilidade para a Hora Park? Ou seja lá que concessionária for? É só recolher as moedas e contá-las no final da tarde? Quem pode responder?
Também no blog
A coluna Texto&Contexto está também na internet. No blog da Gazeta e pode ser acessada pelo link: http://colunatextoecontexto.blogspot.com/. Para leitura e comentários dos internautas. Quem quiser, pode me seguir também pelo Twitter. Outra ferramenta interessantíssima que a internet disponibiliza. Meu endereço é: http://twitter.com/claudiobontorim
Frase da Semana
“O meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável. E isso significa que é uma ameaça para o futuro do planeta e para os nossos países”. Gafe da ministra Dilma Rousseff, durante apresentação do plano brasileiro para o clima, em reunião do COP15 em Copenhague, Dinamarca. Na segunda-feira, 14.
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Censura à vista?
Sem alarde e divulgação - representantes dos maiores órgãos de comunicação e seis entidades de classe decidiram não participar - termina hoje a 1.ª Conferência Nacional de Comunicação (Cofecom), em Brasília, convocada por Lula em abril. Controle social sobre a mídia e criação de um Conselho Nacional de Comunicação são duas das propostas consideradas polêmicas. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) é uma das organizadoras do evento, que começou na segunda-feira, 14.
‘Libertad, jamás’
Parece que está batendo uma “síndrome” de Hugo Chávez e Evo Morales em alguns gestores da mídia nacional. Tudo indica que está se tentando abrir caminho para um controle dos meios de comunicação, numa tentativa de intimidar jornalistas e empresas, que não se alinhem ao poder. Aqui em Limeira essa tem sido a tônica, ultimamente, por parte dos poderes Executivo e Legislativo, quando o jornalista não segue suas cartilhas. Tenho sido vítima dessa intolerância. Infelizmente!
Mais marionetes
É evidente que se trata de uma conferência sem poder de mando. Pode, porém, se transformar numa ferramenta - conforme forem suas conclusões e propostas - para futuras ações contra a liberdade de imprensa, embora representantes da Fenaj neguem veementemente tal monstruosidade. Pelo andar da carruagem, e por tudo que se tem visto por aqui na América do Sul, é preciso atenção redobrada e resistência, contra o que possa parir a Cofecom.
Muito a aprender
Tem político que gosta de dar lições de moral, de conhecimento e de experiência. Que faz, que manda e tudo pode. Só não sabe dar lição de humildade e perceber que há momentos em que a inteligência e sabedoria devem superar a vaidade. E os interesses políticos e de grupos.
De paróquia nova
Acabou-se o mistério. Anteontem à tarde a Diocese divulgou as transferências de padres para 2009/2010. Padre Alquermes fica em Limeira. Ele deixa a Catedral e vai assumir como auxiliar na Paróquia Santa Rita, também em Limeira. A partir de primeiro de março do ano que vem. Dúvidas. Muitas dúvidas no ar...
Colaboração total
Que há falta de vagas para estacionar no centro, é uma realidade. Que a Secretaria de Transportes acertou em acabar com os estacionamentos especiais e privilegiados - farmácias, Fórum, etc., etc., - ninguém duvida. Que há uma total falta de educação e respeito de muitos motoristas (homens e mulheres), que gostam de ocupar duas vagas é outra triste e recorrente realidade. Se o poder público está fazendo sua parte, a população também precisa colaborar. E muito!
Eu recomendo!
Um clássico do cinema, que trata de imprensa e política. Principalmente nesses tempos, em que a imprensa está ameaçada com inúmeras tentativas de mordaças. Estou falando do filme Todos os Homens do Presidente, de 1976. Dirigido por Alan J. Pakula, esse drama, de 138 minutos, mostra jornalistas do Washington Post na investigação da invasão da sede do Partido Democrata, ocorrida durante a campanha presidencial dos EUA, em 1972. O trabalho acabou sendo um dos principais motivos da renúncia do presidente Richard Nixon, do Partido Republicano, em 1974. Foi o famoso escândalo de Watergate. O roteiro é assinado pelos próprios jornalistas Carl Bernstein e Bob Woodward, que escreveram o livro sobre o tema, e William Goldman. Nos papéis centrais, Carl Bernstein é interpretado por Dustin Hoffman e Bob Woodward, por Robert Redford. Tem ainda, Jason Robards, Martin Balsam, Hal Holbrook, Meredith Baxter e Jane Alexander. E Ghostbusters (Os Caça-Fantasmas) deve ser lançado em 2012. Coincidência ou não, é ano de eleição municipal por aqui!
Antonio Claudio Bontorim
Sem alarde e divulgação - representantes dos maiores órgãos de comunicação e seis entidades de classe decidiram não participar - termina hoje a 1.ª Conferência Nacional de Comunicação (Cofecom), em Brasília, convocada por Lula em abril. Controle social sobre a mídia e criação de um Conselho Nacional de Comunicação são duas das propostas consideradas polêmicas. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) é uma das organizadoras do evento, que começou na segunda-feira, 14.
‘Libertad, jamás’
Parece que está batendo uma “síndrome” de Hugo Chávez e Evo Morales em alguns gestores da mídia nacional. Tudo indica que está se tentando abrir caminho para um controle dos meios de comunicação, numa tentativa de intimidar jornalistas e empresas, que não se alinhem ao poder. Aqui em Limeira essa tem sido a tônica, ultimamente, por parte dos poderes Executivo e Legislativo, quando o jornalista não segue suas cartilhas. Tenho sido vítima dessa intolerância. Infelizmente!
Mais marionetes
É evidente que se trata de uma conferência sem poder de mando. Pode, porém, se transformar numa ferramenta - conforme forem suas conclusões e propostas - para futuras ações contra a liberdade de imprensa, embora representantes da Fenaj neguem veementemente tal monstruosidade. Pelo andar da carruagem, e por tudo que se tem visto por aqui na América do Sul, é preciso atenção redobrada e resistência, contra o que possa parir a Cofecom.
Muito a aprender
Tem político que gosta de dar lições de moral, de conhecimento e de experiência. Que faz, que manda e tudo pode. Só não sabe dar lição de humildade e perceber que há momentos em que a inteligência e sabedoria devem superar a vaidade. E os interesses políticos e de grupos.
De paróquia nova
Acabou-se o mistério. Anteontem à tarde a Diocese divulgou as transferências de padres para 2009/2010. Padre Alquermes fica em Limeira. Ele deixa a Catedral e vai assumir como auxiliar na Paróquia Santa Rita, também em Limeira. A partir de primeiro de março do ano que vem. Dúvidas. Muitas dúvidas no ar...
Colaboração total
Que há falta de vagas para estacionar no centro, é uma realidade. Que a Secretaria de Transportes acertou em acabar com os estacionamentos especiais e privilegiados - farmácias, Fórum, etc., etc., - ninguém duvida. Que há uma total falta de educação e respeito de muitos motoristas (homens e mulheres), que gostam de ocupar duas vagas é outra triste e recorrente realidade. Se o poder público está fazendo sua parte, a população também precisa colaborar. E muito!
Eu recomendo!
Um clássico do cinema, que trata de imprensa e política. Principalmente nesses tempos, em que a imprensa está ameaçada com inúmeras tentativas de mordaças. Estou falando do filme Todos os Homens do Presidente, de 1976. Dirigido por Alan J. Pakula, esse drama, de 138 minutos, mostra jornalistas do Washington Post na investigação da invasão da sede do Partido Democrata, ocorrida durante a campanha presidencial dos EUA, em 1972. O trabalho acabou sendo um dos principais motivos da renúncia do presidente Richard Nixon, do Partido Republicano, em 1974. Foi o famoso escândalo de Watergate. O roteiro é assinado pelos próprios jornalistas Carl Bernstein e Bob Woodward, que escreveram o livro sobre o tema, e William Goldman. Nos papéis centrais, Carl Bernstein é interpretado por Dustin Hoffman e Bob Woodward, por Robert Redford. Tem ainda, Jason Robards, Martin Balsam, Hal Holbrook, Meredith Baxter e Jane Alexander. E Ghostbusters (Os Caça-Fantasmas) deve ser lançado em 2012. Coincidência ou não, é ano de eleição municipal por aqui!
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
É fácil! Falta vontade
A transparência na vida pública, tão esperada de quem ocupa cargos eletivos ou de confiança em administrações também públicas, não significa abdicar de projetos ou não levá-los à frente, por serem polêmicos ou impopulares. Ser transparente, como o próprio sinônimo revela (que deixa passar os raios de luz, permitindo que se vejam os objetos através dele; que se percebe facilmente; claro, evidente; que deixa perceber um sentido oculto) é mostrar-se por inteiro, para que não pairem dúvidas sobre interesses outros, que não sejam aqueles voltados ao bem-estar social e econômico da coletividade, representada na figura do prefeito e dos vereadores. Dos deputados, governadores, senadores e presidente da República.
Quando se cobra tais evidências e facilidades na percepção de um projeto político, não se está afirmando que ele não presta, que não é bom ou que deveria ser modificado. Ou simplesmente abortado ou esquecido. Está se pedindo, simples e claramente, que ele seja levado à discussão, com um único objetivo: melhorá-lo. Aperfeiçoá-lo, de tal forma que mais benefícios (ou beneficiados) possam ser tirados (ou usufruírem) desse projeto.
O que se tem visto, entretanto, nesses últimos episódios envolvendo a Câmara Municipal e a Prefeitura, aqui em Limeira, é justamente a total ausência desse debate. De uma discussão séria e que eleve o grau de qualidade da administração pública municipal, hoje capitaneada pelo prefeito Sílvio Félix (PDT), pois amanhã será outro, depois outro e assim sucessivamente. E não é de hoje que isso acontece. Sempre que Félix quer aprovar um projeto de sua autoria e que possa gerar discussões, ele o faz em regime de ‘urgência urgentíssima’ e, principalmente, o envia ao Legislativo para ser votado - e aprovado - no limite de validade, sinalizando que ele não quer discussões. Foi assim à época da contribuição para iluminação pública (CIP), que após aprovada, foi vetado pelo próprio prefeito, obrigando os vereadores a “pagarem um grande mico” para manter o veto de um projeto, que ele insistia em fazer valer. Foi assim com a prorrogação do contrato de concessão de água. E agora, com o aumento do IPTU para terrenos sem construções. A Câmara também não fica atrás nesse quesito deu tonalidade opaca na conclusão da CPI do Fantasma.
Para se conhecer o alcance de um projeto público é preciso discuti-lo à exaustão. Esmiuçá-lo em seus pontos e vírgulas, para então levá-lo à votação e aprovação. Ou rejeição - nesse caso improvável pelo grau de comprometimento da base governista. É apenas isso que se pede. É essa a tal transparência cobrada e que, infelizmente, tem faltado nesses casos, dando margens a interpretações que transcendem ao chamado interesse social. E os vereadores precisam, também eles, de uma percepção mais apurada na hora de votarem. E não simplesmente referendarem, como estão fazendo, o que o prefeito quer. A transparência vale para todos!
Antonio Claudio Bontorim
Quando se cobra tais evidências e facilidades na percepção de um projeto político, não se está afirmando que ele não presta, que não é bom ou que deveria ser modificado. Ou simplesmente abortado ou esquecido. Está se pedindo, simples e claramente, que ele seja levado à discussão, com um único objetivo: melhorá-lo. Aperfeiçoá-lo, de tal forma que mais benefícios (ou beneficiados) possam ser tirados (ou usufruírem) desse projeto.
O que se tem visto, entretanto, nesses últimos episódios envolvendo a Câmara Municipal e a Prefeitura, aqui em Limeira, é justamente a total ausência desse debate. De uma discussão séria e que eleve o grau de qualidade da administração pública municipal, hoje capitaneada pelo prefeito Sílvio Félix (PDT), pois amanhã será outro, depois outro e assim sucessivamente. E não é de hoje que isso acontece. Sempre que Félix quer aprovar um projeto de sua autoria e que possa gerar discussões, ele o faz em regime de ‘urgência urgentíssima’ e, principalmente, o envia ao Legislativo para ser votado - e aprovado - no limite de validade, sinalizando que ele não quer discussões. Foi assim à época da contribuição para iluminação pública (CIP), que após aprovada, foi vetado pelo próprio prefeito, obrigando os vereadores a “pagarem um grande mico” para manter o veto de um projeto, que ele insistia em fazer valer. Foi assim com a prorrogação do contrato de concessão de água. E agora, com o aumento do IPTU para terrenos sem construções. A Câmara também não fica atrás nesse quesito deu tonalidade opaca na conclusão da CPI do Fantasma.
Para se conhecer o alcance de um projeto público é preciso discuti-lo à exaustão. Esmiuçá-lo em seus pontos e vírgulas, para então levá-lo à votação e aprovação. Ou rejeição - nesse caso improvável pelo grau de comprometimento da base governista. É apenas isso que se pede. É essa a tal transparência cobrada e que, infelizmente, tem faltado nesses casos, dando margens a interpretações que transcendem ao chamado interesse social. E os vereadores precisam, também eles, de uma percepção mais apurada na hora de votarem. E não simplesmente referendarem, como estão fazendo, o que o prefeito quer. A transparência vale para todos!
Antonio Claudio Bontorim
sábado, 12 de dezembro de 2009
A política de hoje
Não peçam bom senso e nem compreensão à bancada governista da Câmara, quando o assunto é a defesa cega e intransigente do governo Sílvio Félix (PDT). Não adianta requerimentos com pedidos de informações - mesmo que de relevância à comunidade - que não são aprovados. Projetos de interesse do município, então, partindo de um vereador que não faça parte da situação, nem pensar! Chegam a ser cômicas algumas justificativas dessas rejeições.
Volta ao passado
Nos últimos cinco anos, a política limeirense lembra muito o período Paixão/D’Andréa, quando ambos se sucediam no poder e faziam do convívio com jornalistas um verdadeiro loteamento para disputar apoios. E assim foram por mais de 30 anos. Eu conheço bem essa história. Estive presente nos dois lados (atuando na própria imprensa escrita e governo) por um bom tempo. E, principalmente, sabendo diferenciar muito bem a atuação política da técnica.
Opacidade plena
Não vejo diferença de como os dois tradicionais “ex-coronéis” da política limeirense tratavam a imprensa e como se trata hoje, quando o tema é polêmico. E lá se vão mais de 13 anos, desde o fim da última administração Paixão (1993/1996), considerado o encerramento de um ciclo de mais de três décadas de alternância entre os dois grupos. Estive presente em 4 anos dessa história, pelo lado oficial, quando comandei a Secretaria de Imprensa da Prefeitura, na última gestão D’Andréa (1989/1992). A herança, no trato com jornalistas, foi bem assimilada. E alguns personagens daquele período ainda sobrevivem. Vícios que a política local e nacional ainda carregam e deve carregar, enquanto não houver renovação de fato. Enquanto houver herdeiros dessa não transparência, nada muda.
Lembrança justa
Interessante lembrar tudo isso. A diferença, daquela época para hoje, é que não se faz mais política. Faz-se barganha, escambo. E há, principalmente, carência de líderes. Como o eram Paixão e D’Andréa. Podia não se gostar deles, mas era preciso tirar o chapéu para ambos.
História contada
Trouxe essas lembranças a público, para justificar os episódios políticos desta última semana em Limeira. O arquivamento da CPI do Fantasma, mesmo com todas as provas em contrário; a briga dos vereadores Eliseu Daniel dos Santos (PDT) e de Paulo Hadich (PSB), devido a uma manobra para enterrar um projeto (de Hadich), de interesse econômico e social para o município, mas que não interessa ao prefeito, e a aprovação ontem do aumento, pelos vereadores, no IPTU de terrenos em cerca de 25%, sem explicações claras à população. Agora é fato: prefeito e vereadores (os da base aliada) estão mesmo “se lixando” para a opinião pública. Obscurantismo em tempos de clareza e liberdade. Pelo menos é assim que eu, enquanto jornalista, entendo. É minha opinião e dela não abro mão!
Uma reflexão útil
Às vezes é preciso refletir sobre esses acontecimentos. Por que como formadores de opinião temos a obrigação de abrir o leque de informações e mostrar versões conflitantes de uma mesma história, apesar do tempo decorrido entre um fato e outro. E a sensação que fica é de uma desordem sem precedentes, tamanho é o desrespeito do agente político com o povo, a cada explicação, quando tenta justificar o injustificável. O saldo é altamente negativo: mensalões, dinheiro na cueca, na meia, malas pretas, brancas ou que cor sejam. E tudo isso com dinheiro público. Enquanto jornalistas, temos também um dever com a cidadania. E como este espaço é de opinião, é preciso exercê-la às últimas consenquências. Sem nenhuma obrigação de agradar o desagradar quem quer que seja.
Frase da Semana
“Esse episódio foi péssimo para o panetone. O Papai Noel tem todo o direito de entrar na Justiça”. Moacyr Scliar, escritor, sobre o mensalão do DEM, em Brasília, e as desculpas do governador José Roberto Arruda, do mesmo partido. Na revista IstoÉ, edição 2091, de 9 dezembro de 2009.
Antonio Claudio Bontorim
Não peçam bom senso e nem compreensão à bancada governista da Câmara, quando o assunto é a defesa cega e intransigente do governo Sílvio Félix (PDT). Não adianta requerimentos com pedidos de informações - mesmo que de relevância à comunidade - que não são aprovados. Projetos de interesse do município, então, partindo de um vereador que não faça parte da situação, nem pensar! Chegam a ser cômicas algumas justificativas dessas rejeições.
Volta ao passado
Nos últimos cinco anos, a política limeirense lembra muito o período Paixão/D’Andréa, quando ambos se sucediam no poder e faziam do convívio com jornalistas um verdadeiro loteamento para disputar apoios. E assim foram por mais de 30 anos. Eu conheço bem essa história. Estive presente nos dois lados (atuando na própria imprensa escrita e governo) por um bom tempo. E, principalmente, sabendo diferenciar muito bem a atuação política da técnica.
Opacidade plena
Não vejo diferença de como os dois tradicionais “ex-coronéis” da política limeirense tratavam a imprensa e como se trata hoje, quando o tema é polêmico. E lá se vão mais de 13 anos, desde o fim da última administração Paixão (1993/1996), considerado o encerramento de um ciclo de mais de três décadas de alternância entre os dois grupos. Estive presente em 4 anos dessa história, pelo lado oficial, quando comandei a Secretaria de Imprensa da Prefeitura, na última gestão D’Andréa (1989/1992). A herança, no trato com jornalistas, foi bem assimilada. E alguns personagens daquele período ainda sobrevivem. Vícios que a política local e nacional ainda carregam e deve carregar, enquanto não houver renovação de fato. Enquanto houver herdeiros dessa não transparência, nada muda.
Lembrança justa
Interessante lembrar tudo isso. A diferença, daquela época para hoje, é que não se faz mais política. Faz-se barganha, escambo. E há, principalmente, carência de líderes. Como o eram Paixão e D’Andréa. Podia não se gostar deles, mas era preciso tirar o chapéu para ambos.
História contada
Trouxe essas lembranças a público, para justificar os episódios políticos desta última semana em Limeira. O arquivamento da CPI do Fantasma, mesmo com todas as provas em contrário; a briga dos vereadores Eliseu Daniel dos Santos (PDT) e de Paulo Hadich (PSB), devido a uma manobra para enterrar um projeto (de Hadich), de interesse econômico e social para o município, mas que não interessa ao prefeito, e a aprovação ontem do aumento, pelos vereadores, no IPTU de terrenos em cerca de 25%, sem explicações claras à população. Agora é fato: prefeito e vereadores (os da base aliada) estão mesmo “se lixando” para a opinião pública. Obscurantismo em tempos de clareza e liberdade. Pelo menos é assim que eu, enquanto jornalista, entendo. É minha opinião e dela não abro mão!
Uma reflexão útil
Às vezes é preciso refletir sobre esses acontecimentos. Por que como formadores de opinião temos a obrigação de abrir o leque de informações e mostrar versões conflitantes de uma mesma história, apesar do tempo decorrido entre um fato e outro. E a sensação que fica é de uma desordem sem precedentes, tamanho é o desrespeito do agente político com o povo, a cada explicação, quando tenta justificar o injustificável. O saldo é altamente negativo: mensalões, dinheiro na cueca, na meia, malas pretas, brancas ou que cor sejam. E tudo isso com dinheiro público. Enquanto jornalistas, temos também um dever com a cidadania. E como este espaço é de opinião, é preciso exercê-la às últimas consenquências. Sem nenhuma obrigação de agradar o desagradar quem quer que seja.
Frase da Semana
“Esse episódio foi péssimo para o panetone. O Papai Noel tem todo o direito de entrar na Justiça”. Moacyr Scliar, escritor, sobre o mensalão do DEM, em Brasília, e as desculpas do governador José Roberto Arruda, do mesmo partido. Na revista IstoÉ, edição 2091, de 9 dezembro de 2009.
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Nem vencedores...
...e nem vencidos. Prevaleceu o bom senso! O padre Alquermes continua em Limeira. Agora no comando da Igreja Boa Morte, para agilizar a sua abertura definitiva. Pela cultura e conhecimento que tem, e de sobra, ele assumirá, com competência, essa empreitada. Então, mãos à obra, para que tudo caminhe em paz!Sabedoria popularA voz do povo é a voz de Deus, diz um conhecido e velho ditado, nesse caso, transformado em verdadeiro. O bispo dom Vilson Dias de Oliveira, a quem foi delegada a administração hierárquica da Igreja em Limeira, tem por obrigação administrar, também, a vontade de seus fiéis. E ao pleno significado dessa Igreja.
Compromissados!
A palavra igreja provém do grego “ekklesia”, que quer dizer assembléia. E, como tal, deve-se entender como a totalidade de seus seguidores, fiéis, ou que “têm o compromisso com a obra do Senhor”, no seu sentido clássico. Individualmente, ou por um único membro, ela não é igreja. Não existe. A decisão foi bastante sensata. A Igreja em Limeira, dessa forma, não foi dividida, como muitos estavam querendo. Até torcendo para que isso acontecesse.
Um exemplo ideal
Esse exemplo de força e convicção populares precisa, agora, ser estendido à política. Mais que nunca e em vista dos últimos acontecimentos, envolvendo justamente os agentes públicos, está na hora de a força do povo chegar às urnas e, já em 2010, dar a resposta necessária a esses políticos, que se locupletam do poder, riem na cara de seus eleitores e os transformam em verdadeiros palhaços. Dar-lhes nas urnas o mesmo tratamento que eles dão ao povo, depois de eleitos. Ou melhor, seguir o conselho daquele conhecido deputado e “se lixar” para todos eles. De Limeira até Brasília.
Outro caso Ronei
Pelo visto, a discussão entre os vereadores Paulo Hadich (PSB) e Eliseu Daniel (PDT), em torno da redução do ISS (que é alto em Limeira), pode transformar o pessebista num novo “caso Ronei”, que quando era vereador do PT, como suplente de Nelson Caldeiras, levantou pela primeira vez a questão da merenda, em 2005. E por cumprir seu papel, o petista acabou sendo punido. O engraçado, é que quando precisa punir, há provas e confirmações de irregularidades (lembram-se do vereador Raul Nilsen Filho, do PMDB?), todos silenciam! “Para os amigos tudo, para os inimigos, a lei”, como disse certa vez, o presidente Getúlio Vargas. Evocar “conduta ética”, por querer discutir um tema de interesse, é no mínimo, discutível.
CPI? Pizza total!!
Como previ desde o início, a pizza está pronta. O relatório da CPI do Fantasma recomendou o arquivamento das investigações. Mesmo com provas, contradições e confissões. A vereadora Nilce Segalla (PTB) e a outra vereadora do PTB, votaram pelo arquivamento. E Sílvio Brito (PDT) completou o serviço. Paulo Hadich (PSB) e Miguel Lombardi (PR), votaram por encaminhar o documento ao Ministério Público. Comissão para lamentar o inquérito. Que ridículo! Que venha o MP!
Eu recomendo!
Vou falar hoje sobre remakes (refilmagens) de filmes antigos. E um dos que estão na lista, anunciada recentemente, está entre as mais engraçadas comédias que assisti. Trata-se de Ghostbusters (Caça-fantasmas, em tradução livre), no qual três cientistas, e o motorista da equipe, desvendam mistérios sobrenaturais, prendendo os “ectoplasmas” num reator, que é uma espécie de cadeia para fantasma. São dois filmes: um de 1984 e outro de 1989, ambos estrelados pelos mesmos atores. Produção dos EUA, com 105 e 108 minutos de duração, Ghostbusters I e II, ambos foram dirigidos por Ivan Reitman e tinham no elenco Bill Murray (Dr. Peter Venkman), Dan Aykroyd (Dr. Raymond Stantz), Harold Ramis (Dr. Egon Spengler) e Ernie Hudson (o motorista Winston Zeddmore), além de Annie Potts (a atrapalhada secretária do grupo, Janine Melnitz). O remake deve ser lançado em 2010 e os quatro primeiros já confirmaram participação!
Antonio Claudio Bontorim
...e nem vencidos. Prevaleceu o bom senso! O padre Alquermes continua em Limeira. Agora no comando da Igreja Boa Morte, para agilizar a sua abertura definitiva. Pela cultura e conhecimento que tem, e de sobra, ele assumirá, com competência, essa empreitada. Então, mãos à obra, para que tudo caminhe em paz!Sabedoria popularA voz do povo é a voz de Deus, diz um conhecido e velho ditado, nesse caso, transformado em verdadeiro. O bispo dom Vilson Dias de Oliveira, a quem foi delegada a administração hierárquica da Igreja em Limeira, tem por obrigação administrar, também, a vontade de seus fiéis. E ao pleno significado dessa Igreja.
Compromissados!
A palavra igreja provém do grego “ekklesia”, que quer dizer assembléia. E, como tal, deve-se entender como a totalidade de seus seguidores, fiéis, ou que “têm o compromisso com a obra do Senhor”, no seu sentido clássico. Individualmente, ou por um único membro, ela não é igreja. Não existe. A decisão foi bastante sensata. A Igreja em Limeira, dessa forma, não foi dividida, como muitos estavam querendo. Até torcendo para que isso acontecesse.
Um exemplo ideal
Esse exemplo de força e convicção populares precisa, agora, ser estendido à política. Mais que nunca e em vista dos últimos acontecimentos, envolvendo justamente os agentes públicos, está na hora de a força do povo chegar às urnas e, já em 2010, dar a resposta necessária a esses políticos, que se locupletam do poder, riem na cara de seus eleitores e os transformam em verdadeiros palhaços. Dar-lhes nas urnas o mesmo tratamento que eles dão ao povo, depois de eleitos. Ou melhor, seguir o conselho daquele conhecido deputado e “se lixar” para todos eles. De Limeira até Brasília.
Outro caso Ronei
Pelo visto, a discussão entre os vereadores Paulo Hadich (PSB) e Eliseu Daniel (PDT), em torno da redução do ISS (que é alto em Limeira), pode transformar o pessebista num novo “caso Ronei”, que quando era vereador do PT, como suplente de Nelson Caldeiras, levantou pela primeira vez a questão da merenda, em 2005. E por cumprir seu papel, o petista acabou sendo punido. O engraçado, é que quando precisa punir, há provas e confirmações de irregularidades (lembram-se do vereador Raul Nilsen Filho, do PMDB?), todos silenciam! “Para os amigos tudo, para os inimigos, a lei”, como disse certa vez, o presidente Getúlio Vargas. Evocar “conduta ética”, por querer discutir um tema de interesse, é no mínimo, discutível.
CPI? Pizza total!!
Como previ desde o início, a pizza está pronta. O relatório da CPI do Fantasma recomendou o arquivamento das investigações. Mesmo com provas, contradições e confissões. A vereadora Nilce Segalla (PTB) e a outra vereadora do PTB, votaram pelo arquivamento. E Sílvio Brito (PDT) completou o serviço. Paulo Hadich (PSB) e Miguel Lombardi (PR), votaram por encaminhar o documento ao Ministério Público. Comissão para lamentar o inquérito. Que ridículo! Que venha o MP!
Eu recomendo!
Vou falar hoje sobre remakes (refilmagens) de filmes antigos. E um dos que estão na lista, anunciada recentemente, está entre as mais engraçadas comédias que assisti. Trata-se de Ghostbusters (Caça-fantasmas, em tradução livre), no qual três cientistas, e o motorista da equipe, desvendam mistérios sobrenaturais, prendendo os “ectoplasmas” num reator, que é uma espécie de cadeia para fantasma. São dois filmes: um de 1984 e outro de 1989, ambos estrelados pelos mesmos atores. Produção dos EUA, com 105 e 108 minutos de duração, Ghostbusters I e II, ambos foram dirigidos por Ivan Reitman e tinham no elenco Bill Murray (Dr. Peter Venkman), Dan Aykroyd (Dr. Raymond Stantz), Harold Ramis (Dr. Egon Spengler) e Ernie Hudson (o motorista Winston Zeddmore), além de Annie Potts (a atrapalhada secretária do grupo, Janine Melnitz). O remake deve ser lançado em 2010 e os quatro primeiros já confirmaram participação!
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Bater em ferro frio
Grandes problemas requerem soluções em proporções maiores às suas causas geradoras. Não há como pensar no “mais ou menos” ou apenas em abafar com “panos-quentes”. É preciso ação enérgica a quem cabe essa ação. Não dá para contemporizar e nem ficar teorizando, para que a situação não saia - como talvez já tenha saído - de controle. E um País que deseja - como vai - organizar uma Copa do Mundo de Futebol, não pode exportar imagens de sua própria incompetência.
O que se viu neste final de semana, nos estádios, nas ruas e até mesmo numa sala onde ocorria uma eleição para a presidência de um clube, pode ser classificado como qualquer coisa, menos como futebol. Selvageria, desrespeito ao patrimônio público e privado e um fanatismo que chega a assustar. Tanto quem é apaixonado como quem não se encanta pelo chamado esporte bretão. Verdadeiros bandidos paramentados com camisas brancas, verdes, rubro-negras, tricolores, alvinegras e por aí afora, disfarçados sob o manto multicolorido de seus clubes do coração. Organizados em bandos. Em pelotões preparados para uma guerra em tempos de paz.
Bandidos legalizados e até mesmo com estatuto, que se julgam no direito de destruir o patrimônio alheio sem a mínima cerimônia, que intimidam e ameaçam jogadores, dirigentes e, infiltrados nos estádios, fazem da violência o hino preferido, cantando a próxima agressão e espantando os verdadeiros torcedores das praças esportivas.
Da agressão sofrida pelos jogadores Wagner Love e Lenny, do Palmeiras, no início da semana passada, até a bagunça generalizada na sede do Santos, durante as eleições para a troca de diretoria, até as cenas de guerra no Couto Pereira, em Curitiba (PR), e sem deixar de citar as lamentáveis cenas na Baixada Santista e nas ruas do Rio de Janeiro, quando torcedores do Flamengo comemoravam o título, depredando vitrines, pontos de ônibus e o que encontravam pela frente, são reincidências de um mesmo enredo, cujo final é sempre este. O descontrole total da massa enfurecida, por conta do despreparo e da falta de competência das autoridades, que nada fazem para prevenir o que se sabe que vai acontecer. E omissão dos próprios clubes, que dão guarida e proteção a essas chamadas “torcidas organizadas” e depois se tornam suas primeiras vítimas. Violência que chega às nossas portas e está tão próxima de nós, que nem imaginamos
Falar e escrever o óbvio, como a necessidade de controlar as torcidas organizadas e até mesmo bani-las, definitivamente, parece não adiantar. Invocar autoridades que têm o poder de controlar essa turba, já não sensibiliza mais. A inércia é a marca registrada de quem tem a decisão nas mãos e não sabe tomá-la. Fechar os olhos para tamanha insanidade é contribuir com a impunidade. Pelo visto, e como a prática nos ensina, somente uma tragédia levará a uma solução. Enquanto isso, em seus gabinetes refrigerados, políticos teorizam sobre como capitalizar melhor sobre essa violência. É preciso dar um basta nessa vergonha institucionalizada. Já!
Antonio Claudio Bontorim
O que se viu neste final de semana, nos estádios, nas ruas e até mesmo numa sala onde ocorria uma eleição para a presidência de um clube, pode ser classificado como qualquer coisa, menos como futebol. Selvageria, desrespeito ao patrimônio público e privado e um fanatismo que chega a assustar. Tanto quem é apaixonado como quem não se encanta pelo chamado esporte bretão. Verdadeiros bandidos paramentados com camisas brancas, verdes, rubro-negras, tricolores, alvinegras e por aí afora, disfarçados sob o manto multicolorido de seus clubes do coração. Organizados em bandos. Em pelotões preparados para uma guerra em tempos de paz.
Bandidos legalizados e até mesmo com estatuto, que se julgam no direito de destruir o patrimônio alheio sem a mínima cerimônia, que intimidam e ameaçam jogadores, dirigentes e, infiltrados nos estádios, fazem da violência o hino preferido, cantando a próxima agressão e espantando os verdadeiros torcedores das praças esportivas.
Da agressão sofrida pelos jogadores Wagner Love e Lenny, do Palmeiras, no início da semana passada, até a bagunça generalizada na sede do Santos, durante as eleições para a troca de diretoria, até as cenas de guerra no Couto Pereira, em Curitiba (PR), e sem deixar de citar as lamentáveis cenas na Baixada Santista e nas ruas do Rio de Janeiro, quando torcedores do Flamengo comemoravam o título, depredando vitrines, pontos de ônibus e o que encontravam pela frente, são reincidências de um mesmo enredo, cujo final é sempre este. O descontrole total da massa enfurecida, por conta do despreparo e da falta de competência das autoridades, que nada fazem para prevenir o que se sabe que vai acontecer. E omissão dos próprios clubes, que dão guarida e proteção a essas chamadas “torcidas organizadas” e depois se tornam suas primeiras vítimas. Violência que chega às nossas portas e está tão próxima de nós, que nem imaginamos
Falar e escrever o óbvio, como a necessidade de controlar as torcidas organizadas e até mesmo bani-las, definitivamente, parece não adiantar. Invocar autoridades que têm o poder de controlar essa turba, já não sensibiliza mais. A inércia é a marca registrada de quem tem a decisão nas mãos e não sabe tomá-la. Fechar os olhos para tamanha insanidade é contribuir com a impunidade. Pelo visto, e como a prática nos ensina, somente uma tragédia levará a uma solução. Enquanto isso, em seus gabinetes refrigerados, políticos teorizam sobre como capitalizar melhor sobre essa violência. É preciso dar um basta nessa vergonha institucionalizada. Já!
Antonio Claudio Bontorim
sábado, 5 de dezembro de 2009
Debate sério...
Desde os primeiros eventos até a ação na Justiça da Diocese de Limeira contra a imprensa, tenho adotado uma postura de discussão útil, quando trato do tema. E até mesmo pedagógica, para tentar mostrar o porquê de tanta discussão. Defendi com unhas e dentes - e em meus escritos - a liberdade dos meios de comunicação e também dos jornalistas em divulgar os fatos relacionados ao assunto, que teve início com o anúncio da transferência do padre Alquermes Valvasori. Como defendi, também, o direito hierárquico da Igreja Católica em assim proceder. Até aí, nada de mais. Nada de emoção. Apenas razão.
Polêmica burra
O bispo viajou, o noticiário esfriou e os ânimos se acalmaram. Por pouco tempo. Na última semana a discussão voltou a ocupar espaço das caixas de e-mail, quando começaram a circular, pela internet, muitas informações desencontradas, sem fontes confiáveis, sobre posicionamentos não oficializados ou oficiais. Os e-mails continuam se sucedendo, como “carta aos católicos”, “acorda Limeira”, “troca de bispo”, “carta aos verdadeiros católicos de Limeira”, entre outros. A imprensa, desta vez e com responsabilidade, pelo próprio vazio das informações, não deu espaço para tanta e grotesca boataria.
Postura isenta
Não sei onde isso vai parar e a quem interessa tanto boato infundado, que apenas começou com a informação da transferência de um padre. Como tantas já aconteceram e outras acontecerão, dentro do processo dinâmico da instituição Igreja. Ao jornalista compete checar fontes antes de informar. Ao colunista, analisar essas informações e repassá-las, com sua opinião, sem o interesse de agradar ou desagradar a qualquer um dos lados. Se é que há algum lado nessa celeuma toda.
Fim do assunto
Para mim, o interesse acabou quando a Justiça, sabiamente, negou o pedido de “censura” que a Igreja tentou impor aos órgãos de imprensa limeirense. As questões internas da Igreja são da Igreja. Não compete a ninguém mais dizer o que se deve ou não fazer e que ação tomar. Assim como qualquer instituição ou empresa, é hierarquizada e age conforme essa hierarquia. Não pode ser questionada por seus atos internos e seu processo não é participativo. O que fica no ar, entretanto, é uma atmosfera estranha, de tentativa de desestabilização da instituição Igreja Católica por parte de alguns poucos a serviço - ou desserviço - de pessoas ou grupos. Vejo, e reafirmo nisso tudo, apenas um certo interesse político. Nada mais! Já cansou, né?
Indagaçõe$$$
Por que a transparência com a coisa pública, que é obrigação dos homens públicos, assusta tanta gente? Por que impera a mediocridade, onde deveria existir inteligência? Entre o notório saber jurídico e a mediocridade institucional, ainda tenho consciência e discernimento de que a primeira opção é a correta.
Um roto que...
...fala do rasgado. Em artigo na Folha de S. Paulo, de ontem, o presidente o Senado, senador José Sarney (PMDB-AP) critica os casos recentes de corrupção e afirma que “é trágico, deprimente, inconcebível, sob todos os ângulos” o que acontece no Brasil. Espero, sinceramente, que a essência do artigo sirva para ele próprio, envolvido que está também em episódios de escândalos políticos. Para quem acreditava em ter visto e ouvido tudo, mais uma pérola política.
Frase da Semana
“É deplorável para a classe política. Eu não entendo por que não se aprova a reforma política”. Do presidente Lula sobre o esquema de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM-DF). Um dia antes o próprio Lula havia dito que as imagens da entrega do dinheiro não falavam por si só. Na quarta-feira, 2, na FolhaOnline.
Antonio Claudio Bontorim
Desde os primeiros eventos até a ação na Justiça da Diocese de Limeira contra a imprensa, tenho adotado uma postura de discussão útil, quando trato do tema. E até mesmo pedagógica, para tentar mostrar o porquê de tanta discussão. Defendi com unhas e dentes - e em meus escritos - a liberdade dos meios de comunicação e também dos jornalistas em divulgar os fatos relacionados ao assunto, que teve início com o anúncio da transferência do padre Alquermes Valvasori. Como defendi, também, o direito hierárquico da Igreja Católica em assim proceder. Até aí, nada de mais. Nada de emoção. Apenas razão.
Polêmica burra
O bispo viajou, o noticiário esfriou e os ânimos se acalmaram. Por pouco tempo. Na última semana a discussão voltou a ocupar espaço das caixas de e-mail, quando começaram a circular, pela internet, muitas informações desencontradas, sem fontes confiáveis, sobre posicionamentos não oficializados ou oficiais. Os e-mails continuam se sucedendo, como “carta aos católicos”, “acorda Limeira”, “troca de bispo”, “carta aos verdadeiros católicos de Limeira”, entre outros. A imprensa, desta vez e com responsabilidade, pelo próprio vazio das informações, não deu espaço para tanta e grotesca boataria.
Postura isenta
Não sei onde isso vai parar e a quem interessa tanto boato infundado, que apenas começou com a informação da transferência de um padre. Como tantas já aconteceram e outras acontecerão, dentro do processo dinâmico da instituição Igreja. Ao jornalista compete checar fontes antes de informar. Ao colunista, analisar essas informações e repassá-las, com sua opinião, sem o interesse de agradar ou desagradar a qualquer um dos lados. Se é que há algum lado nessa celeuma toda.
Fim do assunto
Para mim, o interesse acabou quando a Justiça, sabiamente, negou o pedido de “censura” que a Igreja tentou impor aos órgãos de imprensa limeirense. As questões internas da Igreja são da Igreja. Não compete a ninguém mais dizer o que se deve ou não fazer e que ação tomar. Assim como qualquer instituição ou empresa, é hierarquizada e age conforme essa hierarquia. Não pode ser questionada por seus atos internos e seu processo não é participativo. O que fica no ar, entretanto, é uma atmosfera estranha, de tentativa de desestabilização da instituição Igreja Católica por parte de alguns poucos a serviço - ou desserviço - de pessoas ou grupos. Vejo, e reafirmo nisso tudo, apenas um certo interesse político. Nada mais! Já cansou, né?
Indagaçõe$$$
Por que a transparência com a coisa pública, que é obrigação dos homens públicos, assusta tanta gente? Por que impera a mediocridade, onde deveria existir inteligência? Entre o notório saber jurídico e a mediocridade institucional, ainda tenho consciência e discernimento de que a primeira opção é a correta.
Um roto que...
...fala do rasgado. Em artigo na Folha de S. Paulo, de ontem, o presidente o Senado, senador José Sarney (PMDB-AP) critica os casos recentes de corrupção e afirma que “é trágico, deprimente, inconcebível, sob todos os ângulos” o que acontece no Brasil. Espero, sinceramente, que a essência do artigo sirva para ele próprio, envolvido que está também em episódios de escândalos políticos. Para quem acreditava em ter visto e ouvido tudo, mais uma pérola política.
Frase da Semana
“É deplorável para a classe política. Eu não entendo por que não se aprova a reforma política”. Do presidente Lula sobre o esquema de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM-DF). Um dia antes o próprio Lula havia dito que as imagens da entrega do dinheiro não falavam por si só. Na quarta-feira, 2, na FolhaOnline.
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Tirar o chapéu
Uma coisa é certa. É preciso, sempre, elogiar o prefeito Sílvio Félix (PDT), quando se fala do Parque da Cidade. Muito utilizado pela população, para caminhadas e lazer, foi uma de suas melhores idéias. Atingiu e vem atingindo o seu objetivo. Os homens da varrição trabalham muito bem, porém é preciso fazer a manutenção de alguns aparelhos. Já tratei desse assunto aqui.
Fiscalizar mais
Outro ponto, também, que gera reclamação dos frequentadores, é a questão daqueles que para lá se dirigem com seus animais para passeio, cachorros na sua maioria. Se está na coleira, não faz sujeira na pista de caminhada, até dá para aceitar (é incômodo, porém). O problema são alguns de raças perigosas - e eu próprio já presenciei essa situação - que às vezes nem coleira têm. E quando estão seguros, falta a focinheira, que é obrigatória por lei. Além do bom senso de seus criadores, falta um pouco mais de fiscalização nesse sentido. No mais o local é aprazível e, aos finais de tarde, está sempre cheio.
Perigo eminente
Falando em Parque da Cidade, ontem pela manhã, ao fazer minha caminhada diária, presenciei uma cena que me assustou. Do lado de fora, no Anel Viário, bem em frente à Hípica Municipal, uma mulher com uma criança de cerca de quatro ou cinco anos e empurrando um carrinho com uma menor, tentando atravessar a pista. O local, quase na rotatória, é de movimento intenso e a mulher ensaiou, ensaiou, até que atravessou. Segurando uma criança e empurrando outra. A cena causou muita apreensão e eu cheguei a parar, para ver a conclusão da incursão daquela mulher.
Como controlar?
Não sei o que é possível fazer para evitar uma situação dessas. Talvez a Prefeitura tenha que investir em obstáculos (alambrados, por exemplo, nesses pontos) para coibir tal ação. É perigoso demais!
Cautela e caldo...
...de galinha não fazem mal a ninguém. Dificultar ou retardar a entrega de documentos ao Ministério Público (MP), quando pedidos, não é uma política muita acertada. A ação do promotor da Cidadania, Cleber Masson, mostrada por esta Gazeta, que acionou a Procuradoria Geral do Estado, instância máxima do MP estadual, devido às dificuldades que vem encontrando para conseguir documentos na Prefeitura para suas investigações, é uma prova disso. É bom lembrar que ninguém pode obstruir a Justiça. Negar ou retardar informações à Câmara Municipal, quando os vereadores pedem, é uma coisa. É uma conveniência política. Até pode (mas não deveria) fazer parte do jogo. A tentativa de dificultar os trâmites legais de ações cíveis ou inquéritos, entretanto, é um risco que não se deve correr.
Nada por lá...
A CPI, que deve ter seu relatório na próxima semana, como venho escrevendo aqui, vai mesmo virar pizza. Que não se esqueçam os vereadores - os que estão apostando nisso - que o MP também está no páreo. E lá não tem forno, não! Tem fogueira, que queima forte com a chama da Justiça....
Eu recomendo!
A partir de hoje, e todas as quintas-feiras, estarei utilizando deste espaço para uma dica de cinema. Afinal das contas, nem só de política, críticas e elogios, vive o colunista. A cultura é importante também. E aqui vai a primeira dica: O filme é antigo, de 1993, dos EUA, porém é envolvente e traz grandes estrelas, como a (ainda) estonteante Sharon Stone. Filme: Invasão de Privacidade (titulo original: Sliver), com direção de Phillip Noyce. Além dela, brilham ainda William Baldwin, Polly Walker , Tom Berenger e Colleen Camp. A duração é de 107 minutos e o gênero é suspense. Semana que vem falarei de remakes!
Antonio Claudio Bontorim
Uma coisa é certa. É preciso, sempre, elogiar o prefeito Sílvio Félix (PDT), quando se fala do Parque da Cidade. Muito utilizado pela população, para caminhadas e lazer, foi uma de suas melhores idéias. Atingiu e vem atingindo o seu objetivo. Os homens da varrição trabalham muito bem, porém é preciso fazer a manutenção de alguns aparelhos. Já tratei desse assunto aqui.
Fiscalizar mais
Outro ponto, também, que gera reclamação dos frequentadores, é a questão daqueles que para lá se dirigem com seus animais para passeio, cachorros na sua maioria. Se está na coleira, não faz sujeira na pista de caminhada, até dá para aceitar (é incômodo, porém). O problema são alguns de raças perigosas - e eu próprio já presenciei essa situação - que às vezes nem coleira têm. E quando estão seguros, falta a focinheira, que é obrigatória por lei. Além do bom senso de seus criadores, falta um pouco mais de fiscalização nesse sentido. No mais o local é aprazível e, aos finais de tarde, está sempre cheio.
Perigo eminente
Falando em Parque da Cidade, ontem pela manhã, ao fazer minha caminhada diária, presenciei uma cena que me assustou. Do lado de fora, no Anel Viário, bem em frente à Hípica Municipal, uma mulher com uma criança de cerca de quatro ou cinco anos e empurrando um carrinho com uma menor, tentando atravessar a pista. O local, quase na rotatória, é de movimento intenso e a mulher ensaiou, ensaiou, até que atravessou. Segurando uma criança e empurrando outra. A cena causou muita apreensão e eu cheguei a parar, para ver a conclusão da incursão daquela mulher.
Como controlar?
Não sei o que é possível fazer para evitar uma situação dessas. Talvez a Prefeitura tenha que investir em obstáculos (alambrados, por exemplo, nesses pontos) para coibir tal ação. É perigoso demais!
Cautela e caldo...
...de galinha não fazem mal a ninguém. Dificultar ou retardar a entrega de documentos ao Ministério Público (MP), quando pedidos, não é uma política muita acertada. A ação do promotor da Cidadania, Cleber Masson, mostrada por esta Gazeta, que acionou a Procuradoria Geral do Estado, instância máxima do MP estadual, devido às dificuldades que vem encontrando para conseguir documentos na Prefeitura para suas investigações, é uma prova disso. É bom lembrar que ninguém pode obstruir a Justiça. Negar ou retardar informações à Câmara Municipal, quando os vereadores pedem, é uma coisa. É uma conveniência política. Até pode (mas não deveria) fazer parte do jogo. A tentativa de dificultar os trâmites legais de ações cíveis ou inquéritos, entretanto, é um risco que não se deve correr.
Nada por lá...
A CPI, que deve ter seu relatório na próxima semana, como venho escrevendo aqui, vai mesmo virar pizza. Que não se esqueçam os vereadores - os que estão apostando nisso - que o MP também está no páreo. E lá não tem forno, não! Tem fogueira, que queima forte com a chama da Justiça....
Eu recomendo!
A partir de hoje, e todas as quintas-feiras, estarei utilizando deste espaço para uma dica de cinema. Afinal das contas, nem só de política, críticas e elogios, vive o colunista. A cultura é importante também. E aqui vai a primeira dica: O filme é antigo, de 1993, dos EUA, porém é envolvente e traz grandes estrelas, como a (ainda) estonteante Sharon Stone. Filme: Invasão de Privacidade (titulo original: Sliver), com direção de Phillip Noyce. Além dela, brilham ainda William Baldwin, Polly Walker , Tom Berenger e Colleen Camp. A duração é de 107 minutos e o gênero é suspense. Semana que vem falarei de remakes!
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Da cueca à meia
Depois dos dólares na cueca, a moda agora é dinheiro na meia. Pelo menos foi o que um deputado distrital da Capital Federal fez, ao receber o seu pagamento no esquema (só agora parece estar sendo desmantelado) do governador José Roberto Arruda (DEM), de Brasília. O mesmo Arruda, que lá atrás, ainda no Senado, foi um dos responsáveis, juntamente com outro senador, o baiano Antonio Carlos Magalhães, à época no PFL (ainda não era Democratas), pelo escândalo da violação do painel de votação do Senado Federal. Ambos renunciaram para não serem cassados. Magalhães está morto e Arruda não aprendeu a lição.
Após as denúncias do mensalão, que envolveu toda a base aliada de Lula, um a um os algozes daquela empreitada, que queriam fazer o presidente “sangrar” até as eleições, estão caindo na mesma armadilha. E estão sentindo na própria pele tudo aquilo que por meses a fio provocaram ao governo do PT e à sua base aliada, até a reeleição, em segundo turno, do próprio Lula. Hoje, os arautos da idoneidade no período do mensalão, que se apresentavam como os salvadores da moral e bons costumes na política, estão eles próprios envolvidos em esquemas de propinagem e arrecadação de dinheiro.
O ex-governador mineiro e atual senador, Eduardo Azeredo (PSDB), com o chamado “mensalão mineiro” (que nada mais foi do que o embrião do mensalão federal, inclusive com os mesmos personagens), é o primeiro a sentir os efeitos do veneno destilado por seu próprio partido. E agora o democrata José Roberto Arruda, cujo partido “transpirava” ética por todos os poros, dá um claro sinal dessa contaminação, que se alastrou por todo o País.
A divulgação do fato por jornais e revistas, e cujos vídeos estão nos telejornais das emissoras de televisão e mostram seus protagonistas recebendo dinheiro vivo, e foi possível graças ao mecanismo da delação premiada de um dos homens de confiança do governador e envolvido no esquema, é mais que uma ferida aberta por essa infecção generalizada, que tomou conta da política nacional. É um forte indício da necessidade urgente de uma reforma política. Sem adiamentos!
Ninguém pode aceitar mais o uso da arte política como forma de enriquecimento ilícito justamente com o dinheiro público. Aquele que deveria ser empregado para gerar bem-estar social do cidadão e contribuir para o desenvolvimento das comunidades. É preciso esvaziar essa burra, para mostrar que o agente político tem o dever de servir àqueles que nele confiaram e não se servir do cargo, poder e prestígio para fazer aumentar seu patrimônio pessoal. E isso só será possível através de uma reforma política ampla e que não tenha medo de colocar no banco dos réus, caso necessário, um a um daqueles que se locupletaram da vida pública. E o primeiro passo para isso é tirar o foro privilegiado desses agentes, transferindo-o para a justiça comum e responsabilizando-os criminalmente pelas ilicitudes.
Antonio Claudio Bontorim
Após as denúncias do mensalão, que envolveu toda a base aliada de Lula, um a um os algozes daquela empreitada, que queriam fazer o presidente “sangrar” até as eleições, estão caindo na mesma armadilha. E estão sentindo na própria pele tudo aquilo que por meses a fio provocaram ao governo do PT e à sua base aliada, até a reeleição, em segundo turno, do próprio Lula. Hoje, os arautos da idoneidade no período do mensalão, que se apresentavam como os salvadores da moral e bons costumes na política, estão eles próprios envolvidos em esquemas de propinagem e arrecadação de dinheiro.
O ex-governador mineiro e atual senador, Eduardo Azeredo (PSDB), com o chamado “mensalão mineiro” (que nada mais foi do que o embrião do mensalão federal, inclusive com os mesmos personagens), é o primeiro a sentir os efeitos do veneno destilado por seu próprio partido. E agora o democrata José Roberto Arruda, cujo partido “transpirava” ética por todos os poros, dá um claro sinal dessa contaminação, que se alastrou por todo o País.
A divulgação do fato por jornais e revistas, e cujos vídeos estão nos telejornais das emissoras de televisão e mostram seus protagonistas recebendo dinheiro vivo, e foi possível graças ao mecanismo da delação premiada de um dos homens de confiança do governador e envolvido no esquema, é mais que uma ferida aberta por essa infecção generalizada, que tomou conta da política nacional. É um forte indício da necessidade urgente de uma reforma política. Sem adiamentos!
Ninguém pode aceitar mais o uso da arte política como forma de enriquecimento ilícito justamente com o dinheiro público. Aquele que deveria ser empregado para gerar bem-estar social do cidadão e contribuir para o desenvolvimento das comunidades. É preciso esvaziar essa burra, para mostrar que o agente político tem o dever de servir àqueles que nele confiaram e não se servir do cargo, poder e prestígio para fazer aumentar seu patrimônio pessoal. E isso só será possível através de uma reforma política ampla e que não tenha medo de colocar no banco dos réus, caso necessário, um a um daqueles que se locupletaram da vida pública. E o primeiro passo para isso é tirar o foro privilegiado desses agentes, transferindo-o para a justiça comum e responsabilizando-os criminalmente pelas ilicitudes.
Antonio Claudio Bontorim
sábado, 28 de novembro de 2009
Balanço positivo
Vários setores da economia - e agora o moveleiro - estão fazendo festa com a redução do IPI. Haverá perda de arrecadação? A resposta é sim. Porém é preciso abrir um parênteses para uma análise mais apurada em torno dessa perda. O setor produtivo agradece e a economia se fortalece, mas e o governo? É justamente nesse ponto que vale o comentário: na realidade essa perda é a gordura fiscal, ou seja, aquilo que o governo tem de sobra com a alta carga tributária. E não é preciso fazer muita conta não e nem ter bola de cristal. Se fosse, realmente, fazer falta, não haveria essa “renúncia fiscal” por parte do governo.
De bom tamanho
Não existe bondade política ou econômica, não! É que depois de anos de apetite voraz, devorando nosso suado dinheirinho via impostos, taxas e outros tributos, o governo percebeu que pode ceder. Faz, talvez até subconscientemente, uma mea culpa dessa gula e, com isso, acaba por ajudar na recuperação econômica do País. A crise econômica mundial mostrou que há possibilidade, sim de redução da carga tributária, a favor da produção e do consumo. Antes tarde, que nunca!
Números reais...
Câmara contnua à toda no quesito “administração pública”. De apenas cinco vereadores foram 17 indicações para poda de árvores, limpeza em ruas e praças, manutenção de avenida, iluminação em área de lazer, ronda preventiva da GM, operação tapa-buracos, sinalização de trânsito, áreas de lazer e esportes... só para citar alguns. Tudo isso, na última sessão do Legislativo Municipal, na segunda-feira, dia 23.
Vida manchada
Apesar de sua reconhecida cultura e saber jurídico, Rui Barbosa passou para a posteridade, além do título de “Águia de Haia” - numa referência ao tribunal internacional na Holanda - como o ministro da Fazenda à época, que mandou queimar Livros de Matrículas de escravos existentes nas comarcas e registros de posse de escravos existentes no Brasil. Ele queimou parte da história brasileira, por entender que essa mancha - a escravidão - não poderia passar às gerações futuras. Alguns dizem, também, que foi para evitar futuras indenizações. Uma mancha em seu vasto currículo.
Acertos maiores
Por outro lado, e por ser inegável e notório orador, Rui Barbosa também nos deixou algumas obras primas. Tanto em idéias como em discursos, que marcaram toda uma época da vida nacional. Algumas dessas obras têm aplicação até hoje na vida política do País. Um de seus ensinamentos, refere-se à vergonha do homem perante sua própria honestidade. “De tanto ver triunfar as nulidades...”, começa o discurso de Barbosa.
Auto da vergonha
É um trecho desse discurso do “Águia de Haia”, e muito conhecido, que reproduzo aqui, como forma de externar minha indignação contra o que estamos assistindo na política brasileira. De Limeira até a Capital Federal. Eis como se expressou Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Está nos anais do Senado (Senado Federal, RJ, Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).
Frase da Semana
“O RH é um departamento da Prefeitura e esse vídeo favorecia todo um contexto, porque é para a área de desenvolvimento, que envolve tudo”. Elvécio Rui Lazari, ao responder, na CPI, pergunta do vereador Paulo Hadich (PSB), porque sua nomeação estava no Departamento de RH e ele havia sido contratado para confecção de vídeo.
Antonio Claudio Bontorim
Vários setores da economia - e agora o moveleiro - estão fazendo festa com a redução do IPI. Haverá perda de arrecadação? A resposta é sim. Porém é preciso abrir um parênteses para uma análise mais apurada em torno dessa perda. O setor produtivo agradece e a economia se fortalece, mas e o governo? É justamente nesse ponto que vale o comentário: na realidade essa perda é a gordura fiscal, ou seja, aquilo que o governo tem de sobra com a alta carga tributária. E não é preciso fazer muita conta não e nem ter bola de cristal. Se fosse, realmente, fazer falta, não haveria essa “renúncia fiscal” por parte do governo.
De bom tamanho
Não existe bondade política ou econômica, não! É que depois de anos de apetite voraz, devorando nosso suado dinheirinho via impostos, taxas e outros tributos, o governo percebeu que pode ceder. Faz, talvez até subconscientemente, uma mea culpa dessa gula e, com isso, acaba por ajudar na recuperação econômica do País. A crise econômica mundial mostrou que há possibilidade, sim de redução da carga tributária, a favor da produção e do consumo. Antes tarde, que nunca!
Números reais...
Câmara contnua à toda no quesito “administração pública”. De apenas cinco vereadores foram 17 indicações para poda de árvores, limpeza em ruas e praças, manutenção de avenida, iluminação em área de lazer, ronda preventiva da GM, operação tapa-buracos, sinalização de trânsito, áreas de lazer e esportes... só para citar alguns. Tudo isso, na última sessão do Legislativo Municipal, na segunda-feira, dia 23.
Vida manchada
Apesar de sua reconhecida cultura e saber jurídico, Rui Barbosa passou para a posteridade, além do título de “Águia de Haia” - numa referência ao tribunal internacional na Holanda - como o ministro da Fazenda à época, que mandou queimar Livros de Matrículas de escravos existentes nas comarcas e registros de posse de escravos existentes no Brasil. Ele queimou parte da história brasileira, por entender que essa mancha - a escravidão - não poderia passar às gerações futuras. Alguns dizem, também, que foi para evitar futuras indenizações. Uma mancha em seu vasto currículo.
Acertos maiores
Por outro lado, e por ser inegável e notório orador, Rui Barbosa também nos deixou algumas obras primas. Tanto em idéias como em discursos, que marcaram toda uma época da vida nacional. Algumas dessas obras têm aplicação até hoje na vida política do País. Um de seus ensinamentos, refere-se à vergonha do homem perante sua própria honestidade. “De tanto ver triunfar as nulidades...”, começa o discurso de Barbosa.
Auto da vergonha
É um trecho desse discurso do “Águia de Haia”, e muito conhecido, que reproduzo aqui, como forma de externar minha indignação contra o que estamos assistindo na política brasileira. De Limeira até a Capital Federal. Eis como se expressou Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Está nos anais do Senado (Senado Federal, RJ, Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).
Frase da Semana
“O RH é um departamento da Prefeitura e esse vídeo favorecia todo um contexto, porque é para a área de desenvolvimento, que envolve tudo”. Elvécio Rui Lazari, ao responder, na CPI, pergunta do vereador Paulo Hadich (PSB), porque sua nomeação estava no Departamento de RH e ele havia sido contratado para confecção de vídeo.
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
É só descaso!!
A reportagem exibida no telejornal Jornal Regional, da EPTV Campinas, da última terça-feira, 24, à noite, mostra como e quanto os agentes públicos e políticos estão preocupados com os verdadeiros problemas da população. Em especial com a saúde: zero, nada! Ou, melhor ainda, “estão se lixando”. E o exemplo vem de Iracemápolis, tema da reportagem em questão, que mostrou um hospital “novinho em folha” que há 7 anos está sem funcionar. Equipamentos modernos, berçário, leitos, e os iracemapolenses têm que se deslocar para Limeira, Piracicaba ou até Campinas, quando precisam de um atendimento melhor.
Bola para cá...
...bola para lá! A Coordenadoria de Saúde do município joga a culpa no governo do Estado, que afirma ter feito várias propostas de parceria para pôr o hospital em funcionamento, não aceitas pela Prefeitura. E a Prefeitura, por sua vez, diz que nunca recebeu tais propostas. E olha que o prefeito Fábio Zuza e o governador José Serra são do mesmo partido, o PSDB. E nesse jogo de empurra, uma única pergunta, que não foi respondida: quem está mentindo neste caso?
Olhares atentos
Fica, então, o desabafo de um cidadão iracemapolense, que disse: “isso daí é para promover nome de vereador, prefeito, deputado, que vem para inauguração”. Ou na indagação de outra cidadã: “de quem é a culpa?”. A pergunta ficou sem resposta. Quem quiser assistir à matéria completa, feita pela EPTV Campinas, e ver o descaso do poder público com o próprio cidadão, basta acessar o link: http://eptv.globo.com/emc/VID,0,1,7662;1, hospital+parado.aspx
Rojão não pode
A Câmara aprovou, na última segunda-feira, projeto das vereadoras Nilce Segalla e Elza Tank, ambas do PTB, que proíbe a venda, fornecimento e entrega de fogos de artifício a crianças e adolescentes no município. “Com isso se pretende reduzir em Limeira a incidência de acidentes registrados por uso de fogos de artifício e similares, principalmente envolvendo crianças e adolescentes”, justifica Nilce. As penalidades vão da advertência formal por escrito até multa e cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento comercial. Como sempre digo, os vereadores sabem fazer bons projetos. Só emperram quando é preciso fiscalizar o Executivo. Quando é preciso exercer, na essência, a função de vereador. Quando é preciso fazer Política, com “P” maiúsculo.
Ordem do chefe
O presidente da Câmara, Eliseu Daniel dos Santos (PDT), convocou para hoje sessão extraordinária. Na pauta um projeto de lei e três projetos de lei complementares. Todos do Executivo. Um deles, que dispõe sobre o Estatuto do Magistério Público Municipal, contém Plano de Carreira da Categoria, e “dá outras providências”. Portanto, professores municipais, hoje é dia de comparecer à sessão e acompanhar a votação.
Morte por leite
Um leitor, por e-mail, lembrou do escândalo do leite no Brasil. Alguém se lembra, aquele da soda cáustica...Pois é, esse leitor acompanhou o anúncio da sentença de morte e execução de dois chineses, também por um escândalo do leite. Só que na China. A história da melanina no leite. Aqui no Brasil tudo ficou na impunidade. Depois das denúncias, tudo voltou ao normal, as marcas afetadas estão nas gôndolas dos supermercados... Os culpados? Devem estar se divertindo em algum balneário luxuoso por aí...
CPIzza? Buuhh
Pelo menos hoje não falarei da CPIzza do Fantasma. Sabe aquela história de “não chutar cachorro morto” - embora o cachorro não tenha nada a ver com isso - ou “acender velas para mau defunto”... Pois é, acabo de perceber que a “comissão para lamentar o inquérito” está literalmente morta. Portanto, hoje não vou chutar e nem acender velas. E digo mais, onde tem Fantasma, tem Capeto, tem Herói e tem Diana Palmer... Por ora é só!
Antonio Claudio Bontorim
A reportagem exibida no telejornal Jornal Regional, da EPTV Campinas, da última terça-feira, 24, à noite, mostra como e quanto os agentes públicos e políticos estão preocupados com os verdadeiros problemas da população. Em especial com a saúde: zero, nada! Ou, melhor ainda, “estão se lixando”. E o exemplo vem de Iracemápolis, tema da reportagem em questão, que mostrou um hospital “novinho em folha” que há 7 anos está sem funcionar. Equipamentos modernos, berçário, leitos, e os iracemapolenses têm que se deslocar para Limeira, Piracicaba ou até Campinas, quando precisam de um atendimento melhor.
Bola para cá...
...bola para lá! A Coordenadoria de Saúde do município joga a culpa no governo do Estado, que afirma ter feito várias propostas de parceria para pôr o hospital em funcionamento, não aceitas pela Prefeitura. E a Prefeitura, por sua vez, diz que nunca recebeu tais propostas. E olha que o prefeito Fábio Zuza e o governador José Serra são do mesmo partido, o PSDB. E nesse jogo de empurra, uma única pergunta, que não foi respondida: quem está mentindo neste caso?
Olhares atentos
Fica, então, o desabafo de um cidadão iracemapolense, que disse: “isso daí é para promover nome de vereador, prefeito, deputado, que vem para inauguração”. Ou na indagação de outra cidadã: “de quem é a culpa?”. A pergunta ficou sem resposta. Quem quiser assistir à matéria completa, feita pela EPTV Campinas, e ver o descaso do poder público com o próprio cidadão, basta acessar o link: http://eptv.globo.com/emc/VID,0,1,7662;1, hospital+parado.aspx
Rojão não pode
A Câmara aprovou, na última segunda-feira, projeto das vereadoras Nilce Segalla e Elza Tank, ambas do PTB, que proíbe a venda, fornecimento e entrega de fogos de artifício a crianças e adolescentes no município. “Com isso se pretende reduzir em Limeira a incidência de acidentes registrados por uso de fogos de artifício e similares, principalmente envolvendo crianças e adolescentes”, justifica Nilce. As penalidades vão da advertência formal por escrito até multa e cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento comercial. Como sempre digo, os vereadores sabem fazer bons projetos. Só emperram quando é preciso fiscalizar o Executivo. Quando é preciso exercer, na essência, a função de vereador. Quando é preciso fazer Política, com “P” maiúsculo.
Ordem do chefe
O presidente da Câmara, Eliseu Daniel dos Santos (PDT), convocou para hoje sessão extraordinária. Na pauta um projeto de lei e três projetos de lei complementares. Todos do Executivo. Um deles, que dispõe sobre o Estatuto do Magistério Público Municipal, contém Plano de Carreira da Categoria, e “dá outras providências”. Portanto, professores municipais, hoje é dia de comparecer à sessão e acompanhar a votação.
Morte por leite
Um leitor, por e-mail, lembrou do escândalo do leite no Brasil. Alguém se lembra, aquele da soda cáustica...Pois é, esse leitor acompanhou o anúncio da sentença de morte e execução de dois chineses, também por um escândalo do leite. Só que na China. A história da melanina no leite. Aqui no Brasil tudo ficou na impunidade. Depois das denúncias, tudo voltou ao normal, as marcas afetadas estão nas gôndolas dos supermercados... Os culpados? Devem estar se divertindo em algum balneário luxuoso por aí...
CPIzza? Buuhh
Pelo menos hoje não falarei da CPIzza do Fantasma. Sabe aquela história de “não chutar cachorro morto” - embora o cachorro não tenha nada a ver com isso - ou “acender velas para mau defunto”... Pois é, acabo de perceber que a “comissão para lamentar o inquérito” está literalmente morta. Portanto, hoje não vou chutar e nem acender velas. E digo mais, onde tem Fantasma, tem Capeto, tem Herói e tem Diana Palmer... Por ora é só!
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Chega de hipocrisia
Sob protestos de meia-dúzia de ONGs e da comunidade israelita no Brasil, o presidente Lula recebeu ontem a visita relâmpago do iraniano Mahmoud Ahmadinejad, execrado pela comunidade internacional por sua política interna repressora e teocrática e postura falastrona, o que não lhe tira, porém, o status de chefe de estado. Ora, se o presidente brasileiro recebera, antes, o israelense Shimon Peres, e o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, essa é mais uma visita oficial - das muitas que se sucederão, com Lula e com quem vier a ocupar seu posto em 2011 - de um chefe de estado a outro. E é prudente lembrar, também, que não há beligerância entre os dois países, que desenvolvem, senão intensa, pelo menos claras relações comerciais como duas nações soberanas.
Protestar contra autoridades internacionais virou mania mundial, principalmente quando garante mídia às próprias ONGs. E não seria diferente por aqui. É preciso lembrar, porém, que tais protestos não passam, para definir bem a situação provocada por Ahmadinejad, de uma grande hipocrisia de quem deseja lavar a roupa suja alheia, mas não olha para debaixo de seu próprio tapete. Nessa hora é preciso uma análise mais pragmática e menos emocional.
Não se trata aqui de defender o presidente da República Islâmica do Irã, que de santo não tem nada e cujas posições antissemitas são bem conhecidas e internamente ganhou uma eleição duvidosa e reprime com violência seus opositores. O mundo se manifesta, a cada dia, ancorado pelos Estados Unidos, contra isso. Ninguém, em perfeito estado de consciência, pode defender um poder de Estado dessa natureza, o que não nos exime, entretanto, de mostrar que há outros e mais graves pecados a serem combatidas sob o ponto de vista ideológico e filosófico, que muitas vezes passam em branco sob os atentos olhares de nossa visão ocidental.
Desde tempos imemoriais que se tenta ocidentalizar o mundo, que não é feito de uma única cultura ou religiosidade. Então pode ser considerada tão ou até mais criminosa a ação da Santa Inquisição; dos jesuítas na catequização dos índios, nos primórdios de nossa história, tentando impingir-lhes uma crença diferente da que professavam, até o não reconhecimento de um povo, enclausurando-o em territórios separados por muros. Ou então condenar povos africanos a viverem na miséria absoluta, porque nada podem dar em troca. É preciso protestar contra isso também e, acima das diferenças culturais e de fé, garantir-lhes a dignidade.
O Holocausto, como a guerra étnica nos Bálcãs, são dois crimes contra a humanidade. Imprescritíveis, diga-se. Como é a prática sistemática de Israel de confinar o povo palestino e negar-lhes o direito a uma nação. Ou a prática suicida dos homens-bomba em nome de Alah. Como devem ser tratadas, também, Guantánamo, as ações militares norte-americanas no Iraque e no Afeganistão e as incursões russas na Chechênia. Exemplos, que avalizam essa hipocrisia, há de sobra!
Antonio Claudio Bontorim
Protestar contra autoridades internacionais virou mania mundial, principalmente quando garante mídia às próprias ONGs. E não seria diferente por aqui. É preciso lembrar, porém, que tais protestos não passam, para definir bem a situação provocada por Ahmadinejad, de uma grande hipocrisia de quem deseja lavar a roupa suja alheia, mas não olha para debaixo de seu próprio tapete. Nessa hora é preciso uma análise mais pragmática e menos emocional.
Não se trata aqui de defender o presidente da República Islâmica do Irã, que de santo não tem nada e cujas posições antissemitas são bem conhecidas e internamente ganhou uma eleição duvidosa e reprime com violência seus opositores. O mundo se manifesta, a cada dia, ancorado pelos Estados Unidos, contra isso. Ninguém, em perfeito estado de consciência, pode defender um poder de Estado dessa natureza, o que não nos exime, entretanto, de mostrar que há outros e mais graves pecados a serem combatidas sob o ponto de vista ideológico e filosófico, que muitas vezes passam em branco sob os atentos olhares de nossa visão ocidental.
Desde tempos imemoriais que se tenta ocidentalizar o mundo, que não é feito de uma única cultura ou religiosidade. Então pode ser considerada tão ou até mais criminosa a ação da Santa Inquisição; dos jesuítas na catequização dos índios, nos primórdios de nossa história, tentando impingir-lhes uma crença diferente da que professavam, até o não reconhecimento de um povo, enclausurando-o em territórios separados por muros. Ou então condenar povos africanos a viverem na miséria absoluta, porque nada podem dar em troca. É preciso protestar contra isso também e, acima das diferenças culturais e de fé, garantir-lhes a dignidade.
O Holocausto, como a guerra étnica nos Bálcãs, são dois crimes contra a humanidade. Imprescritíveis, diga-se. Como é a prática sistemática de Israel de confinar o povo palestino e negar-lhes o direito a uma nação. Ou a prática suicida dos homens-bomba em nome de Alah. Como devem ser tratadas, também, Guantánamo, as ações militares norte-americanas no Iraque e no Afeganistão e as incursões russas na Chechênia. Exemplos, que avalizam essa hipocrisia, há de sobra!
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Merece apoio
A iniciativa do vereador Carlinhos Silva (PDT) de apresentar projeto de lei para remoção de veículos automotores abandonados em logradouros públicos é interessante. Dias desses assisti na EPTV Campinas o problema que causa a prática de abandonar carros em calçadas, ruas e outros locais, inclusive às portas de ferros-velho. Há riscos, sim, para essa prática. É um desrespeito à paisagem urbana das cidades.
Preservar é...
...reverenciar a história. E nada mais justo do que contar essa história, preservando assim a memória da própria cidade. A aprovação do Projeto de Lei 341/2009, também de Carlinhos Silva, que instituiu no município a “Semana resgatando a história dos bairros de Limeira”, foi, sem dúvida uma tacada genial. “Fazer com que a população tenha conhecimento da história da cidade e também das mudanças que a cidade passou, os avanços tecnológicos, a criação dos bairros”, conforme justifica o vereador, é fundamental para que possamos conhecer, na íntegra, toda a ascensão do município. Ninguém vence o futuro se não cultuar o passado.
Ainda é cedo
Apesar dessas iniciativas e outras, que vemos a Câmara desenvolver, é uma pena que os vereadores, quando vão fazer política acabem se curvando à vontade do Poder Executivo e deixem de fiscalizar ou cobrar explicações sobre projetos polêmicos e aceitem, goela abaixo, as urgências urgentíssimas e, invariavelmente, quando um vereador faz um requerimento cobrando essas explicações, estas não são aprovadas. Deve ser a legislatura mais omissa dos últimos tempos!
Extensão. Só!
Como a maioria dos vereadores estão pouco “se lixando” para a opinião pública, salvo três ou quatro exceções, a Câmara se tornou apenas uma extensão do Executivo. A Gazeta trouxe, em manchete, no último dia 12 (Como “subprefeitura” Câmara atende 11 mil), que reflete bem a situação. E a análise do cientista político da Unicamp, Valério Mendes da Costa, foi perfeita: “o Legislativo de Limeira funciona como um balcão de reivindicações”. Para meio entendedor...
Revitalização
E por falar em preservação, a iniciativa do prefeito Silvio Félix (PDT) com proprietários de imóveis da rua Barão de Cascalho, entre a Estação Ferroviária e Rua Tiradentes, revitalização do local, também é digna de elogios. O investimento de R$ 1 milhão prevê a conservação das fachadas dos imóveis considerados de interesse histórico e a elaboração de um calçadão. Espera-se, entretanto, que não fique como mais uma idéia e obra inconclusa ou se arrastem às vésperas das eleições de 2010, como parece que vai acontecer com a Ponte Preta.
Um preço alto
A condução da “CPIzza” do Fantasma pode custar muito caro ao seu presidente, vereador Silvio Brito (PDT). Ele está se deixando levar por influências que, mais tarde, pesarão apenas contra ele. A blindagem ao governo Félix, neste caso, dá a entender que há tentativa clara de se maquiar a verdade. E a participação do secretário Sérgio Sterzo, que chamou para si toda a responsabilidade sobre os “fantasmas”, é algo digno de nota. É de um altruísmo incomparável. Ele não evitou, entretanto, conforme mostrou esta Gazeta, as contradições. Alguém acha que essa investigação é séria? É, como sempre digo, “para lamentar o inquérito”...
É no meu apê!
Na terça-feira, 17, às vésperas de mais uma reunião da CPI, o prefeito Silvio Félix esteve no apartamento da vereadora, e líder do governo na Câmara, Elza Tank (PTB). Encontrei-me com sua secretária, Adriana, no hall do prédio, às 12h35. Presenciei, entretanto, a saída de Félix, por volta das 12h48. Mistérios!
Antonio Claudio Bontorim
A iniciativa do vereador Carlinhos Silva (PDT) de apresentar projeto de lei para remoção de veículos automotores abandonados em logradouros públicos é interessante. Dias desses assisti na EPTV Campinas o problema que causa a prática de abandonar carros em calçadas, ruas e outros locais, inclusive às portas de ferros-velho. Há riscos, sim, para essa prática. É um desrespeito à paisagem urbana das cidades.
Preservar é...
...reverenciar a história. E nada mais justo do que contar essa história, preservando assim a memória da própria cidade. A aprovação do Projeto de Lei 341/2009, também de Carlinhos Silva, que instituiu no município a “Semana resgatando a história dos bairros de Limeira”, foi, sem dúvida uma tacada genial. “Fazer com que a população tenha conhecimento da história da cidade e também das mudanças que a cidade passou, os avanços tecnológicos, a criação dos bairros”, conforme justifica o vereador, é fundamental para que possamos conhecer, na íntegra, toda a ascensão do município. Ninguém vence o futuro se não cultuar o passado.
Ainda é cedo
Apesar dessas iniciativas e outras, que vemos a Câmara desenvolver, é uma pena que os vereadores, quando vão fazer política acabem se curvando à vontade do Poder Executivo e deixem de fiscalizar ou cobrar explicações sobre projetos polêmicos e aceitem, goela abaixo, as urgências urgentíssimas e, invariavelmente, quando um vereador faz um requerimento cobrando essas explicações, estas não são aprovadas. Deve ser a legislatura mais omissa dos últimos tempos!
Extensão. Só!
Como a maioria dos vereadores estão pouco “se lixando” para a opinião pública, salvo três ou quatro exceções, a Câmara se tornou apenas uma extensão do Executivo. A Gazeta trouxe, em manchete, no último dia 12 (Como “subprefeitura” Câmara atende 11 mil), que reflete bem a situação. E a análise do cientista político da Unicamp, Valério Mendes da Costa, foi perfeita: “o Legislativo de Limeira funciona como um balcão de reivindicações”. Para meio entendedor...
Revitalização
E por falar em preservação, a iniciativa do prefeito Silvio Félix (PDT) com proprietários de imóveis da rua Barão de Cascalho, entre a Estação Ferroviária e Rua Tiradentes, revitalização do local, também é digna de elogios. O investimento de R$ 1 milhão prevê a conservação das fachadas dos imóveis considerados de interesse histórico e a elaboração de um calçadão. Espera-se, entretanto, que não fique como mais uma idéia e obra inconclusa ou se arrastem às vésperas das eleições de 2010, como parece que vai acontecer com a Ponte Preta.
Um preço alto
A condução da “CPIzza” do Fantasma pode custar muito caro ao seu presidente, vereador Silvio Brito (PDT). Ele está se deixando levar por influências que, mais tarde, pesarão apenas contra ele. A blindagem ao governo Félix, neste caso, dá a entender que há tentativa clara de se maquiar a verdade. E a participação do secretário Sérgio Sterzo, que chamou para si toda a responsabilidade sobre os “fantasmas”, é algo digno de nota. É de um altruísmo incomparável. Ele não evitou, entretanto, conforme mostrou esta Gazeta, as contradições. Alguém acha que essa investigação é séria? É, como sempre digo, “para lamentar o inquérito”...
É no meu apê!
Na terça-feira, 17, às vésperas de mais uma reunião da CPI, o prefeito Silvio Félix esteve no apartamento da vereadora, e líder do governo na Câmara, Elza Tank (PTB). Encontrei-me com sua secretária, Adriana, no hall do prédio, às 12h35. Presenciei, entretanto, a saída de Félix, por volta das 12h48. Mistérios!
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Apagão de inteligência
O apagão de energia elétrica completa hoje uma semana e até agora ninguém tem certeza do que aconteceu. Versões desencontradas, tentativa de politizar a pane que atingiu 18 estados e mais de 60 milhões de pessoas por algumas horas, na terça-feira dia 10, e até “pito” do ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, a um técnico do INPE, que o desmentiu, explicando que o sistema não foi atingido por raios, ainda povoam o imaginário, tanto do governo como da população. Esta, escaldada do racionamento de energia na era FHC, se assusta com uma nova possibilidade de ter que atingir metas mensais de consumo. Nem mesmo uma sabotagem por hackers foi descartada. E ontem o ministério do Lobão afirmou que a causa do blecaute foi um curto-circuito, que derrubou as três linhas de alta tensão e a parada de Itaipu.
Passados os sete dias do evento, que adentrou madrugada de quarta-feira, 11, não se discute mais as causas e consequencias da interrupção de energia elétrica. Discute-se, agora, a vulnerabilidade do sistema perante situações de risco e, principalmente, se o governo investiu o que tinha que investir nos últimos anos. E mesmo com esse novo foco de argumentações, contra e a favor, está faltando sinceridade na hora de expor o problema ao grande público. E esse descompasso de informações tem uma única razão: política. Lugar de político é na política. Já passou da hora de escalar apadrinhados para ministérios estratégicos, como o das Minas e Energia, e colocar técnicos, capacitados em explicar e apresentar as soluções, sem as preocupações dos “panos quentes”, para agradar esse ou aquele mandatário.
O maranhense Edson Lobão, apadrinhado político de José Sarney, trocou os pés pelas mãos, não falou coisa com coisa e muito menos soube explicar o que de fato aconteceu, e como aconteceu. Está até agora procurando o interruptor. Teve preocupação em preservar apenas a política, em detrimento do sofrimento de milhares de brasileiros, que foram deixados às escuras. Literalmente. E ainda, sem o mínimo de pudor, tentou desmerecer uma explanação de um técnico. Lobão sofreu um apagão mental, esse muito mais perigoso que o da energia, por que reflete a incapacidade de administrar falhas e apresentá-las como tais, dando prioridade à política.
Essa é uma triste herança que vem de mais de 500 anos atrás, desde que fomos descobertos e colonizados, até este momento. Ninguém quer buscar culpados, como afirma o presidente Lula. Aqui, o culpado talvez seja o que menos interessa, por que se espera, agora, uma luz no fim desse túnel. E que precauções serão tomadas, daqui para frente, para que não volte a ocorrer um novo apagão. O que se espera é tão somente a verdade sobre o que de fato sucedeu naquela noite. Implique ou não o sistema elétrico. Comprometa ou não a sua vulnerabilidade e, principalmente, envolva ou não políticas públicas mal conduzidas e políticos. A lição vale, também, para a queda das vigas do rodoanel paulistano e da má conduzida e lenta obra da Ponte Preta. Chega de desculpas. Chega de enrolação!
Antonio Claudio Bontorim
Passados os sete dias do evento, que adentrou madrugada de quarta-feira, 11, não se discute mais as causas e consequencias da interrupção de energia elétrica. Discute-se, agora, a vulnerabilidade do sistema perante situações de risco e, principalmente, se o governo investiu o que tinha que investir nos últimos anos. E mesmo com esse novo foco de argumentações, contra e a favor, está faltando sinceridade na hora de expor o problema ao grande público. E esse descompasso de informações tem uma única razão: política. Lugar de político é na política. Já passou da hora de escalar apadrinhados para ministérios estratégicos, como o das Minas e Energia, e colocar técnicos, capacitados em explicar e apresentar as soluções, sem as preocupações dos “panos quentes”, para agradar esse ou aquele mandatário.
O maranhense Edson Lobão, apadrinhado político de José Sarney, trocou os pés pelas mãos, não falou coisa com coisa e muito menos soube explicar o que de fato aconteceu, e como aconteceu. Está até agora procurando o interruptor. Teve preocupação em preservar apenas a política, em detrimento do sofrimento de milhares de brasileiros, que foram deixados às escuras. Literalmente. E ainda, sem o mínimo de pudor, tentou desmerecer uma explanação de um técnico. Lobão sofreu um apagão mental, esse muito mais perigoso que o da energia, por que reflete a incapacidade de administrar falhas e apresentá-las como tais, dando prioridade à política.
Essa é uma triste herança que vem de mais de 500 anos atrás, desde que fomos descobertos e colonizados, até este momento. Ninguém quer buscar culpados, como afirma o presidente Lula. Aqui, o culpado talvez seja o que menos interessa, por que se espera, agora, uma luz no fim desse túnel. E que precauções serão tomadas, daqui para frente, para que não volte a ocorrer um novo apagão. O que se espera é tão somente a verdade sobre o que de fato sucedeu naquela noite. Implique ou não o sistema elétrico. Comprometa ou não a sua vulnerabilidade e, principalmente, envolva ou não políticas públicas mal conduzidas e políticos. A lição vale, também, para a queda das vigas do rodoanel paulistano e da má conduzida e lenta obra da Ponte Preta. Chega de desculpas. Chega de enrolação!
Antonio Claudio Bontorim
sábado, 14 de novembro de 2009
Hora do elogio
Quem me acompanha através desta coluna conhece minha postura crítica. Sabe, também, que quando é preciso, não faz mal nenhum - muito pelo contrário, é questão de justiça e isso, infelizmente poucos profissionais da imprensa levam em consideração - mostrar acertos também. Na sessão da Câmara desta semana, um requerimento passou despercebido: do vereador Silvio Brito (PDT), questionando sobre programas nas escolas municipais sobre a dislexia.
Boa assessoria
O vereador, foi muito bem assessorado na formulação do requerimento e sua justificativa. O vereador explicou em sua justificativa que a dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. “As estatísticas demonstram que a dislexia atinge uma média de 5% a 15% de crianças. No entanto, os professores carecem de informações para distinguir que o distúrbio é pedagógico e não comportamental”, diz Brito.
E são raridades
Essa é a função do vereador. Pena que na maioria das vezes não é assim e que se deixem picar pela “mosca azul” do poder efêmero e da glória passageira.
Fiscalização, já!
Um loteamento no bairro Chácara São José, que faz divisa com o Bela Vista e Avenida Araras, está causando transtornos: muita lama, quando chove; e poeira, quando seca essa lama. O mais grave, é que essa situação atinge uma indústria alimentícia próxima ao local, que vê essa lama e poeira chegarem próximas ao chão de fábrica. A Secretaria do Meio Ambiente precisa fiscalizar essa obra de forma mais efetiva, por que além de afetar diretamente o meio ambiente, pode por em risco a sanidade do produto, que é um ingrediente para a indústria alimentícia e farmacêutica.
Exploração e...
...ganância. A especulação imobiliária, às vezes, desconsidera qualquer implicação prejudicial à vida, na obtenção de seus lucros. As obras estão lentas e a situação já foi denunciada em matéria desta Gazeta, porém nesta semana chegou ao seu ápice. Será que custa fiscalizar e cobrar do loteador uma ação mais eficiente para controlar esses danos? Isso não é denúncia de morador ou da própria indústria. É uma constatação que fiz, in loco, por ser uma caminho diário que percorro. Bom senso não faz mal a ninguém.
Questionando
Também nesta semana, recebi um e-mail, que preservo, inclusive com o nome completo do missivista, fazendo-se a seguinte pergunta: “É verdade que a empresa “LE BARON”, vencedora da licitação da Merenda Escolar, é uma empresa coligada ou algo que o valha, da “SP ALIMENTAÇÃO?”. E arremata: “Se for verdade, nada muda?!?!?!”. Confesso que não sei, mas jogo a questão no ar, para quem de direito possa responder. Fumaça, normalmente, traz fogo!
Manutenção
Equipamentos quebrados na área de alongamento e ginástica no Parque da Cidade têm chamado a atenção de frequentadores. Nesta semana, durante caminhada regular, uma frequentadora me questionou, ao me identificar como jornalista, que crianças usam como brinquedos esses equipamentos e estão correndo riscos. Segundo a frequentadora, o local precisa de reparos urgentes nesses equipamentos.
Frase da Semana
“A Câmara deve ter os ouvidos para o povo e por isso ser também sua voz”. Do primeiro secretário da Câmara, José Farid Zaine (PDT) sobre os 11 mil atendimentos realizados pelo Legislativo Municipal, de janeiro a outubro deste ano. Quinta-feira, na Gazeta.
Antonio Claudio Bontorim
Quem me acompanha através desta coluna conhece minha postura crítica. Sabe, também, que quando é preciso, não faz mal nenhum - muito pelo contrário, é questão de justiça e isso, infelizmente poucos profissionais da imprensa levam em consideração - mostrar acertos também. Na sessão da Câmara desta semana, um requerimento passou despercebido: do vereador Silvio Brito (PDT), questionando sobre programas nas escolas municipais sobre a dislexia.
Boa assessoria
O vereador, foi muito bem assessorado na formulação do requerimento e sua justificativa. O vereador explicou em sua justificativa que a dislexia não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem. “As estatísticas demonstram que a dislexia atinge uma média de 5% a 15% de crianças. No entanto, os professores carecem de informações para distinguir que o distúrbio é pedagógico e não comportamental”, diz Brito.
E são raridades
Essa é a função do vereador. Pena que na maioria das vezes não é assim e que se deixem picar pela “mosca azul” do poder efêmero e da glória passageira.
Fiscalização, já!
Um loteamento no bairro Chácara São José, que faz divisa com o Bela Vista e Avenida Araras, está causando transtornos: muita lama, quando chove; e poeira, quando seca essa lama. O mais grave, é que essa situação atinge uma indústria alimentícia próxima ao local, que vê essa lama e poeira chegarem próximas ao chão de fábrica. A Secretaria do Meio Ambiente precisa fiscalizar essa obra de forma mais efetiva, por que além de afetar diretamente o meio ambiente, pode por em risco a sanidade do produto, que é um ingrediente para a indústria alimentícia e farmacêutica.
Exploração e...
...ganância. A especulação imobiliária, às vezes, desconsidera qualquer implicação prejudicial à vida, na obtenção de seus lucros. As obras estão lentas e a situação já foi denunciada em matéria desta Gazeta, porém nesta semana chegou ao seu ápice. Será que custa fiscalizar e cobrar do loteador uma ação mais eficiente para controlar esses danos? Isso não é denúncia de morador ou da própria indústria. É uma constatação que fiz, in loco, por ser uma caminho diário que percorro. Bom senso não faz mal a ninguém.
Questionando
Também nesta semana, recebi um e-mail, que preservo, inclusive com o nome completo do missivista, fazendo-se a seguinte pergunta: “É verdade que a empresa “LE BARON”, vencedora da licitação da Merenda Escolar, é uma empresa coligada ou algo que o valha, da “SP ALIMENTAÇÃO?”. E arremata: “Se for verdade, nada muda?!?!?!”. Confesso que não sei, mas jogo a questão no ar, para quem de direito possa responder. Fumaça, normalmente, traz fogo!
Manutenção
Equipamentos quebrados na área de alongamento e ginástica no Parque da Cidade têm chamado a atenção de frequentadores. Nesta semana, durante caminhada regular, uma frequentadora me questionou, ao me identificar como jornalista, que crianças usam como brinquedos esses equipamentos e estão correndo riscos. Segundo a frequentadora, o local precisa de reparos urgentes nesses equipamentos.
Frase da Semana
“A Câmara deve ter os ouvidos para o povo e por isso ser também sua voz”. Do primeiro secretário da Câmara, José Farid Zaine (PDT) sobre os 11 mil atendimentos realizados pelo Legislativo Municipal, de janeiro a outubro deste ano. Quinta-feira, na Gazeta.
Antonio Claudio Bontorim
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Diploma, obrigatório sim!
Durante esta semana, recebi, em meu e-mail, uma matéria do Gabinete do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), sobre uma nova PEC (proposta de emenda constitucional, é assim mesmo que se escreve, tudo em minúsculo), corrigindo o absurdo erro do STF (Supremo Tribunal Federal), que extinguiu o diploma de jornalista. A PEC quer tornar obrigatório o diploma novamente, uma vez que os argumentos do STF, do ministro Gilmar Mendes e de todos os que defendem o fim da obrigatoriedade não se sustentam.
Quando alegam que para escrever não precisa diploma, podem até ter razão, mas daí a acabar com a formação superior de uma profissão, que também é técnica, foi um casuísmo que só interessa a alguns meios de comunicação e aqueles que não querem profissionais comprometidos com a verdade. Explico: dentro de uma Redação de um meio de comunicação, seja ele impresso ou eletrônico, há funções que quem não tem uma formação universitária não consegue exercer. E que os cursos de jornalismo ensinam e treinam, como conhecimento das técnicas de captação da notícia (reportagem), a reportagem (como deve ser conduzida), diagramação, edição, pauta, entre outros.
O que o Supremo fez, infelizmente, foi atender a interesses de meia dúzia de pessoas, para quem o jornalismo se limita a escrever textos e publicar em jornais, revistas ou divulgá-los via rádio, TV, internet, entre outros. Não adianta colocar um intelectual, um advogado, médico ou qualquer outro profissional com formação superior, dentro de uma Redação, que ele não vai conseguir ir além do escrever. Na hora de ira para a rua ele não vai ter o conhecimento necessário das técnicas de entrevista, depois ordenar as idéias da reportagem e buscar o melhor gancho para escrevê-la e tudo o mais.
Esses profissionais – e tantos outros – nunca deixaram ou vão deixar de ter seu espaço na mídia, através de artigos opinativos, técnicos sobre suas áreas de atuação, que as empresas jornalísticas garantem. A questão do STF foi reducionista e arbitrária, além de um retrocesso sem tamanho, jogando o jornalismo nos seus primórdios, quando ele era feito apenas de opiniões, folhetins, e toda sorte de textos que eram tudo, menos notícia. Depois o gráfico compunha o texto final letra a letra e posteriormente através da linotipo e ia para a impressão.
O curso de jornalismo forma jornalistas, dando-lhes conhecimentos técnicos para fazer uma empresa jornalística funcionar. A formação do caráter, do conhecimento geral, e a capacidade de questionar, independem dessa obrigatoriedade. São capacidades natas do ser humano. Ou se as têm ou não! O conhecimento técnico, entretanto, precisa de formação nos bancos universitários. A seguir, o texto do Gabinete do deputado Paulo Pimenta.
Antonio Claudio Bontorim
PEC dos Jornalistas é aprovada na
Comissão de Constituição e Justiça
Para o autor da PEC, deputado Paulo Pimenta, resultado é fruto da mobilização da sociedade brasileira contra a decisão do STF.
A PEC dos Jornalistas, proposta do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) que restabelece a obrigatoriedade do diploma de jornalismo, foi aprovada na manhã de quarta-feira, 11, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Não foi necessária votação nominal, tendo sido feita por orientação das bancadas dos partidos, em que apenas o PSDB se posicionou contrário à admissibilidade da proposição.
A partir de agora, a PEC dos Jornalistas será remetida à análise de uma Comissão Especial, antes de ir à votação no plenário da Câmara. Ainda na tarde da quarta-feira, o deputado Paulo Pimenta, a líder da Frente Parlamentar em defesa do diploma, Rebeca Garcia (PP-AM), e representantes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) pretendiam se reunir com o Presidente Michel Temer com a finalidade de solicitar agilidade na formação da Comissão Especial.
Para o deputado Paulo Pimenta, as tentativas de impedir a votação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça e ações como a da Associação Nacional de Jornais (ANJ), que buscavam desqualificar as iniciativas do Congresso Nacional em favor do diploma, fracassaram devido à reação massiva da sociedade brasileira. ”O resultado favorável na CCJ é fruto dessa mobilização, que ocorreu pela internet, onde foi possível ampliar democraticamente o debate, já que os meios de comunicação tradicionais se omitiram diante da decisão do Supremo Tribunal Federal”, comemorou Pimenta a aprovação da PEC.
Após a sessão da CCJ, Pimenta esteve reunido com o senador Antônio Carlos Valadares, também autor de uma Proposta de Emenda à Constituição no Senado Federal que estabelece a exigência constitucional do diploma de jornalismo. Pimenta e Valadares informaram que pretendem unificar as redações das PECs, o que possibilitaria uma tramitação mais ágil, já que aprovadas separadamente em cada Casa Legislativa, a Proposta da Câmara não necessitaria de aprovação no Senado e vice-versa.
Fonte: Gabinete do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS)
Quando alegam que para escrever não precisa diploma, podem até ter razão, mas daí a acabar com a formação superior de uma profissão, que também é técnica, foi um casuísmo que só interessa a alguns meios de comunicação e aqueles que não querem profissionais comprometidos com a verdade. Explico: dentro de uma Redação de um meio de comunicação, seja ele impresso ou eletrônico, há funções que quem não tem uma formação universitária não consegue exercer. E que os cursos de jornalismo ensinam e treinam, como conhecimento das técnicas de captação da notícia (reportagem), a reportagem (como deve ser conduzida), diagramação, edição, pauta, entre outros.
O que o Supremo fez, infelizmente, foi atender a interesses de meia dúzia de pessoas, para quem o jornalismo se limita a escrever textos e publicar em jornais, revistas ou divulgá-los via rádio, TV, internet, entre outros. Não adianta colocar um intelectual, um advogado, médico ou qualquer outro profissional com formação superior, dentro de uma Redação, que ele não vai conseguir ir além do escrever. Na hora de ira para a rua ele não vai ter o conhecimento necessário das técnicas de entrevista, depois ordenar as idéias da reportagem e buscar o melhor gancho para escrevê-la e tudo o mais.
Esses profissionais – e tantos outros – nunca deixaram ou vão deixar de ter seu espaço na mídia, através de artigos opinativos, técnicos sobre suas áreas de atuação, que as empresas jornalísticas garantem. A questão do STF foi reducionista e arbitrária, além de um retrocesso sem tamanho, jogando o jornalismo nos seus primórdios, quando ele era feito apenas de opiniões, folhetins, e toda sorte de textos que eram tudo, menos notícia. Depois o gráfico compunha o texto final letra a letra e posteriormente através da linotipo e ia para a impressão.
O curso de jornalismo forma jornalistas, dando-lhes conhecimentos técnicos para fazer uma empresa jornalística funcionar. A formação do caráter, do conhecimento geral, e a capacidade de questionar, independem dessa obrigatoriedade. São capacidades natas do ser humano. Ou se as têm ou não! O conhecimento técnico, entretanto, precisa de formação nos bancos universitários. A seguir, o texto do Gabinete do deputado Paulo Pimenta.
Antonio Claudio Bontorim
PEC dos Jornalistas é aprovada na
Comissão de Constituição e Justiça
Para o autor da PEC, deputado Paulo Pimenta, resultado é fruto da mobilização da sociedade brasileira contra a decisão do STF.
A PEC dos Jornalistas, proposta do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) que restabelece a obrigatoriedade do diploma de jornalismo, foi aprovada na manhã de quarta-feira, 11, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Não foi necessária votação nominal, tendo sido feita por orientação das bancadas dos partidos, em que apenas o PSDB se posicionou contrário à admissibilidade da proposição.
A partir de agora, a PEC dos Jornalistas será remetida à análise de uma Comissão Especial, antes de ir à votação no plenário da Câmara. Ainda na tarde da quarta-feira, o deputado Paulo Pimenta, a líder da Frente Parlamentar em defesa do diploma, Rebeca Garcia (PP-AM), e representantes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) pretendiam se reunir com o Presidente Michel Temer com a finalidade de solicitar agilidade na formação da Comissão Especial.
Para o deputado Paulo Pimenta, as tentativas de impedir a votação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça e ações como a da Associação Nacional de Jornais (ANJ), que buscavam desqualificar as iniciativas do Congresso Nacional em favor do diploma, fracassaram devido à reação massiva da sociedade brasileira. ”O resultado favorável na CCJ é fruto dessa mobilização, que ocorreu pela internet, onde foi possível ampliar democraticamente o debate, já que os meios de comunicação tradicionais se omitiram diante da decisão do Supremo Tribunal Federal”, comemorou Pimenta a aprovação da PEC.
Após a sessão da CCJ, Pimenta esteve reunido com o senador Antônio Carlos Valadares, também autor de uma Proposta de Emenda à Constituição no Senado Federal que estabelece a exigência constitucional do diploma de jornalismo. Pimenta e Valadares informaram que pretendem unificar as redações das PECs, o que possibilitaria uma tramitação mais ágil, já que aprovadas separadamente em cada Casa Legislativa, a Proposta da Câmara não necessitaria de aprovação no Senado e vice-versa.
Fonte: Gabinete do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS)
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Para lembrar
Apesar de não parecer, a CPIzza do Fantasma continua. Como anda meio parada, vou dar uma sugestão ao vereador Silvio Brito (PDT), presidente da comissão: que tal uma acareação entre os envolvidos, o secretário da Cultura, Adalberto Mansur, a secretária Daniela Lopes e os “ectoplasmas”? Se alguém estiver mentindo, a acareação é a melhor forma de descobrir onde estão as inverdades. Diga-se, também, que é a acareação, uma das melhores ferramentas investigativas.
Sem posse!!!
O STF (Supremo Tribunal Federal) deve manter o impedimento para a posse dos suplentes de vereador, que ganharam vagas com a aprovação da PEC dos Vereadores. Nada mais justo. Esses políticos, que agora reivindicam uma vaga nas Câmaras Municipais de todo o País, não foram eleitos. São suplentes. Então não há por que empossá-los. Nas próximas eleições municipais, que voltem a concorrer e com o número de vagas maior, se eleitos, tomam posse. Agora não!
Bom pagador
O Jornal Oficial do Município de Limeira da terça-feira, 10, trouxe o decreto com o regulamento do IPTU Premiado. Pagar em dia os impostos é obrigação de todo cidadão, não precisa incentivo e nem prêmios. Para recuperar dinheiro de inadimplente tem a dívida ativa. O melhor incentivo que a Prefeitura poderia dar, sem dúvida, seriam descontos mais atraentes na hora de quitar os impostos e não reajustá-los acima da inflação. Alguém se lembra do IPTU da Sorte?
Falta critério
A Prefeitura de Limeira fechou as bibliotecas Municipal e Infantil para obras. Até aí tudo bem. Havia necessidade e ninguém contesta. Estava tudo feio e abandonado. Porém, é um grande contrassenso, pois desde o último final de semana e por todo o mês de novembro e meados de dezembro, acontece o período de vestibulares das universidades públicas e o Enem e, quem quiser utilizar a Biblioteca Municipal para pesquisas e estudos não poderá fazê-lo. Decisão da reforma foi acertada, mas em hora errada. Pelo menos não neste período. A cabeça que pensou isso merece um irônico parabéns!
Política burra
O político, administrador público, dificilmente pensa no bem-estar da população, quando precisa tomar decisões. Isso é praxe e virou uma prática comum em qualquer esfera de poder. A mosca-azul consegue deixar suas larvas do presidente da República ao prefeito do menor município brasileiro. É o poder!!!
Bem lembrado
Um leitor, em e-mail à Gazeta, fez a seguinte observação: “É interessante notar que quando se aproxima o final do ano a Prefeitura começa a realizar obras de todo tipo. Tenho a certeza de que até o dia 5 de dezembro as obras na biblioteca não estarão terminadas causando confusão e irritação às compras de final de ano”. A crítica não é do jornalista. É da população.
Acerto total
Em e-mail à redação da Gazeta, leitora dá uma sugestão. Para ela a Prefeitura deve continuar investindo na instalação de câmeras “ tagarelas” na cidade. “Pedestres e motoristas estão precisando demais de ser monitorados e orientados; uns muito estressados; outros distraídos e displicentes com sua própria segurança.O trânsito está um verdadeiro caos e provavelmente irá piorar cada vez mais, com o aumento da frota de carros em nossa cidade. Não sei aonde vamos parar, se medidas estratégicas urgentes não forem tomadas”, avalia de forma correta e ponderada a leitora. Excelente contribuição!
Está no blog!
A coluna Texto&Contexto também pode ser acessada através do blog http://colunatextoecontexto.blogspot.com/ para comentários.
Antonio Claudio Bontorim
Apesar de não parecer, a CPIzza do Fantasma continua. Como anda meio parada, vou dar uma sugestão ao vereador Silvio Brito (PDT), presidente da comissão: que tal uma acareação entre os envolvidos, o secretário da Cultura, Adalberto Mansur, a secretária Daniela Lopes e os “ectoplasmas”? Se alguém estiver mentindo, a acareação é a melhor forma de descobrir onde estão as inverdades. Diga-se, também, que é a acareação, uma das melhores ferramentas investigativas.
Sem posse!!!
O STF (Supremo Tribunal Federal) deve manter o impedimento para a posse dos suplentes de vereador, que ganharam vagas com a aprovação da PEC dos Vereadores. Nada mais justo. Esses políticos, que agora reivindicam uma vaga nas Câmaras Municipais de todo o País, não foram eleitos. São suplentes. Então não há por que empossá-los. Nas próximas eleições municipais, que voltem a concorrer e com o número de vagas maior, se eleitos, tomam posse. Agora não!
Bom pagador
O Jornal Oficial do Município de Limeira da terça-feira, 10, trouxe o decreto com o regulamento do IPTU Premiado. Pagar em dia os impostos é obrigação de todo cidadão, não precisa incentivo e nem prêmios. Para recuperar dinheiro de inadimplente tem a dívida ativa. O melhor incentivo que a Prefeitura poderia dar, sem dúvida, seriam descontos mais atraentes na hora de quitar os impostos e não reajustá-los acima da inflação. Alguém se lembra do IPTU da Sorte?
Falta critério
A Prefeitura de Limeira fechou as bibliotecas Municipal e Infantil para obras. Até aí tudo bem. Havia necessidade e ninguém contesta. Estava tudo feio e abandonado. Porém, é um grande contrassenso, pois desde o último final de semana e por todo o mês de novembro e meados de dezembro, acontece o período de vestibulares das universidades públicas e o Enem e, quem quiser utilizar a Biblioteca Municipal para pesquisas e estudos não poderá fazê-lo. Decisão da reforma foi acertada, mas em hora errada. Pelo menos não neste período. A cabeça que pensou isso merece um irônico parabéns!
Política burra
O político, administrador público, dificilmente pensa no bem-estar da população, quando precisa tomar decisões. Isso é praxe e virou uma prática comum em qualquer esfera de poder. A mosca-azul consegue deixar suas larvas do presidente da República ao prefeito do menor município brasileiro. É o poder!!!
Bem lembrado
Um leitor, em e-mail à Gazeta, fez a seguinte observação: “É interessante notar que quando se aproxima o final do ano a Prefeitura começa a realizar obras de todo tipo. Tenho a certeza de que até o dia 5 de dezembro as obras na biblioteca não estarão terminadas causando confusão e irritação às compras de final de ano”. A crítica não é do jornalista. É da população.
Acerto total
Em e-mail à redação da Gazeta, leitora dá uma sugestão. Para ela a Prefeitura deve continuar investindo na instalação de câmeras “ tagarelas” na cidade. “Pedestres e motoristas estão precisando demais de ser monitorados e orientados; uns muito estressados; outros distraídos e displicentes com sua própria segurança.O trânsito está um verdadeiro caos e provavelmente irá piorar cada vez mais, com o aumento da frota de carros em nossa cidade. Não sei aonde vamos parar, se medidas estratégicas urgentes não forem tomadas”, avalia de forma correta e ponderada a leitora. Excelente contribuição!
Está no blog!
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Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Para ninguém esquecer
Apesar de não ser a primeira vez que trato do tema, sempre que uma ameaça real e imediata pela ação de terceiros for desaguar no tenebroso mar da censura, é preciso voltar ao assunto, para que em ninguém pairem dúvidas sobre a importância do livre expressar do pensamento, através de uma imprensa também livre. Pois quando se tenta cercear - ou calar mesmo - jornais, rádios, TVs e jornalistas, atinge-se o coração da democracia.
Do venezuelano Hugo Chávez ao boliviano Evo Morales, passando pelo equatoriano Rafael Corrêa e até mesmo pelo presidente Lula, em episódios em que ele também esteve na linha de frente, atacando jornalistas e empresas jornalísticas, nada é mais danoso que atos silenciosos de cerceamento à informação. As pressões disfarçadas de auditorias fiscais, como fez Cristina Kirchner com o jornal Clarín à intervenção inoportuna da Casa Branca num jornal norte-americano que questionou o Prêmio Nobel são as mais recentes investidas de governos ditos democráticos contra os meios de comunicação mais críticos e independentes.
A ação patrocinada pela Diocese de Limeira, assinada pelo bispo dom Vilson Dias de Oliveira e pelo vigário-geral, padre Reynaldo Ferreira de Mello, foi muito mais que isso, porque partiu de pessoas acostumadas a se utilizar da imprensa para expor seus pensamentos e de uma instituição - a Igreja - que, invariavelmente, está na linha de frente e abre trincheiras, quando é preciso lutar contra o autoritarismo. Que tem na imprensa uma aliada e sempre se alia na hora de combater o bom combate contra as mazelas do mundo. Sejam elas tanto nas áreas social e econômica, como na política. Como o fez à época da ditadura militar e de outras, que passaram por aqui e se alastraram pelo continente Sul Americano. Foi um verdadeiro tiro no escuro, dado por quem, inclusive, é ligado ao segmento da comunicação, através de uma das pastorais da Igreja Católica. No caso a Pastoral da Comunicação, que tem em dom Vilson um de seus diretores regionais.
A atitude dos dois religiosos está fora de qualquer compreensão humana. É inconcebível ação dessa natureza, por que em nenhum momento se questionaram as tomadas de decisões, que são de foro interno da própria Igreja (e isso foi respeitado), mas sim a pouca clareza dessas decisões, que deixaram os fiéis inquietos. Seria lógico, e nesse caso não haveria nenhuma contestação, que ambos se dirigissem àqueles a quem consideraram seus verdadeiros e diretos agressores verbais sobre as transferências de padres locais. E não generalizassem, tentando forçar a barra através de uma censura prévia, de triste e odiosa lembrança. Inconstitucional.
Se aqui em Limeira, um juiz garantiu a liberdade da imprensa, os riscos ao exercício do bom jornalismo, entretanto, continuam. Em países pobres ou ricos. Se nós, jornalistas, temos o sagrado dever de informar com exatidão e livres dos vícios do açodamento do poder, a opinião pública tem o direito à informação. É justo!
Antonio Claudio Bontorim
Do venezuelano Hugo Chávez ao boliviano Evo Morales, passando pelo equatoriano Rafael Corrêa e até mesmo pelo presidente Lula, em episódios em que ele também esteve na linha de frente, atacando jornalistas e empresas jornalísticas, nada é mais danoso que atos silenciosos de cerceamento à informação. As pressões disfarçadas de auditorias fiscais, como fez Cristina Kirchner com o jornal Clarín à intervenção inoportuna da Casa Branca num jornal norte-americano que questionou o Prêmio Nobel são as mais recentes investidas de governos ditos democráticos contra os meios de comunicação mais críticos e independentes.
A ação patrocinada pela Diocese de Limeira, assinada pelo bispo dom Vilson Dias de Oliveira e pelo vigário-geral, padre Reynaldo Ferreira de Mello, foi muito mais que isso, porque partiu de pessoas acostumadas a se utilizar da imprensa para expor seus pensamentos e de uma instituição - a Igreja - que, invariavelmente, está na linha de frente e abre trincheiras, quando é preciso lutar contra o autoritarismo. Que tem na imprensa uma aliada e sempre se alia na hora de combater o bom combate contra as mazelas do mundo. Sejam elas tanto nas áreas social e econômica, como na política. Como o fez à época da ditadura militar e de outras, que passaram por aqui e se alastraram pelo continente Sul Americano. Foi um verdadeiro tiro no escuro, dado por quem, inclusive, é ligado ao segmento da comunicação, através de uma das pastorais da Igreja Católica. No caso a Pastoral da Comunicação, que tem em dom Vilson um de seus diretores regionais.
A atitude dos dois religiosos está fora de qualquer compreensão humana. É inconcebível ação dessa natureza, por que em nenhum momento se questionaram as tomadas de decisões, que são de foro interno da própria Igreja (e isso foi respeitado), mas sim a pouca clareza dessas decisões, que deixaram os fiéis inquietos. Seria lógico, e nesse caso não haveria nenhuma contestação, que ambos se dirigissem àqueles a quem consideraram seus verdadeiros e diretos agressores verbais sobre as transferências de padres locais. E não generalizassem, tentando forçar a barra através de uma censura prévia, de triste e odiosa lembrança. Inconstitucional.
Se aqui em Limeira, um juiz garantiu a liberdade da imprensa, os riscos ao exercício do bom jornalismo, entretanto, continuam. Em países pobres ou ricos. Se nós, jornalistas, temos o sagrado dever de informar com exatidão e livres dos vícios do açodamento do poder, a opinião pública tem o direito à informação. É justo!
Antonio Claudio Bontorim
sábado, 7 de novembro de 2009
Justiça justa
O juiz da 2.ª Vara Cível, Rilton José Domingues, não só não acatou o pedido de liminar da Diocese de Limeira, assinada pelo bispo dom Vilson Dias de Oliveira e pelo vigário-geral, padre Reynaldo Ferreira de Mello, para proibir a imprensa de noticiar sobre a transferência de padres, como extinguiu a ação antes mesmo de analisar o seu mérito. O juiz não viu, no pedido, nenhum abuso dos jornais e emissoras de rádio e TV na divulgação dos fatos. Nada que extrapolasse a chamada liberdade de imprensa, que é garantida pela Constituição Federal.
Não vai falar
Como manda a boa prática jornalística, a Gazeta tentou ouvir o padre Reynaldo, que não quis se pronunciar sobre a decisão judicial. O bispo encontra-se em Roma. A assessoria de imprensa da Diocese disse que nenhum representante da igreja se pronunciará. Então, não há do que ou a quem reclamar. A Diocese pode recorrer da decisão, embora não acredite que o faça, uma vez que o desgaste foi muito grande. Maior ainda para o bispo, que é responsável pela Pastoral da Comunicação no Regional Sul 1, da CNBB e deveria ser o primeiro a defender a liberdade de imprensa.
Caça às bruxas
Assim como eu havia escrito neste espaço, na quinta-feira, não houve ofensas nas divulgações sobre os atos de transferências de padres. Em especial do padre Alquermes Valvasori. O que houve foi um questionamento firme de uma explicação plausível, que está vindo da própria comunidade católica, que a exemplo das anteriores, não quer transferências. Os jornalistas relataram as inquietações dos católicos. Nada mais. Ou como escreveu a leitora Adriana Gilioli Citino, em e-mail à Gazeta, “não é uma questão, simplesmente, de não aceitar mudanças. Veja o que aconteceu com a paróquia S. Paulo Apóstolo. Acabou com a organização, dinâmica e etc. Ademais, o povo sabe pensar por si. Sabemos entender o certo e o errado. Já foi a época de sermos tutelados”.
Ele vai tentar
O vereador César Cortez (PV), através de seus advogados ingressou no TSE com ação para obter a vaga do primeiro suplemente da sigla, cujo titular deixou o partido recentemente, e consequente assento na Câmara Federal. Segundo especialistas, o limeirense tem grandes chances de assumir como deputado federal. Tem político aqui na terrinha torcendo o nariz de inveja. Cortez na Câmara Federal alavancaria ainda mais sua campanha ao cargo em 2010. Ciumeira à vista!
Recuo lógico
Após o Senado desobedecer a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e ser alvo de críticas, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), empossou na quinta-feira, Acir Gurgacz (PDT), no lugar de Expedito Júnior (PSDB-RO), como senador. Só para lembrar: Gurgacz tem mais de 200 processos na Justiça.
A campanha
Está mais que na hora de uma mobilização da sociedade em torno dessa falta de vergonha nacional. Se até a Suprema Corte brasileira foi avacalhada por políticos, nós, eleitores, então, somos seus palhaços. Que tal um “listão” para 2010, contendo todos os nomes que merecem o repúdio nacional? É apenas uma sugestão!
Frase da Semana
“Não há nos autos elementos a indicar que as rés [órgãos de comunicação] estejam, de qualquer modo, ultrapassando os limites da liberdade de imprensa, garantida constitucionalmente”. Do juiz Rilton José Domingues, na sentença que negou liminar e extinguiu a ação da Diocese de Limeira, para que a mídia não publicasse nada sobre a transferência de padres. Ontem, na Gazeta.
Antonio Claudio Bontorim
O juiz da 2.ª Vara Cível, Rilton José Domingues, não só não acatou o pedido de liminar da Diocese de Limeira, assinada pelo bispo dom Vilson Dias de Oliveira e pelo vigário-geral, padre Reynaldo Ferreira de Mello, para proibir a imprensa de noticiar sobre a transferência de padres, como extinguiu a ação antes mesmo de analisar o seu mérito. O juiz não viu, no pedido, nenhum abuso dos jornais e emissoras de rádio e TV na divulgação dos fatos. Nada que extrapolasse a chamada liberdade de imprensa, que é garantida pela Constituição Federal.
Não vai falar
Como manda a boa prática jornalística, a Gazeta tentou ouvir o padre Reynaldo, que não quis se pronunciar sobre a decisão judicial. O bispo encontra-se em Roma. A assessoria de imprensa da Diocese disse que nenhum representante da igreja se pronunciará. Então, não há do que ou a quem reclamar. A Diocese pode recorrer da decisão, embora não acredite que o faça, uma vez que o desgaste foi muito grande. Maior ainda para o bispo, que é responsável pela Pastoral da Comunicação no Regional Sul 1, da CNBB e deveria ser o primeiro a defender a liberdade de imprensa.
Caça às bruxas
Assim como eu havia escrito neste espaço, na quinta-feira, não houve ofensas nas divulgações sobre os atos de transferências de padres. Em especial do padre Alquermes Valvasori. O que houve foi um questionamento firme de uma explicação plausível, que está vindo da própria comunidade católica, que a exemplo das anteriores, não quer transferências. Os jornalistas relataram as inquietações dos católicos. Nada mais. Ou como escreveu a leitora Adriana Gilioli Citino, em e-mail à Gazeta, “não é uma questão, simplesmente, de não aceitar mudanças. Veja o que aconteceu com a paróquia S. Paulo Apóstolo. Acabou com a organização, dinâmica e etc. Ademais, o povo sabe pensar por si. Sabemos entender o certo e o errado. Já foi a época de sermos tutelados”.
Ele vai tentar
O vereador César Cortez (PV), através de seus advogados ingressou no TSE com ação para obter a vaga do primeiro suplemente da sigla, cujo titular deixou o partido recentemente, e consequente assento na Câmara Federal. Segundo especialistas, o limeirense tem grandes chances de assumir como deputado federal. Tem político aqui na terrinha torcendo o nariz de inveja. Cortez na Câmara Federal alavancaria ainda mais sua campanha ao cargo em 2010. Ciumeira à vista!
Recuo lógico
Após o Senado desobedecer a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e ser alvo de críticas, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), empossou na quinta-feira, Acir Gurgacz (PDT), no lugar de Expedito Júnior (PSDB-RO), como senador. Só para lembrar: Gurgacz tem mais de 200 processos na Justiça.
A campanha
Está mais que na hora de uma mobilização da sociedade em torno dessa falta de vergonha nacional. Se até a Suprema Corte brasileira foi avacalhada por políticos, nós, eleitores, então, somos seus palhaços. Que tal um “listão” para 2010, contendo todos os nomes que merecem o repúdio nacional? É apenas uma sugestão!
Frase da Semana
“Não há nos autos elementos a indicar que as rés [órgãos de comunicação] estejam, de qualquer modo, ultrapassando os limites da liberdade de imprensa, garantida constitucionalmente”. Do juiz Rilton José Domingues, na sentença que negou liminar e extinguiu a ação da Diocese de Limeira, para que a mídia não publicasse nada sobre a transferência de padres. Ontem, na Gazeta.
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
O Lula, lá...
...em Brasília. E o Sílvio, aqui em Limeira. Ambos, apesar de guardadas as devidas proporções, estão firmes na construção de candidaturas políticas, que garantam a continuidade de suas obras. Lula, embalado na sua popularidade, tenta construir Dilma Rousseff à Presidência da República em 2010. E, também em 2010, Félix está, alavancado pelos 80% do eleitorado que nele votou, tenta construir Constância Félix, sua esposa, visando a uma vaga na Assembléia Legislativa.
A tiracolo!!!
Assim como Lula faz com Dilma, levando-a para lá e para cá, tentando popularizar sua imagem, Sílvio Félix embalou na mesma rotina e tem sido visto cada vez mais acompanhando Constância e exaltando seu nome, tomando o devido cuidado para não caracterizar propaganda antecipada. Em evento esportivo, promovido por esta Gazeta, na última terça-feira, não foi diferente. Lá estavam os dois. Com sorrisos e apertos de mão. Isso ainda pode!
Mãos sujas
O Supremo determinou e o Senado não cumpriu. E a cassação imediata do senador Expedito Júnior (PSDB-RO), por abuso de poder econômico durante as eleições de 2006 determinada pelo STF está parada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, para defesa do senador. Sem brechas para questionar a decisão da Justiça, o presidente José Sarney (PMDB-AP) chegou a ironizar e entre sorrisos proporciona mais essa aula de incivilidade e desobediência, tentando provar que os senadores são intocáveis. É (tanto aqui quanto lá) nas mãos desses políticos que nós estamos. Parece que o coronel maranhense está voltando atrás!
Inexplicável
Confesso que fiquei perplexo, ontem pela manhã, quando peguei a Gazeta para a leitura ao me deparar com a informação de que o bispo Diocesano, dom Vilson Dias de Oliveira, e o vigário-geral, Reynaldo Ferreira de Mello, resolveram entrar com uma liminar na Justiça para que não fossem vítimas de ofensas por jornalistas e pela imprensa. Lembrei-me, de pronto, de um juiz federal que proibiu, a pedido do senador José Sarney, que o jornal “O Estado de S. Paulo” publicasse matérias sobre as investigações contra seu filho, Fernando Sarney. Apesar de o padre Reynaldo ter afirmado, na matéria da Gazeta, que a intenção não é proibir a divulgação de informações da Diocese, não vejo, sinceramente, diferença alguma entre um pedido e outro. Isso nada mais é do que censura prévia.
Inaceitável
Do ponto de vista da liberdade de expressão, não vejo muita diferença, também, entre as incursões de Hugo Chávez contra a imprensa venezuelana, de ações dessa natureza. Sejam quais forem e de onde partam. Mesmo porque, até agora, não li nenhuma ofensa nas matérias publicadas e nos debates pelas emissoras de rádio e TV sobre o tema transferência de padres. Apenas o que notei foram questionamentos e com o direito ao contraditório. Ou para ser mais explícito, o direito de resposta, sendo garantido para ambas as partes. Se questionar a Igreja é ofender, então todos nós - até os fiéis católicos - estamos juntos. Porque os limeirenses estão questionando e se movimentando contra essas decisões, até com abaixo-assinados, tendo eu mesmo um deles em mãos para assinar.
É um direito
O Brasil é um país reconhecido e oficialmente laico, e não há como não questionar ações que careçam de melhores explicações. E essa da Diocese de Limeira - sem o mérito interno e hierárquico da questão - está sem explicação lógica. Espera-se, pelo bem da liberdade de imprensa e da democracia, que a Justiça pondere sobre o pedido e o rejeite, de pronto. É sempre bom lembrar que a censura prévia fere a Constituição Federal. Venha de onde vier!
Antonio Claudio Bontorim
...em Brasília. E o Sílvio, aqui em Limeira. Ambos, apesar de guardadas as devidas proporções, estão firmes na construção de candidaturas políticas, que garantam a continuidade de suas obras. Lula, embalado na sua popularidade, tenta construir Dilma Rousseff à Presidência da República em 2010. E, também em 2010, Félix está, alavancado pelos 80% do eleitorado que nele votou, tenta construir Constância Félix, sua esposa, visando a uma vaga na Assembléia Legislativa.
A tiracolo!!!
Assim como Lula faz com Dilma, levando-a para lá e para cá, tentando popularizar sua imagem, Sílvio Félix embalou na mesma rotina e tem sido visto cada vez mais acompanhando Constância e exaltando seu nome, tomando o devido cuidado para não caracterizar propaganda antecipada. Em evento esportivo, promovido por esta Gazeta, na última terça-feira, não foi diferente. Lá estavam os dois. Com sorrisos e apertos de mão. Isso ainda pode!
Mãos sujas
O Supremo determinou e o Senado não cumpriu. E a cassação imediata do senador Expedito Júnior (PSDB-RO), por abuso de poder econômico durante as eleições de 2006 determinada pelo STF está parada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, para defesa do senador. Sem brechas para questionar a decisão da Justiça, o presidente José Sarney (PMDB-AP) chegou a ironizar e entre sorrisos proporciona mais essa aula de incivilidade e desobediência, tentando provar que os senadores são intocáveis. É (tanto aqui quanto lá) nas mãos desses políticos que nós estamos. Parece que o coronel maranhense está voltando atrás!
Inexplicável
Confesso que fiquei perplexo, ontem pela manhã, quando peguei a Gazeta para a leitura ao me deparar com a informação de que o bispo Diocesano, dom Vilson Dias de Oliveira, e o vigário-geral, Reynaldo Ferreira de Mello, resolveram entrar com uma liminar na Justiça para que não fossem vítimas de ofensas por jornalistas e pela imprensa. Lembrei-me, de pronto, de um juiz federal que proibiu, a pedido do senador José Sarney, que o jornal “O Estado de S. Paulo” publicasse matérias sobre as investigações contra seu filho, Fernando Sarney. Apesar de o padre Reynaldo ter afirmado, na matéria da Gazeta, que a intenção não é proibir a divulgação de informações da Diocese, não vejo, sinceramente, diferença alguma entre um pedido e outro. Isso nada mais é do que censura prévia.
Inaceitável
Do ponto de vista da liberdade de expressão, não vejo muita diferença, também, entre as incursões de Hugo Chávez contra a imprensa venezuelana, de ações dessa natureza. Sejam quais forem e de onde partam. Mesmo porque, até agora, não li nenhuma ofensa nas matérias publicadas e nos debates pelas emissoras de rádio e TV sobre o tema transferência de padres. Apenas o que notei foram questionamentos e com o direito ao contraditório. Ou para ser mais explícito, o direito de resposta, sendo garantido para ambas as partes. Se questionar a Igreja é ofender, então todos nós - até os fiéis católicos - estamos juntos. Porque os limeirenses estão questionando e se movimentando contra essas decisões, até com abaixo-assinados, tendo eu mesmo um deles em mãos para assinar.
É um direito
O Brasil é um país reconhecido e oficialmente laico, e não há como não questionar ações que careçam de melhores explicações. E essa da Diocese de Limeira - sem o mérito interno e hierárquico da questão - está sem explicação lógica. Espera-se, pelo bem da liberdade de imprensa e da democracia, que a Justiça pondere sobre o pedido e o rejeite, de pronto. É sempre bom lembrar que a censura prévia fere a Constituição Federal. Venha de onde vier!
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Mais que responsabilidade
Às vezes, com o desenrolar da CPI do Fantasma - ou dos fantasmas - aberta na Câmara de Limeira por pura obra do acaso, penso que o vereador Silvio Brito (PDT) não tem a mínima noção da responsabilidade que tem como presidente da Comissão. Que costumo tratar, na minha coluna da Gazeta - Texto&Contexto - como "comissão para lamentar o inquérito", expressão que comecei a usar ainda durante a CPI das Apostilas, que como todos estão cansados de saber, não deu em nada. Concluiu-se pelo ridículo articulado pela base governista da Casa.
No caso dos fantasmas, que começou lá na Secretaria da Cultura e vai por outros casarões mal-assombrados, principalmente no antigo prédio da Prada (que deve ter muita corrente e ranger de tábuas e portas), a situação é parecida. Se na das apostilas, o presidente era de um partido oposicionista - o PSDB - vereador Almir Pedro dos Santos, mas com atuação clara e franca de governista, no caso dos fantasmas, a CPI está inteira nas mãos de governistas. E como tal não sai do lugar.
E quando se pretende dar uma dinâmica de comissão de inquérito mesmo, através dos vereadores Miguel Lombardi (PR) e Paulo Hadich (PSB) - ambos o lado positivo da CPI, Brito trava tudo. Ou melhor, as duas vereadoras da base, Elza Tank e Nilce Segalla, ambas do PTB, dão o ar da graça e comandam as ações do vereador-presidente. Na cara-dura e sem o menor pudor. Tudo, evidente, assessorado pelo secretário de Negócios Jurídicos (???) da Câmara, Fernando Lencioni, que vai ditando o regimento interno do Legislativo municipal.
Silvio Brito ainda não percebeu - ou se percebeu está fazendo vista grossa e ouvido mouco - que está sendo conduzido, em vez de conduzir a CPI. E o que é pior, ele acredita que tem a direção da comissão, pois basta olhar sua expressão de seriedade, quando dirige (....) os trabalhos. Talvez o que ele não saiba, é que tanto Elza Tank e Nilce Segalla são veteranas no lidar com essas situações e têm estruturas e redutos eleitorais fortes, que as garantirão em futuras eleições, caso voltem a concorrer futuramente.
E ele, Brito, por sua vez, que além de novato, inexperiente e eleito por um reduto católico da Paróquia de Santa Luzia, não conta com toda essa popularidade. Com essa força eleitoral toda, se quiser seguir na profissão. Ele pode, ao contrário, se queimar com seus eleitores, por suas ações para proteger o prefeito Silvio Félix, que é o maior cacique do seu próprio partido, o PDT, livrando-o de possíveis embaraços.
Até agora, as ações da CPI, lembrando bem da atuação clara e correta de Lombardi e Hadich, dão a entender que tudo sairá a contento, como o prefeito quer e sem punição, caso haja culpados, como as primeiras provas mostram, que são as contradições dos dois principais documentos até agora levados em consideração: o depoimento do secretário da Cultura, Adalberto Mansur - que não foi perante a Comissão Parlamentar, mas noutra da própria Câmara e a carta defesa de Félix, que contradiz tudo o que seu secretário (cargo de confiança) disse. Pois é isso que se busca numa investigação séria.
No mais, a perfumaria tende a preencher os 90 dias da comissão, cujo aroma final será, não tenho dúvida disso, de uma bela pizza. Com muito orégano!
Tai uma previsão que eu gostaria de errar em 100%. E se errar, farei minha mea culpa nesse mesmo espaço. Com muita alegria e satisfação. Será!
Antonio Claudio Bontorim
No caso dos fantasmas, que começou lá na Secretaria da Cultura e vai por outros casarões mal-assombrados, principalmente no antigo prédio da Prada (que deve ter muita corrente e ranger de tábuas e portas), a situação é parecida. Se na das apostilas, o presidente era de um partido oposicionista - o PSDB - vereador Almir Pedro dos Santos, mas com atuação clara e franca de governista, no caso dos fantasmas, a CPI está inteira nas mãos de governistas. E como tal não sai do lugar.
E quando se pretende dar uma dinâmica de comissão de inquérito mesmo, através dos vereadores Miguel Lombardi (PR) e Paulo Hadich (PSB) - ambos o lado positivo da CPI, Brito trava tudo. Ou melhor, as duas vereadoras da base, Elza Tank e Nilce Segalla, ambas do PTB, dão o ar da graça e comandam as ações do vereador-presidente. Na cara-dura e sem o menor pudor. Tudo, evidente, assessorado pelo secretário de Negócios Jurídicos (???) da Câmara, Fernando Lencioni, que vai ditando o regimento interno do Legislativo municipal.
Silvio Brito ainda não percebeu - ou se percebeu está fazendo vista grossa e ouvido mouco - que está sendo conduzido, em vez de conduzir a CPI. E o que é pior, ele acredita que tem a direção da comissão, pois basta olhar sua expressão de seriedade, quando dirige (....) os trabalhos. Talvez o que ele não saiba, é que tanto Elza Tank e Nilce Segalla são veteranas no lidar com essas situações e têm estruturas e redutos eleitorais fortes, que as garantirão em futuras eleições, caso voltem a concorrer futuramente.
E ele, Brito, por sua vez, que além de novato, inexperiente e eleito por um reduto católico da Paróquia de Santa Luzia, não conta com toda essa popularidade. Com essa força eleitoral toda, se quiser seguir na profissão. Ele pode, ao contrário, se queimar com seus eleitores, por suas ações para proteger o prefeito Silvio Félix, que é o maior cacique do seu próprio partido, o PDT, livrando-o de possíveis embaraços.
Até agora, as ações da CPI, lembrando bem da atuação clara e correta de Lombardi e Hadich, dão a entender que tudo sairá a contento, como o prefeito quer e sem punição, caso haja culpados, como as primeiras provas mostram, que são as contradições dos dois principais documentos até agora levados em consideração: o depoimento do secretário da Cultura, Adalberto Mansur - que não foi perante a Comissão Parlamentar, mas noutra da própria Câmara e a carta defesa de Félix, que contradiz tudo o que seu secretário (cargo de confiança) disse. Pois é isso que se busca numa investigação séria.
No mais, a perfumaria tende a preencher os 90 dias da comissão, cujo aroma final será, não tenho dúvida disso, de uma bela pizza. Com muito orégano!
Tai uma previsão que eu gostaria de errar em 100%. E se errar, farei minha mea culpa nesse mesmo espaço. Com muita alegria e satisfação. Será!
Antonio Claudio Bontorim
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Na hora certa
Há muito tempo critico a Igreja Católica por sua postura retrógrada em torno de algumas questões atuais, principalmente, por não estar acompanhando a evolução da ciência e a importância de descobertas, que ela condena, por dogmas ultrapassados. E por conveniência de poder mesmo. Pesquisas com células tronco e o não aceitar a camisinha como prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, são dois dos mais claros exemplos desse atraso cultural e religioso.
Bispo acertou
Quanto às questões internas, entretanto, concordo com o bispo dom Vilson Dias de Oliveira. São práticas hierárquicas que existem em qualquer empresa - embora o diálogo franco e aberto seja sempre o melhor remédio - e devem ser respeitadas. Quer as pessoas gostem ou não!
A dose errada
Todo remédio, se mal administrado - ou por excesso ou por falta - causa transtornos. Ou efeitos colaterais ou ineficácia no tratamento. E é isso que enxergo em algumas decisões, que não estão claras. Mesmo porque as farpas trocadas deixam dúvidas no ar e que precisam se esclarecidas. Tanto por quem toma a decisão como por quem contesta a decisão. É isso que precisa ser explicado. O que está nas entrelinhas. O resto é bobagem.
Quem manda?
O trabalho do presidente da CPI do Fantasma - aquela, “para lamentar o inquérito” - Silvio Brito (PDT) está sendo direcionado pela ala governista da comissão. Do jeitinho que o prefeito Silvio Félix (PDT) quer! O secretário de Negócios Jurídicos da Câmara, Fernando Lencioni, também não desgruda de Brito. Se ele não tinha capacidade para presidir uma CPI, então por que o escolheram? Como costumo escrever no meu Twitter: buuuuhhhhhhh!
Só um pitaco!
Nunca vi, num processo investigatório, qualquer que seja ele, chamar testemunhas para depor e não chamar os investigados. Tenho a impressão que o prazo da CPI vai se esgotar e ninguém vai conseguir ver a cara dos supostos fantasmas. O que está dentro das expectativas: fantasma não pode mesmo ser visto.
Na defensiva
Tenho acompanhado, pela carga de e-mails que esta Gazeta recebe, as divergências de opiniões entre leitores sobre a atuação dos agentes de trânsito, os laranjinhas. Uma boa parte vai em defesa dessa atuação, mostrando como já sentiram na pele o desrespeito de motoristas e motociclistas mal-educados. Têm razão! Assim como têm razão, também, as vítimas dos abusos cometidos e que não são poucos. É preciso, entretanto, separar o joio do trigo. Os mal intencionados daqueles que têm interesse, sim, em contribuir para uma melhor educação no trânsito.
Testemunha
O excesso também vem de fora. De cidadãos mal-educados, que não sabem separar o certo do errado. Nesta semana presenciei um cidadão enfurecido para cima de um agente de trânsito, que cumpria o seu papel - e bem - ao controlar o fluxo de tráfego devido ao rompimento da rede de água, que causou afundamento no asfalto na Duque de Caxias. Do nada ele começou a ofender o agente com palavras do tipo “eu sou melhor do que você. Você não é nada. Eu pago o seu salário”. Descontrolado, ele descarregou seu estresse sobre o agente, que ficou calmo e continuou o seu trabalho, até ele ser “acalmado” pela vereadora Elza Tank (PTB).
Frase da Semana
“O povo tem o direito a saber a verdade”. Do padre Alquermes Valvassori, em programa ao vivo, na Rádio Magnificat, quarta-feira, dia 28, enquanto a Diocese patrocinava uma coletiva para falar sobre as transferências de padres para outras paróquias ou localidades. Valvassori é um dos que devem ser transferidos.
Antonio Claudio Bontorim
Há muito tempo critico a Igreja Católica por sua postura retrógrada em torno de algumas questões atuais, principalmente, por não estar acompanhando a evolução da ciência e a importância de descobertas, que ela condena, por dogmas ultrapassados. E por conveniência de poder mesmo. Pesquisas com células tronco e o não aceitar a camisinha como prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, são dois dos mais claros exemplos desse atraso cultural e religioso.
Bispo acertou
Quanto às questões internas, entretanto, concordo com o bispo dom Vilson Dias de Oliveira. São práticas hierárquicas que existem em qualquer empresa - embora o diálogo franco e aberto seja sempre o melhor remédio - e devem ser respeitadas. Quer as pessoas gostem ou não!
A dose errada
Todo remédio, se mal administrado - ou por excesso ou por falta - causa transtornos. Ou efeitos colaterais ou ineficácia no tratamento. E é isso que enxergo em algumas decisões, que não estão claras. Mesmo porque as farpas trocadas deixam dúvidas no ar e que precisam se esclarecidas. Tanto por quem toma a decisão como por quem contesta a decisão. É isso que precisa ser explicado. O que está nas entrelinhas. O resto é bobagem.
Quem manda?
O trabalho do presidente da CPI do Fantasma - aquela, “para lamentar o inquérito” - Silvio Brito (PDT) está sendo direcionado pela ala governista da comissão. Do jeitinho que o prefeito Silvio Félix (PDT) quer! O secretário de Negócios Jurídicos da Câmara, Fernando Lencioni, também não desgruda de Brito. Se ele não tinha capacidade para presidir uma CPI, então por que o escolheram? Como costumo escrever no meu Twitter: buuuuhhhhhhh!
Só um pitaco!
Nunca vi, num processo investigatório, qualquer que seja ele, chamar testemunhas para depor e não chamar os investigados. Tenho a impressão que o prazo da CPI vai se esgotar e ninguém vai conseguir ver a cara dos supostos fantasmas. O que está dentro das expectativas: fantasma não pode mesmo ser visto.
Na defensiva
Tenho acompanhado, pela carga de e-mails que esta Gazeta recebe, as divergências de opiniões entre leitores sobre a atuação dos agentes de trânsito, os laranjinhas. Uma boa parte vai em defesa dessa atuação, mostrando como já sentiram na pele o desrespeito de motoristas e motociclistas mal-educados. Têm razão! Assim como têm razão, também, as vítimas dos abusos cometidos e que não são poucos. É preciso, entretanto, separar o joio do trigo. Os mal intencionados daqueles que têm interesse, sim, em contribuir para uma melhor educação no trânsito.
Testemunha
O excesso também vem de fora. De cidadãos mal-educados, que não sabem separar o certo do errado. Nesta semana presenciei um cidadão enfurecido para cima de um agente de trânsito, que cumpria o seu papel - e bem - ao controlar o fluxo de tráfego devido ao rompimento da rede de água, que causou afundamento no asfalto na Duque de Caxias. Do nada ele começou a ofender o agente com palavras do tipo “eu sou melhor do que você. Você não é nada. Eu pago o seu salário”. Descontrolado, ele descarregou seu estresse sobre o agente, que ficou calmo e continuou o seu trabalho, até ele ser “acalmado” pela vereadora Elza Tank (PTB).
Frase da Semana
“O povo tem o direito a saber a verdade”. Do padre Alquermes Valvassori, em programa ao vivo, na Rádio Magnificat, quarta-feira, dia 28, enquanto a Diocese patrocinava uma coletiva para falar sobre as transferências de padres para outras paróquias ou localidades. Valvassori é um dos que devem ser transferidos.
Antonio Claudio Bontorim
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
E despertou...
...o interesse participativo, definitivamente esta Gazeta, desde que abriu um espaço fixo, destinado à opinião dos leitores, publicado aos sábados. Com a “Gazeta dos Leitores”, deu-se início a um processo de interação maior com o jornal e com os próprios colunistas, em comentários sobre o que escrevem. Tenho recebido muitos e publicado, na medida do possível, sempre que é um comentário a respeito do que escrevi ou uma sugestão qualquer.
O desabafo!
Sobre o artigo que escrevi na terça-feira, na coluna Texto & Contexto (“Des”, de desabafo), o leitor Ricardo Scuracchio enviou-me o seguinte e-mail, a respeito do tema que tratei, o qual transcrevo na íntegra: “Talvez essa continuidade de comentários possa evidenciar alguma ação para coibir os atos demeritórios dos chamados vereadores. A bem ver, devem ‘ver as dores’ do povo que os elegeu, pois a subserviência ao Executivo enoja! Aguardamos o Conselho Comunitário, que será presidido pelo juiz Barrichello, para almejarmos representatividade que nos faculte acionarmos o Ministério Público para uma fiscalização transparente e contínua dos atos do Legislativo e, claro, do Executivo. Continue no mesmo diapasão, pois o município necessita ser informado com equilíbrio”.
Sobre ônibus
Ainda sobre as tarifas do transporte público, em Limeira, um amigo que gosta muito de Campo Grande e tem raízes por lá - assim como a ex-BBB Priscila -, mas está em Limeira há muito tempo, me enviou e-mail falando sobre o preço cobrado por lá, o mais alto do País. Diz ele que, se lá a tarifa é alta, ao contrário de Limeira tem uma integração espetacular. A troca de itinerários é sem cobrança de nova tarifa. Nos bairros, segundo esse amigo, “existem ilhas nos cruzamentos, com toda a segurança e aqueles abrigos iguais aos de Curitiba”.
Coisa de louco
E vai mais longe. Lembra que, em Limeira, se pega um ônibus em determinado bairro, desce-se na praça e precisa pagar outra passagem para ir a outro local... Promessas, caro amigo. Promessas. Nenhum compromisso prático assumido...
Sem resposta
E os números apresentados na coluna do último sábado foram tão contundentes e reais que, de forma técnica, a Prefeitura nem os contestou. Também não os questionou, nem pelo lado político da situação. Bom saber que estão aprendendo a respeitar as informações corretas e as opiniões também! Assim é a democracia.
Mais elogios!
Como sempre digo, às vezes têm elogios também. Não é só crítica, não! E outra ação da Prefeitura que merece ser enaltecida são as obras dos rebaixamentos de guias nas esquinas, para acessibilidade às pessoas portadoras de necessidades especiais. Estão ficando dignas de Primeiro Mundo (embora a nomenclatura, hoje, seja execrada). É preciso, entretanto, corrigir o erro do ex-hospital da mulher - hoje AME - que foi inaugurado sem uma rampa sequer. Erro que ainda ninguém assumiu!
CPI.....ZZA??
A massa já está assando. Falta só mesmo escolher um recheio adequado para finalizar a pizza da CPI do Fantasma, instalada recentemente na Câmara de Limeira. Os indícios dão conta de que a pizzaria legislativa vai servir uma enorme e suculenta pizza... E marmelada de sobremesa. Para quem gosta, um prato cheio!
Para assustar
O que tem de viatura da Polícia Federal circulando em Limeira... é um espetáculo à parte! O município, aliás, já faz por merecer uma Delegacia da PF. Que tal?
Antonio Claudio Bontorim
...o interesse participativo, definitivamente esta Gazeta, desde que abriu um espaço fixo, destinado à opinião dos leitores, publicado aos sábados. Com a “Gazeta dos Leitores”, deu-se início a um processo de interação maior com o jornal e com os próprios colunistas, em comentários sobre o que escrevem. Tenho recebido muitos e publicado, na medida do possível, sempre que é um comentário a respeito do que escrevi ou uma sugestão qualquer.
O desabafo!
Sobre o artigo que escrevi na terça-feira, na coluna Texto & Contexto (“Des”, de desabafo), o leitor Ricardo Scuracchio enviou-me o seguinte e-mail, a respeito do tema que tratei, o qual transcrevo na íntegra: “Talvez essa continuidade de comentários possa evidenciar alguma ação para coibir os atos demeritórios dos chamados vereadores. A bem ver, devem ‘ver as dores’ do povo que os elegeu, pois a subserviência ao Executivo enoja! Aguardamos o Conselho Comunitário, que será presidido pelo juiz Barrichello, para almejarmos representatividade que nos faculte acionarmos o Ministério Público para uma fiscalização transparente e contínua dos atos do Legislativo e, claro, do Executivo. Continue no mesmo diapasão, pois o município necessita ser informado com equilíbrio”.
Sobre ônibus
Ainda sobre as tarifas do transporte público, em Limeira, um amigo que gosta muito de Campo Grande e tem raízes por lá - assim como a ex-BBB Priscila -, mas está em Limeira há muito tempo, me enviou e-mail falando sobre o preço cobrado por lá, o mais alto do País. Diz ele que, se lá a tarifa é alta, ao contrário de Limeira tem uma integração espetacular. A troca de itinerários é sem cobrança de nova tarifa. Nos bairros, segundo esse amigo, “existem ilhas nos cruzamentos, com toda a segurança e aqueles abrigos iguais aos de Curitiba”.
Coisa de louco
E vai mais longe. Lembra que, em Limeira, se pega um ônibus em determinado bairro, desce-se na praça e precisa pagar outra passagem para ir a outro local... Promessas, caro amigo. Promessas. Nenhum compromisso prático assumido...
Sem resposta
E os números apresentados na coluna do último sábado foram tão contundentes e reais que, de forma técnica, a Prefeitura nem os contestou. Também não os questionou, nem pelo lado político da situação. Bom saber que estão aprendendo a respeitar as informações corretas e as opiniões também! Assim é a democracia.
Mais elogios!
Como sempre digo, às vezes têm elogios também. Não é só crítica, não! E outra ação da Prefeitura que merece ser enaltecida são as obras dos rebaixamentos de guias nas esquinas, para acessibilidade às pessoas portadoras de necessidades especiais. Estão ficando dignas de Primeiro Mundo (embora a nomenclatura, hoje, seja execrada). É preciso, entretanto, corrigir o erro do ex-hospital da mulher - hoje AME - que foi inaugurado sem uma rampa sequer. Erro que ainda ninguém assumiu!
CPI.....ZZA??
A massa já está assando. Falta só mesmo escolher um recheio adequado para finalizar a pizza da CPI do Fantasma, instalada recentemente na Câmara de Limeira. Os indícios dão conta de que a pizzaria legislativa vai servir uma enorme e suculenta pizza... E marmelada de sobremesa. Para quem gosta, um prato cheio!
Para assustar
O que tem de viatura da Polícia Federal circulando em Limeira... é um espetáculo à parte! O município, aliás, já faz por merecer uma Delegacia da PF. Que tal?
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 27 de outubro de 2009
"Des", de desabafo
O tema sobre o qual estou me debruçando hoje neste espaço a mim reservado todas as terças-feiras não é novo. Transformou-se na mais escandalosa rotina, preenchendo o cotidiano brasileiro com três “des”, que são a cara deste País e de seus políticos: descaramento, desconfiança e descrença. Perdeu-se a vergonha por inteiro, a ponto de não se notar mais nem os disfarces - e máscaras - que esses atores costumavam usar, quando uma crítica ou denúncia lhes diziam respeito.
Não se preocupam sequer com a aparência, que acabou transformando a prática da aliança política em troca. Barganha por sabe-se lá o que, pelo simples fato de se manter o status do poder. O correto, mesmo, é substituir o termo “aliança” por conchavo, ou no seu mais triste sinônimo, conluio, cujo significado é “combinação entre duas ou mais pessoas, para prejudicar outrem; maquinação, conspiração, trama”. A carapuça deixou de ser a veste da vergonha, para se tornar traje obrigatório.
É dessa forma que a maioria, de prefeitos ao presidente da República (passando por vereadores, deputados, governadores e senadores), age. Virou prática!
E o nível do descaramento chegou a tal ponto, que eles estão pouco se lixando para a opinião pública - como disse recentemente um deputado - e se prestam a qualquer papel, para não perderem as benesses que lhes são garantidas por posturas pouco confiáveis. Convenientes mesmo só a eles próprios. O “não se lixar para a opinião pública” tem o mesmo significado do que dizer “vocês só têm importância na hora de votar para nos eleger”. Depois, viram as costas. E parafraseando um ex-presidente, pedem para que esqueçamos tudo o que falaram; projetos e compromissos assumidos com a comunidade se transformam em mero interesse pessoal.
Esse descaramento desenfreado acaba por promover a desconfiança do cidadão, que apático e abatido pelo desrespeito inevitável, esquece que tem em mãos a mais poderosa arma contra esses verdadeiros usurpadores da vontade popular: o voto; o poder de decisão sobre o futuro de cada político. E que da mesma forma que o elegeu pode jogá-lo no limo. Político que deixou de ser “cortês, delicado ou estadista”, como está nos bons dicionários, para ser um grande oportunista.
E, num último estágio, essa desconfiança transforma-se em descrença, que hoje se abate sobre todos nós, que de protagonistas dessa história nos transformamos em personagens secundários, nas mãos de diretores de filmes de segunda. Ou até terceira categoria.
O que está se assistindo, hoje, na Câmara de Limeira, nesse triste espetáculo chamado CPI do Fantasma, é a mais contundente prova de tudo do que descrevi acima. O que não precisamos, e isso é fato, é de mais sete atores para compor o elenco atual dessa tragédia. Já temos personagens demais. E o que é pior, que desconhecem o próprio roteiro, para o qual foram escolhidos. Vão no improviso dos que não querem se comprometer com nada. Muito menos com a verdade!
Antonio Claudio Bontorim
Não se preocupam sequer com a aparência, que acabou transformando a prática da aliança política em troca. Barganha por sabe-se lá o que, pelo simples fato de se manter o status do poder. O correto, mesmo, é substituir o termo “aliança” por conchavo, ou no seu mais triste sinônimo, conluio, cujo significado é “combinação entre duas ou mais pessoas, para prejudicar outrem; maquinação, conspiração, trama”. A carapuça deixou de ser a veste da vergonha, para se tornar traje obrigatório.
É dessa forma que a maioria, de prefeitos ao presidente da República (passando por vereadores, deputados, governadores e senadores), age. Virou prática!
E o nível do descaramento chegou a tal ponto, que eles estão pouco se lixando para a opinião pública - como disse recentemente um deputado - e se prestam a qualquer papel, para não perderem as benesses que lhes são garantidas por posturas pouco confiáveis. Convenientes mesmo só a eles próprios. O “não se lixar para a opinião pública” tem o mesmo significado do que dizer “vocês só têm importância na hora de votar para nos eleger”. Depois, viram as costas. E parafraseando um ex-presidente, pedem para que esqueçamos tudo o que falaram; projetos e compromissos assumidos com a comunidade se transformam em mero interesse pessoal.
Esse descaramento desenfreado acaba por promover a desconfiança do cidadão, que apático e abatido pelo desrespeito inevitável, esquece que tem em mãos a mais poderosa arma contra esses verdadeiros usurpadores da vontade popular: o voto; o poder de decisão sobre o futuro de cada político. E que da mesma forma que o elegeu pode jogá-lo no limo. Político que deixou de ser “cortês, delicado ou estadista”, como está nos bons dicionários, para ser um grande oportunista.
E, num último estágio, essa desconfiança transforma-se em descrença, que hoje se abate sobre todos nós, que de protagonistas dessa história nos transformamos em personagens secundários, nas mãos de diretores de filmes de segunda. Ou até terceira categoria.
O que está se assistindo, hoje, na Câmara de Limeira, nesse triste espetáculo chamado CPI do Fantasma, é a mais contundente prova de tudo do que descrevi acima. O que não precisamos, e isso é fato, é de mais sete atores para compor o elenco atual dessa tragédia. Já temos personagens demais. E o que é pior, que desconhecem o próprio roteiro, para o qual foram escolhidos. Vão no improviso dos que não querem se comprometer com nada. Muito menos com a verdade!
Antonio Claudio Bontorim
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