Pages

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Na alça da mira
O prefeito Silvio Félix (PDT) não terá, definitivamente, o réveillon dos seus sonhos. Governando por liminar do TJ-SP e vendo ruir seu castelo político, ele entra para a história limeirense como alvo preferencial de uma Comissão Processante na Câmara Municipal, que pode levá-lo à cassação. Mais uma vez até seus aliados disseram o "sim" à continuidade da investigação, após o escândalo que abalou sua família e assessores.

Não cheira bem...
A forma como os governistas Nilce Segalla (PTB), Antonio Braz do Nascimento, o Piui (PDT) e o tucano Almir Pedro dos Santos, votaram pelo sim deixa um cheirinho de manobra política no ar. A investigação precisa ser transparente e dentro de todos os parâmetros legais e regimentais. Não pode dar margens a dúvidas e exigir do secretário Jurídico da Câmara, Fernando Lencioni, todo o empenho e seus conhecimentos. Mostrar-lhe que é secretário da Câmara, não da base governista.

Longe da ribalta
Agora é hora de deixar qualquer holofote de lado. Em especial da mídia e atuar pela verdade e chegar onde é preciso, sem se esquecer do direito ao contraditório e à ampla defesa. Afinal isso é democracia. Trazer à luz tudo o que for preciso e, se for preciso, punir aqueles que se locupletaram do poder. Exemplos estão ai para quem quiser ver. Quem sabe não saia um exemplo daqui também?

Antes que afunde
O trecho da Rua Barão de Campinas, entre as ruas Lavapés e Duque de Caxias, que teve recente obra da Foz do Brasil concluída, está pecisando de uma vistoria urgente da concessionária. No cruzamento com a Rua Lavapés está se formando uma depressão, bem ao lado da tampa do poço de visita. A pavimentação afundou e se não for reparada pode afundar de vez. Prevenir é melhor que remediar.

Português claro
A palavra de hoje não é nova. É aquilo que define o Estado brasileiro. Estou falando de laico, que segundo o novo dicionário Houaiss, é um adjetivo e substantivo masculino. Laico significa: que ou aquele que não pertence ao clero nem a uma ordem religiosa; leigo; que ou aquele que é hostil à influência, ao controle da Igreja e do clero sobre a vida intelectual e moral, sobre as instituições e os serviços públicos; que é independente em face do clero e da Igreja, e, em sentido mais amplo, de toda confissão religiosa; relativo ao mundo profano ou à vida civil. Pois é, somos um estado laico e há muitos clérigos que ainda não entendem isso.

A última de hoje
Quem não tem o que dizer, não deve nem começar a falar.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Para comemorar e não esquecer. Para entrar na história!

O ano de 2011 se vai pelos últimos dias. Rapidamente já será 2012, porém, antes da tradicionais perspectivas para o ano novo que se inicia, é necessário refletir sobre este, que está com os dias contados. E foi um ano atípico para Limeira, considerando-se a partir da segunda dezena de novembro. Ano este que deve ser resumido em apenas dois momentos. O primeiro, até o dia 23 de novembro, quando tudo parecia caminhar dentro do que se pode chamar de normalidade. Sem qualquer intercorrência, o município seguia seu ritmo. De pontos positivos e negativos, mostrados diariamente pela imprensa.
Reclamações e denúncias conhecidas, em áreas como saúde, educação, lazer, transporte público e o irresoluto trânsito e seus desconfigurados semáforos; e notícias vigorosas, como o anúncio oficial da vinda da Samsung (e os investimentos que isso renderia para o município e toda região) e a inauguração do Samu faziam o cotidiano do noticiário local. Estou citando apenas esses dois, em minha opinião os mais marcantes. E muito comemorados.
O grande solavanco, entretanto, que atingiu a geografia política de Limeira e ganhou espaço - e de destaque - na mídia nacional, foi sentido no dia 24 de novembro. Um turbilhão de acontecimentos, que fez tremer na base um bom número de políticos e aliados, tanto de primeira como de última hora. E toda etrutura político-administrativa do governo Silvio Félix (PDT). Estava começando o segundo momento a que me referi no início deste artigo. O dia 24 amanheceu e logo ao nascer do sol a população, perplexa, assistia á prisão da primeira-dama, Constância Félix, seus dois filhos e outras nove pessoas - do seu círculo familiar e também de convívio - em uma ação conjunta do Ministério Público e Polícia Militar. Mandados de prisão, busca e apreensão, revelavam crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica, iniciando uma devassa completa na vida dessas pessoas. E não parou mais.
Fatos que puseram em xeque até mesmo o desenvolvimento do próprio município, mostraram um vice-prefeito ausente e apático e, que por vias ainda não reveladas, mas com certeza já traçadas, devem atingir em cheio o próprio prefeito, que agora governa à base de uma liminar judicial e enfrenta uma Comissão Processante na Câmara Municipal, que tem hoje seu "dia D", quando será decidido se continua ou não. Se a oposição comemora e a população se mobiliza pela continuidade das investigações, muitos articulam sobre panos quentes e o famoso "deixa estar, para ver como é que fica". É possível, sim, comemorar, pelo efeito mobilizador que esses fatos produziram na sociedade. Não dá para esquecê-los, pela legitimidade e transparência com a coisa pública. Então é preciso que entrem para a história como marco de uma aspiração coletiva: a moralidade e a ética na política. Limeira numca mais será a mesma. E que venha 2012!

2012, um ano que pode não terminar. Será?

Exoterismos e previsões à parte e com ou sem a anuência dos deus maia Bolon Yokte, que representaria a Nova Era, a partir do dia 21 de dezembro de 2012, o fim do mundo ainda vai longe. Mas inspira cuidados. E muito resguardo para alguns. A exatos sete dias do primeiro dia do novo ano - e que será brindado, exaltado e festejado - as premissas em torno do ideário político são as mais obscuras. E não adianta não querer falar disso justamente hoje, ou tentar abafar as explosões com os panos quentes da hipocrisia, que não vai aplacar as turbulências. Nem nossas consciências. Estamos impregnados até a alma pelos tristes acontecimentos, que envolveram este fim de 2011, que é quase impossível ser otimista. É preciso, sim e sempre, acreditar na sensibilidade e responsabilidade dos homens, mas acima de tudo enfrentar a realidade com a mente e olhos bem abertos. Difícil dizer em poucas linhas o tamanho da contaminação que chega a 2012 e quais serão os remédios mais eficazes, capazes de reduzir e eliminar tais vírus. Mais que isso, o problema talvez não esteja justamente no tratamento, mas sim na dosagem dos medicamentos.

Tiro no mosquito
Lembro-me, aqui, de uma frase que a pediatra dos meus filhos, minha querida doutora Tupanema, costumava empregar, em alguns casos a ela por nós levados. Dizia a médica que era preciso ter cuidado e atenção, para não darmos um tiro de canhão num mosquito. Como os pais são sempre aflitos, era preciso haver uma contrapartida de ponderação. O caso de Limeira é inverso. O tiro pode sair pela culatra. Não está difícil.

Cautela e caldo...
...de galinha não fazem mal a ninguém. A euforia exagerada (e me desculpem o pleonasmo, mas é preciso) pode jogar um momento histórico para o povo limeirense na vala comum várias tentativas frustradas de fazer valer a ética na política local. O tratamento deve continuar, sim. É preciso, entretanto (como no uso incorreto de um antibiótico), que não cause reações adversas o tenha efeitos colaterais na frente, sem a cura real.

Prática indevida
Pessoas idosas e portadoras de deficiências voltam a reclamar da falta de respeito para com as vagas preferenciais - ou especiais - em estacionamento nas vias públicas. Fazia algum tempo que eu não escrevia isso por aqui, mas fui abordado por um amigo, que acabou relatando algumas histórias, semelhantes às que comentei neste espaço, em outras oportunidades. E não é dicífil perceber como eles têm razão. Basta um passeio pelo Centro, e um bom observador vai testemunhar essa falta de educação. Além de não portar adesivos ou papeletas de usuários preferenciais, são na maioria jovens. Sem qualquer tipo de problema. Apenas se aproveitam da falta de fiscalização e quem precisa fica sem saber a quem recorrer, a não ser a nós, jornalistas e colunistas.

Tanto como
Na edição de sexta-feira, dia 22, esta Gazeta trouxe uma denúncia nesse sentido, ilustrada com fotos, desse desrepeito. na cidade de Cordeirópolis. Por aqui nos cansamos de comentar, criticar, expor... E tudo continua na teoria. A prática é totalmente outra. Falta de educação parece contagiosa.

Pergunta rápida
Você acredita em Papai Noel?

Se você quer ler
Para não perder o pique do momento, minha sugestão para leitura, hoje é A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., sobre a era das privatizações, no governo FHC, que chegou a alguns de seus mais influentes ministros e revela nomes até então blindados pela grande mídia. Lançado recentemente, é um dos mais vendidos da Livraria da Folha (venas on-line) e traz denúncias e documentos de toda uma era. críticas favoráveis, e também desfavoráveis. Alguns especialistas afirmam que não atinge diretamente o ex-governador paulista e candidato à Presidência, José Serra, mas é rico em documentos. O seu conteúdo, hoje em livro, quase foi um dossiê na campanha eleitoral do ano passado, porém, abortado pela campanha petista, antes de seu início. Vale no mínimo uma leitura crítica.

Eu Recomendo!
Um presente de Natal, na indicação de hoje para um bom filme. Estou falando de Bonnie & Clyde - Uma Rajada de Balas (Bonnie and Clyde, EUA-1967), dirigido por Arthur Penn. Um gênero misto entre comédia, policial e romance, que marcou época. Baseado em fatos reais, conta a história de um casal de assaltantes, durante a era da Grande Depressão: Bonnie (Faye Dunaway) e Clyde (Warren Beatty), dois jovens que se conhecem de forma inusitada e acabam se apaixonando. E se tornam uma das duplas de assaltantates mais famosas de toda a história americana. O elenco traz ainda Gene Hackman; Gene Wilder; Michael J. Pollard; Estelle Parsons; Denver Pyle; Dub Taylor e Evans Evans. 112 minutos.

O ano das redes
O ano de 2011 foi marcado pelo crescimento e acesso às redes sociais na web. De simples criações para o deleite de adolescentes, Twitter e Facebook acabaram se transformando em eficientes meios de informação. E de mobilização social e política. Se nas eleições presidenciais e legislativas de 2010 houve uma efetiva contribuição dessas ferramentas, em 2012 elas devem ser mais efetivas ainda. Principalmente porque teremos eleições municipais, quando o debate é local e concentrado. Um exemplo real: a mobilização popular, pela CP namara, bombou nessas redes. Como está acontecendo agora. Então, "enter" para enviar sua mensagem.

Hora de festejar
Aproveitar este espaço, também, para agradecer e desejar votos de feliz Natal, é um ato de reconhecimento. Principalmente aos leitores que nos acompanham diariamente, com suas opiniões. Sejam elas elogiosas ou críticas. Ouvir elogio é gostoso, e faz bem. Aceitar as críticas é uma lição, para que melhoremos, sempre, nossa conduta. E como a opinião é a matéria-prima do nosso trabalho, nada melhor do que termos sempre isso em mente. Nós também erramos e muitas vezes precisamos ser corrigidos. Então, um feliz Natal a todos e até daqui a pouco. O feriado domingueiro é um tiro curto neste ano.

Frase da semana
"É o exercício da democracia, que impõe medo à tirania e à vilania". Da coluna Texto&Contexto. Na Gazeta, domingo, dia 18.
Empacou geral
A história política de Limeira caminha cada vez mais para trás. Em vez de evoluir para o bem, involui de forma perigosa. Atacar a imprensa ou culpá-la pela desandada em sua administração, faz do prefeito Sílvio Félix (PDT) um saudosista. Da ditadura militar e de governos, que não comungam com a liberdade de expressão do pensamento. Ou está mal assessorado ou caiu no desespero! Quanto ao Ministério Público (MP) faz, brilhantemente, o seu trabalho.

E vale registrar
Se a Câmara fosse independente, com todos (não a minoria) atuando como deveriam, a situação não chegaria a esse ponto. Se houvesse fiscalização dos atos do Executivo - não leniência - muito do muito poderia ser evitado. Enfim, agora é esperar, pelo menos, uma atuação digna da CP. Caso contrário...

Erra. Como erra
Não há pureza na mídia também. Há, em certos casos, síndromes mal resolvidas e que descambam para o preciosismo absurdo e recalcado de profissionais que se julgam inatingíveis. No caso dos Félix, a imprensa só está divulgando o que as investigações estão mostrando. Tudo documentado. Aliás, muito bem documentado.

Está chegando...
Acaba de aparecer no meu Twitter, como seguidor, o Partido Ecológico. A sigla PEN - Partido Ecológico Nacional - e o número é o 51. E o símbolo é um trevo de quatro folhas na cor verde em fundo amarelo. E se diz o "partido para defender a natureza". E 51 é um número pronto para o marketing. Será que tem algo a ver?

Português claro
No novo dicionário Houaiss, leniência vem de lenidade. E lenidade, segundo Houaiss, significa: qualidade do que é lene, suave; doçura, mansidão, brando. E estamos conversados.

A última de hoje
O vereador Silvio Brito (PDT) precisa aprender logo o que significa Democracia. E com D maiúsculo. Ou a Democracia se encarregará de ensinar essa lição a ele.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ficha limpa, ficha suja e a hipocrisia nossa de cada dia!

Pouco a pouco e sem muito alarde o Supremo Tribunal Federal (STF) vai devolvendo mandatos eletivos a fichas sujas da política nacional, que mesmo eleitos foram apeados de seus cargos e impedidos de assumir, pela chamada Lei da Ficha Limpa. As decisões que tiraram os mandatos desses políticos acabaram sendo derrubadas no SFT por entendimentos jurídicos, mediante recursos impetrados junto à Suprema Corte nacional. Foram devolvidos aos cargos, por exemplo, dois senadores: o amazonense Jader Barbalho (PMDB) e o paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB), para citar os mais expressivos e conhecidos, entre aqueles que aguardavam tal decisão. Outros também já recuperaram as vagas perdidas e dessa forma o Supremo passa um detergente na sujeira, garantindo a limpeza legal, porém, imoral do ponto de vista ético, daqueles que deveriam estar na cadeia e não ocupando tribunas e batendo no peito, alardeando honestidade, integridade, etc. e tal.
E o que deveria ser um começo de moralização acaba na vala comum dos recursos judiciais, que contam muito com a habilidade e conhecimento dos meandros dos tribunais, das grandes bancas do Direito brasileiro.
Por aqui, uma Lei da Ficha Limpa também tramita na Câmara Municipal, em projeto de iniciativa popular, que concorre com outro, da mesma ordem, com origem no Poder Executivo e finalidade de apenas ofuscar o primeiro e acobertar aliados de plantão que poderiam ser enquadrados. Os vereadores, evidentemente, optarão pelo segundo, mais para garantir a impunidade do que para reverter esse quadro crônico, reincidente e danoso que avança sobre todos os níveis do poder público e vem sendo exibido à exaustão em horário nobre das emissoras de TV, nos jornalísticos de rádio e na mídia impressa. Triste imagem na nossa involução política. E desprezo grosseiro à opinião pública.
Duas situações muito parecidas, que antes de desmoralizar os verdadeiros e contumazes fichas sujas, acabam por nos impor a vergonha da convivência pacífica com quem, no mínimo, deveria estar a léguas do exercício da política. Há, entretanto, alguma coisa que destoa de todo esse processo: a forma com que tratamos essa situação. Pois de nada adianta protestarmos e aderirmos a movimentos sociais pela legalidade, se na hora da escolha optarmos sempre por manter o status dos que estão lá no topo da cadeia política. Somos também responsáveis por tudo isso. Leis estarão sempre sujeitas a interpretações. Nossas escolhas, não. E se nós, eleitores, não tomarmos definitivamente a frente pela mudança, ela não virá nunca pelas mãos de políticos. Somos nós, efetivamente, que vamos determinar quem é e quem não é um ficha limpa. Ou suja. Mais que um direito, é uma obrigação. Chega de hipocrisia.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A mobilização popular e seus reflexos políticos

Apesar de muitos políticos "se lixarem" para a opinião pública e a maioria deles, de fato, não dar a devida importância a ela, sempre é bom lembrar que sem os primeiros pingos nunca teríamos uma chuva.. E os pingos que vêm a seguir até a chuva definitiva acabam dando início a uma verdadeira enxurrada, que leva tudo o que tem pela frente. Assim são as mobilizações populares, que ao começar na timidez de poucos se transformam em movimento forte, quando uma causa determinada e ambiente propício para o esse fortalecimento. E os reflexos políticos de toda mobilização popular (diferentes da enxurrada que, dependendo de sua intensidade, vez ou outra causa destruição) são uma condução às mudanças de um determinado status quo, que não mais interessa. O caminho se abre e então não retorno possível, que não seja a transformação. O que assusta muita gente, entretanto, é quando a mobilização vem de maneira espontânea. Sem a interferência político-partidária. Se o poder de fato emana do povo, em seu nome pode ser exercido. É o exercício da democracia, que impõe medo à tirania e à vilania!

O momento é este
Limeira vive, hoje, uma onda clara e transparente, que não aceita mais o descompasso entre o discurso e a prática. Entre o "faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço". E isso é bom. É fundamental ao próprio desenvolvimento humano, social, político e econômico do municípío. E importante, à medida em que começa a impor limites a desmandos e ações, que não condizem com a dignidade, moralidade e probidade esperadas.

E a onda contrária
Fica evidente, porém, que muitos - alguns até formadores de opinião - tentarão desmerecer qualquer tentativa de mobilização, insultando com as asneiras naturais de sempre. É um direito constitucional o livre expressar do pensamento, não posso negar. Como faço agora. Esses, porém, vão ficando cada vez mais à margem da própria opinião pública, que já sabe o que ganham para se expor a esse compromisso.

Também foi assim
Lembram-se da marcha pelas Diretas-Já, lá nos anos 80? E depois os cara-pintadas, no início dos anos 90? Mais lá atrás, a luta contra a ditadura militar? Pois é, cada momento no seu tempo, mas que juntos trouxeram grandes transformações. Algumas demoraram mais, outras foram rápidas. É assim que funciona. E funciona mesmo. Basta querer.

Cara-de-pau ou...
...falta de coragem? Alguns twitteiros contumazes, que sumiram da rede após todo o escândalo envolvendo a família Félix e a Câmara ter afastado o prefeito Sílvio Félix (PDT) do cargo (reconduzido pelo TJ-SP), começaram a dar o ar da graça novamente. Coincidências à parte...."quem tem padrinho não morre pagão".

Foi advinhação??
Na coluna da última quinta-feira, comentei sobre o novo terminal urbano - já havia publicado, também, no domingo passado, algumas reclamações de usuários - que notei estar às moscas. Na mesma quinta-feira, na edição desta Gazeta uma pequena matéria sobre a fechamento do local, para manutenção hidráulica. Engraçado, é tudo novo. Foi inaugurado recentemente. E já carece de manutenção? Estranho. Muito estranho.

Hora de fiscalizar
E não é uma obra qualquer. É toda uma estrutura, que além da urbanística e arquitetônica, tem o seu entorno com a transformação da malha viária e tudo mais. Alguém errou e errou feio. E é nessa hora que os vereadores deveriam agir. Atuar em benefício da população, dos usuários do transporte públio, que são também eleitores. Onde estão agora Silvio Brito, Iraciara Bassetto, Nilce Segalla, Piui, Carlinhos Silva, Carlos Rosller, Almir Pedro, que tão bem e convictamente defendem o prefeito e alguns que hora pendem para um lado hora para outro? Não está na cartilha do Legislativo Municipal que sua principal função, junto com as leis, é fiscalizar o Executivo? Que se manifestem agora.

Pergunta rápida
Quem é investigado tem competência e isenção para investigar?

Se você quer ler
Este ainda não li. Aliás, tomei conhecimento dele nesta semana e já estou fazendo minhas cotações. Estou falando do livro de Regina Zappa. Uma fotobiografia de um dos maiores compositores da MPB. Estou falando de Para Seguir Minha Jornada - Chico Buarque. Um pouco da nossa rica cultura musical dos últimos 50 anos. A vida do autor de Deus Le Pague, Gota D´Água, Construção, Cálice, entre outras, documentada através de fotos, que servem como autênticos retratos de épocas, numa conjugação perfeita entre as histórias do próprio Chico e também do Brasil – se conjugam. São fotografias, documentos, críticas e notas de publicações entre as décadas de 1960, 70 e 80, da coleção da tia de Chico, Cecília Buarque de Hollanda. A autora nos trás um perfil com casos, curiosidades, parcerias. Entre tantas outras histórias. Editora Nova Fronteira, 432 páginas. R$ 79,90 nos sites de compras.

Eu Recomendo!
Para quem gosta de ação, um pouco de terror com comédia e muitos efeitos especiais, vou indicar hoje o filme O Retorno da Múmia (The Mummy Returns, EUA-2001). Sob a direção de Stephen Sommers, esse é o segundo filme da série (que começa com o filme A Múmia, e há ainda um terceiro na sequência, A Tumba do Imperador Dragão), que traz a saga de Rick O´Connell, a egiptóloga Evelyn (agora sua mulher), seu filho Alex, no combate, novamente à múmia Imhotep e sua amante, Ankh-Su-Namun, agora ressucitados e que desejam o poder do Escorpião Rei, para ter nas mãos o exército de Anúbis. Traz no elenco, mais uma vez, Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah, Arnold Vosloo, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Freddie Boath, Oded Fehr, Dwayne Johnson e Patricia Velazquez. Duração: 130 minutos.

Frase da semana
"Infelizmente, se a família está envolvida nessa situação, é complicado para ele permanecer no governo". Do motorista Marcos Eduardo Moura sobre o retorno do prefeito Silvio Félix (PDT) ao cargo, reconduzido através de liminar do TJ-SP. Quinta-feira, 15, na Gazeta.
É para canonizar
Todo político brasileiro é de uma santidade... De uma pureza e competência de fazer inveja a qualquer um. Basta prestar atenção nos discursos prontos e acabados. Ele está sempre acima de qualquer suspeita. Tudo que se volta contra ele é armação, é golpe, é intriga da oposição. E a inteligência do povo vai sendo jogada no lixo.

Bravateiros reais
A questão é simples. Contra fatos, documentos e provas, não há argumentos. Os discursos se tornam vazios e as desculpas são tão esfarrapadas, que só nos cabe uma reação: o escárnio. Pode-se muito bem manipular e maquiar operações contábeis, mas a matemática é uma só: 2 + 2 = 4. Sempre vai ser assim.

Estão chegando...
...ao Município uma fábrica de fraldas descartávies e uma indústria farmacêutica, especializada em medicamentos contra cólicas intestinais e diarreia!

A lugar nenhum
É desolador passar ao lado do novo terminal urbano de Limeira. Toda a estrutura criada no local até agora não entusiasma ninguém. Continua às moscas. Se não houver coragem e vontade política para desmontar todo o sistema no entorno da praça do Museu, toda aquela obra estará perdida.

Alerta! Fagulhas
Quem tem rabo de palha, jamais deveria se sentar próximo de um braseiro.

Português claro
Duas palavras hoje. Muito confundidas: limo e limbo. O novo dicionário Houaiss diz que ambas são substantivos masculinos. Limo significa: mistura viscosa, pegajosa, de argila, matéria orgânica e água; barro, lama, lodo, sujeira esverdeada, baixeza moral; vileza, imundícia; a outra, limbo, significa: bordo, extremidade; estado de indecisão, incerteza, indefinição, ausência de memória; olvido, esquecimento; morada das almas acometidas do pecado original e sem batismo.

A última de hoje
Só para refrescar a memória: concessão de liminar não é decisão final, e muito menos garantia de absolvição ou exclusão de culpa. É apenas um trâmite legal dentro de um procedimento judicial. Garante direitos ao acusado dentro do processo ao qual é réu; não o livra da pena final!

O cavalo está passando... quem vai montá-lo?

Cavalo selado não passa duas vezes na mesma porta. A analogia desse conhecido ditado é simples: nunca se deve perder a primeira opotunidade, quando ela se apresenta diante de nós. Por mais paradoxal que possa parecer, às vezes não entendemos os recados recebidos e quando percebemos uma única chance de mudança, ela escapuliu a galope, montada justamente no cavalo que passou selado e deixamos fugir.
Limeira está, hoje, diante de uma situação bem semelhante a essa, por mim acima descrita. De solavancos em solavancos, e mesmo com eventuais (porém dolorosos) traumas - e eles existirão - a possibilidade de se promover uma depuração ética na política é clara e está muito mais próxima do que podemos imaginar. Se há um caminho natural a ser seguido e quais consequências isso poderá acarretar lá na frente, o tempo é o melhor conselheiro e quem vai, também, ditar a sequência dos fatos. A verdade é que hoje há uma mobilização generalizada, que se propaga pelos quatro pontos cardeais da geografia nacional, de busca pela moralidade, que chegou para ficar. E dar um basta tudo isso que vínhamos assistindo de mãos atadas ou dando de ombros, como se não fosse com a gente.
O cidadão, que antes a tudo via passivamente e depois se conformava, como se a concordar com chamado "rouba mas faz", que vem caracterizando uma porção de administrações pelo país afora, parece-nos mais atento agora. Está deixando de lado sua comodidade e aprendendo a se utilizar da força que tem, enquanto cidadão, contribuinte e eleitor. Começou a perceber que tem, sim, força suficiente para fazer valer sua vontade e que, se unido a seus iguais, se torna mais forte.
Esse movimento, quase mesmo um levante popular, pacífico mas consistente, que entendo justo e desprovido de condução política - embora alguns espertos tentem se aproveitar da oportunidade e dele tirar proveito - não vai e não deve dar tréguas daqui para frente. E aquele que acreditar na chamada amnésia popular, até então bastante conhecida, estará cometendo um erro estratégico. Ninguém pode subestimar essa força, que está cada vez mais presente no dia a dia da população, que é a vontade de dar um basta em tanta bandalheira privada em nome da coisa pública. Estamos, de fato, num momento atípico da vida política nacional. E também local. Acredito que essa via seja de mão única, e sem retorno.
É preciso mostrar a quem queira entender e esteja disposto a compreender esse sinal, que nenhuma liminar, nem na mais alta corte brasileira, pode reverter: o julgamento da vontade popular. Principalmente quando essa vontade se chama voto. O recado está dado e o cavalo está neste momento passando selado, diante daqueles que têm o poder da decisão final nas mãos. É preciso que montem rápido. Não haverá um segundo cavalo passando por aqui!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pela metade e às pressas. Não vai funcionar!

O novo terminal do transporte coletivo urbano é uma bela peça arquitetônica e urbanística. Bem construída, a obra melhorou significativamente a paisagem da baixada da rodoviária e todo o seu entorno. E a sua funcionalidade? Eis a questão. Inaugurado às pressas - e sem a devida infraestrutura - o terminal, que deveria deslocar todo alvoroço da Praça do Museu para , corre o risco de naufragar em sua função. Explico: recentemente fui à Estação Rodoviária esperar minha filha, que chegaria de São Carlos, onde estuda. Funcionários que me reconheceram como colunista desta Gazeta, vieram me fazer algumas considerações, que achei interessantes. Reclamaram da ausência de agentes de trânsito e, principalmente, de segurança efetiva por . Uma das pessoas que me abordaram disse-me que é frequente a entrada de caminhões e carros dentro do terminal, que deveria ser exclusivo para os ônibus das 7 linhas inaugurais, que circulam por . Logo no início, segundo esse funcionário, havia alguns agentes circulando por . Agora, simplesmente desapreceram. E como o terminal é aberto, motoristas estão abusando disso.

O perigo de assaltos
Outra questão abordada por eles, quanto ao terminal, é a falta de guardas municipais, principalmente, à noite, quando o movimento - que é pequeno - fica mais reduzido ainda. Segundo me disseram, houve assaltos no terminal, pois ele fica totalmente desprotegido. Até mesmo alguns ônibus, que deveriam passar por , não entram, complicando ainda mais a situação. O que não pode é continuar como está, reclamaram.

Vaidades e vaidades
A grande questão do administrador público, hoje, é fazer valer sua vaidade pessoal e ser lembrado como "tocador de obras" que sejam vistosas ao olhar do eleitor. E não administrar justamente o bem-estar da comunidade, fazendo com que essas obras funcionem de fato e tenham alcance social e prático. Infelizmente, por aqui não escapamos disso também. Os resultados dessa falta de sintonia pública serão sentidos na frente. Sim!

Uma fruta passada
O desabafo do prefeito afastado, Silvio Félix (PDT), em seu blog pessoal e reproduzido como informe publicitário nos jornais da cidade, é falta de respeito com o cidadão. Com o eleitor. Procurado insistentemente por esta Gazeta desde que os vereadores o apearam do cargo, ele nunca retornou ou deu satisfações. Para reparar a "injustiça", que diz estar sofrendo, ele deveria se despir de toda e qualquer mágoa, convocar uma coletiva, explicar-se e responder perguntas dos jornalistas. Ninguém aceita mais monólogos prontos. Essa história de golpe, perseguição política, etc, etc, não emplaca mais. Vide os casos dos ministros, que um a um, estão caindo, como frutas passadas do tempo de consumo. E olha que, de plantas, Félix deveria entender bem!

Coisa ultrapassada
Além de todo o seu desabafo, Félix está se utilizando de um expediente que caiu de moda muito tempo, ao dizer que está sendo vítima de perseguição política. É uma desculpa que não cola mais nem um caminhão de superbonder. O cidadão não engole mais esse tipo de argumento. Ainda bem!

Questão de cultura
O Japão sofreu, em março, um tsunami que desfigurou o país. Poucos dias depois, uma estrada - que tinha sido engolida pela catástrofe natural - estava totalmente recuperada. Nova. Sinalizada. O país continua sua recuperação e não brecou seu comércio. Por aqui, destrói-se o que está feito. Depredam-se equipamentos de serviços públicos, como orelhões, por exemplo. E, mais recentemente, 10 estruturas metálicas em formato de globos, nas rotatórias da cidade, que acabaram sendo retiradas, tamanho o estrago. É uma parcela da população que ainda não aprendeu que, ao ter direitos, têm-se obrigatoriamente deveres.

É muito sem sentido
Ao mesmo tempo que vimos, no dia 28, namara Municipal, a cobrança popular, ordeira e consciente, sobre os escândalos políticos e a tomada de providências por parte dos vereadores, assistimos, posteriormente, a atos de vandalismo e selvageria com os globos instalados nas rotátórias. Uma ação não combiana com a outra.

Pergunta rápida
Limeira chegou ao fundo do poço político?

Se você quer ler
Mais um livro de poemas para a leitura diária. E de um dos grandes nomes da poesia brasileira, incansável lutador pelo povo amazonense, seu Estado natal. Estou falando de Mormaço na Floresta, de Thiago de Mello, publicado em 1984. Uma obra para ser lida com o coração, para sentir a profundidade de seus versos. Principalmente para entender a alma de quem o escreveu. Thiago de Mello nasceu Amadeu Thiago de Mello, na cidade de Barreirinha, Estado do Amazonas, em 1926. Preso durante a ditadura, exilou-se no Chile, onde conheceu Pablo Neruda, que traduziu alguns de seus escritos, como Thiago de Mello também traduziu Neruda. Além de ter morado em outros países da América Latina e Europa. Com o fim da ditadura voltou ao Brasil e foi morar em sua cidade natal, onde vive até hoje. Um de seus escritos mais famosos é Faz Escuro Mas eu Canto, indicado aqui.

Eu Recomendo!
Um filme um pouco mais recente, na sugestão de hoje. Uma sugestão, diga-se, da minha amiga jornalista Renata Reis, que indico aqui. Trata-se de Jogo Entre Ladrões (Thick as Thieves, EUA-2009), dirigido por Mimi Leder. E com elenco de primeira grandeza, com nomes como Morgan Freeman, Antonio Banderas, Tom Hardy, Radha Mitchell, Robert Forster, Rade Serbedzija, entre outros. A história é mais ou menos assim: Jack Monahan é um criminoso que está com muito azar. Sua vida muda ao conhecer Ripley, um experiente ladrão que o chama para participar de um arriscado roubo, envolvendo uma das joias mais valiosas da atualidade, guardada em uma joalheria russa. Jack aceita o convite, mesmo sabendo que no mundo do crime não se pode confiar em alguém. Gênero: policial. Duração: 104 min.

Frase da semana
"Laranja madura, na beira da estrada, bichada , ou tem marimbondo no ". Estribilho da letra da música "Laranja Madura", de Ataulfo Alves.