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terça-feira, 31 de maio de 2011

Nas mãos de Félix. Outra vez!

A queda de braço entre empresas do transporte público e sindicato de motoristas e cobradores mostra, mais uma vez, que o problema é crônico em Limeira. E provoca apreensão entre os usuários do sistema, sempre os mais afetados por uma situação que perdura há muito tempo no município. Afora as reclamações constantes pela deficiência do serviço, que é tema constante de matérias nesta Gazeta. Não dá para tapar o sol com a peneira e fazer de conta que tudo está uma maravilha, porque o dia a dia de quem precisa se locomover para o trabalho, aos hospitais e consultórios médicos ou em busca dos serviços bancários entre outros e se utiliza dos ônibus, prova justamente o contrário. Neste momento, em que você lê esta análise, uma nova greve pode estar ocorrendo. Quem sofre? O usuário!
Superlotação dos coletivos, atrasos nos horários e falta de carros em algumas linhas são as três principais carências, que há muito deveriam ser coisa do passado. Como cidade de médio para grande porte e pela capacidade econômica que tem, Limeira comporta um serviço de transporte público de qualidade. E as duas viações que atuam no setor deveriam ter mais comprometimento na prestação desse serviço e perceber que podem ser rentáveis e, ao mesmo tempo, oferecer qualidade aos seus “consumidores”, que hoje representam 25% da população limeirense. Entre 60 e 70 mil passageiros diários.
Se as relações de trabalho entre motoristas e cobradores com as empresas foram sempre difíceis e o conflito por vezes se torna inevitável - como agora -, o poder público que aparece como mediador precisa assumir seu verdadeiro papel, não apenas como árbitro desse impasse, mas como agente transformador do próprio sistema. Apesar de duas razões sociais diferentes, o que ocorre em Limeira, é um monopólio disfarçado. Uma partilha na fatia desse mercado, se não de forma equânime, mas que contempla interesses. De ambas. Se há distorções, foi o próprio poder público, ou concedente (o serviço é uma concessão), quem as criou.
Quando secretário dos Transportes do governo Paulo D’Andréa, no final dos anos 1980 e início de 1990, Sílvio Félix da Silva, o atual mandatário, foi quem quebrou o até então monopólio. O serviço, porém, que deveria melhorar consideravelmente em razão da concorrência, só piorou. Pelo crescimento do número de usuários e necessidade de novas linhas e, principalmente, falta de investimentos. Do Município e das empresas. Investir é, antes de tudo, contribuir com a melhoria dessa qualidade. Não há mais tempo para ações políticas de marketing. Félix tem, nas mãos, novamente, o poder transformador. Precisa apenas usar sua caneta!

Antonio Claudio Bontorim

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Lula não deve se esconder e...

...nem ser escondido pelo PT e nem pelo governo. Parece que o governo Dilma e o PT, bem como a base aliada do governo, não vão esconder o ex-presidente Lula. E nem devem mesmo! Na última semana Lula causou burburinhos ao ir a Brasília e se reunir com o vice-presidente Michel Temer (PMSB), senadores e deputados líderes da base de sustentação governista. O assunto foi, com certeza, as denúncias contra o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Ao contrário do que muitos cientistas políticos e analistas estão dizendo, a presença do ex-presidente não enfraquece o governo da presidente Dilma Rousseff. Muito pelo contrário. Pode ser um claro sinal de unidade, que faltou e falta à oposição. Eu, particularmente, penso que o ex-presidente não deve ser escondido e, sempre que necessário aparecer e se mostrar, como é o caso agora. Os oito anos de experiência e as crises políticas que enfrentou são mais que um cacife para que ele entre no páreo e sirva tanto como interlocutor político como estrategista, justamente pela unidade governamental. Não vejo interferência e sim uma correção de rumos. Leia a seguir.

Exemplo tucano
A correção de rumos a que me referi na nota de abertura desta coluna é justamente pelo grande erro cometido pelo PSDB após a primeira derrota nas urnas para o próprio Lula. Já na campanha de 2002 o partido começou a se perder ao isolar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, então vencedor em dois mandatos. Os tucanos começaram a tratar FHC como propaganda negativa e deu no que deu!

Não pode, nunca
Um partido político jamais deverá tratar seu próprio patrimônio como fardo. Uma regra que vale também para nosso dia a dia. Saindo em 2002, FHC estava em baixa, mas tinha um legado político-partidário forte. Foi escondido. Em 2006 aconteceu a mesma coisa e, agora em 2010, o fato voltou a se repetir. Hoje FHC é voz solitária, enquanto o PSDB definha. O PT e Lula talvez não queiram ir nesse rumo.

Polícia neles. Já!!
O caso da merenda em Limeira virou caso de polícia, em todos os sentidos. As constatações da semana passada, em matérias de Claudia Kojin e Kelly Camargo, precisam fazer parte também de nova investida do Ministério Público. Estão brincando com a saúde e com o aprendizado das crianças. A sensibilidade deu lugar à falta de vergonha. A Justiça precisa fazer o que a política não teve coragem!

Para quem deu...
...a história por encerrada, vem muita coisa pela frente ainda. Pais, professores e diretores de escolas precisam se mobilizar de forma definitiva sem temor algum e começar a pôr muita gente para correr. Que Campinas sirva de exemplo. É preciso uma mobilização para um esclarecimento completo desse imbróglio todo!

A origem de tudo
A pizza, no formato que conhecemos hoje, surgiu no século XVI, quando os tomates da América foram introduzidos na culinária europeia. No sul da Itália era preparada com ingredientes baratos como alho, peixes e queijo. A polêmica é sobre sua origem, que remonta aos egípcios, como pioneiros ao criarem uma massa à base de farinha com água. Até babilônios, gregos e hebreus também assavam massas misturando farinha de trigo e água em fornos rústicos ou tijolos quentes. Os napolitanos foram os primeiros a acrescentar temperos a um disco de massa assado. Já a origem da frase “tudo acabou em pizza”, é brasileira e envolve a diretoria do Palmeiras, nos anos 50, que após acalorada discussão foi parar numa pizzaria no Brás, onde tudo se resolveu à base da massa e cálices de vinho.

Bastou elogiar...
Na quinta-feira escrevi, na minha coluna da página 3, que estava esperando que a obra da Limeira-Coredeirópolis fosse de fato para valer. Sem mais atrasos ou aditamentos. E não é que atrasou de novo! Mais uma vez a ineficiência do poder público mostrou sua cara lavada, sem qualquer pudor. Falhou. Outra vez.

Pergunta rápida
Você já se cadastrou para ser doador de plantas e mudas ornamentais e frutíferas à Prefeitura de Limeira?

Se você quer ler
Para quem gosta de história bem escrita e análise consistente de uma época, minha indicação de leitura para hoje é o livro Era dos Extremos: O Breve Século XX: 1914 – 1991, escrito por Eric Hobsbawm em 1994. O livro trata do século XX, do início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, até a queda da União Soviética, no ano de 1991. Para o autor, o século foi breve e extremado. A história desse período e suas possibilidades foram edificadas sobre catástrofes, incertezas e crises, decompondo o construído no longo século XIX. Uma excelente opção de leitura. Nascido Eric John Earnest Hobsbawm, em Alexandria, no dia 9 de junho de 1917, ele é um historiador marxista reconhecido internacionalmente.

Eu Recomendo!
Minha recomendação de hoje para uma sessão de cinema é um clássico gangsteriano com sete Oscar conquistados. Trata-se de Sindicato de Ladrões (On the Waterfront, EUA - 1954). Gângsteres, advogados de baixa categoria e delatores de um esquema de corrupção. Esse é o cenário desse clássico do cinema americano dos anos 50, ambientado nas docas de Nova Iorque, num filme dirigido por Elia Kazan, um dos grandes mestres de Hollywood. Conta a história de um chefe de sindicato e gângster que forma uma rede de colaboradores, mas que não contava com a atuação de um delator, prestes a depor numa comissão de investigação chamada Comissão do Crime, que atua nesse tipo de caso. Ação e drama juntos, que envolvem um elenco composto por Marlon Brando, Karl Malden, Lee J. Cobb, Rod Steiger, Pat Henning, Eva Marie Saint, Martin Balsam, Fred Gwynne, entre outros. Duração: 108 minutos.

Frase da semana
“Estão buscando fazer um terceiro turno desse episódio. É o PSDB que está por trás disso, sem a preocupação dos danos que isso pode causar”. Do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, em explicações a petistas sobre as denúncias de enriquecimento ilícito. Na Folha.Com-Poder. Dia 26 de maio.

Antonio Claudio Bontorim

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Analogia simples
Enquanto Campinas escreve seu nome no livro da história política do Brasil, Limeira escorre pelo ralo da vergonha. Não consegue rascunhar nem em papel de pão!

Parece que vai...
Obra na Limeira-Cordeirópolis tem indícios de que sai da promessa e do projeto. Agora é torcer para que seja concluída e não venha a engrossar o porcentual de obras paradas. Aditada e atrasada ela já está. Primeiro prazo era 30 de abril e agora foi para 30 de agosto e foi de R$ 1 mi para R$ 1,2 mi. É via importante para as duas cidades!

O que me irrita!
A desatenção do cidadão. A displicência com que conduz sua própria vida. A ausência de cidadania e a tolerância com a falta de atitude dos agentes públicos e políticos. E ouvir de político a ladainha do "é intriga da oposição" ou "conspiração de adversários políticos" toda e qualquer crítica, que contrarie seus interesses.

Onde há fumaça
É antigo este ditado. Mas o fogo vem logo atrás e, com ele, ar poluído, irritação e problemas respiratórios. Especialmente para quem já tem problemas dessa natureza. O fato é que os "neros" contemporâneos têm a consciência do tamanho de uma bactéria. E a Defesa Civil e os Bombeiros não têm contingente, nem viaturas suficientes para atender a todas as ocorrências. O que é outro absurdo do tamanho da falta de ambulâncias do serviço de saúde pública.

Horário de verão
Atenção Secretaria dos Transportes! Semáforo no cruzamento da Duque de Caxias com Santa Josefa está desregulado. Fica com luz intermitente a partir das 23h.

Português claro
Essa palavrinha está rondando nossa região nesta semana. E anda assustando mundos e fundos. Estou falando de impeachment que, segundo o dicionário Houaiss, é um substantivo masculino. Impeachment significa: processo instaurado com base em denúncia de crime de responsabilidade contra alta autoridade do poder executivo (presidente da República, governadores e prefeitos) ou do poder judiciário (ministros do STF, por exemplo), cuja sentença é da alçada do poder legislativo; destituição resultante desse processo. Está explicado. E espero que entendido também!

A última de hoje
E-mails com cobrança e notificações de bancos, do Serasa, de SCPCs e Receita Federal estão, novamente, pipocando nas caixas de mensagens. Senhores usuários, por favor, deletem essas mensagens. São vírus utilizados para se apoderar de números de CPFs, cartões de crédito, etc. Cuidado e prudência nessa hora!

Antonio Claudio Bontorim

terça-feira, 24 de maio de 2011

Entre idas e vindas!

“Dúvido que alguém venha a ser político pelas próprias realizações, sem ter uma imagem divulgada na mídia”. A partir deste comentário, postado no blog Texto&Contexto (http://colunatextoecontexto.blogspot.com/) por um leitor, sobre nota que publiquei na coluna do último domingo -Lições que devemos aprender- resolvi escrever este artigo. O tema é recorrente, mas é sempre atual e traz à tona perigos que pensávamos findos, pois no avançar do Século XXI, pelo Terceiro Milênio, ainda há políticos que gostam de bancar seus poderes, intimidando jornalistas. De buscar o silêncio daqueles que fazem da crítica sua matéria-prima e, por vezes, não concordam com atuações desastrosas e inconsequentes de agentes públicos investidos de mandatos eletivos. Em especial nos Poderes Legislativos.
Como escrevi sobre o uso que o político tenta fazer da imprensa - e às vezes consegue - e o papel do jornalista perante esse uso e que transcende julgamentos, mas abre à opinião pública a tampa dessa caixa de Pandora, o comentário do leitor chama atenção para uma verdade com a qual, acredito, todos concordamos. E que muitos, montados no seu próprio ego, entronizados mesmo, não conseguem perceber. Elevada ao patamar de “autoridade” e ancorada na peculiar modéstia do “você sabe com quem está falando”, boa parte desses aprendizes de déspotas, ainda não compreende o real e insofismável significado da imprensa livre. E que essa liberdade representa a própria razão de ser de cada um deles. De cada carreira política, que tentam alavancar, escorados apenas pela vassalagem. Abominam questionamentos!
Essa espécie de político, que já deveria estar extinta, ainda sobrevive. Banca sua sobrevida na troca de favores entre poderes e, quando eleito, garante-se no desproporcional sistema do voto proporcional (não majoritário) e, assim, caminha na sombra do parceiro melhor votado, por isso, pouco se importa com seu eleitor. Com aqueles que nele confiaram. Se lixam para a opinião pública e quando se sentem acuados pela própria incompetência, tentam calar os formadores dessa mesma opinião pública. Exemplos temos aos montes, que partem dos municípios, rumam aos Estados e alcançam a Federação.
Sem delongas e voltando ao comentário inicial do leitor, é extremamente fácil sustentar sua afirmativa sem medo de errar. E, dessa forma, lembrar a esses aspirantes a ditadores que, ou se alinham à atualidade ou perderão o pouco espaço que têm nessa mesma mídia, a qual tentam combater. O político não sobrevive sem o poder da mídia. Pode até ser derrubado por ela. A mídia, por sua vez, pode muito bem viver sem o político. A mídia é imprescindível à democracia. O político nem tanto!

Antonio CLuadio Bontorim

domingo, 22 de maio de 2011

Lições que devemos aprender

Nem só de microfone é feita a política, que, diga-se sempre foi uma combinação bombástica. Principalmente se o político gostar de falar sobre si mesmo e sobre suas “realizações”, que dificilmente passam das promessas. Muitas delas mirabolantes e rocambolescas, como diria conhecido locutor de rádio. E se tiver um canal adequado, uma emissora de rádio ou TV que lhe dê espaço, ele se torna um verdadeiro âncora de seu ego. Interessante essa análise, quando ouvimos ou vemos alguns homens - e mulheres também - públicos falando. E quando esses engalanados estão próximos ao nosso meio a sensação é de que gostam de se expor ao ridículo. A função do jornalista, enquanto analista, vai além da crítica e do elogio. Busca analogias e pontos desse discurso, que sirvam de matéria-prima a cada comentário exposto na mídia. A mídia não avaliza essa ou aquela conduta. Daí a importância da liberdade de imprensa em todo esse contexto. O jornalista não julga ninguém. Ele apenas escancara a realidade do momento à opinião pública, que é quem vai traçar o caminho pelo qual a carruagem deve seguir. Ou parar!

Analogia séria
Interessantes os números apresentados pelo jornalista Carlos Gomide em matéria do último dia 19, que foi manchete desta Gazeta: “Limeira registrou média de um assassinato a cada 10 dias entre 2001 e 2010. Foram ao todo 352 mortes em 3.652 dias”. Números que diferem do site da Secretaria de Segurança Pública, que reduz esse número para 241. Ou seja, 111 mortes a menos segundo o governo de SP.

Números reais
O que difere é a metodologia aplicada. A estatística da Gazeta traz as mortes efetivas. O site da SSP computa apenas as mortes que ocorreram no local do crime. Os que foram socorridos e morreram depois não entram na estatística do governo paulista como homicídios. Taí a explicação da razão pela qual o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se gabou, recentemente, da redução da criminalidade no Estado. Maquiagem!

Ainda repercute
Impressionante a aceitação de leitores, anunciantes, assinantes e admiradores ao novo projeto gráfico da Gazeta, que estreou no último dia 17, quando o jornal completou 80 anos. Projeto foi desenvolvido pelo publicitário André Luiz Teté de Souza, professor na Anhanguera Educacional (Limeira, Campinas e Valinhos) e a FAAL-Limeira Mais novidade vem por aí. O novo site já está sendo desenvolvido e nos próximos dias estreia a página no Facebook.

Proibido proibir
Hoje é domingo. Para mim, normalmente, um dia na cozinha, um dos meus hobbies. Na cozinha nada é proibido. Tudo é permitido inventar - bom senso também é importante, como em tudo na vida . Experimentar sabores, temperos, aromas, misturas. E para quem gosta de se exercitar entre talheres, caçarolas, frigideiras, etc... é um excelente antiestresse. Alivia as tensões do dia e pode ser acompanhado por uma caipirinha, cervejinha ou vinho. Dependendo do prato.

É preciso criar!
Dia desses inovei. Preparei um prato rápido, fácil e gostoso. Meu filho aprovou. Quiabo ao creme de leite. Ingredientes: 400 gramas de quiabo picado em rodelas de 1cm, 3 dentes de alho e meia cebola média, picados; 2 colheres de sopa de azeite e 1 colher, das de chá, de vinagre ou limão, para eliminar a baba e sal a gosto. Refogue a cebola e o alho até dourar; acrescente o quiabo e quando estiver formando a baba acrescente o limão ou vinagre, mexa e deixe refogar ao ponto. Acrescente 200g (uma caixa pequena) de creme de leite, mexa novamente, mas não deixe borbulhar. Tem que ser servido quente e não pode ser requentado.

E a guarnição?
Para acompanhar o quiabo ao creme de leite, arroz branco e uma galinha ao molho. Mas é preciso ser galinha mesmo e de preferência caipira. E uma boa cerveja.

Pergunta rápida
A desratização pura e simples de um ambiente serve para eliminar todos os ratos e ratazanas existentes no local?

Se você quer ler
Os clássicos fazem parte de nossas vidas. De alguma forma. Esse, que indico hoje, fez parte de minha adolescência. Seu autor, o francês Alexandre Dumas, pai. Trata-se de O Conde de Monte-Cristo (Le Comte de Monte-Cristo, no original), concluído em 1844. Conta a história de Edmund Dante, um marinheiro preso injustamente. Na prisão ele conhece um padre, de quem fica amigo. Quando o clérigo morre, ele escapa da prisão e toma posse de um tesouro escondido na Ilha de Monte-Cristo, cujo mapa lhe foi dado pelo padre. Com a fortuna ele começa a se vingar daqueles que o levaram à prisão. Obra-prima de Dumas, junto com outra não menos conhecida, “Os Três Mosqueteiros”.

Eu Recomendo!
Um velho e bom faroeste dos anos 60. E sob a direção de um dos maiores entendidos do assunto: John Huston. Trata-se de Os Desajustados (The Misfits – EUA, 1960). Traz no elenco nada mais nada menos que Clark Gable, Marilyn Monroe, Montgomery Clift, Thelma Ritter, Eli Wallach, Kevin McCarthy, entre outros. O filme narra a história de Roslyn Taber (Marilyn Monroe), uma mulher sensível, que está se divorciando. Do outro lado está Gay Langland (Clark Gable), um cowboy frio, que passou a vida pegando cavalos e mulheres divorciadas. Ela não aceita a captura de cavalos selvagens para virarem comida de cachorro, enquanto ele não vê nada de mais. No meio de tudo isso nasce uma paixão entre os dois. Drama, 120 minutos. Mais detalhes em www.adorocinema.com

Frase da semana
“A crítica constrói e provoca reflexão. A bajulação acomoda, anula e corrompe”. Uma contribuição da coluna Texto&Contexto deste domingo àqueles que verdadeiramente exercem seu papel de cidadão.

Antonio Claudio Bontorim

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O novo espaço
Coluna das quintas-feiras passa a ser publicada agora na página 3, espaço que estou estreando hoje, assim como já o fizeram Renata Reis e Rafael Sereno.

Lição das boas
"Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!". Nada como começar um dia de reflexão com essa magnífica citação a Cecília Meireles, em seu Cancioneiro da Inconfidência. Há sim, apenas os que desdenham dela. Esses infelizes.

Lei do silêncio?
O barulho de alarmes de residências ou empresas disparando durante a madrugada e ninguém tomando providência nenhuma estão virando rotina. Pela segunda vez, em menos de 10 dias, sou vítima desse desrespeito de pseudoempresas de segurança. Não existe uma "lei do alarme" aqui em Limeira? E a fiscalização?

Uma luz, ainda!
Infelizmente o município de Limeira sofre um abandono administrativo dos setores políticos. Um vácuo legislativo e executivo. Apenas o Ministério Público, o Judiciário e a imprensa é que têm funcionado a contento por aqui. O resto - e põe resto nisso - não funciona. O jeito, então, é apelar ao MP.

Só para lembrar
Agentes públicos e políticos que não aceitam críticas e agem nas sombras contra o direito à opinião, merecem ostracismo. Limo!

Português claro
A palavra de hoje é limo, substantivo masculino, mostra o novo dicionário Houaiss. Limo significa: mistura viscosa, pegajosa, de argila, matéria orgânica e água; barro, lama, lodo; sujeira esverdeada, esp. nos dentes; baixeza moral; vileza, imundícia; colônia de algas azuis e/ou verdes, unicelulares ou filamentosas, que formam tapetes sobre o solo e sobre as pedras, em lugares muito úmidos ou com água estagnada; argila colorida com grande proporção de quartzo.

A última de hoje
Os semáforos, ao que parece, estão começando a funcionar de forma mais adequada. Sincronismo ainda está capenga, mas há corredores rápidos. Onda verde a caminho?

Antonio Claudio Bontorim

quarta-feira, 18 de maio de 2011

80 anos. Novinha em folha!

A história pertence a quem sabe escrevê-la. Ela é cronológica, dinâmica e tem a velocidade de seu tempo. Deve ser valorizada e contada por personagens reais, que atravessam o curso de seu desenvolvimento. A verdadeira história é repleta de feitos, glórias e vitórias. E também de tropeços e derrotas. É na luta diária de quem a vivencia, porém, de onde saem os melhores e mais exemplares projetos de vida, quando destemor, empreendedorismo e sonhos se tornam realidade. E avançam rumo à posteridade, contando justamente histórias. Ninguém consegue fazer parte dela à força ou ganhar notoriedade, tentando entrar pelas portas dos fundos. É preciso sacrifícios e dedicação extremada - horas, dias, meses e anos a fio, trabalhados - para aquilo que se quer e se pretende construir, como objetivo de uma existência.
Para quem pesquisou a história da imprensa limeirense, como eu, e em cerca de dois anos (período de duração do trabalho) assistiu ao abrir e fechar de muitos jornais, não dá para afirmar que 80 anos é um longo período, mas o começo de um caminho permeado por acontecimentos, muitos dos quais são parte de um legado, que aos poucos se transforma. Em história. Por que começo, apesar das já bem contadas oito décadas? É simples. Um ciclo histórico só se encerra quando seu protagonista deixa de existir. Aí sim se pode contar o seu início, meio e fim. A sua marca, na vida de cada um.
Quem está, neste momento, lendo toda a narrativa desses presentes e marcantes 80 anos da Gazeta, está tomando conhecimento de fatos, observando e admirando fotos - muitas das quais carregadas de saudades - e se divertindo com os “causos” contados, talvez não faça a mínima ideia da complexa engrenagem que foi preciso mover para oferecer essa primorosa produção editorial. Repórteres, fotógrafos, diagramadores, editores e os personagens que dela fazem parte tiveram que trabalhar em perfeita harmonia e com interesses recíprocos para o seu sucesso.
Contar uma história não é difícil, mas deve ser prazeroso. Envolve, porém, muitos atores e cada um cumprindo o seu papel na vida real, que ao protagonizarem seus próprios personagens estarão participando desse momento de maneira indelével. O brilho dessa trajetória está justamente em ter valorizado cada momento, respeitando-se a dinâmica de seu tempo. Não é preciso exaltar conquistas. Nós as sentimos diariamente. Lá no início, como título deste artigo, apoderei-me em parte do novo slogan deste jornal. Pois sua condução representa o exato instante em que mais uma vez estamos fazendo história. Aos 80 anos, a Gazeta está novinha em folha!

Antonio Claudio Bontorim

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O patrimônio histórico agradece!

Aos poucos o Palacete Levy, patrimônio histórico, arquitetônico e cultural de Limeira, vai ganhando cor e sua restauração começa a aparecer. Mais que uma injeção de beleza e renovação à Praça da Boa Morte, o trabalho que vem sendo feito merece elogios. Adquirido pelo Município no início dos anos 90, pelo então prefeito Paulo D’Andréa, comentava-se, à época, que ele estava prestes a ser demolido pelos proprietários. Área nobre a valorizada, estaria sendo preparada para receber um edifício. Com coragem e enfrentando críticas, D’Andréa desapropriou o imóvel que, de lá para cá, vinha sendo utilizado para o desenvolvimento da cultura em Limeira. Uma reforma aqui, outra pintura ali era tudo o que se fazia pelo conhecido “casarão”. Desgastado pelo tempo - sua construção data de 1876 - o Palacete Levy faz parte da história de Limeira e agora, mais que nunca, poderá contar um pouco desse passado, que faz parte da vida dos limeirenses. A ideia e que, ao final da restauração, ele chegue o mais próximo possível de sua originalidade. Inclusive na cor. Limeira precisa, de fato, preservar mais o seu passado!

A especulação...
...imobiliária já degradou muito o patrimônio arquitetônico de Limeira. Dos antigos casarões e sobrados no centro da cidade resta muito pouco o que fazer. A maioria foi reformada. Janelas e telhados trocados para virar loja ou outro tipo de empreendimento qualquer. Algumas fachadas importantes da “baixada da estação” merecem mais atenção do que vêm recebendo atualmente. Promessas? Há muitas!

Preservar é vida
A preservação da memória histórica é, sem dúvida, crucial à própria evolução humana, à medida em que a informação é carregada cada vez mais rápida aos quatro cantos do Planeta sem esforços. Daqui a pouco, caso não se documentem essas mudanças, mantendo-se vivo esse passado em cada mente, pode-se comprometer o futuro de toda uma geração, que precisa se identificar mais com sua própria história e origem.

Jornalismo fiel
Um primor de trabalho jornalístico, a investigação desenvolvida por Rafael Sereno sobre as obras atrasadas em Limeira, seus aditamentos e custos, publicada na edição da Gazeta da última quinta-feira, dia 12. O número apresentando, quase 60%, é alto demais e merece uma atenção especial do Ministério Público. Mostra que prometer demais está sempre a um passo do não fazer. E revela a fragilidade do sistema político, quando permite que agentes públicos transformem seus delírios em alavanca de sustentação para suas ambições. Vale a pena uma leitura atenta e crítica à matéria do jornalista. E com tanto atraso, a ideia da torre panorâmica do Morro Azul acabou virando motivo de chacota à administração pública municipal. Piada de mau gosto mesmo. Por ora, pelos menos, acabou!

Direito a opinar
A democracia permite que ideias e opiniões sejam debatidas aberta e livremente entre cidadãos de todos os níveis e camadas sociais. E cada opinião deve ser respeitada, mesmo que contrarie o bom senso e a racionalidade. Está ai o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e sua cruzada preconceituosa contra a diversidade cultural e sexual. Afinal opinião é opinião e pertence a quem emitiu. E quem não está preparado para isso, que abandone esse barco chamado democracia e enterre a liberdade de expressão nas trevas profundas. E por falar em Bolsonaro, um amigo seguidor do Twitter, o @Andre_Vinco definiu bem o deputado, que segundo ele, deveria mudar o nome para “Boçalnaro”. Está registrado!

Um novo enredo
Estou mudando um pouco a história dos Três Porquinhos, aquela conhecida fábula infantil. Em minha humilde opinião, os três - Cícero, Heitor e Prático - eram capachos do Lobo Mau, que utilizava seus serviços para alcançar seus objetivos mais espúrios. A subserviência dos três era tamanha, que ao final ganharam uma casa de tijolos resistente a vendavais. Tudo o que o Lobo Mau queria e mandava, os três faziam sem questionar. Se os três esperavam viver felizes para sempre, esqueceram de avisar o Lobo, que na primeira oportunidade devorou-os num banquete especial.

Se você quer ler
Não sou fã de livro de autoajuda. Aliás nunca li nenhum. Apenas comecei - que ganhei-, mas parei antes dos dois terços do livro lido. E vou indicar para quem gosta e é fã desse tipo de literatura. Em especial àqueles que foram tolhidos em suas vontades e que tiveram seus sonhos desfeitos. Estou falando, é óbvio, do sucesso editorial do início dos anos 2000 (mais precisamente de 2002) Quem Mexeu no Meu Queijo? (Who Moved My Cheese?, no original), de Spencer Johnson, que tem mais de 11 milhões de exemplares vendidos de seus livros publicados em 26 idiomas (não sei se é porfólio, mas...). Trata-se, segundo uma das abas do livro, de “uma parábola simples que revela verdades sobre mudanças”. O queijo é uma metáfora e os personagens são dois ratos e dois humanos (do tamanho dos roedores), que vivem num labirinto e felizes com o queijo que os alimenta. Até que alguém resolve mudar esse queijo. Fica a indicação.

Pergunta rápida
A torre panorâmica do Morro Azul era o queijo do prefeito Silvio Félix (PDT)?

Eu Recomendo!
Filmes de catástrofes sempre atraíram a atenção dos cinéfilos.Considerados da linha trash por muitos, têm seu filão de admiradores. Terremoto, Inferno na Torre (já recomendado aqui), Impacto profundo, Tubarão e mais recentemente 2012, são alguns exemplares dessa categoria de aventura. Hoje vou indicar um que fez muito sucesso no final da década de 70. Trata-se de Orca, a baleia assassina (Orca, EUA - 1977). Traz no elenco, dirigido por Michael Anderson, Richard Harris (o Dumbledore, dos dois primeiros filmes da saga Harry Potter), Keenan Wynn, Will Sampson, a loiríssima Bo Derek (Mulher nota 10), Robert Carradine, Charlote Rampling. O filme narra a história de um homem ganancioso e cruel, que mata uma baleia grávida e atraindo a vingança de seu gigantesco parceiro. O filme é ambientado num pequeno porto. Duração: 92 minutos.

Frase da semana
“O preconceito, de qualquer espécie, é que precisa ser abolido para um mundo melhor. É preciso que um veja o outro como tão digno quanto nós”. Ireunice de Siqueira, coordenadora da Pastoral afro-brasileira da Paróquia Santa Luzia. Na sexta-feira, 13, na Gazeta.

Antonio Claudio Bontorim

sexta-feira, 13 de maio de 2011

E agora nobres...
...vereadores? No confronto com documentos apreendidos a constatação: a letra em documentos que indicam propina no escândalo da merenda é do proprietário da SP Alimentação, Eloízo Durães. Não sou eu quem diz. São os laudos periciais. O cerco vai se fechando. Os nobres vereadores que apontaram a lisura de todos os procedimentos no caso de Limeira, na CPI da Merenda, parecem que assinaram um cheque em branco ao portador. Senhores, atestaram o inatestável.

Mais um sapão
Em nome da unidade de governo é mais um sapo que os vereadores da situação engolem. E vivo. Assim como a votação da Contribuição para Iluminação Pública (CIP), projeto do prefeito Silvio Félix (PDT),aprovado a toque de caixa pela Câmara em novembro de 2005. A população pressionou, entidades de classes pressionaram e Félix se viu obrigado a vetar a aprovação de seu próprio projeto. E o mais triste dessa história: os mesmos vereadores que votaram pela aprovação se viram obrigados a manter o veto do prefeito. O churrasco do conhecido batráquio volta a ser saboreado agora. Haja estômago para isso.

Plumas e bicos!
É puro delírio. Coisa de quem não tem o que fazer e acha graça em coisa séria. Por prazer ou maldade. Ou pelos dois sentimentos juntos. Circula pela internet e-mail dizendo que Dilma Rousseff está muito doente e o Partido dos Trabalhadores (PT) já tem um "plano B", para impedir a posse do vice, o peemedebista Michel Temer na Presidência da República. Típica teoria conspiratória de cérebros de passarinho! Para chorar e sorrir ao mesmo tempo!

Saúde em baixa
Os planos de saúde continuam dando mau exemplo no quesito reclamações. Procon já registrou mais de 12 mil questionamentos por recusa de cobertura, atendimento inadequado e até mesmo quebra de contrato. Esse grupos, sem distinção, viraram grupos empresariais rentáveis, esquecendo-se de suas funções sociais de atendimento ao segurado, apenas preocupados em ostentar e lucrar. Maltratam os usuários até onde conseguem e pagam mal aos médicos cooperados ou filiados. Uma lástima. Mesmo a despeito de todo o endurecimento que a ANS vem promovendo. Planos odontológicos seguem pelo mesmo caminho.

Português claro
No tópico "Plumas e bicos" citei a palavra delírio. Então, vamos ao significado da palavra delírio, um substantivo masculino, segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa: convicção errônea mantida por uma pessoa, baseada em falsas conclusões tiradas dos dados da realidade exterior, e que não se altera mesmo diante de provas ou raciocínios em contrário; problema mental orgânico reversível, cujos sintomas são decréscimo da vigilância, desorientação espaçotemporal, confusão, alucinações visuais, auditivas etc; confusão mental; profundo entusiasmo; exaltação. Acho que está bem explicado!

A última de hoje
"Limeira está na 15ª colocação no ranking feito pelo CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicação), e que gerou a primeira edição do Índice Nacional de Cidades Digitais. Este ranking será divulgado em evento de premiação a ser realizado no dia 14 de junho, em São Paulo. Consideradas as localidades paulistas, Limeira está na 4ª posição". Trecho de nota distribuída ontem pela Secretaria de Comunicações da Prefeitura. Pena que na questão física o município deixe muito, mas muito mesmo, a desejar. Então vamos comemorar o ranking digital. Daqui a pouco estaremos comemorando uma Limeira virtual! Por que a real...

Antonio Claudio Bontorim

terça-feira, 10 de maio de 2011

A natureza agradece!

Quando criança acompanhava meu pai e minha mãe às compras, levando a indefectível sacola de listras coloridas para acomodar e trazer os produtos. Uma, duas ou até mais, dependendo da quantidade do que ia comprar. Isso, ainda é do tempo dos tradicionais armazéns com anotações em caderneta e pagamento no final do mês, com a confiança do comerciante no cliente. Não havia supermercados ou hipermercados e muito menos sacolinhas plásticas. Quando muito sacos de um papel amarronzado mais grosso, quase um papelão mesmo, para trazer um menor volume desses produtos.
A sacolinha plástica chegou muito tempo depois e provocou uma revolução, facilitando a vida do consumidor, que criou o hábito de utilizá-la para acondicionar lixo após seu uso. Então, pensava-se que havia um benefício duplo para a utilização dessas embalagens mais modernas e, ainda, um terceiro à própria rede varejista, que estampava sua logomarca na área externa das embalagens, garantindo, assim, uma publicidadezinha extra. Empresas de cartonagens também ganharam e ganham muito, produzindo e imprimindo essas sacolinhas. Gerou-se uma cadeia produtiva cíclica e uma dependência exagerada e ninguém estava contabilizando os prejuízos. Somente os lucros. Agora a situação está insustentável, gerando uma poluição ambiental considerável e um risco aos mananciais e reservas naturais.
Com o crescimento das grandes redes supermercadistas, veio uma enxurrada plástica quase incontrolável, a ponto de provocar uma volta no tempo, lá dos armazéns, incentivando-se, agora, o uso de sacolas retornáveis. Ou ecologicamente corretas, como gostam de dizer os ambientalistas. Esse retorno, lá no meu tempo de menino, entretanto, não é um retrocesso. É uma necessidade cada vez mais premente, para preservar os rios, o solo, esgotos e galerias, que não aguentam mais tanta matéria plástica de longa duração e difícil, e mais longa, ainda sua degradação. Muitas marcas já estão aderindo a essa nova prática, para eliminar de vez as sacolinhas plásticas. Ações governamentais também estão sendo incrementadas no sentido dessa conscientização.
Ontem, por exemplo, o governo do Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, assinou convênio para eliminar a distribuição gratuita dessas sacolas. Não tem força de lei, mas há um engajamento da Associação Paulista de Supermercados nesse sentido. Haverá cobrança de R$ 0,19 por unidade utilizada, o que deverá inibir o seu uso e estimular o cliente a levar sua própria sacola retornável. Parece estranho e cruel, porém, é necessário. A medida ganha relevância no momento em que nossos aterros estão se esgotando. É preciso mudar hábitos. Preservar o ambiente em que vivemos é uma questão de sobrevivência da nossa própria espécie!

Antonio Claudio Bontorim

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Uma explicação! Ainda que tardia

Venho, assim como outros colunistas e muitas matérias de jornalistas desta Gazeta, criticando a falta de sincronismo dos semáforos em Limeira. Principalmente os da área central, em que trava o tráfego e, em horários de pico, fica impossível dirigir sem “pulinhos”. Ou seja, passa um, para em outro! E assim sucessivamente. Pois bem, na sexta-feira recebi uma nota da Secretaria de Comunicações, com informação da Secretaria dos Transportes, a qual transcrevo. Em partes. Vamos às explicações: “sobre a falta de sincronismo nos semáforos das ruas Dr. Trajano de Barros Camargo e 13 de Maio, a Secretaria dos Transportes informou que, verificando a necessidade de melhorias, a secretaria irá, a partir de segunda-feira, 9 de maio [amanhã, portanto] fazer a substituição de todo o cabeamento de intercomunicação da rede de semáforos, que abrangem toda a região Central do município”. Aceitas as explicações, é bom ressaltar o trecho que diz “verificando a necessidade de melhorias...”. Ou seja, não estão convencidos de que o problema é sério e que está irritando os motoristas. A população.

A nota continua
“Além disso, para que ocorra um melhor sincronismo, serão substituídos 6 controladores semafóricos antigos por novos. A secretaria vai instalar na Central de Monitoramento da Prefeitura a Central de Comunicação Semafórica para trazer maior agilidade no sincronismo. Sendo assim, não haverá a necessidade de realizar os ajustes necessários nos semáforos ponto a ponto, mas sim, pela Central Semafórica”.

Vamos aguardar!
O que motivou essa resposta da Secretaria dos Transportes foi nota que publiquei na última quinta-feira, 5, (A última de hoje) nesta coluna. Bom, agora já temos data para começar o serviço das melhorias semafóricas. Amanhã, segunda-feira, dia 9. Vou continuar com um olho no gato e outro no peixe. A cobrança vai se estender até a resolução do problema. E aos primeiros sinais de melhora, vou elogiar!

Já que respondeu
Falta, agora, à Secretaria dos Transportes, uma outra explicação: sobre a ausência dos agentes de trânsito das ruas centrais e o desrespeito de motociclistas e motoqueiros às vagas de automóveis. E, em especial, sobre a ocupação de vagas para idosos ou portadores de necessidades especiais por quem não é nem idoso e nem deficiente. Também vou ficar atento e cobrar uma postura mais efetiva das autoridades. O cidadão deve ser consciente de quem tem direitos e deveres. Às autoridades cumpre garantir esses direitos e cobrar da mesma forma os deveres.

“Si, pero no mucho”
Laudo inconclusivo e à espera de outros laudos sobre material utilizado na construção. Essa foi a “novidade” na entrevista coletiva do delegado seccional de Limeira, José Henrique Ventura, sobre o desabamento de parte do teto do Shopping Pátio na então recém-inaugurada Praça de Alimentação. Antes da coletiva do seccional, que aguarda por novos laudos para dar continuidade ao inquérito envolvendo as pessoas que se feriram, a Gazeta já havia antecipado este laudo em matéria na semana passada. O empreendimento ainda não tem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Há muita informação, ainda, a ser passada à opinião pública sobre aquele fatídico domingo. Da minha parte não deixarei esse assunto morrer. Não cairá no esquecimento desejado por tantos e tantos!

Pergunta rápida
Quando será apresentado o laudo conclusivo sobre o desabamento no Shopping Pátio Limeira?

Será que pode??
Carnê suplementar de IPTU, conforme noticiou esta Gazeta na sexta-feira, para corrigir distorções em imóveis, deverá ser entregue ainda neste ano. Fica uma dúvida cruel: há uma legislação específica que permita uma ação dessa natureza? Não pode incorrer em caso de bitributação? Quem de direito, por favor, queira me responder. Fico no aguardo!

Se você quer ler
Leitura de qualidade e para reflexão, que narra a história de um escritor e sua busca existencial. Sua vida, as mudanças de perspectivas ao longo da história. Este é Eduardo Marciano, personagem central do livro Encontro Marcado, do escritor mineiro Fernando Sabino, lançado em 1956, e também uma de suas obras mais importantes. A história se inicia em Belo Horizonte, quando Eduardo começa a narrar sua história a partir de suas memórias de infância e dois grandes amigos, Hugo e Mauro, ligados à literatura. Há quem garanta que é uma obra autobiográfica de Sabino. Sendo ou não, é leitura recomendada para quem gosta de boa literatura. Fernando Sabino morreu em 2004, mas deixou uma vasta obra, entre romances, contos e crônicas.

Eu Recomendo!
Uma comédia que vale pelo nome e por algumas estrelas de primeira grandeza do cinema americano. Estou falando de Os puxa-sacos (Greedy, EUA – 1994). Dirigido por Jonathan Lynn, seu elenco é composto por Michael J. Fox, Kirk Douglas, Nancy Travis, Olivia d’Abo, Phil Hartman, Ed Begley Jr., Kirsten Dunst. O filme conta a história de cada membro da família McTeague, que tenta colocar as mãos na herança de um tio velho e à beira da morte. Esperto mais do que imaginam, ele percebe que seus parentes só o tratam bem por causa da herança. Só que a bela enfermeira que cuida do tio também está de olho na herança, e também faria de tudo para colocar suas mãos na bolada. 113 minutos. Um engraçado exemplo de como os interesses interferem no comportamento humano. Para rir muito!

Frase da semana
“A justiça foi feita”. Do presidente americano, Barack Obama, durante pronunciamento na TV, nos EUA, no domingo, 1º de maio, à noite, após o anúncio da operação militar que teria matado Osama bin Laden, líder máximo da Al-Qaeda, no Paquistão.

Antonio Claudio Bontorim

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Passou a galope
Há um ditado que diz, "se um cavalo passar encilhado, monte nele". O cavalo passou e oito cavaleiros e duas amazonas deixaram que ele fosse embora, perdendo a oportunidade única de corrigir todos os erros cometidos até agora. De fato não quiseram montar, com justificativas as mais variadas, porém, pouco convincentes.

Não montaram!!
Almir Pedro dos Santos (PSDB), Iraciara Bassetto (PV), Nilce Segalla (PTB), Eliseu Daniel dos Santos (PDT), Miguel Lombardi (PR) Silvio Brito (PDT), Antonio Braz do Nascimento (PR), Raul Nilsen Filho (PMDB), Carlinhos Silva e Carlos Rossler (PRP). Foram os vereadores que votaram contra a Comissão Processante contra o prefeito Silvio Félix (PDT) proposta pelo PT, por conta do escândalo da Merenda. Elza Tank (PTB) não precisou se expor.

A justificativa....
...de Eliseu Daniel, de não punir "sumariamente" o prefeito com afastamento antes de qualquer julgamento pode, em princípio, parecer plausível. Porém cai por terra no momento em que há necessidade de afastar de uma ação dessa natureza todos aqueles que, supostamente, poderiam comprometer o andamento dos trabalhos. Como acontece nos pedidos de prisão preventiva em ações criminais, há risco iminente de pressões contra testemunhas e até mesmo vítimas.

Até onde vai???
PSDB, DEM e PPS podem se fundir em um só partido. FHC levantou a bola e Geraldo Alckmin acertou o lançamento. Desespero de causa ou tentativa de manter viva a oposição, que não consegue se entrosar e afinar o discurso? E onde há discurso vencedor, como São Paulo e Minas, há também divisão entre a "cacicagem". Consequências de três derrotas consecutivas na esfera federal. Antes de tudo é preciso, ao contrário do que FHC disse, que levem suas propostas ao povo. Aos eleitores. Nas eleições de 2010, por exemplo, a única proposta foi desconstruir Dilma Rousseff e Lula. Deu no que deu!

O exemplo local
Exemplo disso tudo é o PSDB de Limeira. Nos bastidores, comenta-se que um grupo político tucano local estaria tentando tomar o partido das mãos de Pedro Kühl e seus seguidores, com as bênçãos do prefeito. A escolha da nova direção tucana em Limeira está travada. E o partido tem, nas fileiras, um vereador mais afinado com o Executivo que os próprios seguidores de Félix. Então...

Português claro
Uma das palavras mais usadas no serviço público e em ações cíveis para tratar dos iguais perante a lei, é a isonomia. Segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, trata-se de substantivo feminino. Isonomia tem os seguintes significados: estado dos que são governados pelas mesmas leis; princípio geral do direito segundo o qual todos são iguais perante a lei; não devendo ser feita nenhuma distinção entre pessoas que se encontrem na mesma situação. E num significado técnico, na mineralogia, estado dos cristais que são construídos segundo a mesma lei. Trata-se de um princípio básico para quem quer exercer cargos públicos e políticos.

A última de hoje
Só para lembrar o secretário dos Transportes, Rodrigo Oliveira, os semáforos dos corredores centrais da cidade estão cada vez mais sem sincronismo. Lástima!

Antonio Claudio Bontorim

terça-feira, 3 de maio de 2011

Quem deve comemorar?

A morte de Osama Bin Laden, o “terrorista” mais procurado do mundo, segundo a eufórica comemoração norte-americana, após anúncio oficial feito pelo presidente Barack Obama em rede de TV, ainda deixa dúvidas. Principalmente quanto ao paradeiro real do número “1” da Al Qaeda. Tudo muito rápido e fácil demais para se acreditar. Um exame de DNA comprobatório e um corpo jogado ao mar para evitar possível peregrinação ao túmulo de um mártir da causa islâmica é pouco nessa intrincada rede de informações e contrainformações, que vêm invadindo os lares de todo o mundo desde as primeiras horas de ontem.
Na hipótese de o fato ser verdadeiro - e tudo indica, até o momento, que é - as comemorações não extrapolaram fronteiras, como gostariam de ver os Estados Unidos. Manteve-se restrita ao meio oficial e povo norte-americanos, causando, no máximo, notas de apoio e congratulações de chefes de estado e de governos. Tímidos em suas aparições e justificativas, muitos líderes próximos e aliados de primeira hora da política intervencionista da América do Norte temem retaliações e, por isso, evitaram aparições midiáticas extremadas. A possibilidade de essas retaliações serem reais foi anunciada pelas agências de segurança e informações, mesmo desconhecendo-se o estrago que a morte de Bin Laden possa ter causado no seio de sua organização. Analistas experientes afirmam categóricos que Osama já não tinha tanta influência assim, a não ser pela sua imagem e seu significado com seus inimigos. E que morto, sim, pode ser perigo iminente.
O Brasil também se manifestou sobre o tema e foi muito feliz o chanceler Antonio Patriota ao expor o repúdio brasileiro a qualquer tipo de terrorista. Venha de onde vier, de organizações clandestinas e até mesmo de Estado. Sóbrio e focado, Patriota revelou que essa morte é uma centelha positiva nas manifestações que atingiram o mundo árabe por mais liberdade de expressão e democracia. Foi muito interessante e coerente essa postura, num momento de transição benéfica da forma de enxergar o mundo, que o Brasil está demonstrando na era pós-Lula. Mais pragmático e menos ideológico. O que revela avanços em sua política externa.
Escrevi recentemente neste espaço (Fomento ao ódio - 12/04/11), que na era da informação as “diferenças culturais, religiosas e políticas não deveriam mais interferir no globalismo” - não globalização - pela ausência de fronteiras, para contrapor recente investida da França contra a liberdade religiosa, num típico caso de terrorismo de Estado. Ao “libertar o mundo” de Bin Laden, os EUA deveriam repensar sua política intervencionista, que continua segregando e matando povos de várias nações. Para Barack Obama o louro dessa vitória é a certeza de sua reeleição em 2012, cuja campanha está sendo lançada oficialmente. Mera coincidência?

Antonio Claudio Bontorim

domingo, 1 de maio de 2011

Sou contra, mas estava precisando!

Qualquer intervenção do Estado, sempre acreditei, é uma violência contra a economia de mercado. Que tem que se autorregular conforme a chamada lei da oferta e da procura. Assim como também repudio, quando esse mercado força a barra para poder aumentar o valor de um produto que está em baixa devido à grande oferta. O pior de todos os exemplos, porém, vem dos produtores de açúcar e álcool, os usineiros, que não só desvirtuam por completo o mercado ao seu bel prazer, como brincam com a seriedade, apenas para poder ganhar mais. E ganham. A variação para cima do preço do etanol é uma dessas desvirtuações. Tudo pelo aumento da produção do açúcar, que está com um preço imbatível no mercado externo. Produz-se mais açúcar e menos álcool. O preço sobe e os estoques baixam. Há tempos esse segmento do mercado está pedindo uma intervenção governamental, para que a própria economia nacional não se desmoralize. Agora parece que a presidente Dilma Rousseff resolveu agir e assinou medida provisória para tentar reverter essa situação. É intervenção. Mas é preciso!

Reclassificação
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Dilma assinou na quinta-feira uma medida provisória, reclassificando o etanol, que passaria de “produto agrícola” para “combustível”. Essa nova classificação abre espaço para que a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) regule a comercialização, a estocagem, a exportação e a importação do produto. Quem sabe assim os produtores do setor deixam a ganância de lado.

E azedou de vez
Na questão do açúcar, está se ganhando muito dinheiro com sua exportação. E além do aumento nos preços do etanol, alguns grandes produtores começam a descumprir contratos com clientes empresariais - indústria alimentícia e farmacêutica - que utilizam o açúcar em seus processos produtivos. Limeira já tem empresa afetada por essa relação fornecedor-cliente desigual. É preciso impor limite a essa voracidade!

Está no comando
A Santa Casa de Limeira tem novo provedor para o triênio 2011-2014. Trata-se de Antonio Eduardo Francisco, que conheço de longa data e que tem competência para o cargo. Que faça, como ele próprio disse, uma administração voltada para o social e, principalmente, consiga entender e aceitar críticas, quando acontecerem, sem ter que ameaçar e processar jornalistas. A crítica faz parte da vida de qualquer um. E vem sempre no sentido de construir. Só não entende quem não quer!

Se você quiser...
...ser bem atendido, ouça o que o telemarketing e vendas da Net têm a oferecer. “O melhor serviço, melhores planos, etc, etc”. Se você quiser ser mal atendido, tente você mesmo entrar em contato com o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) da Net. Na terça-feira fiquei das 11h às 12h ao telefone (19-3119-3404) para esclarecer um dúvida. Tive que apelar ao 10261 para saber que o que tinham prometido para mim eram palavras ao vento. Ou melhor, ao telefone!

O consumidor?
Que se lixe! Conforme disse um deputado certa vez sobre a opinião pública. A lei do SAC não está mais servindo para nada. Operadoras de telefonia, serviços de vendas, reclamações, etc., não chegam nunca ao seu destino final. Mesmo com as chamadas “ouvidorias”. O serviço e a satisfação dos clientes são meros detalhes.

Exemplos reais
Como profissionais da mídia é importante que mostremos também exemplos de mau atendimento dos quais já fomos - ou somos - vítimas, para incentivar ainda mais os leitores a tomar posição de defesa e ataque ao mesmo tempo, para que os problemas que são empurrados com a barriga sejam resolvidos. Nem sempre conseguimos, mas o registro é uma prova da incompetência e falta de estrutura dessas empresas. Em especial no setor de telecomunicações.

Pergunta rápida
O que ficará pronto primeiro? O necessário aeroporto ou a torre de R$ 18 milhões?

Se você quer ler
Um dos livros que li durante minha vida escolar e o que mais me emocionou até hoje. Confesso que não me lembro da data, mas foi no início dos anos 70. Leitura escolar obrigatória, mas que para mim era um prazer. Estou falando de Barro Blanco, segundo livro de José Mauro de Vasconcelos (de Meu Pé de Laranja Lima, Coração de Vidro, Rua Descalça, Arraia de Fogo, etc). Nele o autor trata sobre as salinas de Macau, no Rio Grande do Norte. É um relato sobre a vida nordestina e narra os dramas e as alegrias de uma região assolada pela seca. A principal figura do livro é Chicão, homem rude e afeito àquela vida e de seus amores com Joaninha Maresia, seus tormentos e alegrias, e sua tragédia. Segundo livro de José Mauro de Vasconcelos e seu primeiro grande sucesso de crítica.

Eu Recomendo!
Assisti a este filme recentemente num dos canais pagos da TV. E vale a recomendação. Trata-se de O Quarto Poder (Mad City, EUA - 1997), sob a direção de Costa-Gravas. Com elenco de primeira: Dustin Hoffman, John Travolta, Alan Alda, Mia Kirschner, entre outros, além de Jay Leno e Larry King, interpretando a si próprios. Um repórter de televisão em baixa, mas que já foi famoso e respeitado, faz cobertura sem importância em museu de história natural, quando testemunha um segurança demitido pedir seu emprego de volta e, ao não ser atendido, ameaça a diretora da instituição com uma espingarda. Acidentalmente fere com um tiro acidental um antigo colega de trabalho. É a chance de o repórter voltar a se projetar e voltar a Nova York. Os fatos, entretanto, são manipulados pela imprensa e tudo sai do controle, pois apenas altos salários e índices de audiência contam. A verdade não é tão importante assim. Drama. 114 minutos de duração.

Frase da semana
“É preciso dividir responsabilidades quando o assunto é segurança pública”. Do delegado seccional, José Henrique Ventura, durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), ocorrida no dia 29, em crítica velada à omissão da Prefeitura em executar serviços básicos municipais. Ontem, na Gazeta.

Antonio Claudio Bontorim