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sábado, 28 de novembro de 2009

Balanço positivo
Vários setores da economia - e agora o moveleiro - estão fazendo festa com a redução do IPI. Haverá perda de arrecadação? A resposta é sim. Porém é preciso abrir um parênteses para uma análise mais apurada em torno dessa perda. O setor produtivo agradece e a economia se fortalece, mas e o governo? É justamente nesse ponto que vale o comentário: na realidade essa perda é a gordura fiscal, ou seja, aquilo que o governo tem de sobra com a alta carga tributária. E não é preciso fazer muita conta não e nem ter bola de cristal. Se fosse, realmente, fazer falta, não haveria essa “renúncia fiscal” por parte do governo.

De bom tamanho
Não existe bondade política ou econômica, não! É que depois de anos de apetite voraz, devorando nosso suado dinheirinho via impostos, taxas e outros tributos, o governo percebeu que pode ceder. Faz, talvez até subconscientemente, uma mea culpa dessa gula e, com isso, acaba por ajudar na recuperação econômica do País. A crise econômica mundial mostrou que há possibilidade, sim de redução da carga tributária, a favor da produção e do consumo. Antes tarde, que nunca!

Números reais...
Câmara contnua à toda no quesito “administração pública”. De apenas cinco vereadores foram 17 indicações para poda de árvores, limpeza em ruas e praças, manutenção de avenida, iluminação em área de lazer, ronda preventiva da GM, operação tapa-buracos, sinalização de trânsito, áreas de lazer e esportes... só para citar alguns. Tudo isso, na última sessão do Legislativo Municipal, na segunda-feira, dia 23.

Vida manchada
Apesar de sua reconhecida cultura e saber jurídico, Rui Barbosa passou para a posteridade, além do título de “Águia de Haia” - numa referência ao tribunal internacional na Holanda - como o ministro da Fazenda à época, que mandou queimar Livros de Matrículas de escravos existentes nas comarcas e registros de posse de escravos existentes no Brasil. Ele queimou parte da história brasileira, por entender que essa mancha - a escravidão - não poderia passar às gerações futuras. Alguns dizem, também, que foi para evitar futuras indenizações. Uma mancha em seu vasto currículo.

Acertos maiores
Por outro lado, e por ser inegável e notório orador, Rui Barbosa também nos deixou algumas obras primas. Tanto em idéias como em discursos, que marcaram toda uma época da vida nacional. Algumas dessas obras têm aplicação até hoje na vida política do País. Um de seus ensinamentos, refere-se à vergonha do homem perante sua própria honestidade. “De tanto ver triunfar as nulidades...”, começa o discurso de Barbosa.

Auto da vergonha
É um trecho desse discurso do “Águia de Haia”, e muito conhecido, que reproduzo aqui, como forma de externar minha indignação contra o que estamos assistindo na política brasileira. De Limeira até a Capital Federal. Eis como se expressou Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Está nos anais do Senado (Senado Federal, RJ, Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).

Frase da Semana
“O RH é um departamento da Prefeitura e esse vídeo favorecia todo um contexto, porque é para a área de desenvolvimento, que envolve tudo”. Elvécio Rui Lazari, ao responder, na CPI, pergunta do vereador Paulo Hadich (PSB), porque sua nomeação estava no Departamento de RH e ele havia sido contratado para confecção de vídeo.

Antonio Claudio Bontorim

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