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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Em baixa
O prefeito cassado Silvio Félix (PDT) anda tão em baixa com a mídia, que dá para contar nos dedos, com a mão fechada, quem se lembrou que no último domingo, dia 24, fez dois anos que ele foi preso junto com familiares e assessores. Este colunista não lembrou.

Ainda ele
Vamos deixar dessa forma: ele até que estava tranquilo durante o depoimento na CPI do Aeroporto, na última segunda-feira, na Câmara. Mas seu sorriso, captado pelas lentes do repórter fotográfico JB Anthero e publicado nesta Gazeta, era do mais puro nervosismo.

As críticas
Félix não foi muito direto, mas não deixou de alfinetar a administração Paulo Hadich (PSB). Principalmente no quesito não continuidade de algumas obras de sua administração. E, neste caso, sou obrigado a concordar com ele. A “nova” biblioteca municipal é um exemplo.

Espertinho

O ex-presidente do SAAE, Renê Soares, tentou induzir a Justiça ao erro, contra o presidente da Câmara Ronei Martins (PT). Quase conseguiu nova liminar para um assunto encerrado, que já havia sido discutido e arquivado por unanimidade pelos vereadores. A liminar foi concedida no dia 25 e perdeu o efeito no mesmo dia. Com a ata da sessão como prova o erro foi corrigido. É preciso saber se haverá punição a Renê....

Foi na trave
Na redes sociais, os opositores mais ferrenhos de Ronei esboçaram um início de comemoração. Que foi contida, quando o engano foi desfeito.

Água e onça
Agora vem a prova de fogo. Se vai valer o “lobby” supermercadista ou a preocupação com a saúde pública. Tudo depende de uma assinatura ou de um veto.

A última de hoje

É bom que lembremos, sempre, que é a liberdade de expressão que nos permite, hoje, concordar, discordar, criticar e até xingar (como fazem alguns) políticos e assemelhados. E que não nos esqueçamos, também, que para chegar a isso, muitos lutaram, foram torturados e morreram no combate à ditadura. Alguns fugiram. Para a Europa.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Bom Senso, sim. Não ao vira-latismo

Passou da hora de deixar o conservadorismo e essa sensação de incompetência de lado e buscar o que de fato interesse a uma mudança de comportamento: a inteligência sem medo de ser feliz e o sentimento de frustração, que acomete aqueles que nunca tentaram mudar. Ou que tiveram a oportunidade nas mãos, mas deixaram o momento passar, por esse conformismo tacanho, que costuma se abater justamente sobre aqueles que se dizem – ou se assanham como – reformistas.
Há alguns jogos do Campeonato Brasileiro, das Séries A e B, jogadores vêm fazendo um protesto silencioso em campo, para sensibilizar as autoridades do esporte e as emissoras de televisão, que não é mais possível seguir nesse modelo ultrapassado de calendário. No final das contas serve apenas aos dirigentes do futebol nacional e aos interesses das polpudas verbas publicitárias da Rede Globo de Televisão, que omissa, como sempre, sequer faz referência que o movimento encabeçado pelo Bom Senso F.C. também é uma crítica ao monopólio da informação.
Como não sou comentarista esportivo e nem especialista nos esquemas táticos-numéricos, que fazem a alegria dos debates pela mídia especializada – não me interesse se é um 3-4-3 ou 4-3-3 e suas variáveis. Posso, entretanto, opinar na condição de torcedor ferrenho, que sou, e discutir abertamente essa questão, que há muito tempo deixou os gramados, mas ainda não chegou aos ouvidos de quem de fato deveria chegar. E note-se que é apenas o futebol, como esporte, que vive na idade das bolas de meia e peladas no meio das ruas. Outras modalidades evoluíram e, por isso, já disputam também o gosto do próprio torcedor.
E agora cabe, a quem de fato faz o espetáculo – os próprios jogadores e, quem sabe mais à frente, também os torcedores - se movimentarem no sentido de trazê-lo à realidade e às mudanças necessárias para levar ao futebol ao Século XXI. Aqui ainda se vive os primórdios de uma cartolagem avessa às transformações e preocupada apenas em manter o status político e financeiro, que atingiu ao longo dos anos, desde que Charles Miller trouxe para cá o esporte bretão, que há muito deixou de sê-lo. Mais que os altos salários, jogadores com poder de liderança precisam exercer também sua inteligência, em benefício próprio e do esporte que praticam. Finalmente, ao que parece, estão deixando o marasmo de lado ao perceberem que quanto mais submissão à classe dirigente, menos público teremos nos estádios. E acabar, também, com o monopólio televisivo é fundamental à essa nova mentalidade, elogiada pela maioria e criticado por poucos saudosistas.
Se o resultado desses protestos terão o efeito prático desejado, ainda é cedo para dizer. As transformações, porém, começam por pequenas ações, assim como uma casa se constrói a partir do alicerce. E nada será feito sem sacrifícios. Pois é a quebra de paradigmas que provoca as grandes mudanças de um status para outro. E isso nunca acontece sem traumas. É preciso enfrenta-los também, para que o complexo de vira-latas assumido não se torne latente, embora continue presente. O que os outros fazem, podemos, sem dúvida, fazer melhor.

domingo, 24 de novembro de 2013

Quem não cuida, não merece ter. Depois cobra

Um dos segmentos mais cobrados e criticados pela população é o do transporte público urbano do Município. Atraso em linhas, veículos velhos – que agora começam a ser trocados – falta de abrigos apropriados para a espera dos ônibus são, em resumo, os principais alvos do descontentamento dos usuários. E não é para menos. Há muito tempo, quem depende desse tipo de serviço se vê privado da necessária qualidade que ele requer. E justamente quando há sinais evidentes de melhorias, o noticiário é tomado por ações de vândalos – e que são usuários do sistema também – que acabam por destruir o que foi feito para melhor atendê-los. “Metade dos pontos de ônibus reformados foi vandalizada”. Eis a manchete desta Gazeta da última quarta-feira, que traça um cenário nada alentador em números alarmantes. De autoria da jornalista Karla Gigo, a reportagem traz um balanço, feito a pedido do próprio jornal, dos abrigos reformados pelas empresas do setor que, em menos de cinco meses, já sofreram algum tipo de depredação. E é para assustar mesmo: dos 90 abrigos reformados, 45 foram alvo de ações de vândalos.     

Omissão perigosa
O problema é que esse tipo de ação não está restrita somente a vândalos “profissionais”, que sentem prazer em destruir o patrimônio público como forma de protestar. Vem, também, do próprio usuário, a partir do momento em que ele deixa de zelar pelas condições de uso desses locais, quando não denuncia a quebradeira. A omissão também é uma forma, talvez a mais cruel, de participar dessas ações.

Números e cifras

A irracionalidade do vandalismo é mais impressionante ainda quando se transforma essa quebradeira em valores financeiros, que dão a devida proporção ao caos. Nesse período mostrado pela reportagem da Gazeta de Limeira, gastou-se o equivalente à instalação de dois abrigos por mês. O valor de cada abrigo é de R$ 7,5 mil e os consertos, em média, custam R$ 15 mil/mês. É triste, mas muito real. 

Poluição visual

E quando se fala em vandalismo, que atinge bancos, teto dos abrigos e pichações, uma delas muitas vezes passa despercebida: colocação de cartazes e propagandas irregulares, coladas nos locais de espera dos ônibus. Shows, eventos de toda natureza e muito adesivo dos serviços de mototáxi. Se não mexe com a estrutura física dos pontos de ônibus, acaba por prejudicar a visualidade urbana do local. Emporcalha tudo e não dá chances à limpeza.

...E nos orelhões
E por falar em mototáxi, é lamentável o que se faz nos orelhões. Só para citar os da estação rodoviária. Não há mais espaço para tanto adesivo com telefones das empresas do setor. É muita sujeira junta.

Um para frente...
... e dois para trás. Está difícil de a Prefeitura engrenar uma agenda positiva mesmo. Bem que estão tentando, mas a cada boa medida anunciada, a contrapartida é pior. Difícil entender o que está acontecendo com esta administração, que anda, anda e anda, mas não sai do lugar. Ou estão preparando uma verdadeira revolução para 2014, ou a tendência é só piorar (acho que já escrevi isso...). É impressionante como falta uma liga entre as ações anunciadas e as de fato praticadas. E não é má vontade da mídia. É realidade constatada.

Creches fechadas
Ainda na semana passada, mais precisamente na última sexta-feira, a manchete desta Gazeta era só contraste com uma notícia ao lado, na capa do jornal. Enquanto a Secretaria de Segurança anunciava uma “muralha digital” para combater furto e roubo de veículos, pais que têm filhos em creches estão preocupados com o fechamento de cinco unidades escolares e transferência de seus filhos para outras escolas. Com pouca explicação oficial.

Difícil de entender
Motivos para o fechamento são os mais variados. Entre eles, o funcionamento em escolas estaduais, que estão solicitando as classes de volta. Outro é a falta de condição da unidade para atender adequadamente as crianças. O ano está indo embora, e só agora a Secretaria de Educação percebeu isso? A transparência, tão cobrada por Hadich na Câmara, escureceu.

Pergunta rápida
Por que o discurso ainda não saiu do papel para ações práticas?

História recontada
O mandato do ex-presidente João Goulart, o Jango, deposto pelo golpe militar de 1964, foi devolvido pelo Congresso Nacional. O ato, simbólico, restitui um pouco da verdade, até hoje escondida pela ditadura, sobre a sessão que tornou vago o cargo de presidente, para legitimar o golpe. Morto em 1976, seu corpo foi exumado, numa tentativa de rever o laudo de sua causa mortis. O lado obscuro dos 21 anos de governo militar, entretanto, ainda não foi desvendado. Muitos documentos e histórias continuam escondidos nos porões governamentais, e precisam ser trazidos à luz. E isso não é revanchismo, é resgate histórico.

Nota curtíssima
Lula não sabia. Alckmin também não, e Kassab não tinha conhecimento. Amnésia seletiva.

É nocaute técnico
Pelo visto, o aeroporto, anunciado à exaustão pelo marketing pessoal do prefeito cassado Silvio Félix (PDT) não vai sair do chão. Ou melhor, da terraplenagem. Não decolou, como se diz na gíria. Venceu a união dos prefeitos de Iracemápolis, Cordeirópolis, Rio Claro e Piracicaba, por um aeroporto regional, que agora tem o aval do Ministério da Aviação Civil. Limeira, mais uma vez, dançou. O Município está cada vez mais isolado.

Frase da semana
"Acreditamos na inocência dele. Temos prova de tudo". De Alexandre Teixeira, líder informal do grupo que defende a fuga do ex-diretor do BB, Henrique Pizzolato, foragido da PF. Na sexta-feira, 22. Na Folha de S. Paulo.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Um bom começo. Não a solução

Do feriadão prolongado ao início da semana útil o País viu, em rede nacional e com direito a muitos repetecos, os primeiros onze mandados de prisão referente à ação penal 470, o mensalão, serem cumpridos pela Polícia Federal e os condenados levados de seus estados, após apresentação voluntária – ou agendada – de cada um deles. O décimo segundo não foi possível, pois o réu conseguiu fugir (???) mesmo com o passaporte recolhido. Não houve necessidade de invasões, portas sendo arrancadas e a TV mostrando algemados sendo conduzidos. A resistência, embora pequena, foi barulhenta apenas por parte de militantes políticos, que gritavam palavras de ordem e slogans devidamente elaborados – posicionados atrás de repórteres de TVs – à passagem de cada um dos políticos presos.
Tive, e continuo tendo, a impressão de que petistas, como o ex-ministro e deputado federal José Dirceu e o também deputado federal, José Genoíno, licenciado da Câmara por motivos de saúde, estavam aguardando esse momento para capitalizar – e vão conseguir - de forma positiva a prisão. São experientes, resistiram à mão armada contra a ditadura e, com certeza, não deixarão essa segunda reclusão passar em branco. Já argumentam, pelas redes sociais e que são amplamente compartilhadas pelos seus partidários, que são presos políticos. E, de culpados e condenados, passarão a adotar postura de mártir, com profundo apelo emocional, quando propagado da forma certa e na hora certa.
Procurei ler, ouvir e analisar tudo o que foi publicado sobre essas primeiras prisões – e outras devem estar em andamento neste momento – e a percepção de analistas e políticos ainda é muito vaga. Pelo menos o que foi passado e repassado pelas diversas mídias ainda trazem um tom ufanista de que o combate à corrupção saiu vitorioso e a imagem de ex-homens fortes do atual governo sendo levados à prisão, servirá de exemplo e inibirá novos atos lesivos ao patrimônio público. Se assim fosse, países em que a Justiça sempre foi dura contra os criminosos do colarinho branco, já teriam ficado livres de corruptos e corruptores. O que pode ter regredido nesse processo todo – e isso é uma grande vitória – é a sensação de impunidade, que acompanha o Brasil de longa data, criando uma velha e surrada máxima, de que cadeia é apenas para pobre ou ladrão de galinhas.
Os que comemoram efusivamente contra o PT e seus mensaleiros, hoje, são os mesmos envolvidos até à sombra em privatarias, propinodutos e desvios que saíram dos trilhos há muito tempo. Ou, então, em esquemas parecidos ao do próprio mensalão, que vem desde a aprovação da emenda que garantiu a reeleição a FHC e nunca foi apurada ou os culpados punidos. Se agora empresários e figurões da mais alta estirpe da política nacional estão recolhidos à carceragem, há muito por fazer e outros tantos ainda estão longe de ser julgados, apesar dos crimes cometidos contra a administração e o erário públicos. Por isso, afirmei que esse ufanismo é perigoso, pois ele tira o chão real sob os pés da Nação, quando cria a falsa sensação de que todos os problemas foram resolvidos com essas poucas prisões. Não foram mesmo. Há muito tubarão graúdo nadando em águas de lambaris.   

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Agenda positiva. Para Ronei e para a Câmara

Depois da fumaça produzida com a história da TV Câmara – muita fumaça sem fogo - e nesse caso sou voz dissonante e entendo que o assunto não deveria ter sido retirado da pauta de debates nesse momento, uma semana para se fortalecer com uma agenda positiva. Tanto para o vereador Ronei Martins (PT) quanto para a própria Câmara, à qual preside. Aa criação da Ouvidoria Parlamentar, disponibilizando canais de comunicação para que a população possa participar com críticas, sugestões – e até mesmo elogios – aos próprios vereadores e também à atuação do Poder Legislativo municipal. Essa é uma iniciativa interessante e propícia ao momento atual da política limeirense, que vem demonstrando a insatisfação da população, através das denúncias diárias veiculadas na mídia convencional e através das redes sociais. Se a premissa do vereador Ronei, de que “político bom é político vigiado” vingar, a Ouvidoria estará prestando um papel relevante à sociedade, que poderá pautar a atuação de cada parlamentar, direcionando-o fiscalizar o Poder Executivo com mais intensidade. O voto também fala. E muito. 
 
O convite público  
O mais importante dessa iniciativa é que transforma o cidadão em protagonista da cena política, à medida em que ele possa levar seu descontentamento e sua reprovação à maneira de atuar de cada vereador. É um chamado que ninguém poderá se recusar a ouvi-lo, sob pena de perder a razão em sua própria crítica. E pode ser considerada, também, uma um xeque-mate a argumentos políticos. E vazios. 
 
Uma ação cidadã
É preciso, entretanto, que o limeirense deixe a comodidade de lado e parta para uma ação efetiva e participativa nesse processo, junto à Ouvidoria Parlamentar, que eu sugeriria até em nomeá-la como Ouvidoria Legislativa. O nome aqui é o que menos importa, entretanto, se ela for bem utilizada e traga as devidas respostas de todos os 21 parlamentares, que hoje compõem o quadro da Câmara Municipal.
 
Ouvir... entender
Se de fato houver a devida participação popular, no sentido de buscar cada vereador, seja pessoalmente ou pelos canais disponibilizados pela Ouvidoria, será preciso que o retorno também seja efetivo, para não deixar a população na mão e, dessa forma, comprometer todo o trabalho proposto. O parlamentar terá que se despir da prepotência, da arrogância e ouvir com atenção todas as críticas. E ouvir não significa apenas escutar. Pressupõe aceitação. 
 
Disque-Câmara...
...e não disque-pizza. É engraçado a analogia, mas cabe o registro. Se os vereadores não se comprometerem com a Ouvidoria Parlamentar, todo o processo estará comprometido e vira uma pizzaria mesmo.
 
Como participar
Quando nos propomos a análises efetivas sobre qualquer situação, é preciso que haja participação direta nessa situação. No caso da Ouvidoria, sobre a qual discorri acima, trata-se de um processo de entendimento, de busca pela melhoria – e espera-se que não se transforme em utopia – da atuação do vereador. Assim, seguem os contatos. Telefone: 0800774-7509; e-mail: ouvidoria@camaralimeira.sp.gov.br; carta: Rua Pedro Zaccaria, 70, Jd. Nova Itália – CEP 14.484-350. Ou pessoalmente. Horário de funcionamento das 8h às 18h.
 
De ponta-cabeça
A conta no Twitter do prefeito Paulo Hadich (PSB), exibiu foto de atendimento à população, veiculada de cabeça para baixo. A mesma foto, no Facebook de Hadich estava correta. Alertada, a assessoria do prefeito informou que foi um problema na edição. A foto foi exibida por volta das 9h30 e lá permaneceu por mais de uma hora. Após o alerta foi retirada para correção. Os mais críticos chegaram ironizar a postagem. Não passa nada.
 
Ferramenta útil
As redes sociais têm se mostrado ferramenta útil aos políticos, tanto aos que exercem cargos nos poderes Executivo e Legislativo, como nas campanhas eleitorais. No Judiciário, juízes e promotores – nem todos - também mantêm perfis no Twitter como no Facebook. Forma rápida de se chegar à opinião pública. E sem restrição da legislação eleitoral. 
 
Pergunta rápida
Será que o cidadão, o eleitor, vai efetivamente participar junto a Ouvidoria Parlamentar?
 
Agora é cumprir
Semana agitada, a que passou, também na política nacional por conta do mensalão e seus condenados. O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou na quinta-feira, véspera do feriado da República, a decisão que determina a prisão imediata dos condenados. José Dirceu, João Paulo Cunha, José Genoíno e o empresário Marcos Valério já se entregaram a Polícia Federal. No final da noite de sexta-feira, os demais, cujos mandados foram expedidos, também se apresentaram à PF em seus estados. 

E um procurado
Esta nota foi acrescida hoje, só nesta versão da coluna. O ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que deveria se entregar junto como demais, agora é consiedrado foragido. Quando do fechamento desta coluna ainda não havia nenhuma notícia sobre sua fuga. Agora é com a Interpol. E se Cacciola e PC Farias foram presos, esse também o será. Em breve. Assinou a própria confissão de culpa.
Nota curtíssima
Qualquer brecha legal ou política, a partir de agora, é danosa e deve ser evitada.
 
Pedras e vidraças
Daqui para frente é preciso ficar de olho bem aberto, para que as condenações e prisões tenham efeito real sobre essa odiosa prática, que atinge todos os níveis das administrações públicas. E não escolhe partido ou ideologia. Ninguém pode atirar a primeira pedra, pois todos são vidraças. Ainda tem o mensalão do PSDB mineiro e o propinoduto dos trilhos, do tucanato paulista, que merecem igual destino. Se a Justiça usar a balança do equilíbrio...  
 
Frase da semana
“Político bom é político vigiado". Do presidente da Câmara de Limeira, vereador Ronei Martins (PT), durante o lançamento da Ouvidoria Parlamentar, na semana que passou. Na quarta-feira, 13. Na Gazeta de Limeira.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Jô Soares e nós
Inusitado. Para não dizer curioso. Assim pode ser definida uma Moção de Congratulações, protocolada na segunda-feira pelo vereador Júlio César Pereira dos Santos (DEM). Ele quer homenagear o humorista, escritor e apresentador de TV Jô Soares, pelos 25 anos do seu talk-show, que passou por várias emissoras e hoje está na Globo. Emblemática, a moção.

E se for ironia...
Das duas, uma. Ou é mais uma daquelas moções para ganhar mídia mesmo ou, então, uma ironia, tendo em vista a situação política atual da Câmara, onde a situação passa como um rolo compressor sobre a oposição. E apesar de a democracia contemplar a vontade da maioria – como é o caso do grupo situacionista – não custa refletir se estamos mesmo numa democracia. Ou seria a ditadura da maioria?

Menos, menos
Na década de 1970, no auge da ditadura militar, o jornal O Estado de S. Paulo publicava receitas de bolo em suas páginas de editoriais, para mostrar como funcionava a censura. Se a intenção do vereador foi essa, penso que foi brilhante; uma sátira mordaz ao “establishment”. Se for, de fato, uma moção desinteressada, de um fã do Jô Soares, penso que há temas muito mais sérios a serem discutidos.

Que diferença!
O que há de gente comemorando a postura do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a execução imediata das penas dos mensaleiros condenados pelo STF, é uma festa. São os mesmos que comemoravam quando o procurador-geral era Geraldo Brindeiro, que engavetava as denúncias contra o governo FHC e ficou conhecido como “engavetador-geral”. Esquecer a história parece ser uma conveniência para os tucanos.

Assim é que é
Janot está cumprindo com o dever que seu cargo lhe impõe, independentemente de quem o tenha indicado. Geraldo Brindeiro sempre foi um eterno agradecido a FHC, blindando-o (sem trocadilhos) sempre das ações contra o governo. Engavetando todas elas.

A última de hoje

Na coluna do próximo domingo estarei tratando da Ouvidoria da Câmara, anunciada pelo vereador Ronei Martins (PT), presidente da Casa. E que já foi batizada de “Disque-Câmara".

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Um cenário. Apenas um cenário

Pesquisa sobre pesquisa, dos mais diversos institutos, vêm indicando um crescimento de popularidade da atual presidente Dilma Rousseff (PT). Uma retomada dessa popularidade perdida com os protestos de junho e que se estenderam – com menor intensidade – pelos meses subsequentes. Hoje, e a tabulação de todas as amostragens indicam, Dilma estaria reeleita em primeiro turno. Para desespero da oposição, que de repente amoleceu em seus discursos e ataques diretos, vislumbrando talvez o efeito “massa de pão”, que quanto mais se bate, mais ela cresce.
Na mesma proporção que PSDB, PSB, DEM, PPS, entre outros, estão se preocupando com o atual cenário político brasileiro, o PT, de Dilma, não deve comemorar antecipadamente esses resultados, pois ainda têm pela frente um novo teste nas urnas, em 2014, e a possibilidade iminente da eclosão de novas manifestações, com o mesmo efeito avassalador das registradas há cinco meses. E nesse caso, tanto governo e seus aliados quanto a aposição, que não consegue chegar a um consenso sobre os possíveis candidatos, conhecem muito bem os efeitos negativos e positivos com o povo nas ruas. Negativo para o governo, dependendo o rumo partidário que um novo movimento tomar, e positivo para os que apostam na possibilidade de frear o PT, com nova reeleição à Presidência da República. E pelo mesmo motivo.
Que ninguém duvide, se preciso for, os oponentes de Dilma estarão nas ruas com patrocínios claros de candidatos (que não aparecerão publicamente como mentores de uma nova onda) interessados em desestabilizar as bases governistas. E mais experiente e afeito à chamada da militância, das ruas às redes sociais, haverá reação daqueles que defendem a continuidade petista. Muito mais voltado ao jogo de interesse partidário do que preocupação efetiva com o bem-estar social. Se o PSDB, principal opositor hoje ao governo federal, quer retomar o comando do País, o PT também luta para quebrar a hegemonia tucana no Estado de São Paulo. É assim que funciona. E quem for mais convincente leva.
Ao analisar o cenário político do momento é preciso estar atento às possibilidades e probabilidades de mudanças, que podem acontecer ao longo dos próximos meses até outubro do ano que vem. E reviravoltas em enredos predefinidos, acabam por transformar a sequência do espetáculo, em que protagonistas se transformam em atores secundários e estes em personagens principais. As últimas eleições – Dilma, em 2010 e Haddad, em 2012 – são exemplos claros de que histórias com um fim previsível e sacramentado podem ser alteradas. Ambos, e de forma inesperada, saíram das últimas posições e alcançaram o pódio da vitória. Daí o título do meu artigo de hoje. Na política, cenários de hoje podem muito bem ganhar novos adereços amanhã. Vai depender muito da competência do cenógrafo. E daqueles que operam nos bastidores.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O susto pelo custo. Uma polêmica inevitável

Não há dúvida de que a “bomba política” da semana ficou por conta do anúncio da criação de um sistema público de rádio e TV, idealizado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Ronei Martins (PT). Nem tanto pela ideia em si, mas pelo custo do investimento proposto, mais de R$ 8 milhões, a TV Câmara, como foi batizada pela própria mídia, nem nasceu, virou polêmica e acabou tendo seu projeto temporariamente suspenso pelo próprio Ronei, anúncio feito na manhã da última sexta-feira, durante entrevista coletiva na sede do Legislativo. A semana, até anteontem, portanto, foi muito bem explorada pelos críticos do petista, que talvez nem saibam ou entendam de fato do que se trata uma TV pública. Uma discussão política para minar uma iniciativa, que nem no papel ainda estava. Sem conhecer o projeto técnico, a necessidade – ou não - e a finalidade do sistema, críticas dessa natureza acabam se perdendo em argumentos generalistas e no vazio dos interesses que alimentam as alas contrárias ao vereador. Pelo visto o presidente da Câmara se deixou levar pela gritaria e resolver analisar melhor.

Discussão insossa
A idéia, com certeza, não saiu da cabeça do vereador, que anunciou para 2014 uma discussão sobre o tema e a realização de cinco audiências públicas para analisar a retomada do projeto. E até agora boa parte do que se falou sobre a TV pública, que acompanhei durante a semana, era desprovida de argumentos palpáveis. Foi um mero debate sobre a anatomia do sexo dos anjos. E nenhum sentido prático.

Política e direitos
Entendo que há uma preocupação – e deve existir mesmo - com o uso político que uma emissora de rádio e TV públicas podem proporcionar a quem está no poder. Como entendo, também, que o direito à informação deve alcançar todos os cidadãos. E a maioria ainda não tem acesso ao sinal fechado de TV por assinatura, como acontece hoje com a transmissão das sessões da Câmara. É uma constatação.  

Exemplos práticos  
Quem acompanha hoje as transmissões das TVs Assembleia, Câmara e Senado, percebe que há uma multiplicidade de opiniões sendo transmitidas, sem favorecer esse ou aquele partido. Sem acentuar essa ou aquela ideologia. É assim que deve funcionar. E é assim que se espera que funcione. Por isso, vejo como precipitada a profusão de críticas àquilo que nem existe ainda. Irracionalidade pura.

Precisa ser plural
O que não pode acontecer, caso se efetive, é que o aparato governamental se aposse dessa estrutura comunicacional em benefício próprio. E que todo o desenvolvimento de um projeto dessa natureza seja acompanhado de uma rigorosa fiscalização, que evite eventuais desvios de função. Se o objetivo é de fato uma TV pública pelo interesse público, que a transparência na sua possível criação seja uma característica, não apenas uma obrigação.

Gigantes do setor
Só para citar exemplos de emissoras públicas de rádio e televisão, algumas das maiores redes do mundo estão nessa categoria: a DW, alemã; a RAI, na Itália; a BBC, Inglaterra; NHK, japonesa e a canadense CBC.

Situação delicada
Mais uma semana complicada para a administração Paulo Hadich (PSB). E mais um problema na área da saúde, como se já não bastassem as complicações com a CPI da Dengue. Desta vez é a compra de medicamentos para a rede pública que está no alvo do Ministério Público (MP), por indícios de irregularidades na aquisição de remédios via mandado judicial. A compra teria sido em quantidade superior ao que foi pedido e autorizado pela Justiça. O governo está literalmente acuado. As perspectivas não são nada boas.

Visão obstruída

O maior empecilho que vejo – e penso que muitos estão enxergando da mesma forma – para que o Poder Executivo enfrente seus problemas, é admitir que eles existem e precisam ser resolvidos. Há, hoje, no primeiro escalão administrativo, uma arrogância que empana a visão da realidade, como se existisse apenas uma única e intocável verdade. E essa verdade é de quem está no comando. Está dando de ombros às percepções da população.

Nada se resolve

Fica a expectativa em saber até quando haverá resistência a essa avalanche de denúncias. Para um primeiro ano de governo, o número de pedidos de explicação e inquéritos abertos pelo MP é por demais elevado. Principalmente se levarmos em consideração que o comando é exercido, hoje, por quem mais denunciou e apontou muitos dos desvios públicos.

Pergunta rápida
O que o governo municipal pode fazer para reverter essa onda de pessimismo?

Trânsito confuso
Aqui vai uma sugestão à Secretaria dos Transportes: proibir a conversão à esquerda de quem vem pela Avenida Ana Carolina, no sentido Jardim Piratininga, para a Rua Antonio Augusto Botelho. Poucos metros acima há a rotatória da Praça da Bíblia, que pode ser utilizada para fazer essa conversão de forma segura e sem provocar caos no trânsito no local, principalmente em horários de pico. Basta ficar alguns minutos no cruzamento para assistir às maiores barbaridades cometidas por muitos motoristas, que não conhecem o significado da palavra educação e, principalmente, as mais básicas regras de trânsito.

Nota curtíssima
Nelson Rodrigues está bem vivo. O “complexo de vira-latas” está mais na moda que nunca.

Fato é fato. Só...
Procuradores do Estado acusam o procurador Geral de São Paulo, Elival da Silva Ramos, de braço político do governador Geraldo Alckmin (PSDB), no caso do propinoduto dos trilhos. Não me espanta. É que Alckmin adotou a velha prática em nomear para o cargo o mais afinado com o governo. Ele simplesmente abandonou o acordo de escolher o mais votado pela categoria, como vinha sendo feito até o governo do também tucano José Serra.

Frase da semana
 "Lo que brilla con luz propia//Nadie lo puede apagar". Trecho de "Canción Por La Unidad de Latinoamerica", de Chico Buarque, citada pela defesa do ex-deputado José Genoíno (PT), em recurso ao STF. Sexta-feira, 8. No UOL Notícias-Política.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Tudo está 100%
Estou chegando à conclusão de que os críticos da atual administração estão errados. Não estão dando os devidos créditos aos esclarecimentos oficiais sobre as denúncias publicadas pela imprensa. Parece que ninguém está entendendo o discurso da modernidade e do avanço.

Mais uma ação
Antes de resolver os males da saúde, alguns remédios podem dar mais dor de cabeça à gestão Paulo Hadich (PSB) do que propriamente curar. Está se abrindo uma nova brecha para que os críticos do atual governo voltem à carga e com força total. O Ministério Público, mais uma vez, está na área para cobrar o pênalti. Vai faltar analgésico em Limeira. 

Ninho protegido

O PSDB paulista só tem a agradecer ao procurador do MPF Rodrigo De Grandis, que desde 2010 vem ignorando pedidos de investigação sobre a máfia do trem. Inclusive de sucessivos pedidos de cooperação feitos pelas autoridades suíças. Seria ele um novo “engavetador” a proteger o tucanato de investigações sobre corrupção?

Engavetador mor
Para quem não se lembra, Geraldo Brindeiro inaugurou a era dos “engavetadores”. Escolhido a dedo pelo então presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso, como procurador geral da República, ele ficou conhecido como “engavetador geral da República”, pois arquivou todos os pedidos de abertura de ações contra o governo federal. Alguns deles, verdadeiros mensalões, anteriores ao do PT.

Aqui como lá....
Sou contra qualquer regulação das mídias, pois a entendo como a mais odiosa forma de censura à imprensa. É preciso, entretanto, equidade nas discussões. Li muitas análises e críticas sobre a Lei da Mídia argentina. Não vi, porém, nenhuma linha, nenhum comentário sobre o novo aparato regulador da imprensa, aprovado na Inglaterra pelos deputados. 

A última de hoje
Depois do funk ostentação é a vez de um tal “rei do camarote” fazer história nas mídias sociais e provocar profundas e filosóficas discussões sobre riquezas e esbanjadores. Charles de Gaulle ainda está bem vivo... O Brasil ainda não chegou à idade da seriedade.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Uma pérola ou apenas areia?

A menos de dois meses de completar um ano, é inegável que o governo Paulo Hadich (PSB) continua patinando na retórica e não consegue transformar suas propostas em projetos, que façam o Município avançar. Às vezes me pergunto se é justo fazer esse tipo de cobrança por tão pouco tempo de caminho percorrido - pois a herança deixada pelo antecessor, se não maldita, não é das mais confortáveis – ao mesmo tempo me vem à memória, a destacada atuação do então vereador Paulo Hadich, que cacifou sua candidatura a prefeito e o levou à vitória, ainda em primeiro turno.
A verdade é que ele não está conseguindo encaixar seu discurso, enquanto parlamentar, ao cargo de executivo, que agora ocupa. Ou seja, cai naquela infelicidade de copiar o então recém-eleito presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, que pediu ao povo que esquecesse tudo o que ele escrevera, enquanto sociólogo. Que o falar é muito mais fácil do que o fazer não é mistério para ninguém. Que muitas vezes tropeça na afoiteza das próprias palavras segue pelo mesmo caminho. E quando não se encontra um ponto de equilíbrio entre teoria e prática, a cobrança é imediata. E é o que está acontecendo agora e provoca um certo frisson às hostes governistas, no momento em que as críticas ganham volume e intensidade, mas não a necessária ressonância.
Se as redes sociais na internet ampliam o debate político, garantindo maior e mais rápida acessibilidade às informações, por outro lado criam falsos líderes, que também não se sustentam pela dispersão dos grupos que representam e acabam na vala comum ao instigar apenas pelo lado do debate político entre situação e oposição, sem no entanto trazer à luz ideias e soluções. Essa questão dos “falsos líderes”, a que me referi, tem muito a ver com a força de uma postura inicial combativa – truculenta em certas ocasiões – que vai se diluindo com o passar do tempo, porque não encontra eco ao bater no paredão da arrogância, que é típica dos despreparados. Da insensibilidade ao que vem de fora para dentro, como se existisse uma verdade absoluta e incontestável. 
E é preciso reconhecer o mérito dessa postura de ostra da atual administração, que dessa forma consegue blindar a pérola – se é que não apenas areia – que está em seu interior. Para, quem sabe, exibi-la num futuro próximo com a mais rara das joias. Ou seja, fazer brilhar o que todos estão esperando. Um governo progressista e atuante, que foi o mote de campanha e o compromisso assumido perante os eleitores, que acabaram dando seu voto de confiança. E agora se veem desesperançados perante a inépcia claramente demonstrada nesses dez meses iniciados lá em janeiro como rótulo da novidade.
Se os críticos já não são críticos como no início e se cansaram de bater em ferro frio, não houve também o despontar de uma verdadeira liderança de oposição, que guiasse esse rebanho disperso pelo mundo virtual. As vozes que hoje soam como contrárias ao status quo do poder, se limitam também pela própria insipiência. Faltam presença e capacidade de aglutinação. Dessa forma a torcida é para que saia uma pérola verdadeira de dentro da ostra. E não apenas a areia.

domingo, 3 de novembro de 2013

A recorrente insegurança nas escolas públicas

A intensidade de roubos e furtos em estabelecimentos de ensino volta a assustar professores, servidores e até mesmo diretores, que temem denunciar as ocorrências por medo de represálias. Um tema recorrente e que voltou, na última quinta-feira, a ser manchete desta Gazeta: “Escolas sofrem com roubos e professores temem denunciar’. E quando chega à mídia, a situação é mais grave do que parece. E o tema só veio à tona, porque um familiar de uma funcionária de escola pública procurou o Conselho Municipal de Segurança (Conseg) para denunciar. E pediu para não ser identificado, também com medo de vingança por parte dos marginais. E o que é mais desolador nessa situação é que os estudos e as críticas da Apeoesp nessa direção, são sempre rebatidos pelo governo do estado, que teima em fazer vistas grossas, com desmentidos descabidos e até mesmo artigos de opinião, escritos por sabe-se lá quem e assinados por uma autoridade qualquer. E as estatísticas estão sempre à disposição, com números resultantes de levantamentos nas próprias escolas. É o medo encobrindo o crime.

Estado ausente...
O que causa espanto são depoimentos de diretores e diretoras, que se veem obrigados até a recorrer aos próprios bandidos, que muitas vezes são conhecidos e moradores dos bairros, onde se encontram esses estabelecimentos de ensino, para que parte do material roubado seja devolvido. Não há sistema educacional que resista a essa afronta, sem que uma atitude séria seja tomada por essa ausência do Estado.

...crime presente
E a reportagem, assinada pela jornalista Cintia Ferreira, é tão clara e objetiva, que de fato não há como discordar e nem recriminar esse medo, que atingiu e atinge os profissionais da educação. É preciso, entretanto, enfrentar as ações criminosas de marginais e até mesmo de alunos – como consta da matéria jornalística – na tentativa de romper esse temor e fazer das escolas um ambiente seguro. Como deve ser. 

Tudo na mesma
E não ficarei surpreso se, mais uma vez, a Secretaria Estadual da Educação vier com sua tradicional retórica, de que o estado faz a sua parte, buscando soluções para dar o mínimo de tranquilidade a diretores, professores e funcionários dessas escolas. Se de fato estivesse fazendo o que lhe cabe, a imprensa não estaria reiterando e requentando um problema que é grave, mas teima em voltar ao noticiário.

Resposta falha!
O que é mais triste ainda é essa sensação de impotência que atinge a sociedade, quando fatos dessa natureza são mostrados na mídia. Se há lugar mais sagrado que uma Escola – e aqui grafado com “E” maiúsculo – desconheço. É nesse templo que se completa o ciclo educacional do ser humano, que muitas vezes vem deteriorado do ambiente familiar, por que lá atrás faltou justamente o papel e a competência do próprio Estado.

Mudar conceitos
Enquanto prefere “militarizar” as universidades, como faz o governo de São Paulo, pela própria incompetência de gerir a sua segurança interna, tudo o mais é consequência dessa desastrada política educacional. 

Quase explosiva
A semana que passou foi quase que explosiva em Limeira. Um pacote deixado atrás de uma escola estadual e ao lado de uma creche, no Jardim Ouro Verde movimentou o setor de segurança e trouxe até o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) de São Paulo à cidade. Suspeitava-se de que fosse uma bomba. Era apenas uma bolsa com rojões. Brincadeira de mau gosto, que assustou e mudou a rotina do bairro. Coisas de gente que não tem nada o que fazer e acha graça em brincar com o perigo. Com trotes desnecessários.

Foi coincidência
Coincidência ou não, o dia escolhido para esse “trote” – e não dá para defini-lo de outra forma – foi justamente aquele em que a primeira-dama do Estado, Lu Alckmin, esteve em Limeira para a inauguração da Escola da Beleza, que disponibiliza vagas para quatro cursos ligados à estética e beleza. Limeira dificilmente é contemplada com ações do governo estadual e, quando isso acontece, uma falsa bomba chama mais atenção que a iniciativa.   

Sem consciência
Por falar em trotes, essa é uma mania que muitos têm e que prejudica a própria população e até mesmo os seus autores. Ligar para o Samu, Bombeiros, PM, entre outros segmentos para denunciar falsas ocorrências é crime. Além disso, compromete todo o trabalho desses profissionais, que poderiam estar atendendo a uma ocorrência de real necessidade. 

Pergunta rápida
Quanto tempo vai durar a lua de mel entre Eduardo Campos e Marina Silva?

Vai para a conta
O problema das filas duplas em horários de chegada e saída de alunos de escolas particulares parece ser um problema sem solução. Algumas ruas, sejam elas nos bairros ou centro, têm morosidade no trânsito e transtornos nos chamados corredores de ônibus. Como é o caso nos altos da Rua Duque de Caxias, hoje uma das afetadas, segundo moradores que passam diariamente pelo local, onde há uma escola. Um morador alertou que já presenciou essa situação. Carros passam, mas os ônibus são obrigados a ficar à espera da vontade dos pais, que buscam seus filhos. Impossível que não haja uma solução para isso.  

Nota curtíssima
Quando os agentes de trânsito fiscalizam e multam, as próprias escolas disciplinam os pais.

E nada mudou...
Lula continua intolerante com a imprensa. Talvez pela forma como a própria imprensa o trata. Não lhe dá o direito, entretanto, em afirmar que ela avacalha a política, como fez na homenagem que lembrou os 25 anos da Constituição Cidadã, no último dia 29, no Senado. Ele acertaria mais se afirmasse que são os políticos que avacalham a política. Está explicado por que muitos petistas chamam a imprensa de “nefasta”. Seguem a voz do líder.   

Frase da semana
"São técnicos, nenhum indicado por mim". Do ex-prefeito paulistano, Gilberto Kassab (PSD), sobre os fiscais envolvidos em fraudes na prefeitura da capital, cujo rombo pode chegar a R$ 50 milhões. Quarta-feira, 30. Na Folha de S. Paulo.