Justiça justa
O juiz da 2.ª Vara Cível, Rilton José Domingues, não só não acatou o pedido de liminar da Diocese de Limeira, assinada pelo bispo dom Vilson Dias de Oliveira e pelo vigário-geral, padre Reynaldo Ferreira de Mello, para proibir a imprensa de noticiar sobre a transferência de padres, como extinguiu a ação antes mesmo de analisar o seu mérito. O juiz não viu, no pedido, nenhum abuso dos jornais e emissoras de rádio e TV na divulgação dos fatos. Nada que extrapolasse a chamada liberdade de imprensa, que é garantida pela Constituição Federal.
Não vai falar
Como manda a boa prática jornalística, a Gazeta tentou ouvir o padre Reynaldo, que não quis se pronunciar sobre a decisão judicial. O bispo encontra-se em Roma. A assessoria de imprensa da Diocese disse que nenhum representante da igreja se pronunciará. Então, não há do que ou a quem reclamar. A Diocese pode recorrer da decisão, embora não acredite que o faça, uma vez que o desgaste foi muito grande. Maior ainda para o bispo, que é responsável pela Pastoral da Comunicação no Regional Sul 1, da CNBB e deveria ser o primeiro a defender a liberdade de imprensa.
Caça às bruxas
Assim como eu havia escrito neste espaço, na quinta-feira, não houve ofensas nas divulgações sobre os atos de transferências de padres. Em especial do padre Alquermes Valvasori. O que houve foi um questionamento firme de uma explicação plausível, que está vindo da própria comunidade católica, que a exemplo das anteriores, não quer transferências. Os jornalistas relataram as inquietações dos católicos. Nada mais. Ou como escreveu a leitora Adriana Gilioli Citino, em e-mail à Gazeta, “não é uma questão, simplesmente, de não aceitar mudanças. Veja o que aconteceu com a paróquia S. Paulo Apóstolo. Acabou com a organização, dinâmica e etc. Ademais, o povo sabe pensar por si. Sabemos entender o certo e o errado. Já foi a época de sermos tutelados”.
Ele vai tentar
O vereador César Cortez (PV), através de seus advogados ingressou no TSE com ação para obter a vaga do primeiro suplemente da sigla, cujo titular deixou o partido recentemente, e consequente assento na Câmara Federal. Segundo especialistas, o limeirense tem grandes chances de assumir como deputado federal. Tem político aqui na terrinha torcendo o nariz de inveja. Cortez na Câmara Federal alavancaria ainda mais sua campanha ao cargo em 2010. Ciumeira à vista!
Recuo lógico
Após o Senado desobedecer a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e ser alvo de críticas, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), empossou na quinta-feira, Acir Gurgacz (PDT), no lugar de Expedito Júnior (PSDB-RO), como senador. Só para lembrar: Gurgacz tem mais de 200 processos na Justiça.
A campanha
Está mais que na hora de uma mobilização da sociedade em torno dessa falta de vergonha nacional. Se até a Suprema Corte brasileira foi avacalhada por políticos, nós, eleitores, então, somos seus palhaços. Que tal um “listão” para 2010, contendo todos os nomes que merecem o repúdio nacional? É apenas uma sugestão!
Frase da Semana
“Não há nos autos elementos a indicar que as rés [órgãos de comunicação] estejam, de qualquer modo, ultrapassando os limites da liberdade de imprensa, garantida constitucionalmente”. Do juiz Rilton José Domingues, na sentença que negou liminar e extinguiu a ação da Diocese de Limeira, para que a mídia não publicasse nada sobre a transferência de padres. Ontem, na Gazeta.
Antonio Claudio Bontorim
sábado, 7 de novembro de 2009
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