Pages

Featured Posts

quinta-feira, 25 de junho de 2015

E mais uma vez...
...a violência na escola. Desta vez no Castello Branco, uma das mais tradicionais de Limeira – pelo menos já foi um dia. Vândalos travestidos de estudantes fazem e desfazem em sala de aula e fora dela. Até agressões. A teoria precisa dar lugar à prática para o combate a esse tipo de ação. Discurso bonito engana um, dois, três..., mas não todos. É muito pouco.

Coragem ofuscada
Pena que muitos diretores escondam a real situação em outras escolas estaduais, deixando de denunciar ou fazer boletim de ocorrência policial, quando essas questões estão presentes nas unidades escolares. Por pura preocupação de perder o chamado “bônus”. Gratificações que o governo estadual oferece por desempenho. É tão ridículo quanto o discurso...

Incentivo ao nada
O governo estadual precisa descer do pedestal e reconhecer a falência do ensino público pelo qual é responsável. Para isso, tem que oferecer condições dignas aos educadores; oferecer salários compatíveis com a importância da carreira. E não bônus e assemelhados. A lenga-lenga dos milhõe$$$ em gratificações é só cortina de fumaça.

No devido atraso
Já que o assunto é educação, a Secretaria Municipal apresenta hoje as metas do Plano Municipal de Educação. Aliás, hoje, é o prazo final para que os municípios já tivessem aprovados seus planos pelos vereadores. E pela preocupação dos senhores edis com coisas sérias, parece que isso vai longe... É a Limeira do atraso. E já atrasada.

Rapidão...demais
Aqui a preocupação é passear de ônibus urbano, com sorrisos preparados para as eleições. Com o detalhe: linha exclusiva para o prefeito, o vice, secretários, diretores e outros entes. Como diz a gíria, “toma o buzão em horário de pico para ver como a porca torce o rabo”.

É tudo coisa nossa
E viva a mandioca brasileira. E também a folha da bananeira. 

A última de hoje
Com esta edição a coluna Texto&Contexto deixa de ser publicada na Gazeta. Encerra-se um ciclo, mas a vida continua. Como escreveu com sabedoria Fernando Pessoa: “navegar é preciso”. E a mais sincera gratidão com todos aqueles que me acompanharam por esses quase nove anos.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Um debate que precisa ser retomado


Muito bem lembrado pelo jornalista Rafael Sereno, desta Gazeta, em seu perfil no Facebook, o fim da obrigatoriedade do diploma para jornalistas completou, no último dia 17, seis anos. Data em que, no ano de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF), então presidido por Gilmar Mendes, desobrigava da necessidade de diploma de nível superior para jornalistas. O que facilitou a qualquer pessoa acesso ao registro profissional no Ministério do Trabalho. Mendes, relator do recurso interposto por uma entidade sindical patronal e pelo Ministério Público Federal (MPF), em seu voto, avaliou que “a formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros.”. Foi seguido por oito colegas de toga e teve um voto contrário, o de Marco Aurélio Mello, com o seguinte argumento: “penso que o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize sua atividade profissional, que repercute na vida do cidadão em geral”. Foi coerente, uma vez que não é a partir de um simples registro regulamentar, que qualquer outro profissional estará apto a exercer o jornalismo. Que não é simplesmente saber escrever, opinar ou comentar, através das mídias hoje disponíveis (e as redes sociais alavancaram essas oportunidades), que credencia um advogado, médico, engenheiro - ou outro profissional - a ser chamado de jornalista. Vou me ater a esses exemplos.
Foi feliz, Rafael Sereno, em perguntar, em sua postagem, "no que o jornalismo melhorou de lá para cá, com o fim da exigência do diploma?". Afirmo, sem medo de errar, que não melhorou. E nem piorou. Mesmo porque os jornalistas, que atuam nas redações continuam sendo os diplomados, salvo exceções daqueles que já militam na imprensa e conhecem todos os seus meandros. E é nesse ponto que o debate se estreita. Para o exercício do jornalismo, de dedicação exclusiva, é preciso conhecimento específico, que só uma faculdade pode proporcionar. Gilmar Mendes foi pelo senso comum, o do argumento simplista da boa escrita e do discernimento de ideias. Apenas isto. Mas e as técnicas necessárias para trabalhar em uma Redação, que requerem habilidades necessárias ao correto exercício profissional? O conhecer sobre o funcionamento de todas as etapas para a produção de uma notícia e suas implicações práticas, legais e, principalmente, éticas? Na faculdade de medicina, de direito, engenharia ou de outra profissão regulamentada, não se ensina isso. Assim como em uma faculdade de jornalismo não se ensina a receitar, defender acusados ou fazer plantas de casas. etc., etc.
É preciso saber distinguir todas as competências e dar o devido e merecido respeito a cada carreira profissional e à formação que ela exige. O debate que se seguiu à postagem do jornalista foi muito interessante e dá a proporção do desconhecimento da maioria das pessoas, quanto à atividade em questão. O senso comum, como escrevi acima, acaba propiciando todos esses erros de interpretação. Os mesmos e absurdos erros que levaram a maioria dos ministros do STF a votar favoravelmente à argumentação de Mendes. Ser jornalista não é apenas saber ordenar sujeito, verbo e predicado dentro de uma frase. Uma expressão mal posta, uma vírgula ou uma afirmação inconsequente podem ser mais letais que um bisturi, uma defesa processual ou cálculo estrutural.
Muito bem lembrado pelo jornalista Rafael Sereno, desta Gazeta, em seu perfil no Facebook, o fim da obrigatoriedade do diploma para jornalistas completou, no último dia 17, seis anos. Data em que, no ano de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF), então presidido por Gilmar Mendes, desobrigava da necessidade de diploma de nível superior para jornalistas. O que facilitou a qualquer pessoa acesso ao registro profissional no Ministério do Trabalho. Mendes, relator do recurso interposto por uma entidade sindical patronal e pelo Ministério Público Federal (MPF), em seu voto, avaliou que “a formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros.”. Foi seguido por oito colegas de toga e teve um voto contrário, o de Marco Aurélio Mello, com o seguinte argumento: “penso que o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize sua atividade profissional, que repercute na vida do cidadão em geral”. Foi coerente, uma vez que não é a partir de um simples registro regulamentar, que qualquer outro profissional estará apto a exercer o jornalismo. Que não é simplesmente saber escrever, opinar ou comentar, através das mídias hoje disponíveis (e as redes sociais alavancaram essas oportunidades), que credencia um advogado, médico, engenheiro - ou outro profissional - a ser chamado de jornalista. Vou me ater a esses exemplos.
Foi feliz, Rafael Sereno, em perguntar, em sua postagem, "no que o jornalismo melhorou de lá para cá, com o fim da exigência do diploma?". Afirmo, sem medo de errar, que não melhorou. E nem piorou. Mesmo porque os jornalistas, que atuam nas redações continuam sendo os diplomados, salvo exceções daqueles que já militam na imprensa e conhecem todos os seus meandros. E é nesse ponto que o debate se estreita. Para o exercício do jornalismo, de dedicação exclusiva, é preciso conhecimento específico, que só uma faculdade pode proporcionar. Gilmar Mendes foi pelo senso comum, o do argumento simplista da boa escrita e do discernimento de ideias. Apenas isto. Mas e as técnicas necessárias para trabalhar em uma Redação, que requerem habilidades necessárias ao correto exercício profissional? O conhecer sobre o funcionamento de todas as etapas para a produção de uma notícia e suas implicações práticas, legais e, principalmente, éticas? Na faculdade de medicina, de direito, engenharia ou de outra profissão regulamentada, não se ensina isso. Assim como em uma faculdade de jornalismo não se ensina a receitar, defender acusados ou fazer plantas de casas. etc., etc.
É preciso saber distinguir todas as competências e dar o devido e merecido respeito a cada carreira profissional e à formação que ela exige. O debate que se seguiu à postagem do jornalista foi muito interessante e dá a proporção do desconhecimento da maioria das pessoas, quanto à atividade em questão. O senso comum, como escrevi acima, acaba propiciando todos esses erros de interpretação. Os mesmos e absurdos erros que levaram a maioria dos ministros do STF a votar favoravelmente à argumentação de Mendes. Ser jornalista não é apenas saber ordenar sujeito, verbo e predicado dentro de uma frase. Uma expressão mal posta, uma vírgula ou uma afirmação inconsequente podem ser mais letais que um bisturi, uma defesa processual ou cálculo estrutural.
- See more at: http://www.gazetainfo.com.br/ns/noticia.php?r=noticias&id=34730#sthash.xC6F8PWf.dpuf
Muito bem lembrado pelo jornalista Rafael Sereno, desta Gazeta, em seu perfil no Facebook, o fim da obrigatoriedade do diploma para jornalistas completou, no último dia 17, seis anos. Data em que, no ano de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF), então presidido por Gilmar Mendes, desobrigava da necessidade de diploma de nível superior para jornalistas. O que facilitou a qualquer pessoa acesso ao registro profissional no Ministério do Trabalho. Mendes, relator do recurso interposto por uma entidade sindical patronal e pelo Ministério Público Federal (MPF), em seu voto, avaliou que “a formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros.”. Foi seguido por oito colegas de toga e teve um voto contrário, o de Marco Aurélio Mello, com o seguinte argumento: “penso que o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize sua atividade profissional, que repercute na vida do cidadão em geral”. Foi coerente, uma vez que não é a partir de um simples registro regulamentar, que qualquer outro profissional estará apto a exercer o jornalismo. Que não é simplesmente saber escrever, opinar ou comentar, através das mídias hoje disponíveis (e as redes sociais alavancaram essas oportunidades), que credencia um advogado, médico, engenheiro - ou outro profissional - a ser chamado de jornalista. Vou me ater a esses exemplos.
Foi feliz, Rafael Sereno, em perguntar, em sua postagem, "no que o jornalismo melhorou de lá para cá, com o fim da exigência do diploma?". Afirmo, sem medo de errar, que não melhorou. E nem piorou. Mesmo porque os jornalistas, que atuam nas redações continuam sendo os diplomados, salvo exceções daqueles que já militam na imprensa e conhecem todos os seus meandros. E é nesse ponto que o debate se estreita. Para o exercício do jornalismo, de dedicação exclusiva, é preciso conhecimento específico, que só uma faculdade pode proporcionar. Gilmar Mendes foi pelo senso comum, o do argumento simplista da boa escrita e do discernimento de ideias. Apenas isto. Mas e as técnicas necessárias para trabalhar em uma Redação, que requerem habilidades necessárias ao correto exercício profissional? O conhecer sobre o funcionamento de todas as etapas para a produção de uma notícia e suas implicações práticas, legais e, principalmente, éticas? Na faculdade de medicina, de direito, engenharia ou de outra profissão regulamentada, não se ensina isso. Assim como em uma faculdade de jornalismo não se ensina a receitar, defender acusados ou fazer plantas de casas. etc., etc.
É preciso saber distinguir todas as competências e dar o devido e merecido respeito a cada carreira profissional e à formação que ela exige. O debate que se seguiu à postagem do jornalista foi muito interessante e dá a proporção do desconhecimento da maioria das pessoas, quanto à atividade em questão. O senso comum, como escrevi acima, acaba propiciando todos esses erros de interpretação. Os mesmos e absurdos erros que levaram a maioria dos ministros do STF a votar favoravelmente à argumentação de Mendes. Ser jornalista não é apenas saber ordenar sujeito, verbo e predicado dentro de uma frase. Uma expressão mal posta, uma vírgula ou uma afirmação inconsequente podem ser mais letais que um bisturi, uma defesa processual ou cálculo estrutural.
- See more at: http://www.gazetainfo.com.br/ns/noticia.php?r=noticias&id=34730#sthash.xC6F8PWf.dpuf

domingo, 21 de junho de 2015

Minha mãe mandou votar neste daqui. E agora?


Se cada partido devidamente oficializado em Limeira lançar um candidato a prefeito nas eleições do próximo ano, o eleitor terá uma equação difícil de resolver em uma urna repleta de nomes. O que não significa opções reais e de qualidade para os que pretendem mudar a situação. O continuísmo tem voto cativo, mas é difícil prever se será suficiente para uma recondução ao cargo. Tudo indica que o atual prefeito Paulo Hadich (PSB) concorrerá à reeleição e terá que enfrentar o descontentamento do seu próprio eleitor. Questão que o próprio partido dá como definida e sacramentada. Outros nomes, aos poucos, começam a despontar para a disputa e, apesar do silêncio, os bastidores estão em ebulição. Lusenrique Quintal (PSD), os tucanos Eliseu Daniel ou Pedrinho Kühl (parece que há uma cisão nas bases para a escolha do candidato), Mário Botion (PEN), possivelmente Antonio Carlos Lima, o atual vice-prefeito, pelo PT, o presidente da Câmara, pastor Nilton Santos (PRB) são os mais lembrados. E os que apresentam maiores chances para uma disputa equilibrada. Só nesta lista são seis nomes (com os dois do PSDB) e mais o prefeito. Se todos confirmarem…

Félix está bem vivo
Não se pode esquecer, também, do grupo do ex-prefeito Silvio Félix (PDT). Apesar de impedido de disputar a eleição por ter perdido seus direitos políticos, após a cassação de seu mandato em 2012, além de várias outras condenações, Félix não pode ser desprezado como líder político. Sua esposa, Constância Félix e até mesmo um de seus filhos, podem aparecer e dar novas cores a esse cenário.

Embolando a urna
Ainda é cedo para uma avaliação mais detalhada, porém, não acredito que fique muito longe disto. Pode, a esses, se somarem outros nomes de menor expressão (política, é evidente), ou até mesmo já conhecidos, que virão no embalo para compor o quadro e, dessa forma, garantir um pouco de visibilidade. Tanto pessoal como partidária. O famoso teste da urna, pensando no futuro.

É proibido vacilar
Será, com certeza, uma disputa política intensa, como nunca visto por aqui. E não dá para ficar alheio a tudo isso, mesmo faltando pouco mais de 15 meses para o pleito. O tempo, que parece ser longo demais, encurta-se a cada dia e quem perder o foco, ou não se antecipar, pode facilmente ser descartado. Estamos cheios de exemplo que corroboram com essa tese. Se fingir de morto é uma coisa. Dormir no ponto, é outra.

Sem menosprezar
Daqui para frente, e nos próximos dias, com algumas novidades políticas que estão prestes a estourar, será dada a largada para o jogo sucessório. E apesar das dificuldades que vêm tendo e das derrapadas políticas, que ninguém pense que o atual mandatário pode ser derrotado por antecipação. Muito pelo contrário. Ninguém pode esquecer que ele tem a máquina nas mãos. São muitos “porcento” a seu favor.

Sai a teoria, entra...
...a prática. E prática administrativa. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, que tem sede no Parque Cidade, está distribuindo um questionário aos seus frequentadores, sobre o “sim” ou “não” à circulação de motos e carros no local aos finais de semana. Uma pesquisa interessante. E tem sua lógica, já que é nos finais de semana que mais frequentadores aproveitam aquela área de lazer. E boa parte deles crianças. Pensar dessa forma é garantir segurança. Com certeza. Mas há uma...

...Questão a resolver
Não seria essa prática restritiva também aos frequentadores, já que muitos vêm de longe da cidade em veículo próprio? Concordo com a pesquisa e também com essas restrições. É preciso, entretanto, encontrar alternativas para o estacionamento desses veículos. Uma solução que deve ser pensada antes da tabulação da pesquisa, caso a maioria faça opção à não circulação de motos e carros. A ideia pode avançar, sim, mas deve ser aprimorada.

Situação imprópria
Caminhando ontem, pelo Parque, observava uma mulher com dois cachorros, que tinham coleira e correia. Mas estavam livres. E próximo a uma área frequentada por crianças, com escorregador e areia. Eis que um deles vai urinar no brinquedo utilizado pelos menores e, em seguida, defecar na areia onde todos brincam...

E falta de respeito
Enquanto isso a mulher só observava a atitude de seus animais e eu observava a mulher. Triste espetáculo este. Assim como muitos frequentadores, ela deveria estar munida de uma sacola plástica para recolher as fezes do animal. Mais que isso, em sabendo que as crianças brincam por lá, é uma enorme falta de consideração para com a saúde pública e um exemplo da mais pura falta de educação.

Será que agora vai?
A Secretaria de Mobilidade Urbana anunciou a abertura de nova concorrência para suprir os 30% do transporte público deixados com a “fuga” da Rápido Sudeste. Conforme esta Gazeta mostrou na última quinta-feira. Boa notícia, já que há necessidade de concorrência para um setor, cuja exclusividade é lesiva aos usuários. Espera-se transparência na licitação, como toda licitação deve ter. Sem privilégios ou coisas assim. E que seja uma outra empresa, mesmo.

Respeitável público
Com o devido respeito àqueles que pensam diferente, a visita que um grupo de senadores brasileiros, liderados pelo tucano Aécio Neves, tentou fazer a prisioneiros políticos na Venezuela foi um grande circo político. Com direito a picadeiro e tudo mais. E não ação humanitária.

Pergunta rápida
Por que a ideologia de gênero preocupa tanto as igrejas e os templos?

Os pingos nos “is”
A prisão, na última sexta-feira, de dois presidentes das maiores empreiteiras do País, Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, é um sinal positivo do combate à corrupção, que só terá um melhor combate, se os corruptores também forem punidos. Sem o corruptor, o corrupto definha, tornando difícil a ação de esquemas como o descoberto na Petrobrás. E que não pensem que é só o PT que está nessa. PMDB, PSDB, PP, DEM, entre outros, também têm seus esquemas. Seria ilusão – hipocrisia mesmo - pensar diferente. Faltava puxar por esse fio da meada. Só que o novelo é muito grande. Mas pode ser desenrolado.

Nota curtíssima
Quando um espetáculo está próximo do fim, as luzes da ribalta começam a se apagar.

Frase da semana
“Tinham domínio de tudo”. Do delegado da PF, Igor Romário de Paula, sobre os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, presos na Operação Lava Jato. Na Folha de S. Paulo, Sexta-feira, 19.

quinta-feira, 18 de junho de 2015


Quem pariu, que...
...embale. É muito engraçado os vereadores, agora, virem com uma moção, pedindo ao prefeito que revogue o subsídio ao transporte público. Com exceção da oposição, que votou contra, todos os demais, que agora a assinam, não titubearam em votar o sim. Outra vez o rolo compressor da base governista.

Pura politicagem!
Eu não sou, nunca fui – e sempre critiquei a ideia do subsídio. É dinheiro público jogado fora. Mas, agora, com o novo aumento da tarifa e a impopularidade da medida, os senhores vereadores, tentando tirar o braço da agulha da seringa, beira o populismo eleitoral. Deixar o Poder Executivo assumir sozinho essa culpa é de uma hipocrisia...

Sem tempo algum
Uma coisa é certa. Se esta Gazeta não tivesse se antecipado e “manchetado” a elevação no preço da tarifa, ela surpreenderia  todos de forma mais acentuada ainda. Principalmente pela rapidez da publicação no Jornal Oficial e sua vigência. Em outras épocas, o usuário ganhava um tempo para adquirir seus passes com antecedência até a consumação do fato.

De volta aos livros
Aos poucos o novo prédio da biblioteca, no Parque Cidade, vai assumindo ares de biblioteca mesmo. E que seja o mais rápido possível para concluir essa importante transição. A comunidade estudantil e todos os que gostam de boa leitura agradecem.

Zelo ao patrimônio
É preciso, também, que a GCM, cuja função prioritária é cuidar dos próprios públicos, faça uma fiscalização mais eficiente na área externa do local, para evitar vandalismo e pichações. E essa ação deve obrigatoriamente ser diuturna. Está certo que é um trabalho que não dá ibope e nem mídia. Mas é preciso ser feito.
  
A última de hoje
Enquanto o PT quebra no meio – “P” para um lado e “T” para outro – o PSDB tem um princípio de racha, que pode trazer prejuízos incalculáveis à sigla. A
vaidade de alguns tucanos, ao que tudo indica, está na pauta das discussões. A política fica de lado.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Crise que vem de dentro. Da própria casa



Tempo de turbulências e de nuvens carregadas. E um tsunami diário a abalar as bases frágeis de um governo que, a cada dia, se entende menos. Nem com ele próprio e nem com seus aliados. Os discursos não se alinham às práticas e as contradições não dão descanso à presidente Dilma Rousseff (PT), que vai se perdendo em afirmações, em tom de campanha eleitoral e não de mandato. A campanha já passou. É preciso governar. Mesmo que com medidas impopulares, que são as mais pedidas agora e, pasmem todos os senhores e senhoras que me leem agora, são semelhantes – até mais dóceis e suaves, ouso afirmar – caso o senador Aécio Neves (PSDB) tivesse vencido as eleições. A questão não é esta, porque nem mesmo a oposição assusta e muito menos tem discurso afinado entre eles próprios. O problema é bem pior. É com a própria base de sustentação do governo no Congresso, que hoje vem minando as ações do Poder Executivo, sejam elas acertadas ou não. Principalmente pelas ações de sabotagem cada vez menos disfarçadas do presidente da Câmara, o peemedebista Eduardo Cunha, e do outro presidente, o do Senado, Renan Calheiros, coincidentemente do mesmo partido, que como não tem um projeto de governo e há décadas vive como parasita no poder central. Locupleta-se dele e acaba cuspindo no próprio prato que come.
Por isso, a maré sobe a cada dia, pronta para afogar aqueles que não souberem nadar. Alguns tentam, com salva-vidas ou braçadas desencontradas, fugir dessas águas, que além da correnteza estão turvas. Misturadas à lama que sai do seu leito e invade o cenário político nacional. Do alto de sua arrogância, Dilma não soube agradar ao PMDB, que apesar de ter o vice-presidente da República, não se contenta com pouco. Fisiológico como ele só, o partido tem uma ganância pelo poder, não o político, mas o de controlar todos os escalões, empregando afiliados e militantes, parentes e amigos. Dilma não avaliou o estrago que ela própria estava promovendo, ao se encastelar e fugir do diálogo com os próprios aliados, que hoje representam seu maior adversário. E, nesse caso, some-se ao caos o partido da própria mandatária, o PT, que se mostra cada vez mais descontente com as medidas restritivas tomadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que tem o corpo todo no ninho tucano. Por isso, escrevi, lá no início, que com o PSDB no poder, o arrocho seria ainda maior. Apenas uma constatação.
Ora, se entre eles não há entendimento, o que dizer então do entendimento nacional. Daqui para frente, mesmo que novas e acertadas medidas sejam tomadas, o “quanto pior melhor”, já está instalado. E vai se arrastar até 2018. A hipocrisia tem tomado o lugar da razão e é uma poderosa arma nas mãos da oposição. Mesmo até os mais aprumados começam a fazer onda. Cunha e Calheiros impuseram a Dilma um parlamentarismo disfarçado e agora se deliciam com isso. Não estão preocupados com a nação brasileira, com seus próprios umbigos, que a qualquer momento começarão também a submergir na lama. O pior inimigo é aquele que está ao nosso lado, fazendo-se de amigo. E está dentro do próprio governo.

domingo, 14 de junho de 2015

Pensar diferente não significa diferenças...



... mas garantir o diálogo aberto e franco. Conviver com a diversidade, que além de diferente, significa multiplicidade, não é fácil. É, entretanto, democrático e necessário à própria evolução do ser humano, que tem a obrigação de respeitar as diferenças e as discussões que elas implicam. Sempre que se tenta impor uma única vertente – a imposição de uma ideologia, de uma crença religiosa, opção sexual ou política – o caminho é perigoso. Revela-se autoritário e, acima de tudo, compromete qualquer relação de racionalidade, que é a característica principal do homem. Opinar, discutir, apresentar argumentos coerentes e relevantes não é impor, mas levar transparência às ações, que determinam o avanço da civilização. E, cá entre nós, civilidade não significa sobreposição do mais forte sobre o mais fraco. Nem daquele que se julga intelectualmente mais capaz sobre a falta de conhecimento e ignorância de seus semelhantes. A Constituição garante todas essas liberdades. E garante, principalmente, o direito em pensar de maneira diferente, como um dos significados da diversidade, conforme iniciei este texto.

É a opção que conta
E um dos temas que vem ganhando destaque em todas as mídias nesses últimos tempos trata da discussão  de gênero, que envolve a sexualidade do ser humano. O masculino e o feminino se confundindo e abrindo o debate sobre o direito da opção sexual, independentemente do gênero. O direito claro à homossexualidade, que engloba tanto homens quanto mulheres em novas descobertas.

A crença e a ciência
E isso existe desde que o homem se conhece como homem, lá das suas origens, sejam elas pelo Criacionismo, a versão religiosa do surgimento da humanidade; ou pela Teoria da Evolução, a versão científica e, nesse caso e opinião pessoal minha, a mais coerente. Afinal, pensar no homem como um pedaço de barro soprado divinamente e a mulher extraída da costela desse homem, não faz sentido algum.

Diferença e pecado
Toda essa introdução é necessária, por que se percebe, atualmente, que as várias vertentes religiosas do Cristianismo, estão forçando uma discussão para além das fronteiras da racionalidade. Ora, ninguém nega – e nem pode – o direito de religiosos, sejam eles bispos, padres ou pastores, católicos ou evangélicos, debaterem essa questão sob a ótica da fé que professam. Mas com respeito justamente às diferenças.

Vai esquentar logo
E a Gazeta antecipou o debate em Limeira, ao mostrar, com exclusividade, documento do bispo diocesano, dom Vilson Dias, enviado à Câmara, conclamando os vereadores a proibirem que a discussão da ideologia de gênero chegue à rede municipal, através do Plano Municipal de Educação. Como instituição, a Igreja tem o direito de se manifestar, mas não pode obrigar que a crença prevaleça à laicidade.

Momento perigoso
E, nesse caso, para encerrar essas primeiras considerações, não é só a Igreja Católica, apenas, que está tentando fazer papel de Estado – na história já houve essa confusão e não deu certo – mas as crenças de confissão evangélicas também. E até com mais violência e intolerância ainda. A liberdade de escolha não pode aceitar essa tutela.

Uma luz que brilha
Na contramão do obscurantismo e da censura, um sopro de liberdade foi protagonizado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na semana que passou. Por unanimidade, foi julgada inconstitucional a censura prévia às biografias não autorizadas. Uma pendenga que se arrastava por mero interesse financeiro de pessoas públicas, que não queriam ter suas histórias contadas. Mesmo sendo públicas.

O melhor exemplo
Longe de ainda ter um fim, a pendenga judicial entre o cantor Roberto Carlos e seu biógrafo (não autorizado, ainda), o jornalista Paulo Cesar de Araújo, foi quem iniciou o debate sobre a questão, agora definida e sacramentada pelo STF. É a luz da razão contra o obscurantismo da opressão.

Acessibilidade? Tá!
Por falar em opressão, se alguém engoliu a explicação daquela esdrúxula barreira que separa o auditório do Plenário da Câmara, eu não. Apesar do obstáculo, mostrado na sexta-feira por esta Gazeta, em foto na primeira página, parece-me que não é ele que vai conter as manifestações próximas e futuras, que com certeza virão. Espero, também, que não seja essa a intenção do presidente da Casa, Nilton Santos (PRB). Vamos aguardar, então, pelos próximos obstáculos.

O povo que se lixe
Há, infelizmente, uma tendência cada vez maior de isolamento dos políticos com a sociedade. Principalmente daqueles em cargos eletivos que, do alto de sua arrogância, julgam-se acima de tudo e de todos. E fazem do corporativismo a sua essência. Das tribunas, e narizes empinados, fazem de seus mandatos esteio de sua vida privada. E as necessidades do povo... Bem, ficam para as promessas das próximas eleições. 

Às esporas. E bicos
Tudo mais do mesmo. E sem choro nem vela. A aliança do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), com o PSDB, pela maioridade penal, representa bem os interesses do senador mineiro Aécio Neves, que tenta fazer de tudo para enfraquecer seu maior rival, um outro tucano e dentro de seu próprio partido: o governador Geraldo Alckmin, cuja proposta para o tema me parece a mais acertada e coerente. O ninho tucano está mais para rinha de briga de galos. Quero dizer, tucanos. Os pássaros, logico.

De tremer as bases
Sinceramente, se há alguém que me dá medo é esse tal de Eduardo Cunha. Integrante da “bancada da fé” e com apoio da “bancada da bala”, faltam-lhe só asas próprias para voar. Parece-me que ele pode emprestá-las dos tucanos. Vixe!

Pergunta rápida
Por que a crença religiosa quer sempre se sobrepor à ciência?

Bola murcha e cia

As revelações sobre os escândalos no futebol, via Fifa e confederações continentais, não param de surpreender. O prisioneiro José Maria Marin alega idade e saúde debilitada em sua solicitação de prisão domiciliar. Lá na Suíça. Engraçado é que aqui ele nunca alegou essas questões, mesmo quando embolsou uma simples medalha de atleta... Agora se descobriu que escondeu da Receita Federal um apartamento de luxo nos EUA.Valor: U$ 2,5 milhões. Por aqui o discípulo de Marin, Marco Polo Del Nero, manipula para ter “amigo” em CPI. Se diz não ter culpa de nada, por que a preocupação?

Nota curtíssima
Pizzolato faz greve de fome na Itália. Está treinando para comer a “quentinha” no Brasil?

Frase da semana
“O grande problema do mundo é que os idiotas têm muitas certezas e os espertos muitas dúvidas”. Do humorista Gregório Duvivier, um dos criadores do Porta dos Fundos. Na IstoÉ. Quinta-feira, 10.