É impressionante a insensibilidade dos dirigentes estaduais de ensino, qundo o assuto é a violência nas escolas públicas. Em especial contra professores, que tentam manter a disciplina e tem como foco uma educação de qualidade.
A denúnia desta Gazeta, publicada no sábado e comenada por mim na edição impressa de hoje, em minha coluna Texto&Contexto (veja post anterior, aqui neste blog), sobre o ato violento de um adolescente contra o carro de uma experiente professora, por ter sido repreendido por ela, desnuda o despreparo do governo estadual e suas diretorias de ensino espalhadas por todo o Estado, na hora de tratar do assunto.
Uma supervisora de ensino foi a um emissora de rádio e, em vez de tratar do assunto abertamente, esclarecendo a situação e revelando a verdadeira face da violência nas escolas estaduais, preferiu reduzir essa situação a uma suposto "sensacionalismo" dos jornais. Essa supervisora, que não conheço e sinseramente nem tenho vontade, tamanha a sua falta de sensibilidade, reclamou que a imprensa não mancheta ações positivas. Infelizmente ela não está em dia com sua leitura de jornais. Ou está vivendo um mundo de "faz de contas", e que o mundo é azul.
Antes de qualquer afirmação, ela deveria explicar a situação. Mostrar porque isso acontece e dar mais guarida aos professores ameaçados e agredidos. E tratar de punições exemplares aos agressores. Falta, a essa supervisora, infelizmente, o mesmo que falta ao governo do Estado no trato com a Educação: competência e vontade política para não tentar colher rosas de onde só há espinhos.
Uma situação que perdura, há anos, desde que assumiu o governo do Estado o falecido Mário Covas. E que, de lá para cá, só piorou. Em todos os sentidos. Só não foi e está sendo pior que o governo do senhor Paulo Maluf, que até papel higiênico deixava faltar nas escolas públicas e afirmava que as professores não ganhavam mal, mas sim, eram mal casadas.
Da nossa parte vamos continuar divulgando essas ações criminosas contra a Educação, mostrando que a realidade é nua e crua e que não há tapetes vermelhos e nem chão de estrelas na vida dos nossos maltratados professores.
Na época em que frequentei a escola pública e isso foi durante praticamente todo a minha alfabetização, até o antigo colegial ou científico (hoje o ensino médio) como foi o meu caso, era uma vergonha estudar em escola particular. Para lá só iam aqueles que não tinham condições de acompanhar o nível de ensino da escola pública ou os arruaceiros. Hoje não tenho coragem de matricular meus filhos nesses estabelecimentos. Infelizmente.
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 29 de setembro de 2009
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