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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Esperança ou mais frustração? Já é 2013

Entre o fim de um ano e início de outro, as palavras lição e esperança se tornaram clichês de uso fácil e corriqueiro e estão embutidas em quase todas as mensagens trocadas entre amigos, familiares, colegas de trabalho e por aí afora. De sentido amplo, porém de curto alcance, quando se observa que a distância percorrida por elas esbarra sempre no mesmo obstáculo, o da incompreensão humana, o que nos cabe são tentativas para reverter esse processo, de forma a retomar a nobreza de uma lição aprendida e buscar a felicidade ao perceber que a esperança se tornou realidade. Difícil, sim. Impossível, jamais.  
Se o ano que deveria ser o do fim do mundo foi embora, levando consigo previsões seculares de catástrofes associadas à religiosidade, o que chega não é menos emblemático. Até porque não o conhecemos ainda. Nessas suas primeiras horas de vida 2013 é apenas a virada de um calendário ou a troca do velho pelo novo. Traz com ele, porém, um sentido de mudança explícita, pelas grandes transformações e algumas condutas pessoais ao longo de 2012, cujas marcas foram a do combate à improbidade e corrupção, que encheram muitos cofres e esvaziaram outros. Sempre à custa do erário público. E por que não dizer, também, da iniciativa privada, que apostou no lucro fácil, obtido à base de lobbies com os agentes políticos, que protagonizaram essas histórias de horrores e atrasos.
Não se pode negar, entretanto, que 2012 foi um desses típicos anos a se perpetuar na memória de todos que o viveram intensamente. E pode se fazer retrospectiva sobre retrospectiva, que nada vai apagar o seu brilho. Tudo isso, porém, já é passado. Ficou lá no ano da cassação do prefeito Silvio Félix da Silva, aqui em Limeira, e na condenação dos mensaleiros pelo Supremo Tribunal Federal. Duas lições - agora no seu sentido nobre, que podem - e devem - mudar os rumos de todo um País. Um resgate à dignidade, de quem vivia na desesperança alimentada pela impunidade crescente e indecente de homens públicos de reputação duvidosa.
Calendário trocado, já é 2013. Como será o ano então? Aposta-se, sem medo, na mudança. A esperança, que alimenta sonhos, volta a fazer parte da vida de cada cidadão decente, que estava descrente de tudo e de todos. E se essa esperança ganha em significado, melhor ainda se a alinharmos ao pleno aprendizado, para que lado a lado possam de fato tornar este, verdadeiramente, um novo ano. Porque ano novo ele já é.
Que entrem em cena, agora, os  novos personagens dessa virada e que consigam, fortalecidos pela vontade popular e amparados pelas expectativas positivas, das quais desfrutam nesse momento, continuar essa transformação, sem qualquer recaída. E se a esperança deixar de fato de ser um mero clichê retórico, aí sim, pode se dizer, com convicção, que as lições foram bem ensinadas e assimiladas. E o que se fizer ao contrário de tudo isso, resultará em frustração, companheira inoportuna e de triste convivência. Que abram a porta certa e que o caminho traçado seja apenas um. Sem bifurcações que nos levem de volta ao passado.

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