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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A difícil convivência entre opiniões contrárias

Costumo acompanhar, atentamente, por uma questão de ofício e também pelo prazer do bom debate, as polêmicas que se formam em torno das opiniões pessoais e da obrigação do contraponto. Do contraditório. Não há, nunca houve e jamais deverá haver, a imposição de ideias como se fossem verdades únicas e inquestionáveis. O próprio ser humano é contraditório e não aceita essa prática, afeita apenas às tiranias. Àqueles que não estão acostumados a compartilhar seus pontos de vista, e vê-los contrariados. Com o surgimento e a rápida evolução das redes sociais na web, essa situação se tornou impossível. Não há mais uma única opinião que não seja questionada, levando-a à discussão e ao desconforto. Não há, pois, desconforto maior do que perceber que a nossa verdade vai sendo desconstruída por outra e, daí por diante, num efeito dominó de proporções gigantescas, a nos mostrar outras, mais outras e novas interpretações, sem que consigamos detê-las. A isso se dá o nome de pluralidade do pensamento. A unilateralidade deve estar, pois, fora de qualquer dicionário destes tempos interativos.

Princípio e ética
A disposição e a compreensão, sobre aquilo que os outros pensam e demonstram, apesar do desconforto da discordância, como escrevi acima, deve ser o princípio básico da civilidade e quesito fundamental ao desenvolvimento da própria ética, que entendemos como condição à convivência humana. A escravidão, física ou de ideias, precisa ser abolida do nosso dia a dia. De uma ves por todas.

Tolerância rara
O que tenho percebido - e por isso resolvi escrever sobre o assunto - é que está se cultivando uma intolerância perigosa e, o que deveria ser apenas uma troca de ideias, muitas vezes acaba se transformando no "quem não está comigo, está contra mim". São os grupos que fazem da informação uma arena de gladiadores, quando deveria ser uma tribuna de ensinamento e apredizado. A paciência está por um fio.

Argumentos e...
...exemplos. Pode parecer uma exposição da própria utopia, quando se chama a atenção para a importância desse respeito mútuo entre opiniões divergentes. Eu, porém, chamo a isso de inteligência, que é o que nos difere de qualquer outra espécie viva na natureza. Embora há quem provoque controvérsias sobre isso. Enfim... penso que é preciso nunca negligenciar teorias. Sejam quais elas forem. As conspiratórias, entretanto, estão fora desse escopo.

Para se pensar
Pode até parecer ingenuidade de minha parte esse tipo de reflexão. Sinto, porém, que quanto mais amadureço mais aprendo com os acertos, que são resultados de erros cometidos. O importante é não repeti-los. Procuro não fazer adivinhações. Bola de cristal, para mim, é apenas um ornamento de mesa ou peso de papel.

Teoria e prática
O que me impressiona mesmo não são as mentiras que tentam transformar em verdades, mas as verdades que tentam esconder pelo prazer da manipulação. As primeiras têm pernas curtas; e as segundas transformam a realidade em condução odiosa da opinião pública.

Política arejada
Da divagação à prática. Tem se percebido, ao longo dos últimos anos, que está crescendo o número de jovens engajados na política. É um bom sinal, pois de dinossauros os museus têm muitas espécies. E alguns, ainda vivos, teimam em transformar Brasília em sítio arqueológico. Enfim, os movimentos jovens vão surgindo e demarcando seus espaços, independentemente de cores partidárias ou ideologias. O importante mesmo é que se assumam, e assumam essa prática política.

Diretório jovem
Exemplos não faltam. De 2011 para cá vemos uma juventude bastante militante em Limeira, e que foi decisiva em movimentos de conscientização e mobilização popular. E de todas as vertentes. Em Cordeirópolis é o Democratas (DEM), quem está oficializando um diretório de jovens. Através do presidente do partido naquela cidade, Denis Suidedos, a Juventude Democrata tomará posse no próximo dia 31, às 19h30. Caio Levy ocupará o cargo de presidente, tendo Ricardo Marino na vice-presidência, Nilsinho da Fundimazza na Tesouraria e, como secretária, Rebeca Barbosa. Segundo Suidedos, a Executiva e mais 30 jovens compõem "este novo projeto político no município de Corderópolis". O endereço é Rua Valdecir José Vasquez, 314, Vila Boteon.

Estão engajados

Se exemplos de transformações e transparência ficam apenas nas promessas eleitorais da política tradicional (em menos de um mês das novas administrações temos provas concretas desse continuísmo), é possível, sim, apostar em projetos dessa natureza, que começaram lá atrás, com o Partido dos Trabalhdores, e foram ganhando espaço entre os demais partidos - outro exemplo limeirense é a Juventude do PSDB - JPSDB - que consolidam essas práticas na busca por novos projetos e maior engajamento. Que sejam, então, donos dessa nova realidade. Uma esperança renovada para quem ainda acredita na política como meio de transformação social.

E os laranjinhas
Há tempos, desde que um certo secretário -  foi interino, diga-se - começou a desautorizar multas, principalmente aplicadas aos amigos, os agentes de trânsito parecem ter pedido o embalo. E acabaram, por força muito estranha, sendo postos de lado na hierarquia municipal. Quem toma multa é porque cometeu infração, e não tem do que reclamar. Se virou indústria de arrecadação, é outra  história. É preciso, entretanto, que a nova administração recupere a autoestima desses profissionais. E que pratiquem, antes de multar, a educação no trânsito. Aos desecudados, o talão e a caneta são a melhor arma. E há muitos, por toda a cidade.

Pergunta rápida
Leão e Galo conseguem subir este ano para a Séria A2?

Nota curtíssima
A segurança pública é uma obrigação do Estado. Em SP o governo não está fazendo a lição de casa.

A frase da semana
"A sensação de insegurança da população de São Paulo é normal". Do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Sexta-feira, 18, na Folha de S. Paulo - Cotidiano.

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