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domingo, 3 de maio de 2015

Sem lápis, caneta e caderno. Apenas pancadaria



As imagens chocantes de professores ensanguentados em Curitiba, PR, que se difundiram pelas redes sociais e repercutiram na mídia, durante toda a quarta-feira, é um alerta para o descontrole e a falta de diálogo entre os governos estaduais e as reivindicações da categoria. Digo “governos”, por que assim como no Paraná, no Estado de São Paulo, a Educação vira caso de polícia, quando há reivindicações de melhorias salariais e de infraestrutura do ensino e greves. Coincidentemente, ambos são comandados pelo PSDB, e normalmente costumam chamar para si – batendo no peito - uma postura ética e democrática. O governador Beto Richa, do Paraná, é useiro e vezeiro desse tipo de atitude. Geraldo Alckmin, em São Paulo, é uma negação só: nega que há greve dos professores, nega que há falta de água e só não nega a violência, quando é para confrontar aqueles que reivindicam melhorias, que não são só para eles, mas para o próprio ensino. É preciso deixar de lado a hipocrisia, recorrente nesses casos, e se fazer de vítima de disputa política. Diferente do colega paranaense, que está com sangue nas mãos, a violência por aqui é pior ainda. É psicológica.

A teoria e a prática
O engraçado é que, tudo o que tanto criticam, é o que mais fazem. Não percebem, nem Richa e nem Alckmin, que eles não têm telhado resistente para ficar atirando pedras a esmo. E a vidraça não tem vidro blindado. Tais ações – as da PM, no Paraná e da negação em São Paulo – não condizem com as teorias que costumam defender e nem com a imagem que querem passar à população. É triste.

Uma ação humana
Para encerrar essa análise, cujo tema não se encerra por si só, o comando da Polícia Militar paranaense mandou prender 17 PMs, que se recusaram a participar do cerco aos professores. Quebra de hierarquia e desobediência em instituições militares é atitude grave, mas esses 17 policiais merecem consideração, respeito e elogios. Não punição. Mas isso é uma opinião civil. Num país civil. Só isso.

O MBL por aqui...
Integrantes do Movimento Brasil Livre, o MBL, que vem sendo um dos responsáveis pelas manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff e seu partido, o PT, passaram por Limeira na quarta-feira, à tarde. Estiveram na Praça Toledo Barros, enrolados nas cores da bandeira brasileira, mas não chamaram a atenção. Eles marcham rumo a Brasília e garantem que chegam por lá no dia 27 de maio.

Chique. No último
Importante. Indagados pela jornalista Érica Samara da Silva, sobre as estadias nas cidades, eles responderam que ficam em hotéis e são bancados por instituições tradicionais. Aqui em Limeira não foi diferente. Uma sociedade secular os bancou.

E para contradizer 
Muitos criticam os movimentos que apoiam a presidente e o PT, dizendo que eles, como trabalhadores, deveriam também se manifestar no domingo e não em dias úteis, como costumam fazer. Gostaria de saber, na verdade, quem são, onde trabalham e como vivem os integrantes do MBL. Só para uma análise mais justa do movimento. 

Melhor impossível
Por aqui, tudo continua a mesma. Semáforos funcionam, não funcionam, funcionam, não funcionam...; radares desligados, dengue – que segundo o prefeito Paulo Hadich (PSB) está sobre controle – com mais de nove mil casos; reclamações sobre logradouros públicos esquecidos e abandonados... Tudo normal. É para a frente é que se anda. Do lado só caranguejo. 

Um túnel... escuro
Agora é com a prefeitura. O acordo com a Elektro terminou na última quinta-feira, 30, é a responsabilidade, agora, é 100% do município. Temo pelo que virá pela frente. Ou o que enfrentaremos pela noite na cidade. O embate sobre o tema foi tanto, a taxa de luz não foi aprovada pela Câmara – aliás o prefeito retirou o projeto, para não virar alvo dos vereadores – e ninguém sabe o que acontecerá daqui para frente.

Luz! Mas distante
As prefeituras – e não só a de Limeira – talvez agora apostem todas as suas fichas no projeto do deputado Nelson Marquezelli (PTB), aprovado na Câmara Federal na semana passada (que teve voto favorável de Miguel Lombardi (PR)), que suspende parcialmente a resolução da Aneel de repassar aos municípios as obrigações com o parque de iluminação pública. Quanto vai durar, e se vai, ninguém sabe. É luz de lampião.

Se chegasse antes...
Ninguém pode falar que não há iniciativas positivas e ações concretas por parte da atual administração. E em vários segmentos. O problema é a divulgação, sempre atrasada. Há muito material que chega às redações dos meios de comunicação, que poderiam facilmente ser divulgados. Só que acabam chegando tarde demais. Falando em horário.  

É preciso agilizar
Uma avalanche de releases, com material que poderia muito bem chegar pela manhã ou início da tarde, mas que só começa a chegar após as 18h, quando os jornalistas estão fechando suas matérias e encerrando seus expedientes. Isso quando não chegam depois desse horário. Pelo adiantado da hora, e devido à necessidade de obedecer ao “dead line”, ficam para trás. E, às vezes, com muito atraso nas datas também. Enfim, fica uma sugestão. De quem está do outro lado da mensagem.

Esquerda, direita...
...segue em frente. Ao que tudo indica, tanto motoristas como comerciantes e moradores da região da Avenida Piracicaba assimilaram bem as interdições e alterações no trânsito, em decorrência das obras do piscinão. A sinalização está boa e as alternativas foram bem escolhidas. Essa, porém, é só a primeira semana de obras. Vamos aguardar os próximos dias. Lembre-se que a obra é, de fato, necessária. E importante.

Precisa economizar
Já as previsões para novas chuvas não são nada otimistas. São preocupantes. O nível do Cantareira, por exemplo, voltou a cair. Está na hora de retomar as medidas e ações daquele período crítico. Não dá para baixar guarda. O tarifaço deve, automaticamente, provocar um novo período de economia forçada. Economizar para o bolso não chiar. 

Pergunta rápida
O trabalhador teve o que comemorar no Dia do Trabalho?

Entre os primeiros
Limeira em terceiro lugar de melhor saneamento no país. A informação consta do Ranking do Saneamento elaborado pelo Instituto Trata Brasil, divulgado há duas semanas. É o segundo ano consecutivo que a cidade mantém sua posição, sendo que em 2013 ocupava quarta colocação. Franca e Maringá (PR) ocupam as primeiras colocações. Vale lembrar, também, que o município tem o serviço operacionalizado pela Odebrecht Ambiental, em sistema de concessão. Portanto é um serviço privado. O que não tira o mérito da conquista. Pioneiro no Brasil, a concessão teve início em 1995.

Nota curtíssima 
A verdadeira Educação não se constrói na base do cassetete. Nem da bala de borracha.

Frase da semana
“É uma norma em branco. Não há um parâmetro percentual para regulamentar”. Antonio José de Barros Levenhagem, presidente do Superior Tribunal do Trabalho (TST), em entrevista ao jornal Correio Braziliense, republicado no site Congresso em Foco. Sexta-feira, 1º de Maio.

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