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domingo, 24 de maio de 2015

Se é difícil explicar, então como entender?



O vandalismo contra o patrimônio público e bens particulares é algo que não dá para explicar com palavras. Só com exemplos, mesmo. Não dá para entender, também, como uma pessoa – ou um determinado grupo – se diverte destruindo aquilo que pertence a todos, inclusive a ele próprio enquanto exerce seu papel de vândalo. O desvio de conduta, nesses casos, está diretamente ligado à falta de consciência e à própria deficiência na educação que recebe. Tanto da própria família como na escola. Tornou-se comum ver grupos de adolescentes e adultos também, desfilarem por locais públicos destruindo tudo o que veem pela frente e achando graça de toda a confusão que arrumam. E os alvos são praças e logradouros, imóveis particulares, bens indispensáveis como orelhões e até mesmo sinalização de trânsito, que muitas vezes viram adornos de quartos. O que assusta, em tudo isso, é a constância desses atos e a punição inadequada, quando seus autores são identificados. Principalmente na questão das pichações, que tanto emporcalha o urbanismo das cidades. E apesar de existirem leis, parece que nada coíbe a sanha destruidora dessas pessoas.     

Dinheiro perdido...
Na semana que passou, a prefeitura divulgou os estragos feitos numa das praças do Município, que havia sido revitalizada recentemente e já estava toda destruída. A Praça Primeiro de Maio, no Jardim Morro Azul, tem bancos que estavam no chão, mesinhas e banquinhos sem suas bases e até um bebedouro completamente danificado, comprovando tudo o que escrevi acima.

...um gasto dobrado
O que se vai empregar para a recuperação do logradouro, frequentado por moradores dos bairros, estudantes e população em geral, poderia estar sendo aplicado em outras obras, para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Mas terá que ser gasto, novamente, numa obra que já havia sido feita. Como podem, depois, as pessoas criticarem o poder público, se elas próprias não cumprem com suas obrigações?

É preciso denunciar
Se muita gente se sente incomodada com a ação dos vândalos, precisa aprender a valorizar seus direitos, denunciando esse tipo de crime e seus autores, quando testemunham tais fatos. Mas não o fazem. Por medo de retaliações e até mesmo por comodismo, esquecem-se que há um dever a ser cumprido como cidadão, que é o de interagir com o poder público para evitar tais danos.

Direitos... e deveres
O exercício da cidadania não consiste apenas em exigir direitos, garantidos pelos preceitos constitucionais. Faz parte dele, também, cumprir com obrigações inerentes à própria cidadania, como zelar pelo bem comum. E para isso é preciso tomar posição firme sobre o que se quer e o que se espera de cada um. O cidadão precisa ser o fiscal do seu próprio meio. Não é preciso reinventar a roda.
Será que agora vai?
Por falar em revitalização, já que o assunto é este, parece que agora sai do papel a recuperação e reforma do antigo zoológico municipal. A prefeitura, conforme projeto do então prefeito Silvio Félix (PDT), quer transformar a área em um jardim botânico, conforme mostrou esta Gazeta na última sexta-feira. Ideia perfeita desde o início, mas é preciso que seja executada de fato. Espera-se, também, que o anúncio não seja apenas uma forma de anunciar uma agenda positiva e, posteriormente, empregá-la como propaganda política. Vamos aguardar a sua conclusão.

Passos lentos. Lentos
É que a restauração do Museu Histórico e Pedagógico Major José Levy Sobrinho, nas dependências do antigo Grupo Escolar Coronel Flamínio (eram adversários e inimigos políticos), vai e não vai. Anda dois passos à frente e volta um para trás. Há uma grande possibilidade, nesses atrasos, de se conciliar tudo com o período pré-eleitoral, para a famosa afirmação de que o poder público fez e aconteceu. Também a aguardar. 

E vamos à da leitura

Se não me engano e pelas várias matérias publicadas pela Gazeta nos últimos meses, a transferência da biblioteca municipal para as novas acomodações, no Parque Cidade, também não saíram muito do lugar não. Os prazos estipulados e anunciados parece não estarem sendo cumpridos. Fevereiro, março, abril, últimos dias de maio e junho chegando. Quando chega, de fato, a boa notícia?

Com ou sem Raul
E agora à política. O presidente da Câmara já adiantou que com ou sem a presença do vereador Raul Nilsen Filho (PMDB), o pedido de Comissão Processante (CP) contra ele vai a Plenário. Há uma pequena questão: ele pode enfrentar uma comissão processante por atos cometidos quando ele não era vereador, e sim, secretário da Saúde?

Ato político. Sim!!
Há muita controvérsia e certa falácia no pedido de CP, protocolado por um cidadão, que teima em dizer que é uma ação apolítica. Desde que envolva personagens políticos, não há como negar o interesse político. Apesar de tudo, tenho minhas dúvidas se passa.

Imaginação é tudo
Outra questão muito interessante e curiosa. Agora na Câmara Federal. E envolve, claro, o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB). Ele conseguiu aval dos deputados para construir um shopping nas dependências do Legislativo Federal. Isso porque há medidas de ajuste fiscal em votação e a ordem é cortar gastos. Mas como lá é uma verdadeira ilha da fantasia, não há muito que esperar deles. Os parlamentares, independentemente de partido, estão interessados em seus próprios interesses.  

Escracho e falsidade
Aliás, não adianta se proporem medidas de ajustes, cobradas por todos, se não há interesse em aprová-las ou, então, aprová-las pela metade. Como pode um Parlamento apresentar um discurso e agir justamente o contrário? Um escárnio contra a opinião pública que, infelizmente, está perdendo a oportunidade de ampliar seus protestos. É preciso dirigi-los também a deputados e senadores. O problema é muito mais embaixo.

Definitivamente ruim
Todos querem, mas pouco se interessam. O discurso é semelhante, mas as ações definitivamente opostas. Assim fica difícil acreditar que há, definitivamente, um projeto de reforma política por aqui. Os exemplos passam de administração para administração e de legislatura para legislatura. E hoje, com um dos piores parlamentos que já tivemos – isso para ser educado – fica impossível dar crédito aos discursos.

Pergunta rápida
Há, de fato, algum interesse em debater seriamente a reforma política?

Pancadão sem limites 
É preciso cobrar novamente dos responsáveis pela fiscalização do barulho em Limeira. Motoristas, cujos veículos devidamente preparados e que costumam extrapolar no volume do som que vem de suas caixas acústicas, estão cada vez mais ousados e, principalmente, desrespeitando a lei do silêncio e a legislação vigente no País, sobre os limites sonoros. Principalmente à noite e nas madrugadas, com maior incidência aos finais de semana. Não é possível que isso continue acontecendo sem que nenhuma ação seja tomada pelas autoridades. A omissão, nesse caso, contribui para o desrespeito. Nem as imediações de hospitais são respeitados. Alguém tem que tirar o traseiro da cadeira.

Nota curtíssima
As novas práticas do PT são velhas práticas do PSDB. E vice-versa.

Frase da semana
“Não dormi. Até hoje não dormi”. Da mãe da aluna estuprada por três colegas no último dia 12, nas dependências da escola estadual Leonor Quadros, na capital paulista. Na Folha de S. Paulo. Sexta-feira, 22.

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