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domingo, 10 de maio de 2015

Vontade política e trabalho eficiente. É possível!



A aprovação da lei que permite regularizar 70 mil imóveis em Limeira, aprovada na última segunda-feira pelos vereadores – e mostrada como manchete desta Gazeta na quarta – é um exemplo raro de competência. Coordenado pelo secretário de Obras, Alex Marques Rosa (que arrancou elogios até mesmo da oposição), o trabalho que originou a nova lei mostra quanto o chamado jeitinho, que invariavelmente origina a corrupção, tem suas raízes muito mais fundas do que se imagina. Para ganhar espaço aqui, uma cobertura ali e áreas construídas fora dos padrões da engenharia e do Plano Diretor, muita gente não se preocupa com as irregularidades e se julga acima de qualquer suspeita. E a cidade cresce desordenadamente e, nesse caso, não há controle urbanístico. O pagamento de multa e a apresentação de um projeto para regularização daquilo que foi concebido de forma incorreta ou foi sendo modificado às escondidas, para economizar alguns trocados, são necessários. O cidadão que cobra o poder público e quer ver seus direitos garantidos tem, obrigatoriamente, que cumprir com seus deveres. E para isso há regras e padrões que precisam ser obedecidos.

Fazer o certo, antes
Por que o título do texto acima? É simples. Há, hoje, e com razão, um consenso de que o serviço público é deficiente e dificilmente atende aos interesses da população. Correto. Na maioria das vezes é assim. Mas é preciso lembrar que, e também na maioria das vezes, o contribuinte é que tem sua parcela de culpa, quando quer levar certas vantagens. Fazer o certo é obrigação de ambas as partes.

Acertar os ponteiros
A competência não tem ideologia e partido político. Ela é uma condição básica para quem se dispõe a realizar alguma coisa. Nesse caso mostrada pelo secretário Alex Rosa, cujo trabalho vai, com certeza, trazer muitos benefícios ao Município. A mesma competência que o poder público deverá ter, agora, para divulgar os procedimentos técnicos para o início das ações necessárias às regularizações.

E por que não antes?
Pelo sim ou pelo não, e não é crítica, mas apenas uma constatação, Limeira começa a se transformar num canteiro de obras. Por todos os quadrantes do município há homens e máquinas trabalhando. O que é bom. Há, entretanto, uma reflexão importante a ser feita nesse sentido: o mínimo que se espera é que essas obras venham para ficar e não apenas para constar de peças publicitárias, sem serem concluídas.  

Sem coincidências...
Estou fazendo essa colocação, porque até agora, com raras exceções, não havia um padrão consistente da administração pública em gerir o Município. Era tudo jogado ao sabor do vento. Também é questão de competência. Que não seja jogo eleitoral.

Mosquito esperto
Depois da dengue, agora é a zika. E o culpado também é o Aedes aegypti. Ainda não há casos registrados em Limeira, mas a atenção é importante. Ainda desconhecido da maioria, esse novo vírus deve preocupar tanto quanto outro qualquer. E o combate à doença começa com o trabalho preventivo em possíveis criadouros do mosquito.

Prevenção e atenção
E por falar em dengue e as 16 mortes confirmadas até agora, a estancada nos casos, pelo menos aparente, é uma boa notícia. O que está vindo de confirmação são casos já notificados. Isso não significa, entretanto, que se deva baixar a guarda. É uma estupidez sem tamanho se isso ocorrer. Como a prevenção é o melhor caminho, tanto o poder público, quanto a população, não devem esmorecer.

O futuro como meta
Apesar da epidemia ocorrida neste ano e que desde janeiro assusta a população, a prefeitura e a Secretaria da Saúde não divulgaram nenhum plano para que isso não volte a ocorrer nessa proporção no próximo ano e que possa evitar uma nova epidemia. Pelo menos pouco se fala – ou falou – sobre isso até agora. Se a informação e a conscientização são os melhores caminhos, está na hora de começar.

Pesquisa necessária
Após o anúncio do aumento no preço da tarifa de água, o limeirense deve se preocupar com mais um, que está no gatilho. Trata-se do pedido de reajuste da passagem do transporte coletivo urbano, conforme esta Gazeta mostrou na última quarta-feira. A questão não é tanto o aumento em si, mas a qualidade do serviço em Limeira. Apesar dos subsídios e tudo o mais. Basta perguntar ao usuário se ele está satisfeito.

É de vento em popa
O anúncio do início das obras de construção da fábrica da Mercedes-Benz, em Iracemápolis, é uma ótima notícia, não só para o município, mas para toda a região. Se a montadora cumprir, de fato, com o que está prometendo, Limeira também receberá os impactos positivos desses investimentos.

Foi sem ter chegado
Muito diferente, por exemplo, do pomposo anúncio feito pela Samsung, lá no governo de Sílvio Félix (PDT), que não teve resultado prático algum. Prometiam-se mundos e fundos e o que restou foi apenas uma área terraplenada e que até hoje suscita dúvidas sobre sua veracidade. Os milhares de empregos e os altos investimentos foram um sonho passageiro. E o mais triste de tudo isso é que ninguém sabe de nada; não viu nada e fica tudo por isso mesmo. Um dia, quem sabe.

Mistérios. Mistérios
E faz muito tempo que Limeira não tem uma grande notícia em investimentos industriais. De grande porte, mesmo. Como Piracicaba, com a Hyundai; Iracemápolis, com a Mercedes e Itirapina com a Honda. Há algo de muito podre no berço da citricultura nacional, que não faz sentido. O Município tem a melhor localização geográfica possível, malha viária com as principais rodovias do estado, saneamento de qualidade, mas falta alguma coisa. Está na hora de descobrir.

As verdades ocultas
Na realidade há muitas lendas sobre esse assunto, que remontam à década de 1970. De obstruções de setores empresariais, que não queriam concorrência e nem disputa por profissionais, que representasse possíveis melhorias salariais. Lendas que se transformaram em histórias reais.

Pergunta rápida
O que, de fato, atravancou um desenvolvimento mais acentuado de Limeira.

Desabafo necessário
A educação parece prioridade zero neste País. Depois do anúncio da falta de dinheiro para continuar bancando o Fies e da triplicação do fundo partidário, ficamos de fato no escuro. Nos estados, como São Paulo e Paraná, por exemplo, os governos tratam professores com o maior desprezo possível. Usando de violência física e psicológica. E mentem nas questões salariais, incorporando bônus aos ganhos salariais. As universidades estaduais paulistas estão à míngua e não há luz no fim do túnel. O que há é um verdadeiro descaso. Infelizmente ambos os lados têm defensores. Infelizes.

Nota curtíssima
Não é possível defender a ética e a transparência, quando se esconde atrás de máscaras.

Frase da semana
“Não tem ninguém mais ferido do que eu”. Do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), sobre a ação da PM contra os professores, durante manifestação em Curitiba. Na Folha de S. Paulo – Poder. Sexta-feira, 8.

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