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domingo, 29 de junho de 2014

Prazo quase esgotado. Vem aí a “copa” eleitoral

Os partidos e coligações políticas têm até amanhã, 30, para oficializar seus candidatos que concorrerão a cargos eletivos em outubro. Em lista completa, para aqueles que assim o fizerem. Presidente da República, governadores de estado, deputados federais e estaduais e senadores. É o prazo legal da Legislação Eleitoral brasileira e está no calendário oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Daqui para frente e no pós-Copa do Mundo, a política dominará os noticiários e ocupará, em boa parte, o tempo de analistas e colunistas, que tentarão entender e antecipar os prognósticos, para a eleição mais disputada das últimas décadas. E até com requintes de perversidade e troca de insultos. E isso não é futurologia, pois já vem acontecendo pela polarização PT-PSDB, que ao que tudo indica não será quebrada. Pelo menos não ainda neste ano. Espera-se de tudo, menos daquilo que é mais importante num momento como este: o debate de ideias e propostas. Será pela regra da rasteira do golpe baixo. E com muitos candidatos. E tantas siglas que embaralham até a visão.

Sopa de letrinhas
E não vai parar por aí, não. Se os cargos executivos estão sendo disputados a tapa, os legislativos serão no pescoção. Ambos, evidente, no bom sentido. Se é que possível ver algum sentido nisso. E os candidatos que mais chamarão atenção serão aqueles que concorrerão à Câmara Federal e às assembleias legislativas. Um prato fundo e cheio de uma sopa de letrinhas pronta para afogar os eleitores.

E será de baciada
Sem citar nomes, por enquanto, Limeira vai tendo seus candidatos oficializados e que não serão poucos. As vaidades estão afloradas e até o interesse público é esquecido em nome de interesses pessoais e partidários. Esta Gazeta, num primeiro levantamento feito em abril, apontava uma marca recorde de candidatos: 19, ao todo, mostrados em matéria da jornalista Érica Samara da Silva, no dia 27.

Vai rachar de vez
Para provar que esse número pode até ser atingido, as convenções começaram a indicar seus nomes. No dia 21 de junho, em nova matéria, pelo menos dois nomes já estavam oficializados. Na quinta-feira, 26, veio a confirmação de outros cinco, que também foram homologados. Como a lista deverá estar completa amanhã, outros nomes integrarão essa lista. Pode faltar eleitor para tanto candidato assim. Racha sem sentido.

Ninguém aprende
Com essa profusão de “bem-intencionados”, o Município corre, seriamente, o risco de ficar sem representantes, tanto na Câmara dos Deputados, como na Assembleia Legislativa. Como já ocorre há muito tempo. Para ficar na dependência da boa vontade dos vizinhos. Uma divisão que poderia ser bem menor, caso houvesse bom senso e entendimento. E, principalmente, o real interesse público. E não apenas o pessoal.

É preciso refletir
Que os leitores não se cansem pela insistência no assunto, mas alguém precisa ter juízo. Para mostrar que essa divisão, que aos poucos vai se confirmando, só trará prejuízos à cidade. Que já tem escassez de lideranças. 

Os fatos e os fatos
Três notícias interessantes desta semana que passou,  na Gazeta de Limeira. Entre quarta e sexta-feira. O prazo que a prefeitura deu à concessionária do transporte público urbano para novos ônibus, pois a frota está velha. O preço pago pelos ovos de Páscoa, que foi uma pedra na administração de Paulo Hadich (PSB), no primeiro ano de seu governo. E seis cozinhas interditadas em escolas da rede municipal: duas por suspeitas de vazamento de gás e outras quatro por falhas em normas de segurança. Não são os jornalistas e nem os analistas que produzem notícias de baixo impacto para a popularidade do governo. Elas vêm de dentro da própria administração pública, que ao acenar com a mudança durante a campanha, fez tudo do mesmo. Ou até pior.

Sem a terceira via

A política nacional está beirando ao hilário. Para não dizer ridículo mesmo. E o pior é que não há, a curto prazo, alternativas viáveis. O que parece não é; e o que é não se parece com nada daquilo pela qual a sociedade esperava. O discurso é um e a prática é outra. Se o PT se perdeu numa retórica que não cabe mais nesses tempos, o PSDB se encaminha para um envelhecimento precoce, sem ter sido jovem. Dilma e Aécio ficam num jogo de cabo de guerra por coligações, que não representam as ideias as quais defendem. O que vale é a quantidade e não a qualidade. Ambos dividem o mesmo barco, remando em direções diferentes. E o eleitor foi transformado em bobo da corte.

Hora da redenção?
Se era preciso punir, a Fifa agiu de forma correta com Luis Suárez, do Uruguai. Ruim para a Copa, que perde uma estrela, mas bom para o futebol, que ainda carece de uma repaginada no quesito disciplina. Principalmente dos dirigentes e cartolas de clubes.

Pergunta rápida
O que doeu mais, a mordida de Suárez ou a eliminação da Itália da Copa no Brasil?

Na medida justa
Ao se retirar da relatoria da Ação Penal 470, o mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, que vai deixar também a Presidência do STF, abriu caminho para um novo relator, que hoje é o ministro Luiz Carlos Barroso, um neófito no Supremo. E no momento do julgamento de dois recursos complicados: a prisão domiciliar de José Genoíno e o direito ao trabalho a Dirceu, Delúbio e outros. Propagou-se, então, a volta da impunidade, certos de que Barroso seria condescendente e afrouxaria as regras. Engano grosseiro. O novo relator manteve Genoíno na prisão, mas autorizou o trabalho durante o dia de quem tinha mesmo esse direito. Precisamos de juízes, não de justiceiros. O bom senso não faz mal a ninguém. Desde que se disponha a usá-lo como regra.

Nota curtíssima
A Copa do Mundo no Brasil continua. Os uivos estão cada vez menos audíveis.

Frase da semana
“O ‘Não vai ter Copa’ virou o mundial dos gols”. Do colunista esportivo Paulo Vinicius Coelho, o PVC, em artigo na Folha de S. Paulo. Na sexta-feira, 27.

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