Limeira vive um inferno astral infinito. Não se vislumbra uma possibilidade sequer de que o Município consiga sair do marasmo administrativo pelo qual vem passando, que é inversamente proporcional à agitação política, que parece não ter fim. É essa a influência negativa. A instabilidade que se criou ao redor do poder público, que ninguém sabe como vai ficar. Se é que vai ficar da forma como está, ou vai ter alguma mudança – em breve ou a longo prazo. Após a cassação do então prefeito Silvio Félix (PDT), não se fala mais em investimentos de fora para dentro, e os que estavam anunciados passam por uma estagnação de fazer pena. Vide Samsung. Com a eleição, veio a oportunidade de mudanças e de novos ares, que acabaram também se transformando em vapores tóxicos à prosperidade. Está difícil fazer com que a esperança volte a povoar o consciente e o inconsciente dos limeirenses, quando a cidade vai ao noticiário nacional de forma negativa, motivada por tragédias pessoais, que rendem ibope à mídia. Há muito tempo que não se vislumbra uma notícia, uma agenda positiva, que orgulhe a todos.
Berço esplêndido
Como escreveu e cantou certa vez Geraldo Vandré “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. E é justamente isso que está faltando para Limeira. O “fazer acontecer”. O acordar para a realidade, que é preciso ir à luta com as garras e a força de um leão para tirar essa letargia, que tomou conta dos agentes políticos locais, que não conseguem se desprender do discurso bonito. Da fala fácil.
Cobrança direta
A prosperidade de Limeira foi reduzida a pó, que está sendo empurrado para debaixo do tapete, e parece que ninguém enxerga isso. Os jornais, as emissoras de rádio e TV mostram diariamente os problemas, dos mais simples aos mais complexos, e o tempo apenas vai passando. Pelo que se ouve diariamente da população, nós, jornalistas (os nefastos) estamos refletindo apenas a realidade. Nua e crua
Agir... E interagir
A atual administração não consegue sair do lugar. Empaca numa bela retórica, produz um discurso de planejamento, que não sai do papel. É preciso planejar? Sim. Mais que isso, as conquistas vêm desse planejamento. O grande problema, entretanto, é que as ações não se materializam como deveriam. Haverá de chegar um momento em que a paralisia será total, e qualquer cura pode estar comprometida.
E não é política...
Na última semana fiz comentários positivos sobre algumas ações do Poder Executivo, que sem dúvida os mereceu até a última letra. O problema é que elas são esporádicas, e perdem a continuidade. E é isso que nos torna mais críticos ainda, sem, no entanto, fazer dessa crítica um caminho político. Enxergamos com o olhar atento daqueles que esperam por soluções práticas e não por dividendos que uma desconstrução política costuma render.
Falta de cobrança
É preciso dividir essa responsabilidade sobre o marasmo também com os vereadores, em especial os da base governista, que a exemplo de gestões passadas preferem o caminho fácil da leniência à fiscalização. Triste.
Só para emendar
Ao citar a Câmara, entre seus erros e acertos, há verdadeiras pérolas legislativas, que não podem passar em branco. Principalmente pelo fato de beirarem o inusitado. Até mesmo o despropósito. Como o projeto do vereador Jorge de Freitas (Solidariedade), sobre a proibição do uso de animais em pesquisas laboratoriais. Ora, pelo que conheço de Limeira, não há um laboratório sequer, por aqui, que utilize da prática do uso de cobaias em experimentos com remédios, cosméticos e tudo o mais que requer tais práticas.
Esse é interessante
Outro projeto, desta vez de autoria do vereador André Henrique dos Santos, o Tigrão (PMDB), merece séria atenção:a proibição da comercialização da carne moída embalada, prática comum em supermercados. De grandes redes ou não. Uma questão de saúde pública, que só contribui com o trabalho da Vigilância Sanitária, que vem tendo muito trabalho para fiscalizar a qualidade das carnes (principalmente a validade) que chega ao consumidor.
Sem identificação
E o vereador tem toda razão para pensar dessa forma. Principalmente porque nunca se sabe a procedência dessa carne moída e embalada. Dificilmente está claro, na embalagem, o tipo de corte utilizado. Com exceção às chamadas carnes de segunda. Como é feito o processo e o que vai pelos moedores, e em que condições de higiene. Boa dica para uma séria reflexão.
Pergunta rápida
Quais são as chances de o projeto do vereador Tigrão ser aprovado na Câmara?
Ainda os animais
Vem sendo o assunto dos últimos dias, e vem dividindo opiniões. Contrárias e favoráveis. É sobre a utilização de animais – de quaisquer espécies – na busca pela cura de doenças que acometem a raça humana. Ora, se tais experimentos são em benefício do homem, por que não utilizá-los nessas pesquisas? Eu, particularmente, entendo que a prática de uso de cobaias animais deveria inexistir. Pesquisas deveriam ser feitas com voluntários humanos, que é o beneficiário final dos avanços científicos. Os testes seriam muito mais confiáveis e os resultados, penso, mais objetivos, além de atender à urgência pela busca de novas curas.
Nota curtíssima
Novas ações e inquéritos contra agentes políticos mostram um MP ativo. Atuante e corajoso.
É provinciano...
Limeira é composta para algumas situações que, ou são pitorescas ou são grotescas. De pitoresco, as carrocinhas e charretes circulando entre os automóveis. De grotesco, a posse de vias públicas por empresas, que acabaram ficando em regiões habitacionais, produzindo barulho e ocupando ruas com suas empilhadeiras para carga e descarga. Se falta distrito industrial – desde sempre – falta bom senso a alguns empresários, que não evoluíram.
Frase da semana
"Brasil precisa abandonar 'síndrome de vira-lata' nos transportes". Da presidente Dilma Rousseff (PT), ao anunciar, ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), verbas para São Paulo. Sexta-feira, 25. no UOL-Cotidiano.
domingo, 27 de outubro de 2013
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