Bomba na CPI
O vereador José Roberto Bernardo, o Zé da Mix (PSD), vai fundo na CPI da Dengue. E vai dar muita dor de cabeça à administração Paulo Hadich (PSB). Ele descobriu que uma empresa que participou com a melhor proposta para nebulização não aparece no processo de licitação. Ele pediu que o documento fosse juntado às investigações e o oficializou ao MP.
É um nevoeiro
Se for levada a sério e sem boicotes, essa CPI pode levar a outros criadouros, que não exatamente os do mosquito Aedes aegypti, que é transmissor da doença. Nesse caso talvez uma ratoeira resolva melhor.
Aos intolerantes
Dentre os traços negativos da personalidade humana, a intolerância é o mais detestável de todos. Seja de qual matiz for – ideológica, religiosa, opção sexual ou étnica – a intolerância leva o homem às profundezas de sua insignificância. Quando não aceita o livre expressar do pensamento, na tentativa de impor ideias ou ideais, torna-se perigosa. Leva ao ódio.
Direito de todos
A melhor forma para contestar uma opinião, qualquer que seja, mesmo que contrária à nossa, é com argumentos e não xingamentos. Muito menos ofensas pessoais. Aqueles que partem dessa premissa, arriscam-se a um rancoroso monólogo. Nada além disso.
Estão nas redes
As redes sociais, que hoje têm um papel fundamental nos debates e na troca de ideias, também é uma ferramenta que vem sendo muito utilizada para fomentar essa intolerância. Muitas vezes através dos chamados “fakes” - perfis falsos - expediente exclusivo de covardes e preconceituosos, que merecem apenas compaixão pela pobreza de espírito.
A última de hoje
Hoje se comemora o Halloween, data tipicamente norte-americana, que insistimos em trazer para nosso calendário cultural. O horripilante “dia das bruxas”. E entre brincadeiras e travessuras elas circulam livremente entre nós. Basta um assovio, que aparecem. Podem não acreditar em bruxas, mas que elas existem, existem.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Quando a censura oculta o interesse
É lamentável, para não dizer inadmissível, que muitos daqueles que lutaram contra a ditadura, de 1964 a meados 1985, e foram censurados de forma incondicional pelo regime militar, arroguem para si próprios o papel de censor. Amordaçados pelo sistema por suas manifestações contrárias à supressão dos direitos e garantias individuais, através de composições musicais da melhor qualidade e por várias vezes transformadas em canções de amor (para camuflar o protesto nelas embutidas), Chico Buarque, Caetano Veloso, Roberto Carlos e outros expoentes da música nacional se voltam agora contra aqueles que querem registrar a história, convertida em biografias.
Se só agora o movimento ganhou notoriedade e maior visibilidade na mídia, com o grupo Procure Saber, encabeçado pelos “ativistas” acima citados, inclusive com artigos dos próprios autores em jornais e revistas, é preciso lembrar que ele começou lá em 2007, quando Roberto Carlos ganhou na Justiça o direito de retirar de circulação o livro do jornalista e historiador Paulo César de Araújo, “Roberto Carlos em Detalhes’, considerado uma biografia não autorizada. Antes disso, o escritor Ruy Castro, em 1995, passou por algum constrangimento quando escreveu “Estrela Solitária”, sobre a vida de Mané Garrincha, envolvendo os filhos do craque do Botafogo e da seleção brasileira, que queriam dinheiro pelo direito à publicação. A situação foi contornada. No caso do “rei”, o livro ainda está fora de circulação.
O que me motivou a escrever este artigo foi justamente uma entrevista com o próprio Roberto Carlos, veiculada no “Fantástico”, da Globo, na noite do último domingo, com visível roteiro pré-estabelecido entre as partes, em que o compositor e cantor, líder da Jovem Guarda, expôs de maneira mais branda sua posição, mostrando-se até mesmo favorável às biografias não autorizadas, desde que “fosse conversado e discutido”, entre os interessados. Ele apenas não deu argumentos sobre qual seria o conteúdo dessa conversa. Dessa discussão e, ao longo da entrevista, claramente preparada para limpar a posição antipática por ele adotada desde 2007, acabou ficando implícito que o maior obstáculo estava nas cifras monetárias. Mais ou menos assim: o biografado autoriza sua “biografia não autorizada”, mas quer participação nos lucros sobre sua comercialização.
Ficou claro, entretanto, que ele não falou pelo movimento, mas em seu próprio nome. Mesmo porque outros integrantes do “Procure Saber” também foram procurados, mas não se manifestaram, entrando naquele seleto grupo que “se lixa” para a opinião pública, embora estejam no seu direito ao silêncio. Está claro, porém, que o País precisa evoluir nesse tipo de relação, por que tem uma Constituição Federal, que garante a livre expressão do pensamento e tudo o mais que dela advir, que precisa ser respeitada.
A censura que a ditadura militar impôs a jornalistas, intelectuais, escritores e compositores, entre tantos outros formadores de opinião, era ideológica. E por isso, odiosa. A mordaça que hoje tenta calar esse mesmo segmento e atenta contra a liberdade de expressão é financeira. Muito mais odiosa ainda.
Se só agora o movimento ganhou notoriedade e maior visibilidade na mídia, com o grupo Procure Saber, encabeçado pelos “ativistas” acima citados, inclusive com artigos dos próprios autores em jornais e revistas, é preciso lembrar que ele começou lá em 2007, quando Roberto Carlos ganhou na Justiça o direito de retirar de circulação o livro do jornalista e historiador Paulo César de Araújo, “Roberto Carlos em Detalhes’, considerado uma biografia não autorizada. Antes disso, o escritor Ruy Castro, em 1995, passou por algum constrangimento quando escreveu “Estrela Solitária”, sobre a vida de Mané Garrincha, envolvendo os filhos do craque do Botafogo e da seleção brasileira, que queriam dinheiro pelo direito à publicação. A situação foi contornada. No caso do “rei”, o livro ainda está fora de circulação.
O que me motivou a escrever este artigo foi justamente uma entrevista com o próprio Roberto Carlos, veiculada no “Fantástico”, da Globo, na noite do último domingo, com visível roteiro pré-estabelecido entre as partes, em que o compositor e cantor, líder da Jovem Guarda, expôs de maneira mais branda sua posição, mostrando-se até mesmo favorável às biografias não autorizadas, desde que “fosse conversado e discutido”, entre os interessados. Ele apenas não deu argumentos sobre qual seria o conteúdo dessa conversa. Dessa discussão e, ao longo da entrevista, claramente preparada para limpar a posição antipática por ele adotada desde 2007, acabou ficando implícito que o maior obstáculo estava nas cifras monetárias. Mais ou menos assim: o biografado autoriza sua “biografia não autorizada”, mas quer participação nos lucros sobre sua comercialização.
Ficou claro, entretanto, que ele não falou pelo movimento, mas em seu próprio nome. Mesmo porque outros integrantes do “Procure Saber” também foram procurados, mas não se manifestaram, entrando naquele seleto grupo que “se lixa” para a opinião pública, embora estejam no seu direito ao silêncio. Está claro, porém, que o País precisa evoluir nesse tipo de relação, por que tem uma Constituição Federal, que garante a livre expressão do pensamento e tudo o mais que dela advir, que precisa ser respeitada.
A censura que a ditadura militar impôs a jornalistas, intelectuais, escritores e compositores, entre tantos outros formadores de opinião, era ideológica. E por isso, odiosa. A mordaça que hoje tenta calar esse mesmo segmento e atenta contra a liberdade de expressão é financeira. Muito mais odiosa ainda.
domingo, 27 de outubro de 2013
Uma agenda positiva para Limeira. Apenas isso
Limeira vive um inferno astral infinito. Não se vislumbra uma possibilidade sequer de que o Município consiga sair do marasmo administrativo pelo qual vem passando, que é inversamente proporcional à agitação política, que parece não ter fim. É essa a influência negativa. A instabilidade que se criou ao redor do poder público, que ninguém sabe como vai ficar. Se é que vai ficar da forma como está, ou vai ter alguma mudança – em breve ou a longo prazo. Após a cassação do então prefeito Silvio Félix (PDT), não se fala mais em investimentos de fora para dentro, e os que estavam anunciados passam por uma estagnação de fazer pena. Vide Samsung. Com a eleição, veio a oportunidade de mudanças e de novos ares, que acabaram também se transformando em vapores tóxicos à prosperidade. Está difícil fazer com que a esperança volte a povoar o consciente e o inconsciente dos limeirenses, quando a cidade vai ao noticiário nacional de forma negativa, motivada por tragédias pessoais, que rendem ibope à mídia. Há muito tempo que não se vislumbra uma notícia, uma agenda positiva, que orgulhe a todos.
Berço esplêndido
Como escreveu e cantou certa vez Geraldo Vandré “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. E é justamente isso que está faltando para Limeira. O “fazer acontecer”. O acordar para a realidade, que é preciso ir à luta com as garras e a força de um leão para tirar essa letargia, que tomou conta dos agentes políticos locais, que não conseguem se desprender do discurso bonito. Da fala fácil.
Cobrança direta
A prosperidade de Limeira foi reduzida a pó, que está sendo empurrado para debaixo do tapete, e parece que ninguém enxerga isso. Os jornais, as emissoras de rádio e TV mostram diariamente os problemas, dos mais simples aos mais complexos, e o tempo apenas vai passando. Pelo que se ouve diariamente da população, nós, jornalistas (os nefastos) estamos refletindo apenas a realidade. Nua e crua
Agir... E interagir
A atual administração não consegue sair do lugar. Empaca numa bela retórica, produz um discurso de planejamento, que não sai do papel. É preciso planejar? Sim. Mais que isso, as conquistas vêm desse planejamento. O grande problema, entretanto, é que as ações não se materializam como deveriam. Haverá de chegar um momento em que a paralisia será total, e qualquer cura pode estar comprometida.
E não é política...
Na última semana fiz comentários positivos sobre algumas ações do Poder Executivo, que sem dúvida os mereceu até a última letra. O problema é que elas são esporádicas, e perdem a continuidade. E é isso que nos torna mais críticos ainda, sem, no entanto, fazer dessa crítica um caminho político. Enxergamos com o olhar atento daqueles que esperam por soluções práticas e não por dividendos que uma desconstrução política costuma render.
Falta de cobrança
É preciso dividir essa responsabilidade sobre o marasmo também com os vereadores, em especial os da base governista, que a exemplo de gestões passadas preferem o caminho fácil da leniência à fiscalização. Triste.
Só para emendar
Ao citar a Câmara, entre seus erros e acertos, há verdadeiras pérolas legislativas, que não podem passar em branco. Principalmente pelo fato de beirarem o inusitado. Até mesmo o despropósito. Como o projeto do vereador Jorge de Freitas (Solidariedade), sobre a proibição do uso de animais em pesquisas laboratoriais. Ora, pelo que conheço de Limeira, não há um laboratório sequer, por aqui, que utilize da prática do uso de cobaias em experimentos com remédios, cosméticos e tudo o mais que requer tais práticas.
Esse é interessante
Outro projeto, desta vez de autoria do vereador André Henrique dos Santos, o Tigrão (PMDB), merece séria atenção:a proibição da comercialização da carne moída embalada, prática comum em supermercados. De grandes redes ou não. Uma questão de saúde pública, que só contribui com o trabalho da Vigilância Sanitária, que vem tendo muito trabalho para fiscalizar a qualidade das carnes (principalmente a validade) que chega ao consumidor.
Sem identificação
E o vereador tem toda razão para pensar dessa forma. Principalmente porque nunca se sabe a procedência dessa carne moída e embalada. Dificilmente está claro, na embalagem, o tipo de corte utilizado. Com exceção às chamadas carnes de segunda. Como é feito o processo e o que vai pelos moedores, e em que condições de higiene. Boa dica para uma séria reflexão.
Pergunta rápida
Quais são as chances de o projeto do vereador Tigrão ser aprovado na Câmara?
Ainda os animais
Vem sendo o assunto dos últimos dias, e vem dividindo opiniões. Contrárias e favoráveis. É sobre a utilização de animais – de quaisquer espécies – na busca pela cura de doenças que acometem a raça humana. Ora, se tais experimentos são em benefício do homem, por que não utilizá-los nessas pesquisas? Eu, particularmente, entendo que a prática de uso de cobaias animais deveria inexistir. Pesquisas deveriam ser feitas com voluntários humanos, que é o beneficiário final dos avanços científicos. Os testes seriam muito mais confiáveis e os resultados, penso, mais objetivos, além de atender à urgência pela busca de novas curas.
Nota curtíssima
Novas ações e inquéritos contra agentes políticos mostram um MP ativo. Atuante e corajoso.
É provinciano...
Limeira é composta para algumas situações que, ou são pitorescas ou são grotescas. De pitoresco, as carrocinhas e charretes circulando entre os automóveis. De grotesco, a posse de vias públicas por empresas, que acabaram ficando em regiões habitacionais, produzindo barulho e ocupando ruas com suas empilhadeiras para carga e descarga. Se falta distrito industrial – desde sempre – falta bom senso a alguns empresários, que não evoluíram.
Frase da semana
"Brasil precisa abandonar 'síndrome de vira-lata' nos transportes". Da presidente Dilma Rousseff (PT), ao anunciar, ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), verbas para São Paulo. Sexta-feira, 25. no UOL-Cotidiano.
Berço esplêndido
Como escreveu e cantou certa vez Geraldo Vandré “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. E é justamente isso que está faltando para Limeira. O “fazer acontecer”. O acordar para a realidade, que é preciso ir à luta com as garras e a força de um leão para tirar essa letargia, que tomou conta dos agentes políticos locais, que não conseguem se desprender do discurso bonito. Da fala fácil.
Cobrança direta
A prosperidade de Limeira foi reduzida a pó, que está sendo empurrado para debaixo do tapete, e parece que ninguém enxerga isso. Os jornais, as emissoras de rádio e TV mostram diariamente os problemas, dos mais simples aos mais complexos, e o tempo apenas vai passando. Pelo que se ouve diariamente da população, nós, jornalistas (os nefastos) estamos refletindo apenas a realidade. Nua e crua
Agir... E interagir
A atual administração não consegue sair do lugar. Empaca numa bela retórica, produz um discurso de planejamento, que não sai do papel. É preciso planejar? Sim. Mais que isso, as conquistas vêm desse planejamento. O grande problema, entretanto, é que as ações não se materializam como deveriam. Haverá de chegar um momento em que a paralisia será total, e qualquer cura pode estar comprometida.
E não é política...
Na última semana fiz comentários positivos sobre algumas ações do Poder Executivo, que sem dúvida os mereceu até a última letra. O problema é que elas são esporádicas, e perdem a continuidade. E é isso que nos torna mais críticos ainda, sem, no entanto, fazer dessa crítica um caminho político. Enxergamos com o olhar atento daqueles que esperam por soluções práticas e não por dividendos que uma desconstrução política costuma render.
Falta de cobrança
É preciso dividir essa responsabilidade sobre o marasmo também com os vereadores, em especial os da base governista, que a exemplo de gestões passadas preferem o caminho fácil da leniência à fiscalização. Triste.
Só para emendar
Ao citar a Câmara, entre seus erros e acertos, há verdadeiras pérolas legislativas, que não podem passar em branco. Principalmente pelo fato de beirarem o inusitado. Até mesmo o despropósito. Como o projeto do vereador Jorge de Freitas (Solidariedade), sobre a proibição do uso de animais em pesquisas laboratoriais. Ora, pelo que conheço de Limeira, não há um laboratório sequer, por aqui, que utilize da prática do uso de cobaias em experimentos com remédios, cosméticos e tudo o mais que requer tais práticas.
Esse é interessante
Outro projeto, desta vez de autoria do vereador André Henrique dos Santos, o Tigrão (PMDB), merece séria atenção:a proibição da comercialização da carne moída embalada, prática comum em supermercados. De grandes redes ou não. Uma questão de saúde pública, que só contribui com o trabalho da Vigilância Sanitária, que vem tendo muito trabalho para fiscalizar a qualidade das carnes (principalmente a validade) que chega ao consumidor.
Sem identificação
E o vereador tem toda razão para pensar dessa forma. Principalmente porque nunca se sabe a procedência dessa carne moída e embalada. Dificilmente está claro, na embalagem, o tipo de corte utilizado. Com exceção às chamadas carnes de segunda. Como é feito o processo e o que vai pelos moedores, e em que condições de higiene. Boa dica para uma séria reflexão.
Pergunta rápida
Quais são as chances de o projeto do vereador Tigrão ser aprovado na Câmara?
Ainda os animais
Vem sendo o assunto dos últimos dias, e vem dividindo opiniões. Contrárias e favoráveis. É sobre a utilização de animais – de quaisquer espécies – na busca pela cura de doenças que acometem a raça humana. Ora, se tais experimentos são em benefício do homem, por que não utilizá-los nessas pesquisas? Eu, particularmente, entendo que a prática de uso de cobaias animais deveria inexistir. Pesquisas deveriam ser feitas com voluntários humanos, que é o beneficiário final dos avanços científicos. Os testes seriam muito mais confiáveis e os resultados, penso, mais objetivos, além de atender à urgência pela busca de novas curas.
Nota curtíssima
Novas ações e inquéritos contra agentes políticos mostram um MP ativo. Atuante e corajoso.
É provinciano...
Limeira é composta para algumas situações que, ou são pitorescas ou são grotescas. De pitoresco, as carrocinhas e charretes circulando entre os automóveis. De grotesco, a posse de vias públicas por empresas, que acabaram ficando em regiões habitacionais, produzindo barulho e ocupando ruas com suas empilhadeiras para carga e descarga. Se falta distrito industrial – desde sempre – falta bom senso a alguns empresários, que não evoluíram.
Frase da semana
"Brasil precisa abandonar 'síndrome de vira-lata' nos transportes". Da presidente Dilma Rousseff (PT), ao anunciar, ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), verbas para São Paulo. Sexta-feira, 25. no UOL-Cotidiano.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
É de consciência
Atribuir ao acaso alguns fatos trágicos da vida cotidiana é o mesmo que se calar perante a injustiça. É irresponsabilidade. E o que poderia ser evitado, de tão previsível que é, acaba causando espanto e comoção coletivos. Mais que nossas próprias atribulações, é preciso que saibamos curar nossas feridas internas, para que não aflorem à pele.
Uma triste lógica
A tragédia que envolveu Priscila Munhoz e seu ex-namorado, Nelson Santos, é só mais uma estatística da irracionalidade humana, que é o sentimento de posse. “É meu, é meu. Se não for, não será de mais ninguém”. Nelson atirou em Priscila, na frente de uma colega de trabalho, e depois atirou na própria cabeça. Priscila morreu momentos depois; Nelson, no final da noite.
Estado é omisso
E apesar de todos os avanços conquistados com a Lei Maria da Penha, ainda é (mas não deveria ser) bastante comum esse tipo de agressão – seja emocional ou mesmo fatal – de homens contra mulheres. A mídia é frequentemente assolada por fatos dessa natureza. E a proteção, que deveria vir do Estado, transforma-se em omissão. Das autoridades e da própria sociedade.
A crônica de…
...uma morte anunciada. Há casos de registros de ocorrências policiais por perseguição, que simplesmente são ignorados. Uma, duas, três vezes ou mais, que invariavelmente terão o mesmo resultado do ocorrido com Priscila. Em momentos como este, ninguém quer ser responsabilizado por essas omissões. É uma história bastante conhecida.
Vida aos cacos
O respeito à dignidade humana parece ter caído de moda. Seja em que circunstância for, virou artigo de luxo. Do mendigo que enxotamos e viramos as costas aos seus pedidos ao doente mal atendido pela saúde pública, não há diferença. Invariavelmente traçamos um perfil de quem não conhecemos, nem a sua sua história de vida. É isso.
A última de hoje
Precisava deixar um pouco a política – ou seria politicagem? – de lado para esse exame de consciência-desabafo, sobre o que está ao nosso redor e não conseguimos enxergar. Escuridão muito bem descrita em “Ensaio sobre a cegueira”, de José Saramago. Vale a leitura.
Atribuir ao acaso alguns fatos trágicos da vida cotidiana é o mesmo que se calar perante a injustiça. É irresponsabilidade. E o que poderia ser evitado, de tão previsível que é, acaba causando espanto e comoção coletivos. Mais que nossas próprias atribulações, é preciso que saibamos curar nossas feridas internas, para que não aflorem à pele.
Uma triste lógica
A tragédia que envolveu Priscila Munhoz e seu ex-namorado, Nelson Santos, é só mais uma estatística da irracionalidade humana, que é o sentimento de posse. “É meu, é meu. Se não for, não será de mais ninguém”. Nelson atirou em Priscila, na frente de uma colega de trabalho, e depois atirou na própria cabeça. Priscila morreu momentos depois; Nelson, no final da noite.
Estado é omisso
E apesar de todos os avanços conquistados com a Lei Maria da Penha, ainda é (mas não deveria ser) bastante comum esse tipo de agressão – seja emocional ou mesmo fatal – de homens contra mulheres. A mídia é frequentemente assolada por fatos dessa natureza. E a proteção, que deveria vir do Estado, transforma-se em omissão. Das autoridades e da própria sociedade.
A crônica de…
...uma morte anunciada. Há casos de registros de ocorrências policiais por perseguição, que simplesmente são ignorados. Uma, duas, três vezes ou mais, que invariavelmente terão o mesmo resultado do ocorrido com Priscila. Em momentos como este, ninguém quer ser responsabilizado por essas omissões. É uma história bastante conhecida.
Vida aos cacos
O respeito à dignidade humana parece ter caído de moda. Seja em que circunstância for, virou artigo de luxo. Do mendigo que enxotamos e viramos as costas aos seus pedidos ao doente mal atendido pela saúde pública, não há diferença. Invariavelmente traçamos um perfil de quem não conhecemos, nem a sua sua história de vida. É isso.
A última de hoje
Precisava deixar um pouco a política – ou seria politicagem? – de lado para esse exame de consciência-desabafo, sobre o que está ao nosso redor e não conseguimos enxergar. Escuridão muito bem descrita em “Ensaio sobre a cegueira”, de José Saramago. Vale a leitura.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Ninguém ganhou nada. Ainda.
A decisão de o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em devolver a Limeira - à primeira instância, portanto, onde tudo começou - a ação pela qual o candidato derrotado na eleição municipal do ano passado, Lusenrique Quintal (PSD), pedia a cassação do eleito Paulo Hadich (PSB) não deve ser comemorada por nenhuma das partes. Apesar de ter frustrado a claque oposicionista, que esperava ansiosa e até dava como certa a punição imediata a Hadich, os aliados do atual prefeito também não saíram satisfeitos do julgamento.
Ao mandar de volta o recurso, para novas diligências, evidências e coleta de provas testemunhais, o TRE sinalizou que apenas as gravações e os vídeos do suposto crime eleitoral, não foram suficientes para convencer juízes e desembargadores. E o fato de o recurso de Quintal não ter sido derrubado aponta para uma possibilidade real de perda de mandato daqueles que hoje ocupam o edifício Prada. Significa, também, que a acirrada disputa em 2010, vencida nas urnas pela coligação encabeçada pelo PSB/PT ,pode ser decidida no tapetão. Se há dúvidas em relação às condutas no período pré-eleitoral, elas precisam ser dirimidas, para que nenhuma sombra avance sobre o caminho da legalidade.
Essa disputa exige uma séria reflexão sobre o futuro político e administrativo de Limeira. E as consequências que pode trazer à economia e aos investimentos. Principalmente os de fora para dentro do Município. Quando há instabilidade política, os reflexos são desastrosos para o desenvolvimento. E tiram qualquer interesse de novos investidores. Até mesmo daqueles que já tinham planos concretos para a cidade. Uma contenda nem um pouco saudável, que mostra apenas interesses sobre projetos eleitorais e não projetos de governo.
Essa é uma consequência da busca pelo poder a qualquer custo. Como a que aconteceu no ano passado, quando a vitória era questão de honra para os dois grupos, que hoje se revezam em ações e recursos nos tribunais. E a derrota não estava nos planos de nenhum deles. Como apenas um sairia vencedor, as brechas jurídicas continuam sendo usadas, às vezes de forma inconsequente, tamanho é o interesse de ocupar espaços e, principalmente, tirá-los do adversário.
Se de fato houve crime eleitoral, praticado pela coligação que hoje está no poder, cumpre então ao acusador (a aliança derrotada), o ônus da prova e, ao acusado, o direito à defesa. Se comprovada a utilização – e mobilização - da estrutura do Sindicato dos Servidores Públicos de Limeira (Sindsel) em campanha eleitoral apenas em favor de um candidato, fica comprovada a tese de abuso de poder. Resta saber se haverá testemunhas dispostas a comparecer em juízo e acrescentar novas provas aos autos e, assim, garantir o prosseguimento do embate, que pode resultar em novas eleições municipais em Limeira.
Jurisprudência para isso já existe. A verdade é que ninguém pode comemorar nada ainda. O quanto isso vai influenciar, negativamente, nos projetos pensados para o Município, é uma outra história. Por enquanto, há muito mais desconfiança e indefinição do que certezas.
Ao mandar de volta o recurso, para novas diligências, evidências e coleta de provas testemunhais, o TRE sinalizou que apenas as gravações e os vídeos do suposto crime eleitoral, não foram suficientes para convencer juízes e desembargadores. E o fato de o recurso de Quintal não ter sido derrubado aponta para uma possibilidade real de perda de mandato daqueles que hoje ocupam o edifício Prada. Significa, também, que a acirrada disputa em 2010, vencida nas urnas pela coligação encabeçada pelo PSB/PT ,pode ser decidida no tapetão. Se há dúvidas em relação às condutas no período pré-eleitoral, elas precisam ser dirimidas, para que nenhuma sombra avance sobre o caminho da legalidade.
Essa disputa exige uma séria reflexão sobre o futuro político e administrativo de Limeira. E as consequências que pode trazer à economia e aos investimentos. Principalmente os de fora para dentro do Município. Quando há instabilidade política, os reflexos são desastrosos para o desenvolvimento. E tiram qualquer interesse de novos investidores. Até mesmo daqueles que já tinham planos concretos para a cidade. Uma contenda nem um pouco saudável, que mostra apenas interesses sobre projetos eleitorais e não projetos de governo.
Essa é uma consequência da busca pelo poder a qualquer custo. Como a que aconteceu no ano passado, quando a vitória era questão de honra para os dois grupos, que hoje se revezam em ações e recursos nos tribunais. E a derrota não estava nos planos de nenhum deles. Como apenas um sairia vencedor, as brechas jurídicas continuam sendo usadas, às vezes de forma inconsequente, tamanho é o interesse de ocupar espaços e, principalmente, tirá-los do adversário.
Se de fato houve crime eleitoral, praticado pela coligação que hoje está no poder, cumpre então ao acusador (a aliança derrotada), o ônus da prova e, ao acusado, o direito à defesa. Se comprovada a utilização – e mobilização - da estrutura do Sindicato dos Servidores Públicos de Limeira (Sindsel) em campanha eleitoral apenas em favor de um candidato, fica comprovada a tese de abuso de poder. Resta saber se haverá testemunhas dispostas a comparecer em juízo e acrescentar novas provas aos autos e, assim, garantir o prosseguimento do embate, que pode resultar em novas eleições municipais em Limeira.
Jurisprudência para isso já existe. A verdade é que ninguém pode comemorar nada ainda. O quanto isso vai influenciar, negativamente, nos projetos pensados para o Município, é uma outra história. Por enquanto, há muito mais desconfiança e indefinição do que certezas.
domingo, 20 de outubro de 2013
A dignidade humana resumida a uma pocilga
Durante toda a semana passada esta Gazeta veio revelando histórias escabrosas de gente jogada em clínicas terapêuticas para recuperação de dependentes químicos, que mais pareciam chiqueirões para criação de porcos. Com a ressalva de que em muitos desses chiqueirões impera a higiene, que não aparecia nessas “clínicas”. São 33 ao todo, instaladas na zona rural de Limeira, das quais cinco foram interditadas. E a última delas, na quinta-feira, 16, possuía até fossa negra e criação de animais. Essas interdições são parte de um levantamento que a prefeitura vem fazendo desde o início do ano e culminou com os tristes achados, espalhados por chácaras em vários endereços. Mais que a simples interdição desses locais, é preciso saber a origem de todo esse complexo sistema e como foi autorizado o seu funcionamento, sem qualquer tipo de fiscalização ou alvarás emitidos pelo poder público. É uma história antiga, que além de mexer com a sensibilidade de quem quer fazer um trabalho digno, exibe a crueldade de muitos, que estão apenas interessados no dinheiro das famílias desses dependentes.
Apurar as origens
E além de se chegar à origem e identificar os responsáveis por tamanho despropósito, é preciso fechar o cerco às 28 restantes, para que se legalizem e, dessa forma, possam de fato recuperar quem precisa desse atendimento, que deve ser também extensivo à família dos próprios dependentes, já que há todo um trabalho psicológico a ser feito. As imagens mostradas pela Gazeta são fortes demais.
Quem autorizou?
O que mais assusta é que essas “clínicas” funcionam indiscriminadamente e alguém, em algum momento, dentro da prefeitura, pode ter autorizado. É um tema que vem sendo debatido há muito tempo e parece ter encontrado, pelo menos nesta administração, pessoas mais interessadas em combater esse verdadeiro “mercado negro” terapêutico. E, também, garantir os que estão fazendo o correto.
Explorando a dor
Se estão trancando dependentes em quartos fechados com trancas – alguns deles dopados – e medicamentos sem receituário médico adequado é porque chegou a um tal nível de degradação incompatível até mesmo com animais. E as famílias dessas pessoas, no desespero de fazer alguma coisa, estão sendo enganadas e exploradas. Uma situação que não pode continuar como está.
Especulação, não
Outra ação do Poder Executivo que merece elogios – parece que foi a semana das boas notícias – é decreto de tombamento do Edifício Prada, sede da prefeitura, e a futura desapropriação do estacionamento, que fica nos fundos do Paço Municipal, de frente para a Avenida Maestro Xixirri, através de outro decreto, que tornou a área de utilidade pública. Tem gente interessada na exploração imobiliária do local, mesmo com seu valor histórico.
Nosso patrimônio
Não há como negar que são áreas nobres, mas pertencem, sim, ao patrimônio histórico do município e, só por isso, devem ser preservadas. Limeira tem ainda muito espaço para a “especulação imobiliária”. Muito.
Ação inteligente
A bagunça jurídica a que se transformou a questão da compra da Prada, pelo então prefeito tucano José Carlos Pejon, foi o não pagamento de outra parcela do contrato. E, posteriormente, a transformação da área permutada – que fazia parte do pagamento – imposta pelo Plano Diretor de 2009, que a reservava para parque, proibindo nela construções. Tudo isso se deu no governo do prefeito cassado Silvio Félix (PDT). Nesse caso, é obrigação da municipalidade zelar pelo seu patrimônio e de todos os limeirenses.
Euforia frustrada
A frustração chegou rápido aos adversários de Paulo Hadich (PSB), com o anúncio da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em mandar de volta a Limeira o recurso pela cassação do diploma do prefeito eleito, pedida por Lusenrique Quintal (PSD), candidato derrotado nas urnas em 2012. A euforia de seguidores e aliados, que só aumentava ao longo do dia, virou uma profunda decepção estampada em alguns rostos conhecidos na cidade.
Novas evidências
Entenderam, os desembargadores do TRE, que é necessário produção de mais provas testemunhas sobre o suposto crime eleitoral praticado por Hadich, de se utilizar do Sindsel (Sindicato dos Servidores Públicos de Limeira) para pedir votos. Parece que as gravações e vídeos não foram suficientemente convincentes para garantir a cassação do pessebista.
Pergunta rápida
Com essa decisão do TRE fica mais difícil a cassação do prefeito Paulo Hadich?
Muita polêmica
Esse é um fato que ainda vai continuar trafegando entre as paixões políticas e ideológicas, a simples obsessão pelo poder e o entendimento do que é e do que não é abuso, dentro de uma campanha eleitoral, que tem regras claras e rígidas. Mas são, invariavelmente, contornadas por ‘jeitinhos”, que levam a distorções. Se o resultado do julgamento no TRE frustrou Quintal, frustrou também Hadich, que queria ver tudo isso encerrado na quinta-feira mesmo. Vale aqui uma lição para ambos: o poder não se ganha na marra. A sua busca a qualquer custo vai, invariavelmente, causar estragos que podem ser permanentes. Enquanto isso, é o Município que sofre as consequências...
Nota curtíssima
O discurso muda conforme a necessidade. Beija-se a mão do bispo e se chuta a canela do padre.
Vai dar confusão
O presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, continua com sua política de alianças, alheia à vontade de sua mais nova correligionária, Marina Silva, que tem demonstrado desconforto com algumas delas. Em especial de ruralistas. O problema é que nas pesquisas eleitorais, Marina mantém-se à frente de Campos, que é o candidato natural do partido à Presidência da República no ano que vem. Rusgas à vista.
Frase da semana
"Delirar é livre. A gente pode aqui especular sobre qualquer assunto. Mas não faz sentido". De José Serra à proposta de Aécio Neves de uma chapa 100% tucana em 2014. Sexta-feira, 18. A Tarde, Salvador-BA.
Apurar as origens
E além de se chegar à origem e identificar os responsáveis por tamanho despropósito, é preciso fechar o cerco às 28 restantes, para que se legalizem e, dessa forma, possam de fato recuperar quem precisa desse atendimento, que deve ser também extensivo à família dos próprios dependentes, já que há todo um trabalho psicológico a ser feito. As imagens mostradas pela Gazeta são fortes demais.
Quem autorizou?
O que mais assusta é que essas “clínicas” funcionam indiscriminadamente e alguém, em algum momento, dentro da prefeitura, pode ter autorizado. É um tema que vem sendo debatido há muito tempo e parece ter encontrado, pelo menos nesta administração, pessoas mais interessadas em combater esse verdadeiro “mercado negro” terapêutico. E, também, garantir os que estão fazendo o correto.
Explorando a dor
Se estão trancando dependentes em quartos fechados com trancas – alguns deles dopados – e medicamentos sem receituário médico adequado é porque chegou a um tal nível de degradação incompatível até mesmo com animais. E as famílias dessas pessoas, no desespero de fazer alguma coisa, estão sendo enganadas e exploradas. Uma situação que não pode continuar como está.
Especulação, não
Outra ação do Poder Executivo que merece elogios – parece que foi a semana das boas notícias – é decreto de tombamento do Edifício Prada, sede da prefeitura, e a futura desapropriação do estacionamento, que fica nos fundos do Paço Municipal, de frente para a Avenida Maestro Xixirri, através de outro decreto, que tornou a área de utilidade pública. Tem gente interessada na exploração imobiliária do local, mesmo com seu valor histórico.
Nosso patrimônio
Não há como negar que são áreas nobres, mas pertencem, sim, ao patrimônio histórico do município e, só por isso, devem ser preservadas. Limeira tem ainda muito espaço para a “especulação imobiliária”. Muito.
Ação inteligente
A bagunça jurídica a que se transformou a questão da compra da Prada, pelo então prefeito tucano José Carlos Pejon, foi o não pagamento de outra parcela do contrato. E, posteriormente, a transformação da área permutada – que fazia parte do pagamento – imposta pelo Plano Diretor de 2009, que a reservava para parque, proibindo nela construções. Tudo isso se deu no governo do prefeito cassado Silvio Félix (PDT). Nesse caso, é obrigação da municipalidade zelar pelo seu patrimônio e de todos os limeirenses.
Euforia frustrada
A frustração chegou rápido aos adversários de Paulo Hadich (PSB), com o anúncio da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em mandar de volta a Limeira o recurso pela cassação do diploma do prefeito eleito, pedida por Lusenrique Quintal (PSD), candidato derrotado nas urnas em 2012. A euforia de seguidores e aliados, que só aumentava ao longo do dia, virou uma profunda decepção estampada em alguns rostos conhecidos na cidade.
Novas evidências
Entenderam, os desembargadores do TRE, que é necessário produção de mais provas testemunhas sobre o suposto crime eleitoral praticado por Hadich, de se utilizar do Sindsel (Sindicato dos Servidores Públicos de Limeira) para pedir votos. Parece que as gravações e vídeos não foram suficientemente convincentes para garantir a cassação do pessebista.
Pergunta rápida
Com essa decisão do TRE fica mais difícil a cassação do prefeito Paulo Hadich?
Muita polêmica
Esse é um fato que ainda vai continuar trafegando entre as paixões políticas e ideológicas, a simples obsessão pelo poder e o entendimento do que é e do que não é abuso, dentro de uma campanha eleitoral, que tem regras claras e rígidas. Mas são, invariavelmente, contornadas por ‘jeitinhos”, que levam a distorções. Se o resultado do julgamento no TRE frustrou Quintal, frustrou também Hadich, que queria ver tudo isso encerrado na quinta-feira mesmo. Vale aqui uma lição para ambos: o poder não se ganha na marra. A sua busca a qualquer custo vai, invariavelmente, causar estragos que podem ser permanentes. Enquanto isso, é o Município que sofre as consequências...
Nota curtíssima
O discurso muda conforme a necessidade. Beija-se a mão do bispo e se chuta a canela do padre.
Vai dar confusão
O presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, continua com sua política de alianças, alheia à vontade de sua mais nova correligionária, Marina Silva, que tem demonstrado desconforto com algumas delas. Em especial de ruralistas. O problema é que nas pesquisas eleitorais, Marina mantém-se à frente de Campos, que é o candidato natural do partido à Presidência da República no ano que vem. Rusgas à vista.
Frase da semana
"Delirar é livre. A gente pode aqui especular sobre qualquer assunto. Mas não faz sentido". De José Serra à proposta de Aécio Neves de uma chapa 100% tucana em 2014. Sexta-feira, 18. A Tarde, Salvador-BA.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Muito boa ideia
A iniciativa de dotar a estação rodoviária de Limeira de um portal com informações sobre a cidade, aos visitantes que por aqui chegam, é interessante. Eleva o patamar do Município, pois não há nada pior do que chegar a um lugar “desconhecido” e não ter com quem se informar. Por isso, merece elogios.
Acima da média
Além de mudar a paisagem do local, dando um aspecto agradável à própria estação, garante uma nota positiva ao governo de Paulo Hadich (PSB), que começa a investir mais nos conselhos municipais, como o de Turismo, por exemplo, que ficará responsável pelo portal.
Deve participar
Ao chamar à participação membros da comunidade, investidos de um objetivo, também é uma forma de dizer que a população tem obrigação de influir nos destinos de sua cidade. Até mesmo os críticos têm esse dever. Senão se esvazia na própria crítica.
É vai ou racha...
...e de hoje não passa. Primeiro foi o advogado de Hadich, quem pediu; agora foi a vez do advogado de Quintal, pedir. E se o juiz do TRE não tiver nenhuma indisposição, o recurso do pessedista será julgado hoje, pedindo a cassação do diploma do pessebista.
É batata assada
Se todos os prognósticos de analistas estiverem certos, o recurso será acatado e volta à primeira instância, em busca de novas evidências do suposto crime eleitoral. Se não for, o TSE é o próximo endereço desse perrengue político.
É verde ou azul?
A cor não importa. O jogo no tapetão continua. Ganhar é ótimo. Saber perder é inteligente.
A última de hoje
Falta de investimentos – faz tempo – e, principalmente, de técnicos capacitados. Essa é a receita do caótico trânsito de Limeira. Some-se a isso a imprudência e imperícia de muitos motoristas com dias chuvosos, e está decretado o caos. Tenho dito.
A iniciativa de dotar a estação rodoviária de Limeira de um portal com informações sobre a cidade, aos visitantes que por aqui chegam, é interessante. Eleva o patamar do Município, pois não há nada pior do que chegar a um lugar “desconhecido” e não ter com quem se informar. Por isso, merece elogios.
Acima da média
Além de mudar a paisagem do local, dando um aspecto agradável à própria estação, garante uma nota positiva ao governo de Paulo Hadich (PSB), que começa a investir mais nos conselhos municipais, como o de Turismo, por exemplo, que ficará responsável pelo portal.
Deve participar
Ao chamar à participação membros da comunidade, investidos de um objetivo, também é uma forma de dizer que a população tem obrigação de influir nos destinos de sua cidade. Até mesmo os críticos têm esse dever. Senão se esvazia na própria crítica.
É vai ou racha...
...e de hoje não passa. Primeiro foi o advogado de Hadich, quem pediu; agora foi a vez do advogado de Quintal, pedir. E se o juiz do TRE não tiver nenhuma indisposição, o recurso do pessedista será julgado hoje, pedindo a cassação do diploma do pessebista.
É batata assada
Se todos os prognósticos de analistas estiverem certos, o recurso será acatado e volta à primeira instância, em busca de novas evidências do suposto crime eleitoral. Se não for, o TSE é o próximo endereço desse perrengue político.
É verde ou azul?
A cor não importa. O jogo no tapetão continua. Ganhar é ótimo. Saber perder é inteligente.
A última de hoje
Falta de investimentos – faz tempo – e, principalmente, de técnicos capacitados. Essa é a receita do caótico trânsito de Limeira. Some-se a isso a imprudência e imperícia de muitos motoristas com dias chuvosos, e está decretado o caos. Tenho dito.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Das arquibancadas para o gramado
Não é a primeira e nem a última vez que um torcedor (se é que podemos chamar delinquentes dessa forma) deixa o bom senso – o fair play, no jargão esportivo – de lado e, antes de ajudar seu time externando sua paixão às cores da camisa, parte para atos da mais pura covardia, despejando seu incontrolável ódio e manchando um espetáculo com sangue. Vou deixar meu costumeiro comentário político das terças-feiras e adentrar a uma seara que costumo discutir apenas como torcedor. Não como especialista.
Não dá, porém, para passar em branco uma análise sobre a ocorrência, triste e de imprevisíveis consequências para o futebol limeirense, daquele torcedor que atirou uma pedra que atingiu a cabeça do árbitro da partida Thiago Lourenço de Mattos – jogavam no Limeirão, Inter e Monte Azul, por uma vaga no mata-mata da Copa Paulista 2013 - que poderia ter se transformado em tragédia, pela proporção e tipo do ferimento causado. Está se tornando cada vez mais comum o arremesso de objetos aos gramados País afora e brigas entre torcedores adversários e até mesmo facções de uma mesma torcida, com punições que retiram dos times de futebol o direito de jogar em seus próprios estádios. Os bandidos que provocam as confusões saem impunes e protagonizarão novas ações de vandalismo, brigas e até mortes, nos locais onde as agremiações estarão disputando a próxima partida.
E exemplos não faltam. Torcedores da Gaviões da Fiel, que ficaram presos na Bolívia por mais de seis meses após morte de um adolescente boliviano, em uma partida pela Copa Libertadores deste ano, após o retorno ao Brasil se envolveram em novas badernas e até mesmo em ocorrências policiais, provando que a reincidência nesses casos é automática. Outro: a briga da Mancha Verde, em Guaratinguetá, fez com que o Palmeiras fosse jogar em Londrina, PR. Antes de punir os clubes, é preciso trazer o peso da lei a esses pseudo-torcedores, que se escondem por trás de escudos, camisetas e bandeiras de torcidas organizadas.
E seguir o exemplo da Europa, após a tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorrida em 29 de maio de 1985, durante a disputa da Taça dos Campeões Europeus, (hoje Liga dos Campeões), entre o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália, seria a melhor solução para conter o ímpeto dos exaltados. Naquele jogo foram mais de 33 mortos e centenas de feridos provocados pelos conhecidos e fanáticos “hooligans” ingleses. E como consequência, as equipes britânicas ficaram cinco anos sem poder disputar a competição. E os torcedores identificados, impedidos daquele dia em diante, de frequentarem os estádios.
O agressor do árbitro aqui em Limeira foi identificado, hostilizado pelos demais torcedores que queriam apenas assistir ao jogo, fotografado e conduzido pela Polícia Militar para que fosse lavrado um boletim de ocorrência. A Associação Atlética Internacional sentirá o peso do ato isolado daquele torcedor que, com certeza, estará livre para a próxima partida. A exemplo do que acontece na Europa, torcedores de má índole, quando identificados, deveriam ser proibidos de frequentar os estádios e, em dias de jogo, se apresentarem à delegacia mais próxima, para uma detenção preventiva. Antes que esses próprios torcedores acabem com o futebol é preciso tirá-los, definitivamente, do espetáculo.
Não dá, porém, para passar em branco uma análise sobre a ocorrência, triste e de imprevisíveis consequências para o futebol limeirense, daquele torcedor que atirou uma pedra que atingiu a cabeça do árbitro da partida Thiago Lourenço de Mattos – jogavam no Limeirão, Inter e Monte Azul, por uma vaga no mata-mata da Copa Paulista 2013 - que poderia ter se transformado em tragédia, pela proporção e tipo do ferimento causado. Está se tornando cada vez mais comum o arremesso de objetos aos gramados País afora e brigas entre torcedores adversários e até mesmo facções de uma mesma torcida, com punições que retiram dos times de futebol o direito de jogar em seus próprios estádios. Os bandidos que provocam as confusões saem impunes e protagonizarão novas ações de vandalismo, brigas e até mortes, nos locais onde as agremiações estarão disputando a próxima partida.
E exemplos não faltam. Torcedores da Gaviões da Fiel, que ficaram presos na Bolívia por mais de seis meses após morte de um adolescente boliviano, em uma partida pela Copa Libertadores deste ano, após o retorno ao Brasil se envolveram em novas badernas e até mesmo em ocorrências policiais, provando que a reincidência nesses casos é automática. Outro: a briga da Mancha Verde, em Guaratinguetá, fez com que o Palmeiras fosse jogar em Londrina, PR. Antes de punir os clubes, é preciso trazer o peso da lei a esses pseudo-torcedores, que se escondem por trás de escudos, camisetas e bandeiras de torcidas organizadas.
E seguir o exemplo da Europa, após a tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorrida em 29 de maio de 1985, durante a disputa da Taça dos Campeões Europeus, (hoje Liga dos Campeões), entre o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália, seria a melhor solução para conter o ímpeto dos exaltados. Naquele jogo foram mais de 33 mortos e centenas de feridos provocados pelos conhecidos e fanáticos “hooligans” ingleses. E como consequência, as equipes britânicas ficaram cinco anos sem poder disputar a competição. E os torcedores identificados, impedidos daquele dia em diante, de frequentarem os estádios.
O agressor do árbitro aqui em Limeira foi identificado, hostilizado pelos demais torcedores que queriam apenas assistir ao jogo, fotografado e conduzido pela Polícia Militar para que fosse lavrado um boletim de ocorrência. A Associação Atlética Internacional sentirá o peso do ato isolado daquele torcedor que, com certeza, estará livre para a próxima partida. A exemplo do que acontece na Europa, torcedores de má índole, quando identificados, deveriam ser proibidos de frequentar os estádios e, em dias de jogo, se apresentarem à delegacia mais próxima, para uma detenção preventiva. Antes que esses próprios torcedores acabem com o futebol é preciso tirá-los, definitivamente, do espetáculo.
domingo, 13 de outubro de 2013
Parece óbvio, mas não é. Por isso, a insatisfação
O serviço público, como todos estão cansados de saber, é travado – regulamentado - por uma legislação que, antes de dar transparência aos gastos com o dinheiro do contribuinte, é protelatória. Tudo bem, lei é lei e, mesmo com ela em vigor, há desvios de afinidades, nada justifica a inépcia do poder público em alguns setores. Principalmente o de obras e reparos. Há alguma coisa nesse processo todo que não combina com as necessidades da população. Não é questão de infringi-la (falo da Lei de Licitações), mas não se pode usá-la como desculpa à ineficiência. Todo esse preâmbulo tem uma única razão: a erosão que se formou na cabeceira da ponte sobre o Ribeirão Tatu (na passarela de pedestres), sentido bairro-centro, próximo da indústria CP Kelco. Esta Gazeta trouxe mais uma – das muitas – matéria sobre o problema, que é sério e põe em risco a integridade física de quem precisa utilizá-la. Ora, desta vez a prefeitura pelo menos respondeu, anunciando uma licitação entre dez e 15 dias, já que nas anteriores, as empresas estavam irregulares. O incrível disso tudo é que o problema já tem mais de seis meses.
E o que era um...
...buraquinho virou uma perigosa erosão, que se tivesse sido controlada lá na primeira denúncia pública, não teria chegado ao volume que chegou. Não é a primeira vez que escrevo sobre isso neste espaço, mas a motivação hoje, é outra. Duas situações mais recentes e já resolvidas indicam que tem areia na engrenagem do serviço de obras do Município. Então, vamos a elas.
É possível agilizar
A primeira situação foi a de uma valeta que se abriu, provavelmente por infiltração da chuva, na rotatória com o Tiro de Guerra. Coisa de duas semanas. Já foi resolvida. Menos mal, porque a erosão estava ficando crítica. A outra, nos altos da Avenida Araras, – quase na esquina com a Rua Teixeira Marques, com uma tampa arrancada de uma boca de lobo. Foi consertada na quinta-feira.
Não há explicação
Por isso, escrevi lá no início, que “parece óbvio, mas não é”. E é simples entender esse raciocínio, quando um serviço é agilizado e o outro não. Principalmente se vem de meses de reclamações de usuários, divulgadas insistentemente pela imprensa, como é o caso da cabeceira da ponte. Seis meses – ou mais – é tempo suficiente para uma licitação (se de fato é o caso), aprovação de cadastro e realização da obra. Há ruídos estranhos nisso tudo.
É só fazer o certo
Depois prefeito e aliados se voltam contra a imprensa, nefasta para alguns, que ousa pôr a mão na ferida da incompetência. Porque não tem outra explicação, senão a indignação. E a lição de casa é simples. Fácil até.
Não foi desta vez
A tão aguardada notícia da semana que passou, ainda não veio. A do julgamento do recurso do candidato derrotado nas urnas em Limeira, Lusenrique Quintal (PSD), no Tribunal Regional Eleitoral (TER), pedindo a cassação do diploma do prefeito eleito Paulo Hadich (PSB). Esperava-se para a última quinta-feira a decisão, que foi adiada para esta semana, a pedido do advogado do prefeito. Será na terça-feira. O burburinho que tomou conta das redes sociais atiçou o mais profundo dos rancores da oposição. Principalmente em relação ao PT.
Clamor partidário
Não se pode, entretanto, confundir o que vai pelas redes, com o clamor popular. Longe disso, há uma conotação típica de direcionamento partidário. Ou seja, boa parte, senão a maioria das manifestações, vem de pessoas ligadas aos partidos derrotados por Hadich em 2012 e que parecem ainda não ter assimilado a vitória da coligação PSB/PT. Um ano depois do pleito, há um misto de ressentimento e ódio no ar, que pode desembocar na intolerância.
Um território livre
Isso, entretanto, é uma opinião muito pessoal, daquilo que leio e analiso nas manifestações diárias e na guerra de informação e contrainformação, que tomou conta das redes sociais. E não há nada mais sagrado do que essa liberdade de expressão do pensamento, e que muitos dos que a pratica não têm o mínimo apreço por ela. Ou seja, não respeitam a dos outros.
Pergunta rápida
Como será o palanque eleitoral em Limeira nas eleições do ano que vem?
Resistência inútil
A cada dia que passa, o prédio reformado do antigo Ceprosom – inaugurado originalmente para ser um pavilhão de eventos – fica longe de abrigar a biblioteca municipal, que segue em local inapropriado em imóvel no centro. Depois da Feira das Profissões, agora é a vez do Festival de Ciências. Ótimo sim, que esteja sendo utilizado para eventos como esses dois citados, que é de interesse geral. Vejo, entretanto, que há espaço para tudo isso acontecer, mas que é preciso, o quanto antes, abrigar em lugar decente a Biblioteca João de Souza Ferraz. Está cada vez mais difícil entender a resistência da administração municipal a essa mudança. Se o prédio pode abrigar eventos, já pode receber a biblioteca.
Nota curtíssima
Tenho a impressão de que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) será picado pela cobra que ajudou a criar.
À linha de fundo
Conforme mostrou esta Gazeta na última quinta-feira, Limeira fica fora de mais um programa do governo do Estado, do tucano Geraldo Alckmin. Em que pese o prefeito Paulo Hadich (PSB) ter faltado a uma reunião – falha grotesca de um administrador público – não justifica mais esse chute de Alckmin no Município, mandando-o a escanteio. Grosseria que é retribuída, sempre, com vitória nas urnas por aqui. Está na hora de chutarmos também.
Frase da semana
"Quando a gente dá dinheiro para rico, é investimento. Quando é para pobre, é gasto". Do ex-presidente Lula, durante a 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil. Quinta-feira, 10, na Folha de S. Paulo.
E o que era um...
...buraquinho virou uma perigosa erosão, que se tivesse sido controlada lá na primeira denúncia pública, não teria chegado ao volume que chegou. Não é a primeira vez que escrevo sobre isso neste espaço, mas a motivação hoje, é outra. Duas situações mais recentes e já resolvidas indicam que tem areia na engrenagem do serviço de obras do Município. Então, vamos a elas.
É possível agilizar
A primeira situação foi a de uma valeta que se abriu, provavelmente por infiltração da chuva, na rotatória com o Tiro de Guerra. Coisa de duas semanas. Já foi resolvida. Menos mal, porque a erosão estava ficando crítica. A outra, nos altos da Avenida Araras, – quase na esquina com a Rua Teixeira Marques, com uma tampa arrancada de uma boca de lobo. Foi consertada na quinta-feira.
Não há explicação
Por isso, escrevi lá no início, que “parece óbvio, mas não é”. E é simples entender esse raciocínio, quando um serviço é agilizado e o outro não. Principalmente se vem de meses de reclamações de usuários, divulgadas insistentemente pela imprensa, como é o caso da cabeceira da ponte. Seis meses – ou mais – é tempo suficiente para uma licitação (se de fato é o caso), aprovação de cadastro e realização da obra. Há ruídos estranhos nisso tudo.
É só fazer o certo
Depois prefeito e aliados se voltam contra a imprensa, nefasta para alguns, que ousa pôr a mão na ferida da incompetência. Porque não tem outra explicação, senão a indignação. E a lição de casa é simples. Fácil até.
Não foi desta vez
A tão aguardada notícia da semana que passou, ainda não veio. A do julgamento do recurso do candidato derrotado nas urnas em Limeira, Lusenrique Quintal (PSD), no Tribunal Regional Eleitoral (TER), pedindo a cassação do diploma do prefeito eleito Paulo Hadich (PSB). Esperava-se para a última quinta-feira a decisão, que foi adiada para esta semana, a pedido do advogado do prefeito. Será na terça-feira. O burburinho que tomou conta das redes sociais atiçou o mais profundo dos rancores da oposição. Principalmente em relação ao PT.
Clamor partidário
Não se pode, entretanto, confundir o que vai pelas redes, com o clamor popular. Longe disso, há uma conotação típica de direcionamento partidário. Ou seja, boa parte, senão a maioria das manifestações, vem de pessoas ligadas aos partidos derrotados por Hadich em 2012 e que parecem ainda não ter assimilado a vitória da coligação PSB/PT. Um ano depois do pleito, há um misto de ressentimento e ódio no ar, que pode desembocar na intolerância.
Um território livre
Isso, entretanto, é uma opinião muito pessoal, daquilo que leio e analiso nas manifestações diárias e na guerra de informação e contrainformação, que tomou conta das redes sociais. E não há nada mais sagrado do que essa liberdade de expressão do pensamento, e que muitos dos que a pratica não têm o mínimo apreço por ela. Ou seja, não respeitam a dos outros.
Pergunta rápida
Como será o palanque eleitoral em Limeira nas eleições do ano que vem?
Resistência inútil
A cada dia que passa, o prédio reformado do antigo Ceprosom – inaugurado originalmente para ser um pavilhão de eventos – fica longe de abrigar a biblioteca municipal, que segue em local inapropriado em imóvel no centro. Depois da Feira das Profissões, agora é a vez do Festival de Ciências. Ótimo sim, que esteja sendo utilizado para eventos como esses dois citados, que é de interesse geral. Vejo, entretanto, que há espaço para tudo isso acontecer, mas que é preciso, o quanto antes, abrigar em lugar decente a Biblioteca João de Souza Ferraz. Está cada vez mais difícil entender a resistência da administração municipal a essa mudança. Se o prédio pode abrigar eventos, já pode receber a biblioteca.
Nota curtíssima
Tenho a impressão de que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) será picado pela cobra que ajudou a criar.
À linha de fundo
Conforme mostrou esta Gazeta na última quinta-feira, Limeira fica fora de mais um programa do governo do Estado, do tucano Geraldo Alckmin. Em que pese o prefeito Paulo Hadich (PSB) ter faltado a uma reunião – falha grotesca de um administrador público – não justifica mais esse chute de Alckmin no Município, mandando-o a escanteio. Grosseria que é retribuída, sempre, com vitória nas urnas por aqui. Está na hora de chutarmos também.
Frase da semana
"Quando a gente dá dinheiro para rico, é investimento. Quando é para pobre, é gasto". Do ex-presidente Lula, durante a 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil. Quinta-feira, 10, na Folha de S. Paulo.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Difícil não falar...
...ou escrever sobre política de uns tempos para cá. Os acontecimentos políticos têm “conspirado” com analistas e articulistas, tornando-se café da manhã, almoço e jantar e os devidos “lanchinhos” dos intervalos. Do prato principal à sobremesa. Bom apetite.
Paiol de pólvora
Depois da cassação do vereador Edmilson Gonçalves (PSDC), das denúncias contra secretários municipais e agora com as CPIs do aeroporto e da dengue, o prefeito Paulo Hadich (PSB) anunciou na segunda-feira a reforma administrativa na prefeitura, com criação de cargos e revisões salariais. Vai, com certeza, atiçar as lombrigas da oposição.
E foi no embalo
Já no cenário nacional, só se fala na aliança entre a ex-petista, ex-verde, Marina Silva (teve seu partido, a Rede, abortado pelo TSE) e o PSB, presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que mira o Palácio do Planalto em 2014. Difícil, também, prever estragos nas bases tucanas e petistas de imediato. Cada um avalia à sua maneira.
Bola disputada
Minha avaliação é quem nem PT ou PSDB terão prejuízos, pois a aliança Marina-Campos nasceu de interesses pessoais dos dois políticos. E com menos de cinco dias do festivo anúncio, ambos já se enroscam em divergências, que serão difíceis de contornar, porque há muita vaidade em jogo. É apenas uma análise, mas dá para bancar uma aposta.
É da carochinha
Se alguém acredita que José Serra vai dar trégua dentro do PSDB e assimilar a indicação de Aécio Neves como candidato à Presidência da República... eu também acredito. Em fadas, duendes e bruxas; em papai Noel e no coelhinho da Páscoa. Até mesmo no saci-pererê.
A última de hoje
O discurso político, por melhor que seja, chega uma hora que cansa a plateia. E plateia cansada ou dorme, ou vai embora decepcionada.
...ou escrever sobre política de uns tempos para cá. Os acontecimentos políticos têm “conspirado” com analistas e articulistas, tornando-se café da manhã, almoço e jantar e os devidos “lanchinhos” dos intervalos. Do prato principal à sobremesa. Bom apetite.
Paiol de pólvora
Depois da cassação do vereador Edmilson Gonçalves (PSDC), das denúncias contra secretários municipais e agora com as CPIs do aeroporto e da dengue, o prefeito Paulo Hadich (PSB) anunciou na segunda-feira a reforma administrativa na prefeitura, com criação de cargos e revisões salariais. Vai, com certeza, atiçar as lombrigas da oposição.
E foi no embalo
Já no cenário nacional, só se fala na aliança entre a ex-petista, ex-verde, Marina Silva (teve seu partido, a Rede, abortado pelo TSE) e o PSB, presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que mira o Palácio do Planalto em 2014. Difícil, também, prever estragos nas bases tucanas e petistas de imediato. Cada um avalia à sua maneira.
Bola disputada
Minha avaliação é quem nem PT ou PSDB terão prejuízos, pois a aliança Marina-Campos nasceu de interesses pessoais dos dois políticos. E com menos de cinco dias do festivo anúncio, ambos já se enroscam em divergências, que serão difíceis de contornar, porque há muita vaidade em jogo. É apenas uma análise, mas dá para bancar uma aposta.
É da carochinha
Se alguém acredita que José Serra vai dar trégua dentro do PSDB e assimilar a indicação de Aécio Neves como candidato à Presidência da República... eu também acredito. Em fadas, duendes e bruxas; em papai Noel e no coelhinho da Páscoa. Até mesmo no saci-pererê.
A última de hoje
O discurso político, por melhor que seja, chega uma hora que cansa a plateia. E plateia cansada ou dorme, ou vai embora decepcionada.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
O “nosso” cartaz de protesto
Entreguei ontem à comissão organizadora do 23º Prêmio Gazeta de Limeira de Literatura as 106 redações a mim confiadas para leitura e julgamento. Escolhidas as cinco primeiras colocadas – em ordem, da primeira à quinta – confesso que me surpreendi com o nível dos textos e, principalmente, com a consciência crítica da garotada. Tanto os das escolas públicas como particulares. E da série – que não vou revelar - de onde vieram essas redações. E que nenhuma delas deixou a desejar em seu conteúdo, pelo tema proposto, o que tornou a tarefa da escolha mais difícil ainda.
Após várias participações em comissões julgadores do Prêmio, esse foi, sem dúvida o que exigiu um raciocínio mais apurado, pois os acontecimentos que marcaram o mês de junho estão vivos em nossas mentes. E foi justamente tirado daqueles acontecimentos – os protestos que se espalharam pelo Brasil – o tema escolhido para o deste ano: “O meu cartaz de protesto”. E por que esse exercício intelectual se tornou mais difícil, se tudo ainda está fresquinho em nossa memória? Justamente por isso. Pelo realismo dos fatos que todos nós vivenciamos nesse período, para tirar deles nossas próprias lições e aplicá-las posteriormente para eleger o “cartaz de protesto” que cada concorrente previamente selecionado em suas respectivas escolas, escreveu.
E foram tantos e tão criativos, que reunidos todos eles mereceriam estar nas ruas a mostrar a indignação que povoa as consciências e a provocar os agentes políticos, para os quais foram direcionadas as mensagens escritas nesses cartazes. Foi o aflorar de uma reação justa de quem está antenado com os problemas nacionais e sabe como cobrar as devidas soluções, daqueles que têm o poder para tanto. De prefeitos ao presidente da República, passando pelos governadores estaduais e as respectivas casas legislativas, os recados desses estudantes foram bastante claros e objetivos. Eles querem participar da vida de seu País e, mais que isso, empurrar seus governantes para o caminho certo.
Apesar da abrangência do tema, o que mais me chamou a atenção foi a condução do raciocínio exposto nos textos, que trouxe, de fora para dentro, as mazelas pelas quais passam a população brasileira. As mensagens contidas nos cartazes dos protestos de junho foram transformadas em reivindicações locais, ou seja, cada um trouxe para a sua comunidade, para o bairro onde mora, as cobranças por uma melhor qualidade de vida. Em todas as áreas. Isso mostra um agudo senso analítico, que pode operar uma verdadeira transformação social a partir do envolvimento coletivo; da união de esforços para fazer de fato a diferença. E que, daqui para frente, a se inspirar nesses cartazes de protesto, os homens públicos entendam verdadeiramente a missão a eles confiada. Há muita gente com olhar bem atento a todos os seus atos.
Após várias participações em comissões julgadores do Prêmio, esse foi, sem dúvida o que exigiu um raciocínio mais apurado, pois os acontecimentos que marcaram o mês de junho estão vivos em nossas mentes. E foi justamente tirado daqueles acontecimentos – os protestos que se espalharam pelo Brasil – o tema escolhido para o deste ano: “O meu cartaz de protesto”. E por que esse exercício intelectual se tornou mais difícil, se tudo ainda está fresquinho em nossa memória? Justamente por isso. Pelo realismo dos fatos que todos nós vivenciamos nesse período, para tirar deles nossas próprias lições e aplicá-las posteriormente para eleger o “cartaz de protesto” que cada concorrente previamente selecionado em suas respectivas escolas, escreveu.
E foram tantos e tão criativos, que reunidos todos eles mereceriam estar nas ruas a mostrar a indignação que povoa as consciências e a provocar os agentes políticos, para os quais foram direcionadas as mensagens escritas nesses cartazes. Foi o aflorar de uma reação justa de quem está antenado com os problemas nacionais e sabe como cobrar as devidas soluções, daqueles que têm o poder para tanto. De prefeitos ao presidente da República, passando pelos governadores estaduais e as respectivas casas legislativas, os recados desses estudantes foram bastante claros e objetivos. Eles querem participar da vida de seu País e, mais que isso, empurrar seus governantes para o caminho certo.
Apesar da abrangência do tema, o que mais me chamou a atenção foi a condução do raciocínio exposto nos textos, que trouxe, de fora para dentro, as mazelas pelas quais passam a população brasileira. As mensagens contidas nos cartazes dos protestos de junho foram transformadas em reivindicações locais, ou seja, cada um trouxe para a sua comunidade, para o bairro onde mora, as cobranças por uma melhor qualidade de vida. Em todas as áreas. Isso mostra um agudo senso analítico, que pode operar uma verdadeira transformação social a partir do envolvimento coletivo; da união de esforços para fazer de fato a diferença. E que, daqui para frente, a se inspirar nesses cartazes de protesto, os homens públicos entendam verdadeiramente a missão a eles confiada. Há muita gente com olhar bem atento a todos os seus atos.
domingo, 6 de outubro de 2013
Que saia do papel e se transforme em ação eficaz
Após dez meses de governo, críticas consistentes e vaias elaboradas, a nova administração apresenta publicamente seu “plano de metas” para os próximos quatro anos. Composto por 100 itens elaborados a partir das audiências do orçamento participativo (OP), que é uma marca do Partido dos Trabalhadores (PT), ele traça prioridades que, se alcançadas, elevarão o patamar de desenvolvimento econômico e social de Limeira e pode causar muita dor de cabeça à oposição, que já sonha com 2016, sem ter ainda findado 2013. Essa é, entretanto, uma questão política menor, se levadas em conta as necessidades do Município e dos cidadãos limeirenses. E lança uma oportunidade única de participação da população, a partir da divulgação dessas prioridades, conforme esta Gazeta trouxe, de forma detalhada, na última quinta-feira. E é a partir da definição dessa centena de metas estabelecidas, que englobam todos os setores possíveis de uma administração pública, que entra a participação popular. Como nos protestos de julho, os limeirenses devem fazer seus cartazes, cobrar e fiscalizar o cumprimento desse plano à risca.
Prática inteligente
A ideia do orçamento participativo, que se caracteriza por uma proposta de discussão pública do orçamento e dos recursos para investimento, é interessante a partir do momento em que chama o seu público alvo à participação, no caso os próprios cidadãos, que conhecem seu bairro, sua região e seu município melhor que qualquer agente político. E sabem quais são suas necessidades básicas.
A máquina ligada
O que se espera a partir da consolidação e divulgação desse plano de metas, é que a administração pública entre definitivamente nos eixos, deixe o marasmo de lado e parta para a execução dessas prioridades. Para quem leu a proposta, da primeira à centésima – para quem não leu, está na íntegra na Gazeta de Limeira do último dia 3 – é fácil perceber que são atingíveis. E palpáveis.
E mãos na massa
Se a administração Paulo Hadich (PSB) conseguir transformar essa teoria em prática, e embora cada uma das cem metas dependa de orçamento próprio, o Município deverá experimentar um processo de crescimento sustentável em sua economia e de ascensão social inestimável. O que vai depender de uma enorme vontade política e, acima de tudo, de bons gestores e técnicos capacitados. É tudo de que o povo, de fato, precisa. E que assim seja.
Hora de fiscalizar
Não vai ser fácil. O importante é que é possível e, para isso, é preciso que se faça marcação cerrada aos agentes públicos. Já não é mais um simples plano eleitoral de governo. É um projeto de trabalho compromissado.
E Marina Silva...
Outro destaque da semana, e esse mexendo muito com a sucessão presidencial de 2014, foi a negativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à criação da Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora Marina Silva. Por seis votos a um os ministros do TSE entenderam que a Rede não cumpriu as exigências legais para o seu funcionamento. Muitas são as lições que podem ser tiradas dessa negativa. A principal delas é para a própria Marina, que poderia ter se adequado melhor ao Partido Verde (PV), com chances reais às eleições do próximo ano.
Não se enquadrou
Marina acabou divergindo de algumas opções ideológicas e também posturais do PV, devido à sua forte ligação religiosa com a doutrina evangélica. Algumas teses defendidas pelo partido, que a levou a quase 20 milhões de votos em 2010, são contrárias ao conservadorismo exacerbado de sua corrente religiosa, e ao seu próprio, quando trata do debate sobre o homossexualismo, aborto e outros temas tabus a algumas religiões.
Muita indefinição
Outra situação que Marina vai enfrentar, daqui para frente, e que pode ser um aspecto negativo às suas pretensões políticas, é o troca-troca de partido que protagonizou ao sair do PT, filiar-se ao PV e deixá-lo também, para fundar a Rede. No rescaldo final desse “desastre” político para ela, vai sobrar pouca coisa para se recuperar. Enquanto produzia esta coluna, Marina ainda não havia decidido seu destino político.
Pergunta rápida
Quem será beneficiado com a decisão do TSE em negar a legenda de Marina Silva?
Lugar da PM é...
...nas ruas. Não dentro de universidade. Espanta-me, cada vez mais, as ações do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao permitir que a Polícia Militar atue nos câmpus das universidades públicas estaduais. Não há o mínimo sentido, embora muitos defendam isso, em delegar à PM a ocupação de uma USP, Unicamp, Unesp, para resolver conflitos internos, de interesses acadêmicos. Essa postura só tem precedentes na época da ditadura militar. O falecido coronel Erasmo Dias que o diga. Refratários ao diálogo aberto e pela obediência que devem ao governador, são os próprios reitores dessas universidades os responsáveis pelas ações dos estudantes. É tempo de deixar a hipocrisia de lado.
Nota curtíssima
Cinco ações penais contra 31 pessoas. Silvio Félix e "amigos" estão novamente sob os holofotes da Justiça.
Paliativo, mas...
...antes isso que nada. A Secretaria de Transportes sinalizou com cavaletes de fitas zebradas o buraco aberto na cabeceira da ponte sobre o Ribeirão Tatu, na Avenida Araras e que tomou parte da calçada, ao lado da empresa CP Kelco. Agora, segundo informações, a prefeitura vai fazer uma licitação para a realização da obra de contenção. Quem sabe até dezembro o problema esteja definitivamente resolvido. É preciso esperar para ver.
Frase da semana
"Não temos o registro, mas temos a ética". Da ex-senadora, Marina Silva, após o TSE negar o registro ao seu partido, o Rede Sustentabilidade, por seis votos a um. Sexta-feira, 4, na Folha de S. Paulo.
Prática inteligente
A ideia do orçamento participativo, que se caracteriza por uma proposta de discussão pública do orçamento e dos recursos para investimento, é interessante a partir do momento em que chama o seu público alvo à participação, no caso os próprios cidadãos, que conhecem seu bairro, sua região e seu município melhor que qualquer agente político. E sabem quais são suas necessidades básicas.
A máquina ligada
O que se espera a partir da consolidação e divulgação desse plano de metas, é que a administração pública entre definitivamente nos eixos, deixe o marasmo de lado e parta para a execução dessas prioridades. Para quem leu a proposta, da primeira à centésima – para quem não leu, está na íntegra na Gazeta de Limeira do último dia 3 – é fácil perceber que são atingíveis. E palpáveis.
E mãos na massa
Se a administração Paulo Hadich (PSB) conseguir transformar essa teoria em prática, e embora cada uma das cem metas dependa de orçamento próprio, o Município deverá experimentar um processo de crescimento sustentável em sua economia e de ascensão social inestimável. O que vai depender de uma enorme vontade política e, acima de tudo, de bons gestores e técnicos capacitados. É tudo de que o povo, de fato, precisa. E que assim seja.
Hora de fiscalizar
Não vai ser fácil. O importante é que é possível e, para isso, é preciso que se faça marcação cerrada aos agentes públicos. Já não é mais um simples plano eleitoral de governo. É um projeto de trabalho compromissado.
E Marina Silva...
Outro destaque da semana, e esse mexendo muito com a sucessão presidencial de 2014, foi a negativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à criação da Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora Marina Silva. Por seis votos a um os ministros do TSE entenderam que a Rede não cumpriu as exigências legais para o seu funcionamento. Muitas são as lições que podem ser tiradas dessa negativa. A principal delas é para a própria Marina, que poderia ter se adequado melhor ao Partido Verde (PV), com chances reais às eleições do próximo ano.
Não se enquadrou
Marina acabou divergindo de algumas opções ideológicas e também posturais do PV, devido à sua forte ligação religiosa com a doutrina evangélica. Algumas teses defendidas pelo partido, que a levou a quase 20 milhões de votos em 2010, são contrárias ao conservadorismo exacerbado de sua corrente religiosa, e ao seu próprio, quando trata do debate sobre o homossexualismo, aborto e outros temas tabus a algumas religiões.
Muita indefinição
Outra situação que Marina vai enfrentar, daqui para frente, e que pode ser um aspecto negativo às suas pretensões políticas, é o troca-troca de partido que protagonizou ao sair do PT, filiar-se ao PV e deixá-lo também, para fundar a Rede. No rescaldo final desse “desastre” político para ela, vai sobrar pouca coisa para se recuperar. Enquanto produzia esta coluna, Marina ainda não havia decidido seu destino político.
Pergunta rápida
Quem será beneficiado com a decisão do TSE em negar a legenda de Marina Silva?
Lugar da PM é...
...nas ruas. Não dentro de universidade. Espanta-me, cada vez mais, as ações do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao permitir que a Polícia Militar atue nos câmpus das universidades públicas estaduais. Não há o mínimo sentido, embora muitos defendam isso, em delegar à PM a ocupação de uma USP, Unicamp, Unesp, para resolver conflitos internos, de interesses acadêmicos. Essa postura só tem precedentes na época da ditadura militar. O falecido coronel Erasmo Dias que o diga. Refratários ao diálogo aberto e pela obediência que devem ao governador, são os próprios reitores dessas universidades os responsáveis pelas ações dos estudantes. É tempo de deixar a hipocrisia de lado.
Nota curtíssima
Cinco ações penais contra 31 pessoas. Silvio Félix e "amigos" estão novamente sob os holofotes da Justiça.
Paliativo, mas...
...antes isso que nada. A Secretaria de Transportes sinalizou com cavaletes de fitas zebradas o buraco aberto na cabeceira da ponte sobre o Ribeirão Tatu, na Avenida Araras e que tomou parte da calçada, ao lado da empresa CP Kelco. Agora, segundo informações, a prefeitura vai fazer uma licitação para a realização da obra de contenção. Quem sabe até dezembro o problema esteja definitivamente resolvido. É preciso esperar para ver.
Frase da semana
"Não temos o registro, mas temos a ética". Da ex-senadora, Marina Silva, após o TSE negar o registro ao seu partido, o Rede Sustentabilidade, por seis votos a um. Sexta-feira, 4, na Folha de S. Paulo.
sábado, 5 de outubro de 2013
De protagonista à coadjuvante
Enquanto finalizava a coluna, que será publicada na
edição deste domingo, na versão impressa de a Gazeta de Limeira, a ex-senadora
e ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva, ainda não havia
decidido seu futuro político. Como a negativa do TSE ao registro de seu novo
partido, Rede Sustentabilidade, Marina teria até a meia-noite de hoje, 5, para
se filiar a algum partido, caso quisesse concorrer às eleições, em 2014.
Entre críticas pesadas de seus aliados e seguidores, que esperavam ter na Rede uma legenda forte, puxada pela popularidade conquistada por Marina em 2010, quando teve quase 20 milhões de votos à Presidência da República, Marina postergou sua decisão. A ex-candidata do Partido Verde, o qual também deixou para criar sua própria sigla partidária, assim como havia feito na divulgação de seu apoio naquele ano - se seria à petista ou ao tucano José Serra - tentou um charme extra, que entendo como uma forma evitar um desgaste político maior.
Hoje pela manhã, Marina Silva deixou o suspense de lado e anunciou sua filiação ao PSB, do governador pernambucano Eduardo Campos e, pasmem os que me leem agora, para ser candidata a vice na chapa do socialista. Uma postura estranha de quem era, até então, protagonista de sua própria história e de repente resolveu se contentar com um papel secundário. Em ser apenas coadjuvante.
A única leitura que dá para fazer deste momento, é que o projeto da Rede Sustentabilidade, que deveria ser a longo prazo, como foram tantos outros partidos, na realidade era o projeto “Marina Silva”. Sua bandeira ética, como ela se referiu, quando o TSE anunciou a decisão de negar o registro ao seu partido - e que será a “Frase da Semana”, desta coluna no impresso – também foi arriada rapidamente. A ex-senadora, ex-PT, ex-PV e agora ex-Rede (sem ter sido), dá um tiro no próprio pé com essa decisão. Principalmente se levarmos em consideração todo seu discurso. Sua postura aguerrida na defesa da nova sigla.
Marina Silva, infelizmente, jogou toda sua credibilidade e a empatia dos eleitores para com ela, na vala comum. Não pelo partido ao qual se filiou – ou vai se filiar antes de o prazo legal expirar – e muito menos por se contentar em ser vice de Campos em 2014, mas pelos quase 20 milhões de votos que recebeu em 2010. Pela confiança nela depositada por esse volumoso contingente de descontentes, como alternativa ao poder convencional, no qual também se transformou o próprio PT.
Marina Silva se revelou no seu próprio personalismo. Iguala-se aos demais, a quem tanto criticou e combateu. Mostrou apenas oportunismo, em busca de sua satisfação pessoal. E de espaço para pôr em prática sua ambição política.
Infelizmente para ela e para os que nela acreditavam até hoje. Felizmente para o país, que vai ter a oportunidade de conhecer quem de fato é Marina Silva.
Entre críticas pesadas de seus aliados e seguidores, que esperavam ter na Rede uma legenda forte, puxada pela popularidade conquistada por Marina em 2010, quando teve quase 20 milhões de votos à Presidência da República, Marina postergou sua decisão. A ex-candidata do Partido Verde, o qual também deixou para criar sua própria sigla partidária, assim como havia feito na divulgação de seu apoio naquele ano - se seria à petista ou ao tucano José Serra - tentou um charme extra, que entendo como uma forma evitar um desgaste político maior.
Hoje pela manhã, Marina Silva deixou o suspense de lado e anunciou sua filiação ao PSB, do governador pernambucano Eduardo Campos e, pasmem os que me leem agora, para ser candidata a vice na chapa do socialista. Uma postura estranha de quem era, até então, protagonista de sua própria história e de repente resolveu se contentar com um papel secundário. Em ser apenas coadjuvante.
A única leitura que dá para fazer deste momento, é que o projeto da Rede Sustentabilidade, que deveria ser a longo prazo, como foram tantos outros partidos, na realidade era o projeto “Marina Silva”. Sua bandeira ética, como ela se referiu, quando o TSE anunciou a decisão de negar o registro ao seu partido - e que será a “Frase da Semana”, desta coluna no impresso – também foi arriada rapidamente. A ex-senadora, ex-PT, ex-PV e agora ex-Rede (sem ter sido), dá um tiro no próprio pé com essa decisão. Principalmente se levarmos em consideração todo seu discurso. Sua postura aguerrida na defesa da nova sigla.
Marina Silva, infelizmente, jogou toda sua credibilidade e a empatia dos eleitores para com ela, na vala comum. Não pelo partido ao qual se filiou – ou vai se filiar antes de o prazo legal expirar – e muito menos por se contentar em ser vice de Campos em 2014, mas pelos quase 20 milhões de votos que recebeu em 2010. Pela confiança nela depositada por esse volumoso contingente de descontentes, como alternativa ao poder convencional, no qual também se transformou o próprio PT.
Marina Silva se revelou no seu próprio personalismo. Iguala-se aos demais, a quem tanto criticou e combateu. Mostrou apenas oportunismo, em busca de sua satisfação pessoal. E de espaço para pôr em prática sua ambição política.
Infelizmente para ela e para os que nela acreditavam até hoje. Felizmente para o país, que vai ter a oportunidade de conhecer quem de fato é Marina Silva.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Vale para um e...
...vale para o outro também. Tenho criticado duramente as falhas da administração Paulo Hadich (PSB) e algumas decisões da Câmara, sob o comando de Ronei Martins (PT). Quando há motivo, elogio também. O mesmo vale para a oposição, que dentro e fora da política partidária (via redes sociais) não tem mostrado consistência ou propostas. Apenas ressentimentos e, em alguns casos, ódio exacerbado.
Exemplo prático
E é fácil comprovar a tese dessa inconsistência política. Tomemos o exemplo dos ônibus novos do transporte público, que vêm sendo vandalizados em Limeira. Não vi ou li nenhuma manifestação contrária a essas ações, que tanto prejudicam a população, partindo dessa mesma oposição. Esse silêncio é muito perigoso.
Ninguém merece
Quando se aposta no “quanto pior, melhor” todos perdem. E os exemplos se sucedem, mas o caos parece ser o limite na disputa pelo poder político. Pura irracionalidade.
Os efeitos da CCJ
Os vereadores Júlio Cesar Pereira dos Santos (DEM) e Zé da Mix (PSD) estavam com o semblante carregado na sessão da última segunda-feira. Havia uma espécie de desconforto visivelmente ilustrado pelo silêncio - não costumeiro - de ambos. O clima de “caça às bruxas” está deixando o ambiente tenso na Casa.
Estrelas de Valmir
O prefeito de Iracemápolis, Valmir Almeida, acrescentou à estrela de cinco pontas do PT, mais uma, a de três, símbolo da Mercedes-Benz. Marca efetiva para sua administração, que ninguém conseguirá apagar. A aposta é saber se Dilma Rousseff estará na inauguração da montadora em Iracemápolis, em 2016. Resposta em 2014.
A última de hoje
Há muito mais entre uma pedrada e outra nos ônibus do transporte público em Limeira do que supõe nossa vã filosofia...
...vale para o outro também. Tenho criticado duramente as falhas da administração Paulo Hadich (PSB) e algumas decisões da Câmara, sob o comando de Ronei Martins (PT). Quando há motivo, elogio também. O mesmo vale para a oposição, que dentro e fora da política partidária (via redes sociais) não tem mostrado consistência ou propostas. Apenas ressentimentos e, em alguns casos, ódio exacerbado.
Exemplo prático
E é fácil comprovar a tese dessa inconsistência política. Tomemos o exemplo dos ônibus novos do transporte público, que vêm sendo vandalizados em Limeira. Não vi ou li nenhuma manifestação contrária a essas ações, que tanto prejudicam a população, partindo dessa mesma oposição. Esse silêncio é muito perigoso.
Ninguém merece
Quando se aposta no “quanto pior, melhor” todos perdem. E os exemplos se sucedem, mas o caos parece ser o limite na disputa pelo poder político. Pura irracionalidade.
Os efeitos da CCJ
Os vereadores Júlio Cesar Pereira dos Santos (DEM) e Zé da Mix (PSD) estavam com o semblante carregado na sessão da última segunda-feira. Havia uma espécie de desconforto visivelmente ilustrado pelo silêncio - não costumeiro - de ambos. O clima de “caça às bruxas” está deixando o ambiente tenso na Casa.
Estrelas de Valmir
O prefeito de Iracemápolis, Valmir Almeida, acrescentou à estrela de cinco pontas do PT, mais uma, a de três, símbolo da Mercedes-Benz. Marca efetiva para sua administração, que ninguém conseguirá apagar. A aposta é saber se Dilma Rousseff estará na inauguração da montadora em Iracemápolis, em 2016. Resposta em 2014.
A última de hoje
Há muito mais entre uma pedrada e outra nos ônibus do transporte público em Limeira do que supõe nossa vã filosofia...
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Aluga-se. Vende-se. Quem dá mais?
A quatro dias do encerramento no prazo para a regularização dos novos partidos, em tempo hábil para concorrer às eleições de 2014, um frenesi tomou conta da agenda política nacional, a ponto de as trocas de farpas entre situação e oposição ficarem em segundo plano. Todos de olho nos dividendos que cada uma dessas legendas possa agregar ao tempo no horário eleitoral gratuito, entre os dois principais adversários: PT e PSDB. Uma pulverização partidária, que eleva de 30 para 32 o número de partidos políticos no Brasil e pode ganhar mais um, caso o Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, consiga seu registro até o próximo dia 5, a data-limite para a legalização e habilitação às disputas do ano que vem.
Dos dois novos que já estão aptos a participar do pleito eleitoral, o Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (ex-PDT), vai desembarcar no porto do PSDB, de Aécio Neves. E o Partido Republicano da Ordem Social, o PROS, se me permitem um trocadilho, será pró-PT, de Dilma Rousseff. Já nasceu com essa função.
Ambos, entretanto, não deixam de ser dois novos partidos de aluguel, que nascem para dar casa a políticos descontentes com suas siglas de origem ou delas excluídos por disputas internas, em que sobram caciques e pajés. E se somam aos demais, que se contentam em ser meros coadjuvantes nesse cenário, desde que lá na frente tenham seus interesses atendidos. Que a cada dia reforçam o fisiológico em detrimento ao ideológico.
Mais uma vez é a conveniência política e o interesse pessoal que determinam a composição de um quadro eleitoral difuso, que não prioriza o debate sobre as prioridades nacionais, mas sim o personalismo de suas lideranças, que buscam apenas o alinhamento com o poder. Ou com aqueles que desejam retomá-lo. Quem dá (oferece) mais, leva a preciosa mercadoria, num leilão aberto e descarado, no qual se sobressai a língua do “p”. De partidos. De políticos.
E salvo extraordinário acontecimento, que abale as estruturas vigentes, a polarização entre petistas e tucanos deve prevalecer. Só não dá para cravar todas as fichas nessa aposta porque há o efeito Marina Silva, que vem desde 2010 e pode atrapalhar os planos, nesse caso, tanto de Aécio quanto de Dilma. Isso, caso ela consiga viabilizar legalmente o seu partido, que, diferente dos dois primeiros, nasce para sustentar a própria candidatura da ex-senadora e com viés ideológico mais forte que os outros. Não que seja um partido ideológico por natureza, como já foi o PT, mas pelo ao seu objetivo inicial: dar o necessário palanque às aspirações de Marina, na corrida à sucessão presidencial, que há muito está nas ruas.
A dúvida, agora, é saber quem mais se fortalece com esse hipermercado partidário, que tem em suas gôndolas duas novas ofertas. Uma coisa, porém, é certa, não é a política. Nesse caso, é a lógica do mercado que determina a ética: se há um produto à venda, há compradores interessados.
Dos dois novos que já estão aptos a participar do pleito eleitoral, o Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (ex-PDT), vai desembarcar no porto do PSDB, de Aécio Neves. E o Partido Republicano da Ordem Social, o PROS, se me permitem um trocadilho, será pró-PT, de Dilma Rousseff. Já nasceu com essa função.
Ambos, entretanto, não deixam de ser dois novos partidos de aluguel, que nascem para dar casa a políticos descontentes com suas siglas de origem ou delas excluídos por disputas internas, em que sobram caciques e pajés. E se somam aos demais, que se contentam em ser meros coadjuvantes nesse cenário, desde que lá na frente tenham seus interesses atendidos. Que a cada dia reforçam o fisiológico em detrimento ao ideológico.
Mais uma vez é a conveniência política e o interesse pessoal que determinam a composição de um quadro eleitoral difuso, que não prioriza o debate sobre as prioridades nacionais, mas sim o personalismo de suas lideranças, que buscam apenas o alinhamento com o poder. Ou com aqueles que desejam retomá-lo. Quem dá (oferece) mais, leva a preciosa mercadoria, num leilão aberto e descarado, no qual se sobressai a língua do “p”. De partidos. De políticos.
E salvo extraordinário acontecimento, que abale as estruturas vigentes, a polarização entre petistas e tucanos deve prevalecer. Só não dá para cravar todas as fichas nessa aposta porque há o efeito Marina Silva, que vem desde 2010 e pode atrapalhar os planos, nesse caso, tanto de Aécio quanto de Dilma. Isso, caso ela consiga viabilizar legalmente o seu partido, que, diferente dos dois primeiros, nasce para sustentar a própria candidatura da ex-senadora e com viés ideológico mais forte que os outros. Não que seja um partido ideológico por natureza, como já foi o PT, mas pelo ao seu objetivo inicial: dar o necessário palanque às aspirações de Marina, na corrida à sucessão presidencial, que há muito está nas ruas.
A dúvida, agora, é saber quem mais se fortalece com esse hipermercado partidário, que tem em suas gôndolas duas novas ofertas. Uma coisa, porém, é certa, não é a política. Nesse caso, é a lógica do mercado que determina a ética: se há um produto à venda, há compradores interessados.
Assinar:
Postagens (Atom)