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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Depois do Cachoeira, só uma correnteza...

Para quem esperava dias de calmaria, eis que o raio cai novamente. E pode-se dizer que, desta vez, no mesmo lugar, contrariando o clássico dito popular de que ele nunca cai no duas vezes no mesmo lugar. A cabeça atingida foi outra, mas o alvo foi o mesmo. A administração do prefeito cassado Silvio Félix da Silva (PDT), agora com um novo e mais escabroso capítulo. De propinagem a extorsão para não divulgar certo dossiê, que está levando, como uma correnteza de rio, tudo o que tem pela frente. Tal qual uma certa cachoeira - ou melhor, um Cachoeira - que está abalando os alicerces do Planalto Central. Por aqui, a correnteza também tem apelido, Messias (que não é o salvador, muito pelo contrário); nome, Sérgio, e sobrenome, Baptistella. E muitos outros, que caíram e continuam caindo, numa fileira de dominó, que parece não ter fim. A cada peça derrubada, vem a seguinte, a seguinte, a seguinte... E pelo visto vai continuar levando, sem , o que encontra pela frente. A bomba, que estourou desta vez, parece ser muito mais explosiva ainda, do que a da cassação do próprio Félix. E tem muito estilhaço ainda.

Fio, por fio de um...
...novo novelo, que começa a se desenrolar e deve estar tirando o sono de muita gente ainda não citada em nenhum dossiê ou denúncia. Mas que existem. E que não vai parar de fazer novas vítimas. Ou melhor, trazer à tona nomes e mais nomes, que estavam fazendo a população de vítima. Do descaso, do desmazelo com o dinheiro público e da falta de respeito com o cidadão, que paga seus impostos em dia.

Surpresas. E novas
O que vem por , acredito, não será nada bom para ninguém. Abala a imagem do Município, porém, provoca uma onda positiva de combate à corrupção e, principalmente, de conscientização e cidadania. E mostra que é preciso estar atento a promessas, imagens bem acabadas ou santificadas, porém, de conteúdo impróprio. Que ninguém se surpreenda com os novos capítulos. Se isso for possível.

Efeito determinante
Outro ditado que está sendo contrariado nesse imbróglio político e de consequências ainda imprevisíveis, é que os elos começaram a se romper pelo lado mais forte. Intocáveis e inabaláveis, os primeiros a tombar foram os chamados homens-fortes. A confiança começou a ser quebrada e são, quero supor, os elos mais fracos os que estão sustentando as provas mais pesadas. E que, num efeito conta-gotas, podem aumentar ainda mais a correnteza que se avolumou com as gravações divulgadas pela EPTV e repercutidas na mídia local e nacional. É preciso descobrir quantos elos, como Messias, ainda estão segurando o que resta da porteira.

Assepsia imediata
A Câmara Municipal, por sua vez, tem obrigação moral de exorcizar todos os seus fantasmas. E que ainda são aterrorizantes. Sem caça às bruxas nem perseguição. E mostrar que aquela Casa tem como função primordial fiscalizar os atos do Poder Executivo, até agora esquecido. Preceito constitucional, diga-se. E se tivesse feito isso desde o início e de forma transparente, Limeira não teria passado por esse vexame todo. Por essa provação de credibilidade.

Pergunta rápida
O novo corregedor damara, vereador José Farid Zaine (PDT), vai exercer sua função de fato ou vai apenas contemporizar?

A passos largos
O caminho para o segundo turno nas eleições municipais em Limeira continua sendo trilhado. A cada dia que passa, pelos dados disponibilizados pelos cartórios eleitorais, a meta para os 200 mil eleitores fica cada vez mais perto. Se essa progressão continuar, neste anos iremos às urnas no começo e no final de outubro. Para o bem da democracia e por um debate mais apurado sobre as prioridades de Limeira, daqui para frente.

Sugestões simples
O que falta para melhorar o trânsito em Limeira? Acredito em medidas simples e concretas e vou sugerí-las, agora ao secretário titular da pasta. A primeira delas, é fazer com que a empresa responsável pela manutenção dos semáforos cumpra com sua função. A segundo, é devolver, em pontos estratégicos, os agentes de trânsito às ruas, instruidos para educar e, quando necessário, autuar motoristas, motociclistas e pedestres. E utilizar a arrecadação com as multas - que é expressiva - em campanhas educativas concretas. O discurso deve ser, sempre, consequência dos resultados positivos das medidas tomadas.

Um exemplo real
Vou exemplificar aqui medidas práticas positivas. A população pediu, pressionou, até a ação ser tomada: a colocação do semáforo no cruzamento da Dr. Trajano com Alferes Franco, atrás da catedral. Funcionou. E está funcionando muito bem. Não é difícil. É arregaçar as mangas e fazer acontecer.

A quem reclamar?
Moradores do local e motoristas continuam reclamando de uma vala aberta no asfalto entre a Via Jurandyr Paixão e o Condomínio Parque dos Sabiás. meses virou alvo de preocupação e ninguém entende porque o buraco não é fechado. A responsabilidade sobre aquele trecho, segundo a própria Prefeitura é do próprio condomínio, que reconheceu essa situação, porém, alega não ter como providenciar o conserto. Esta Gazeta fez várias reportagens, inclusive com fotos, alertando sobre o problema. E mesmo assim muita gente continua recorrendo ao jornal, como forma de pressionar a quem de direito. Neste caso é preciso bom senso entre as partes, Prefeitura e condomínio, para que um acordo seja feito e a questão resolvida. E rapidamente.

Frase da semana
"Fiz um favor e acabou nisso". De Sérgio Baptistella, ex-secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura, ao afirmar, que atendeu o também ex-secretário Sérgio Sterzo, para pagar Messias, para que ele silenciasse sobre um possível dossiê contra a então administração Félix. Sexta-feira, 26. Na Gazeta.

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