Por diversas vezes comentei, aqui neste espaço, o significado das chamadas “teorias conspiratórias”. São aquelas mentiras sem qualquer nexo ou significado, que muita gente gosta de transformar em verdade. Principalmente as correntes políticas de todos os naipes ideológicos. A esquerda gosta de responsabilizar a direita pelas mazelas sociais do povo. E a direita, por sua vez, vê monstros da esquerda escondidos em todo o lugar, à espreita do bote fatal. É em época eleitoral, entretanto, onde há maior concentração dessas teorias, que incautos cidadãos vivem difundindo como se fossem verdades indiscutíveis e irreversíveis. Mais ou menos assim: “olha, se fulano vencer a eleição vai dividir sua casa para dar metade para os mais pobres...”; “se for sicrano o vencedor, ele vai privatizar até universidade pública ...” E assim por diante. “A democracia está em perigo”, diz um. “Vai ter pedágio até no portão de cada casa”, alega o outro. Numa sucessão de coisas tão ridículas e estapafúrdias, que eu não consigo imaginar como essa gente se presta a passar tais informações em correntes infindáveis. Haja tempo perdido.
Apago...sem ler
As mensagens que costumo receber, nesse sentido, sejam de que lado for, costumo apagar sem nem sequer abrir seu conteúdo. Vão todas devidamente organizadas para a lixeira. E, de lá, para o espaço. Portanto, amigos que me acompanham agora através desta coluna, se estão pensando em enviar qualquer mensagem dessa natureza para mim, desistam! Agora, se for piada de político, desde que não seja preconceituosa, pode enviar. Essas são sempre bem-vindas!
Soneto e emenda
A foto que a assessoria de imprensa do deputado José Luiz Gazotti (PSDB) distribuiu, ao lado de Pedrinho Kühl e Clodoaldo Araújo, e o texto de apoio do renunciante ao estadual, que preferiu dobrar com um federal de fora, não convence ninguém dessa unidade forçada.
Os casos diários...
...que chegam até nós, jornalistas, dão-nos uma mostra da irresponsabilidade ambiental. Dezenas de e-mails, nesta semana e na semana passada, denunciavam a chuva de fuligem que caía sobre a cidade, oriunda de queimadas. Mesmo com a umidade do ar baixa, os praticantes desse “crime” - porque não tem outra palavra para explicar tal atitude - não se intimidam e continuam a queimar, queimar, queimar...
Leitor reclama!!
Vou transcrever uma das mensagens de uma dona de casa que trabalha fora e que está bastante irritada com a questão do pó preto dessas queimadas. Um drama que ela relatou por e-mail. “Gostaria de aproveitar este espaço, para reclamar sobre a chuva de fuligem de queimada que caiu em nossa cidade ontem à tarde. Eu como cidadã consciente separo meu lixo, o orgânico do reciclável. Essa é uma das atitudes para cuidar e preservar o meio ambiente. Mas infelizmente as usinas não têm essa responsabilidade. Eu trabalho fora o dia inteiro e acordo quase de madrugada para limpar minha casa, pois não tenho condições de ter uma funcionária para este fim. Ontem, porém, aquela chuva de fuligem invadiu a nossa casa, trazendo-nos prejuízo, financeiramente, pois fomos obrigados a usar mais água, como pode nos causar problemas de saúde. Essa é a minha reclamação”, escreveu. Está registrado no e-mail.
Temos lei. Porém...
Em Limeira temos lei específica contra as queimadas, de autoria do vereador e presidente da Câmara Eliseu Daniel dos Santos (PDT). Foi considerada uma das mais avançadas para o setor, porém os usineiros através de entidade de classe conseguiram liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo seus efeitos.
Se você quer ler
São dois livros. Mas na verdade o tema é um só e um continua o que o outro começou. Estou falando de “1968 O ano que não terminou” e “1968 O que fizemos de nós”. Ambos de um dos mestres do livro-reportagem no Brasil, o jornalista Zuenir Ventura. Lançados em 2008 pela Editora Planeta, as duas obras são uma vasta e detalhada reportagem do mais emblemático ano do Século XX, que marcou movimentos renovadores praticamente no mundo todo. E o Brasil fazia parte deste contexto com a ditadura militar, o AI-5, perseguições, tortura e mortes, envolvendo intelectuais, políticos, artistas, o movimento estudantil, entre outros, no qual Zuenir trafega como observador e personagem ao mesmo tempo. Uma ótima recomendação de leitura, que resgata um pouco dessa rica, triste e, ao mesmo tempo, humana e maravilhosa história que faz parte de todos nós. O leitor vai se surpreender com os fatos narrados e seus protagonistas.
Eu Recomendo!
Um bem-sucedido arquiteto leva uma vida regrada ao lado de uma bela esposa, que se casaram por conveniência e abriram juntos uma empresa, mas nem mesmo a filha é capaz de minimizar as indiferenças. Ele suporta a situação até conhecer uma jornalista. Eles se apaixonam e, agora, ele terá que decidir entre continuar com a esposa e a filha ou abrir mão de tudo o que construiu para ficar com a amante. Esta é a história do filme que recomendo hoje. Trata-se do drama americano Uma Escolha, Uma Renúncia (Intersection), de 1994. Com 98 minutos de duração e direção de Mark Rydell, traz no elenco Richard Gere, Sharon Stone, Lolita Davidovich, Martin Landau e David Selby. Uma boa pedida em DVD nas locadoras. E um ótimo filme.
Frase da Semana
“Uma ex-poste que ameaça converter José Serra no mais preparado ex-futuro presidente que o Brasil já teve”. Do jornalista Josias de Souza, em seu blog, na Folha de S. Paulo, sobre a arrancada de Dilma Rousseff na campanha presidencial. Ontem, na Folha Online-Blogs.
Antonio Claudio Bontorim
domingo, 22 de agosto de 2010
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