A Organização Mundial de Saúde diz que o estresse auditivo se dá a partir dos 55 decibéis. O barulho excessivo, de qualquer tipo, é prejudicial à saúde. Não é preciso ser especialista para descobrir o quanto há de verdade nessa afirmativa. A Lei do Silêncio nada mais é do que a NBR - Norma Brasileira de Regras Técnicas - número 10.151, que decreta o limite de barulho de dia, e principalmente à noite. Mesmo assim, muitos a descumprem e o som alto é sinônimo de diversão. Apesar dessa normatização, os municípios têm livre arbítrio para conter esse tipo de abuso, que vem principalmente de bares, lanchonetes, veículos automotores e casas noturnas de uma maneira geral. Só para exemplificar essa situação, nos últimos 30 dias foram registradas 20 denúncias na Ouvidoria da Prefeitura sobre poluição sonora, principalmente de bares, conforme mostrou esta Gazeta, na última quinta-feira, em sua manchete. E nem é necessário ficar com os ouvidos atentos a isso. O som alto está em todo lugar, tanto durante o dia como à noite, quando mais se precisa de silêncio. Isso é fato.
A quem reclamar?
Apesar das denúncias, qualquer reclamação, hoje, enfrenta uma burocracia interminável nos serviços públicos que poderiam combater esse tipo de abuso. Não há um plantão 24 horas, em especial no setor ambiental, que possa atender quem precisa descansar e é incomodado constantemente pelo barulho. Venha de onde vier. Acionar a PM, por exemplo, não resolve. E não é obrigação do bispo.
Pedras do caminho
Isso quando um órgão público não empurra a responsabilidade para outro, e aí tudo complica de vez. O cidadão busca a paz e recebe o descaso das autoridades, que deveriam agir. Várias vezes tentei reclamar no 190 (PM), que fica em Piracicaba, e o calvário é maior que o de Cristo. Não basta endereço, é preciso referências. E são tantos os obstáculos, que se acaba desistindo da denúncia.
As ações necessárias
Isso é só um exemplo. E os casos se repetem, e nenhuma solução que alivie nossos ouvidos é apresentada. Agora parece que alguma coisa será feita. Após o alto número de denúncias, a Prefeitura vai propor um projeto semelhante ao Programa de Silêncio Urbano (Psiu), de São Paulo. E que vai disponibilizar servidores em plantão para agir no momento da denúncia. E é isso que se espera.
E que venha rápido
Só que o Poder Executivo precisa ser ágil e os vereadores entenderem a proposta, sem se preocupar bom o lobby dos empresários do entretenimento, que será ativo e forte. Lazer e diversão não podem ser sinônimo de barulho.
Está aí a explicação
Que o motorista limeirense tem uma enorme dificuldade em respeitar a sinalização, não é novidade. Agora, a explicação: falta sinalização até em local de exame de CNH, conforme mostrou manchete desta Gazeta na última quarta-feira. Então...
Seria uma Fênix ou...
...mais uma vez a oposição dá mostras de que realmente não seduz o eleitor? Fico com a segunda opção, mesmo porque a mitológica ave que renasce das cinzas é uma analogia pesada demais para o caso. Falo do crescimento nas intenções de votos de 3 pontos percentuais da presidente Dilma Rousseff (PT), de 37 para 40%, após sucessivas quedas, na pesquisa do Ibope divulgada na última sexta-feira. O tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos também cresceram, mas a sinalização para um segundo turno ainda está indefinida. Dentro da margem de erro, a eleição se decide em primeiro turno. Porém, e é sempre bom ressaltar, esse é um cenário de momento. E pode mudar, conforme mostraram pesquisas anteriores. Aécio e Campos ainda não empolgam.
Candidatos sonham
E já que o tema são as eleições, no cenário local já há vereador pensando em se afastar da Câmara para se dedicar à campanha. Trata-se de Edvaldo Antunes, o Dinho (PSB), que já foi escolhido pelo próprio partido como pré-candidato à Assembleia Legislativa. Ele soma – ou divide – com outros 19 nomes já mostrados por esta Gazeta e, agora, com mais um na concorrência, só que à Câmara Federal: o missionário Osvaldo de Oliveira, do Partido Trabalhista Cristão (PTC). É mais um na tentativa de engrossar a bancada evangélica, que argumenta com o retrocesso em nome da fé.
De muitos, nenhum
Esse número de candidatos, tanto a deputado estadual como federal, só tende a crescer daqui para frente. E dividir cada vez mais o eleitorado, reduzindo a chance de eleição.
Pergunta rápida
Com tanto candidato assim, vai sobrar eleitor para votar em outubro?
Tem terra no óleo
Conversas ao pé do ouvido com alguns governistas indicam um certo desgaste entre os poderes Executivo e Legislativo. O fato é que o “trator” parece estar patinando na areia, e há um nítido desconforto. Entre o apoio incondicional, que até agora funcionou, e a voz das ruas, há um abismo que pode se tornar intransponível e até ameaçar projetos futuros. A tutela, que é marca registrada na Câmara há muitas legislaturas e administrações municipais, pode estar com os dias contados. E se isso representar mais desgaste frente ao eleitorado, não tenho dúvidas de que podem haver sérios problemas nesse relacionamento, até agora harmonioso. Política não é uma ciência exata.
Nota curtíssima
Os sindicatos se transformaram em empresas de lucro fácil. Ninguém quer largar esse filé.
Caixa de Pandora
Coisa de bandido. De quadrilha mesmo. Assim pode ser definida a ação de motoristas e cobradores de ônibus, pseudossindicalistas, que agiram de forma truculenta na capital paulista, entre quarta, quinta e início da sexta-feira. E isso após acordo entre as empresas e os representantes oficiais da categoria. Derrotados nas urnas sindicais e se autointitulando dissidentes, obrigaram passageiros a deixar os ônibus, furaram pneus e perpetraram toda sorte de banditismo. A questão é que ninguém que está dentro, hoje, da estrutura sindical, quer deixá-la, e, quem está fora, quer entrar. E o pior é que são subsidiados pelos trabalhadores. O sindicalismo virou negócio e, em alguns casos, vitalício. E não é só nos grandes centros, não. Está no interior também.
Frase da semana
“Usei maconha aos 18 anos e não recomendo a ninguém”. Do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), pré-candidato do partido à Presidência, em entrevista ao UOL e Folha de S. Paulo. Sexta-feira, 22, na TV UOL.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
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