Sinceramente...
... o motorista limeirense não está preparado para “onda verde” do sistema semafórico nos corredores centrais. Os veículos não trafegam na velocidade regulamentar para se passar por todos os sinais verdes – 40 km/hora – e acabam atrapalhando todo o fluxo. É lento na hora de sair (basta perceber nos temporizadores) ou então insiste no péssimo hábito de falar ao celular enquanto dirige.
Conclusão lógica
De nada adianta o poder público investir em melhorias, se a população não retribuir com o uso adequado. Sempre reclamamos e criticamos a falta de sincronismo dos semáforos, para perceber agora que ele não vai funcionar, se o próprio motorista não souber como proceder de forma adequada.
A parte explicada
Professores e funcionários das universidades públicas estaduais – USP, Unesp e Unicamp – decidiram pela greve por que tiveram seus aumentos salariais congelados em “0%”, pelos reitores dessas instituições. Agora uma notícia interessante: teve um reitor que ganhou mais que o governador em 2007, conforme aponta um relatório do Tribunal de Contas do Estado – TCE. Foi o José Tadeu Jorge, da Unicamp. Deu na Folha de S. Paulo de ontem, 28/05.
Autonomia zero
Pelo período que frequentei uma universidade pública e agora por meu filho, que é estudante da UNESP, é fácil perceber que todas elas se tornaram feudos políticos. E, por isso, enfrentam essa situação de insolvência. Falar em má administração e gestão é pouco. Essa crise tem origem exclusivamente política.
Índice generoso
Enquanto que na maioria dos grandes municípios e algumas capitais, motoristas, cobradores de ônibus e metroviários já planejam – ou fazem – greve, em Limeira o risco está descartado. A categoria conseguiu 12% de aumento, o maior do Estado. E de fato merecem.
E ainda é pouco
Esse porcentual – 12% - é baixo, levando-se em consideração o gordo subsídio que o poder público dá às empresas do setor e o minúsculo investimento em melhorias que elas proporcionam aos usuários em contrapartida, que no final é quem paga as contas.
A última de hoje
Vem aí a greve dos metroviários em São Paulo.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
Nosso irreversível complexo de vira-latas
As cidades que receberão seleções para a Copa do Mundo no Brasil já respiram os ares do maior torneio de seleções do planeta, que tem início dentro de exatos 16 dias, num clima ainda de incertezas quanto ao alcance das manifestações do grupo do “Não vai ter Copa” (com erro gramatical e tudo mais). Vai haver Copa, sim. Disso ninguém tem dúvida. Acredito que até os próprios organizadores dos protestos, que pedem educação, saúde e segurança padrão Fifa (reivindicações mais do que justas), numa alusão ao dinheiro gasto nos estádios e obras periféricas, já se conformaram com isso. É bom que fique bem claro que esse “padrão Fifa” refere-se única e exclusivamente ao dinheiro investido – o maior volume oriundo dos cofres públicos – para atender aos caprichos dos senhores Joseph Blatter e Jérôme Valcke. Não se pode imaginar, porém, que se confunda com os padrões de comportamento dos “donos da bola”, que transformarão as arenas e seus entornos em pequenas ditaduras constituídas de regras próprias, as quais, muitas delas, afrontam a própria Constituição Federal.
Abriu-se demais a legislação brasileira às vontades da Fifa, em vez de negociar com equilíbrio, para evitar que a entidade máxima do futebol se transformasse num governo paralelo, interferindo inclusive no direito de ir e vir do cidadão. O País e seus cidadãos deveriam, sim, não ter compartilhado do derramamento do leite lá atrás, quando foram dados os primeiros chutes nos baldes, com a candidatura do Brasil. A partir do momento da escolha do País como sede mundial do futebol, entretanto, o governo cometeu um grande pecado, o de não ter dado início imediato aos trâmites burocráticos para todas as obras necessárias, evitando correria, e muitas delas inconclusas ou paralisadas. Apostou-se na última hora como prazo final, proporcionando uma elevação exagerada nos custos iniciais previstos, abrindo então as portas aos protestos que devem, sim, causar desconforto aos organizadores durante o torneio. E transtornos à população.
E até mesmo essas manifestações, contrárias à realização do evento, ficaram para a última hora, quando tudo já estava definido e não havia mais volta possível. E percebe-se nelas, também, um esvaziamento, à medida em que se aproxima a data de abertura da Copa, em 12 de junho, o que não tira, entretanto, a legitimidade das críticas até aqui expostas. Como ficou tarde para lamentações, o mínimo que se espera de todo o brasileiro é que os turistas que vêm para assistir aos jogos sejam bem recebidos e bem tratados, pois não têm nenhuma culpa nesse imbróglio, cujo anúncio foi aplaudido e elogiado – e muito – lá em 2007, pelos baba-ovos de plantão. É hora de pensar no que se pode fazer daqui para frente, sem politizar a tradicional competição esportiva, pensando nos votos de mais adiante. Não vai aumentar o porcentual de um, e nem tirar o de outro. A história do país de chuteiras ficou lá atrás, ainda nos tempos da ditadura. E é tarde, também, para assumir o “complexo de vira-latas”, que ainda teima em fazer parte do imaginário nacional.
Abriu-se demais a legislação brasileira às vontades da Fifa, em vez de negociar com equilíbrio, para evitar que a entidade máxima do futebol se transformasse num governo paralelo, interferindo inclusive no direito de ir e vir do cidadão. O País e seus cidadãos deveriam, sim, não ter compartilhado do derramamento do leite lá atrás, quando foram dados os primeiros chutes nos baldes, com a candidatura do Brasil. A partir do momento da escolha do País como sede mundial do futebol, entretanto, o governo cometeu um grande pecado, o de não ter dado início imediato aos trâmites burocráticos para todas as obras necessárias, evitando correria, e muitas delas inconclusas ou paralisadas. Apostou-se na última hora como prazo final, proporcionando uma elevação exagerada nos custos iniciais previstos, abrindo então as portas aos protestos que devem, sim, causar desconforto aos organizadores durante o torneio. E transtornos à população.
E até mesmo essas manifestações, contrárias à realização do evento, ficaram para a última hora, quando tudo já estava definido e não havia mais volta possível. E percebe-se nelas, também, um esvaziamento, à medida em que se aproxima a data de abertura da Copa, em 12 de junho, o que não tira, entretanto, a legitimidade das críticas até aqui expostas. Como ficou tarde para lamentações, o mínimo que se espera de todo o brasileiro é que os turistas que vêm para assistir aos jogos sejam bem recebidos e bem tratados, pois não têm nenhuma culpa nesse imbróglio, cujo anúncio foi aplaudido e elogiado – e muito – lá em 2007, pelos baba-ovos de plantão. É hora de pensar no que se pode fazer daqui para frente, sem politizar a tradicional competição esportiva, pensando nos votos de mais adiante. Não vai aumentar o porcentual de um, e nem tirar o de outro. A história do país de chuteiras ficou lá atrás, ainda nos tempos da ditadura. E é tarde, também, para assumir o “complexo de vira-latas”, que ainda teima em fazer parte do imaginário nacional.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Ei, psiu! Está na hora de parar com o barulho
A Organização Mundial de Saúde diz que o estresse auditivo se dá a partir dos 55 decibéis. O barulho excessivo, de qualquer tipo, é prejudicial à saúde. Não é preciso ser especialista para descobrir o quanto há de verdade nessa afirmativa. A Lei do Silêncio nada mais é do que a NBR - Norma Brasileira de Regras Técnicas - número 10.151, que decreta o limite de barulho de dia, e principalmente à noite. Mesmo assim, muitos a descumprem e o som alto é sinônimo de diversão. Apesar dessa normatização, os municípios têm livre arbítrio para conter esse tipo de abuso, que vem principalmente de bares, lanchonetes, veículos automotores e casas noturnas de uma maneira geral. Só para exemplificar essa situação, nos últimos 30 dias foram registradas 20 denúncias na Ouvidoria da Prefeitura sobre poluição sonora, principalmente de bares, conforme mostrou esta Gazeta, na última quinta-feira, em sua manchete. E nem é necessário ficar com os ouvidos atentos a isso. O som alto está em todo lugar, tanto durante o dia como à noite, quando mais se precisa de silêncio. Isso é fato.
A quem reclamar?
Apesar das denúncias, qualquer reclamação, hoje, enfrenta uma burocracia interminável nos serviços públicos que poderiam combater esse tipo de abuso. Não há um plantão 24 horas, em especial no setor ambiental, que possa atender quem precisa descansar e é incomodado constantemente pelo barulho. Venha de onde vier. Acionar a PM, por exemplo, não resolve. E não é obrigação do bispo.
Pedras do caminho
Isso quando um órgão público não empurra a responsabilidade para outro, e aí tudo complica de vez. O cidadão busca a paz e recebe o descaso das autoridades, que deveriam agir. Várias vezes tentei reclamar no 190 (PM), que fica em Piracicaba, e o calvário é maior que o de Cristo. Não basta endereço, é preciso referências. E são tantos os obstáculos, que se acaba desistindo da denúncia.
As ações necessárias
Isso é só um exemplo. E os casos se repetem, e nenhuma solução que alivie nossos ouvidos é apresentada. Agora parece que alguma coisa será feita. Após o alto número de denúncias, a Prefeitura vai propor um projeto semelhante ao Programa de Silêncio Urbano (Psiu), de São Paulo. E que vai disponibilizar servidores em plantão para agir no momento da denúncia. E é isso que se espera.
E que venha rápido
Só que o Poder Executivo precisa ser ágil e os vereadores entenderem a proposta, sem se preocupar bom o lobby dos empresários do entretenimento, que será ativo e forte. Lazer e diversão não podem ser sinônimo de barulho.
Está aí a explicação
Que o motorista limeirense tem uma enorme dificuldade em respeitar a sinalização, não é novidade. Agora, a explicação: falta sinalização até em local de exame de CNH, conforme mostrou manchete desta Gazeta na última quarta-feira. Então...
Seria uma Fênix ou...
...mais uma vez a oposição dá mostras de que realmente não seduz o eleitor? Fico com a segunda opção, mesmo porque a mitológica ave que renasce das cinzas é uma analogia pesada demais para o caso. Falo do crescimento nas intenções de votos de 3 pontos percentuais da presidente Dilma Rousseff (PT), de 37 para 40%, após sucessivas quedas, na pesquisa do Ibope divulgada na última sexta-feira. O tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos também cresceram, mas a sinalização para um segundo turno ainda está indefinida. Dentro da margem de erro, a eleição se decide em primeiro turno. Porém, e é sempre bom ressaltar, esse é um cenário de momento. E pode mudar, conforme mostraram pesquisas anteriores. Aécio e Campos ainda não empolgam.
Candidatos sonham
E já que o tema são as eleições, no cenário local já há vereador pensando em se afastar da Câmara para se dedicar à campanha. Trata-se de Edvaldo Antunes, o Dinho (PSB), que já foi escolhido pelo próprio partido como pré-candidato à Assembleia Legislativa. Ele soma – ou divide – com outros 19 nomes já mostrados por esta Gazeta e, agora, com mais um na concorrência, só que à Câmara Federal: o missionário Osvaldo de Oliveira, do Partido Trabalhista Cristão (PTC). É mais um na tentativa de engrossar a bancada evangélica, que argumenta com o retrocesso em nome da fé.
De muitos, nenhum
Esse número de candidatos, tanto a deputado estadual como federal, só tende a crescer daqui para frente. E dividir cada vez mais o eleitorado, reduzindo a chance de eleição.
Pergunta rápida
Com tanto candidato assim, vai sobrar eleitor para votar em outubro?
Tem terra no óleo
Conversas ao pé do ouvido com alguns governistas indicam um certo desgaste entre os poderes Executivo e Legislativo. O fato é que o “trator” parece estar patinando na areia, e há um nítido desconforto. Entre o apoio incondicional, que até agora funcionou, e a voz das ruas, há um abismo que pode se tornar intransponível e até ameaçar projetos futuros. A tutela, que é marca registrada na Câmara há muitas legislaturas e administrações municipais, pode estar com os dias contados. E se isso representar mais desgaste frente ao eleitorado, não tenho dúvidas de que podem haver sérios problemas nesse relacionamento, até agora harmonioso. Política não é uma ciência exata.
Nota curtíssima
Os sindicatos se transformaram em empresas de lucro fácil. Ninguém quer largar esse filé.
Caixa de Pandora
Coisa de bandido. De quadrilha mesmo. Assim pode ser definida a ação de motoristas e cobradores de ônibus, pseudossindicalistas, que agiram de forma truculenta na capital paulista, entre quarta, quinta e início da sexta-feira. E isso após acordo entre as empresas e os representantes oficiais da categoria. Derrotados nas urnas sindicais e se autointitulando dissidentes, obrigaram passageiros a deixar os ônibus, furaram pneus e perpetraram toda sorte de banditismo. A questão é que ninguém que está dentro, hoje, da estrutura sindical, quer deixá-la, e, quem está fora, quer entrar. E o pior é que são subsidiados pelos trabalhadores. O sindicalismo virou negócio e, em alguns casos, vitalício. E não é só nos grandes centros, não. Está no interior também.
Frase da semana
“Usei maconha aos 18 anos e não recomendo a ninguém”. Do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), pré-candidato do partido à Presidência, em entrevista ao UOL e Folha de S. Paulo. Sexta-feira, 22, na TV UOL.
A quem reclamar?
Apesar das denúncias, qualquer reclamação, hoje, enfrenta uma burocracia interminável nos serviços públicos que poderiam combater esse tipo de abuso. Não há um plantão 24 horas, em especial no setor ambiental, que possa atender quem precisa descansar e é incomodado constantemente pelo barulho. Venha de onde vier. Acionar a PM, por exemplo, não resolve. E não é obrigação do bispo.
Pedras do caminho
Isso quando um órgão público não empurra a responsabilidade para outro, e aí tudo complica de vez. O cidadão busca a paz e recebe o descaso das autoridades, que deveriam agir. Várias vezes tentei reclamar no 190 (PM), que fica em Piracicaba, e o calvário é maior que o de Cristo. Não basta endereço, é preciso referências. E são tantos os obstáculos, que se acaba desistindo da denúncia.
As ações necessárias
Isso é só um exemplo. E os casos se repetem, e nenhuma solução que alivie nossos ouvidos é apresentada. Agora parece que alguma coisa será feita. Após o alto número de denúncias, a Prefeitura vai propor um projeto semelhante ao Programa de Silêncio Urbano (Psiu), de São Paulo. E que vai disponibilizar servidores em plantão para agir no momento da denúncia. E é isso que se espera.
E que venha rápido
Só que o Poder Executivo precisa ser ágil e os vereadores entenderem a proposta, sem se preocupar bom o lobby dos empresários do entretenimento, que será ativo e forte. Lazer e diversão não podem ser sinônimo de barulho.
Está aí a explicação
Que o motorista limeirense tem uma enorme dificuldade em respeitar a sinalização, não é novidade. Agora, a explicação: falta sinalização até em local de exame de CNH, conforme mostrou manchete desta Gazeta na última quarta-feira. Então...
Seria uma Fênix ou...
...mais uma vez a oposição dá mostras de que realmente não seduz o eleitor? Fico com a segunda opção, mesmo porque a mitológica ave que renasce das cinzas é uma analogia pesada demais para o caso. Falo do crescimento nas intenções de votos de 3 pontos percentuais da presidente Dilma Rousseff (PT), de 37 para 40%, após sucessivas quedas, na pesquisa do Ibope divulgada na última sexta-feira. O tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos também cresceram, mas a sinalização para um segundo turno ainda está indefinida. Dentro da margem de erro, a eleição se decide em primeiro turno. Porém, e é sempre bom ressaltar, esse é um cenário de momento. E pode mudar, conforme mostraram pesquisas anteriores. Aécio e Campos ainda não empolgam.
Candidatos sonham
E já que o tema são as eleições, no cenário local já há vereador pensando em se afastar da Câmara para se dedicar à campanha. Trata-se de Edvaldo Antunes, o Dinho (PSB), que já foi escolhido pelo próprio partido como pré-candidato à Assembleia Legislativa. Ele soma – ou divide – com outros 19 nomes já mostrados por esta Gazeta e, agora, com mais um na concorrência, só que à Câmara Federal: o missionário Osvaldo de Oliveira, do Partido Trabalhista Cristão (PTC). É mais um na tentativa de engrossar a bancada evangélica, que argumenta com o retrocesso em nome da fé.
De muitos, nenhum
Esse número de candidatos, tanto a deputado estadual como federal, só tende a crescer daqui para frente. E dividir cada vez mais o eleitorado, reduzindo a chance de eleição.
Pergunta rápida
Com tanto candidato assim, vai sobrar eleitor para votar em outubro?
Tem terra no óleo
Conversas ao pé do ouvido com alguns governistas indicam um certo desgaste entre os poderes Executivo e Legislativo. O fato é que o “trator” parece estar patinando na areia, e há um nítido desconforto. Entre o apoio incondicional, que até agora funcionou, e a voz das ruas, há um abismo que pode se tornar intransponível e até ameaçar projetos futuros. A tutela, que é marca registrada na Câmara há muitas legislaturas e administrações municipais, pode estar com os dias contados. E se isso representar mais desgaste frente ao eleitorado, não tenho dúvidas de que podem haver sérios problemas nesse relacionamento, até agora harmonioso. Política não é uma ciência exata.
Nota curtíssima
Os sindicatos se transformaram em empresas de lucro fácil. Ninguém quer largar esse filé.
Caixa de Pandora
Coisa de bandido. De quadrilha mesmo. Assim pode ser definida a ação de motoristas e cobradores de ônibus, pseudossindicalistas, que agiram de forma truculenta na capital paulista, entre quarta, quinta e início da sexta-feira. E isso após acordo entre as empresas e os representantes oficiais da categoria. Derrotados nas urnas sindicais e se autointitulando dissidentes, obrigaram passageiros a deixar os ônibus, furaram pneus e perpetraram toda sorte de banditismo. A questão é que ninguém que está dentro, hoje, da estrutura sindical, quer deixá-la, e, quem está fora, quer entrar. E o pior é que são subsidiados pelos trabalhadores. O sindicalismo virou negócio e, em alguns casos, vitalício. E não é só nos grandes centros, não. Está no interior também.
Frase da semana
“Usei maconha aos 18 anos e não recomendo a ninguém”. Do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), pré-candidato do partido à Presidência, em entrevista ao UOL e Folha de S. Paulo. Sexta-feira, 22, na TV UOL.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
A lei de Gérson
Frequentadores do Parque Cidade têm reclamado de um veículo que fica estacionado na calçada do futuro prédio da biblioteca, do lado direito da entrada principal. Isso porque sobra estacionamento regulamentado. É a velha história do “levar vantagem em tudo”.
Só para lembrar
Pedestres também têm sua parcela de culpa no caótico trânsito central. Assim como nos casos das vagas especiais, falta educação àqueles que se locomovem à pé pelas ruas.
Assustou o PSDB
Se há uma instituição política que não pode reclamar da campanha do PT, no estilo do “eu tenho medo”, é justamente a tucana. Lembram-se, na campanha de 2002, quando a atriz Regina Duarte aparecia na telinha, em fundo preto e dizia que “tinha medo”? Pois é.
Erro estratégico
Não concordo com o tom da atual campanha do Partido dos Trabalhadores. É desnecessário e perigoso ao próprio partido. E mostrou que não dá certo, como não deu com José Serra. Mas se o PT pretende continuar com isso, minha sugestão é que peça emprestada a Regina Duarte ao Serra. Aí, a campanha fica completa.
Ninguém é santo
A campanha eleitoral – em especial à Presidência e aos governos estaduais - caminha para ser a de mais baixo nível dos últimos anos. PT, PSDB, PSB e outros partidos menores vão para uma guerra esganiçada em busca de seus objetivos. Corre-se o risco de petistas, tucanos e socialistas saírem no tapa. Afinal, eles só querem poder. O povo que se lixe.
Comunicação...
Tem muito agente público que sofre de transtorno bipolar no trato com a imprensa. Cordialidade pela manhã e mau humor à tarde. E vice-versa.
E tome bola fora
As ameaças de greves e paralisações pontuais de agentes públicos e instituições oficiais, durante a Copa, são de um oportunismo sem precedentes. Beiram a chantagem.
A última de hoje
Do jeito que as coisas vão, com moradores sendo obrigados a se cadastrar para circular – a pé e em veículos – no entorno dos estádios da Copa, corre-se o risco de a população ter que pedir licença à FIFA para assistir aos jogos em casa.
Frequentadores do Parque Cidade têm reclamado de um veículo que fica estacionado na calçada do futuro prédio da biblioteca, do lado direito da entrada principal. Isso porque sobra estacionamento regulamentado. É a velha história do “levar vantagem em tudo”.
Só para lembrar
Pedestres também têm sua parcela de culpa no caótico trânsito central. Assim como nos casos das vagas especiais, falta educação àqueles que se locomovem à pé pelas ruas.
Assustou o PSDB
Se há uma instituição política que não pode reclamar da campanha do PT, no estilo do “eu tenho medo”, é justamente a tucana. Lembram-se, na campanha de 2002, quando a atriz Regina Duarte aparecia na telinha, em fundo preto e dizia que “tinha medo”? Pois é.
Erro estratégico
Não concordo com o tom da atual campanha do Partido dos Trabalhadores. É desnecessário e perigoso ao próprio partido. E mostrou que não dá certo, como não deu com José Serra. Mas se o PT pretende continuar com isso, minha sugestão é que peça emprestada a Regina Duarte ao Serra. Aí, a campanha fica completa.
Ninguém é santo
A campanha eleitoral – em especial à Presidência e aos governos estaduais - caminha para ser a de mais baixo nível dos últimos anos. PT, PSDB, PSB e outros partidos menores vão para uma guerra esganiçada em busca de seus objetivos. Corre-se o risco de petistas, tucanos e socialistas saírem no tapa. Afinal, eles só querem poder. O povo que se lixe.
Comunicação...
Tem muito agente público que sofre de transtorno bipolar no trato com a imprensa. Cordialidade pela manhã e mau humor à tarde. E vice-versa.
E tome bola fora
As ameaças de greves e paralisações pontuais de agentes públicos e instituições oficiais, durante a Copa, são de um oportunismo sem precedentes. Beiram a chantagem.
A última de hoje
Do jeito que as coisas vão, com moradores sendo obrigados a se cadastrar para circular – a pé e em veículos – no entorno dos estádios da Copa, corre-se o risco de a população ter que pedir licença à FIFA para assistir aos jogos em casa.
terça-feira, 20 de maio de 2014
A falta de educação nossa de cada dia
Tema recorrente em muitos textos que já escrevi neste espaço, seja nos artigos das terças-feiras ou nas colunas de quinta e domingo, a boa educação, representada num simples bom dia ou nas atitudes de cortesia ou apreço ao seu próximo, está cada vez mais ausente, dando lugar à conhecida “lei de Gerson”. Para quem não a conhece, ela teve origem numa criação publicitária, lá de 1976, para uma marca de cigarros, cujo slogan “eu gosto de levar vantagem em tudo. Leve vantagem você também” era apresentado pelo tricampeão brasileiro de futebol, o jogador Gerson. E o já tradicional “jeitinho brasileiro” ganhou roupagem nova, quando a propaganda ganhou as ruas e sua prática transformou-se em símbolo daquilo que o ser humano tem de mais desprezível: a falta de respeito para com seu semelhante. Seja ao furar uma fila de atendimento, ao não parar com seu veículo em faixas para pedestres ou se julgar que é melhor que o outro e, por isso, precisa de mais atenção. Pura deficiência de caráter, que materializa o egoísmo latente em cada um de nós.
E não precisa ir muito longe para encontrar exemplos de ações dessa natureza. A mídia está recheada deles. E um dos mais corriqueiros está no uso das vagas preferenciais de estacionamento para pessoas idosas ou portadores de necessidades especiais, tanto em vias públicas, como no interior de estabelecimentos como shoppings e supermercados. Como mostrou matéria assinada pela jornalista Vanessa Osava, e que foi manchete da edição do último domingo desta Gazeta. E muitos ainda se julgam no direito de insultar e fingir que não ouvem, quando são instados a colaborar e deixar a vaga a quem de direito. E é uma parcela da população com características bem definidas, inclusive com padrões sociais e econômicos similares. São jovens sadios, adultos de boa aparência e mulheres, também nessas faixas etária e social, que mais praticam esse desrespeito.
Principalmente porque essas vagas são em menor número que as demais, e por isso merecem atenção especial. Não importa se se trata de uma parada rápida, ou por simples ignorância mesmo. O fato é que se ela foi regulamentada para um tipo específico de uso, e assim deve ser. Quando alguém busca tirar proveito de um benefício que não lhe pertence, está simplesmente retirando do outro o direito desse mesmo benefício. E tem similaridade incrível com a chamada “carteirada”, ou seja, aquela conversa fiada do “você sabe com quem está falando?”, num inequívoco desapreço ao artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que deveria ser o princípio básico da convivência humana: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Só que alguns se julgam mais iguais e, por isso, têm mais direitos. E isso tem outro significado: pobreza de espírito.
Se alguém pensa que tudo isso é exagero, deixo uma sugestão para que sejam observadores atentos do cotidiano. Com certeza se surpreenderão com essa crônica falta de educação.
E não precisa ir muito longe para encontrar exemplos de ações dessa natureza. A mídia está recheada deles. E um dos mais corriqueiros está no uso das vagas preferenciais de estacionamento para pessoas idosas ou portadores de necessidades especiais, tanto em vias públicas, como no interior de estabelecimentos como shoppings e supermercados. Como mostrou matéria assinada pela jornalista Vanessa Osava, e que foi manchete da edição do último domingo desta Gazeta. E muitos ainda se julgam no direito de insultar e fingir que não ouvem, quando são instados a colaborar e deixar a vaga a quem de direito. E é uma parcela da população com características bem definidas, inclusive com padrões sociais e econômicos similares. São jovens sadios, adultos de boa aparência e mulheres, também nessas faixas etária e social, que mais praticam esse desrespeito.
Principalmente porque essas vagas são em menor número que as demais, e por isso merecem atenção especial. Não importa se se trata de uma parada rápida, ou por simples ignorância mesmo. O fato é que se ela foi regulamentada para um tipo específico de uso, e assim deve ser. Quando alguém busca tirar proveito de um benefício que não lhe pertence, está simplesmente retirando do outro o direito desse mesmo benefício. E tem similaridade incrível com a chamada “carteirada”, ou seja, aquela conversa fiada do “você sabe com quem está falando?”, num inequívoco desapreço ao artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que deveria ser o princípio básico da convivência humana: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Só que alguns se julgam mais iguais e, por isso, têm mais direitos. E isso tem outro significado: pobreza de espírito.
Se alguém pensa que tudo isso é exagero, deixo uma sugestão para que sejam observadores atentos do cotidiano. Com certeza se surpreenderão com essa crônica falta de educação.
domingo, 18 de maio de 2014
A falência moral do homem e outros desvios
Primeiro, foi um adolescente – delinquente ou não, é o que menos importa – despido e amarrado a um poste no Rio de Janeiro; depois, a morte de menino de 11 anos, no Rio Grande do Sul, pela madrasta, uma amiga dela e o próprio pai; em seguida o linchamento de uma dona de casa no Guarujá, devido a uma publicação indevida no Facebook e, na última semana, um casal de irmãos, de 13 e 9 anos de idade, foi queimado vivo dentro da própria casa, por causa de uma dívida de R$ 500. Só para lembrar alguns desses tristes fatos, e que acabaram provocando repercussão na mídia nacional. Além de chocantes, todos esses crimes, a começar pelo jovem carioca, representam um distanciamento moral do ser humano com a realidade. Uma questionável e imprudente necessidade de se fazer justiça com as próprias mãos e, no caso do garoto gaúcho, a partilha de uma herança, deixada pela mãe verdadeira e cobiçada pela madrasta. E o fundo desse poço de maldades e desvirtuamento da racionalidade está além da nossa própria compreensão.
Crueza e realidade
E não há nada de novo nesses fatos, que acontecem diariamente pelo País e pelo mundo, apenas uma maior proximidade com eles, que a informação instantânea nos possibilita. Está mais fácil de sentir a indignação perante as cenas da barbárie e, também, assistir à necessidade que o homem tem de expor seus instintos, identificando-se com as imagens de horror que chegam facilmente a todos os lares.
Razão e consciência
Quando fica difícil conter essa catarse, que aos poucos se transforma em histeria coletiva, a fronteira entre realidade e ficção simplesmente desaparece, confundindo mentes e turvando consciências. O bom senso dá lugar à irracionalidade, que no homem deixa de ser a luta por sua própria sobrevivência e perpetuação da espécie, para se tornar simplesmente uma deliberada vontade de matar.
Não está na receita
A sociedade não está mais e nem menos violenta do que em outras épocas. Está proporcionalmente adequada a esses tempos atuais. Essa análise preliminar é para mostrar que ela está melhor informada, e é o que faz a diferença entre o sim e o não. O sim à brutalidade consciente, e o não à violência explícita. Na verdade, é a demanda reprimida de Justiça legal que provoca esses graves efeitos colaterais.
A vida por um fio
Para não perder o foco, na última quinta-feira mais uma morte gratuita. Uma escrivã de polícia, numa cidadezinha do Maranhão, foi esfaqueada por um homem a quem ela iria indiciar por estupro. Assim caminhamos nós.
Cuidados e dever
A nós, jornalistas, cabe o papel de informar, sim, situações dessa natureza. Nunca, entretanto, fomentar e incitar ainda mais o consciente coletivo sobre o que é certo ou errado. Se assim o fizermos, teremos também muito sangue nas mãos.
Movimento tardio
Outro tema que ainda desperta paixões e ódio explícito, a Copa do Mundo no Brasil teve, na semana que passou, um teste interessante no quesito protestos contra sua realização. O movimento “Não vai ter Copa” – na realidade o correto seria “haver” – não vem conseguindo emplacar seus argumentos e tem levado muito pouca gente às manifestações. Bem ou mal, com obras concluídas ou não, o mundial entre seleções chega por aqui no próximo dia 12 e, só então, se poderá medir a força daqueles que pedem educação, saúde, moradia e segurança “padrão Fifa”. Interessante nesse processo todo é que, quando o Brasil foi anunciado como sede da competição, ninguém se manifestou sobre essa escolha. Já deu o que tinha que dar. Que venha a Copa.
Influência eleitoral
Sinceramente não acredito que o desempenho da seleção brasileira na Copa possa render dividendos políticos, tanto para a situação quanto para a oposição. Mesmo porque nenhum candidato terá coragem de se manifestar contrário a ela, justamente pela grande parcela do eleitorado ligada ao futebol. Nem Aécio ou Campos – ou qualquer outro – vai querer se indispor nesse sentido. Ao contrário, os protestos podem, sim, causar estragos na base governista. Perto de completar um ano daquele junho histórico de 2013, as manifestações, se bem organizadas e com foco definido, podem influenciar no pleito.
Mais que morto...
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deu partida, na semana que passou, à utilização do “volume morto” do Cantareira, para o abastecimento de água na Grande São Paulo.
Pergunta rápida
Até quando o governo do Estado vai esconder da população a verdade sobre a água?
Vai até novembro
A capacidade do Sistema Cantareira em operar o volume morto tem prazo de validade: novembro. Um mês após a eleição, portanto. O tão propalado choque de gestão do governo tucano paulista se esvai com a situação em que chegou o abastecimento de água em São Paulo. Sem investimentos e melhorias, o resultado já é sentido nas torneiras de muita gente. Exímio crítico de outros governos, o PSDB parece que não se deu conta de que também está na berlinda, por conta da gravidade do problema. Alckmin parece estar preparado para levar a situação em banho-maria, até 5 de outubro. Depois disso... Bem, depois do apagão com FHC, Alckmin deve fechar as torneiras após a eleição.
Nota curtíssima
O “Estado paralelo” representa a falência do Estado oficial. É artificial e muito perigoso.
O Tigrão na zebra
Para aparecer, políticos são capazes das ações mais inusitadas possíveis. E se o objetivo for o de chamar a atenção da “plateia”, eles não medem esforços. Sexta-feira, 16h20. O trecho da Senador Vergueiro, entre as ruas Barão de Cascalho e Barão de Campinas, estava recebendo pintura de solo nas faixas de pedestres. O tradicional retoque, necessário devido ao desgaste natural que ocorre nas faixas brancas, pela exposição ao sol e água da chuva. Numa das esquinas pintadas, lá estava o vereador André Henrique da Silva, o Tigrão (PMDB), acompanhado de uma fotógrafa, fazendo poses, indicando a pintura. Ora abaixado, apontando diretamente para uma faixa, ora em pé, para toda a extensão da rua. E sem perder a pose junto aos eleitores, acenando para todos.
Frase da semana
"Na hora de a onça beber água, este país vai endoidar". Da presidente Dilma Rousseff (PT), sobre o sucesso da Copa, durante jantar com jornalistas esportivos no Alvorada. Sexta-feira, 16. No UOL Copa.
Crueza e realidade
E não há nada de novo nesses fatos, que acontecem diariamente pelo País e pelo mundo, apenas uma maior proximidade com eles, que a informação instantânea nos possibilita. Está mais fácil de sentir a indignação perante as cenas da barbárie e, também, assistir à necessidade que o homem tem de expor seus instintos, identificando-se com as imagens de horror que chegam facilmente a todos os lares.
Razão e consciência
Quando fica difícil conter essa catarse, que aos poucos se transforma em histeria coletiva, a fronteira entre realidade e ficção simplesmente desaparece, confundindo mentes e turvando consciências. O bom senso dá lugar à irracionalidade, que no homem deixa de ser a luta por sua própria sobrevivência e perpetuação da espécie, para se tornar simplesmente uma deliberada vontade de matar.
Não está na receita
A sociedade não está mais e nem menos violenta do que em outras épocas. Está proporcionalmente adequada a esses tempos atuais. Essa análise preliminar é para mostrar que ela está melhor informada, e é o que faz a diferença entre o sim e o não. O sim à brutalidade consciente, e o não à violência explícita. Na verdade, é a demanda reprimida de Justiça legal que provoca esses graves efeitos colaterais.
A vida por um fio
Para não perder o foco, na última quinta-feira mais uma morte gratuita. Uma escrivã de polícia, numa cidadezinha do Maranhão, foi esfaqueada por um homem a quem ela iria indiciar por estupro. Assim caminhamos nós.
Cuidados e dever
A nós, jornalistas, cabe o papel de informar, sim, situações dessa natureza. Nunca, entretanto, fomentar e incitar ainda mais o consciente coletivo sobre o que é certo ou errado. Se assim o fizermos, teremos também muito sangue nas mãos.
Movimento tardio
Outro tema que ainda desperta paixões e ódio explícito, a Copa do Mundo no Brasil teve, na semana que passou, um teste interessante no quesito protestos contra sua realização. O movimento “Não vai ter Copa” – na realidade o correto seria “haver” – não vem conseguindo emplacar seus argumentos e tem levado muito pouca gente às manifestações. Bem ou mal, com obras concluídas ou não, o mundial entre seleções chega por aqui no próximo dia 12 e, só então, se poderá medir a força daqueles que pedem educação, saúde, moradia e segurança “padrão Fifa”. Interessante nesse processo todo é que, quando o Brasil foi anunciado como sede da competição, ninguém se manifestou sobre essa escolha. Já deu o que tinha que dar. Que venha a Copa.
Influência eleitoral
Sinceramente não acredito que o desempenho da seleção brasileira na Copa possa render dividendos políticos, tanto para a situação quanto para a oposição. Mesmo porque nenhum candidato terá coragem de se manifestar contrário a ela, justamente pela grande parcela do eleitorado ligada ao futebol. Nem Aécio ou Campos – ou qualquer outro – vai querer se indispor nesse sentido. Ao contrário, os protestos podem, sim, causar estragos na base governista. Perto de completar um ano daquele junho histórico de 2013, as manifestações, se bem organizadas e com foco definido, podem influenciar no pleito.
Mais que morto...
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) deu partida, na semana que passou, à utilização do “volume morto” do Cantareira, para o abastecimento de água na Grande São Paulo.
Pergunta rápida
Até quando o governo do Estado vai esconder da população a verdade sobre a água?
Vai até novembro
A capacidade do Sistema Cantareira em operar o volume morto tem prazo de validade: novembro. Um mês após a eleição, portanto. O tão propalado choque de gestão do governo tucano paulista se esvai com a situação em que chegou o abastecimento de água em São Paulo. Sem investimentos e melhorias, o resultado já é sentido nas torneiras de muita gente. Exímio crítico de outros governos, o PSDB parece que não se deu conta de que também está na berlinda, por conta da gravidade do problema. Alckmin parece estar preparado para levar a situação em banho-maria, até 5 de outubro. Depois disso... Bem, depois do apagão com FHC, Alckmin deve fechar as torneiras após a eleição.
Nota curtíssima
O “Estado paralelo” representa a falência do Estado oficial. É artificial e muito perigoso.
O Tigrão na zebra
Para aparecer, políticos são capazes das ações mais inusitadas possíveis. E se o objetivo for o de chamar a atenção da “plateia”, eles não medem esforços. Sexta-feira, 16h20. O trecho da Senador Vergueiro, entre as ruas Barão de Cascalho e Barão de Campinas, estava recebendo pintura de solo nas faixas de pedestres. O tradicional retoque, necessário devido ao desgaste natural que ocorre nas faixas brancas, pela exposição ao sol e água da chuva. Numa das esquinas pintadas, lá estava o vereador André Henrique da Silva, o Tigrão (PMDB), acompanhado de uma fotógrafa, fazendo poses, indicando a pintura. Ora abaixado, apontando diretamente para uma faixa, ora em pé, para toda a extensão da rua. E sem perder a pose junto aos eleitores, acenando para todos.
Frase da semana
"Na hora de a onça beber água, este país vai endoidar". Da presidente Dilma Rousseff (PT), sobre o sucesso da Copa, durante jantar com jornalistas esportivos no Alvorada. Sexta-feira, 16. No UOL Copa.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Limeira merece
A falta de representatividade política tem rebaixado demais o Município. O governo federal faz da cidade palco de entrega de caminhões e máquinas. Nenhum veículo para Limeira. O governo estadual promete alho, e nem bugalho traz. Temo pela vinda do Poupatempo. E os R$ 21 milhões anunciados à Santa Casa, já chegaram ao seu destino? Falar é fácil...
Obra eleitoreira
Obra de duplicação da rodovia Engenheiro João Tosello, o trecho da SP 147 que Liga Limeira a Mogi Mirim, ainda não é certeza no trecho local. O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) garantiu que até o fim deste ano acontece. A Artesp, órgão regulador dos transportes de SP, informou que não há nada definido.
É muita farinha
Esse “até o final deste ano” está me cheirando lá por volta de setembro, em pleno período eleitoral. O governador tucano Geraldo Alckmin, em tempos de eleição, em nada difere dos demais. Vai no embalo dos anúncios de obras e propagandas pela TV. Está no mesmo saco.
E já começaram
O início de obras e anúncios de novas creches é um alento na solução do crônico problema da falta de vagas nessa modalidade, em Limeira. É uma notícia que deve ser comemorada pelo Município. A maltratada educação pública brasileira agradece.
Será que agora...
...vai? O Município já teve vários planos de desenvolvimento, imaginando o futuro. O mais conhecido, talvez, seja o Limeira 2020, criado por entidades privadas – e até políticos - e do qual ninguém mais fala. Agora temos o “Conselhão”, como já é chamado o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), cujos membros já foram empossados. Também para pensar o desenvolvimento e o futuro de Limeira e dos limeirenses. Que não seja mera lenga-lenga.
A última de hoje
Sem investimentos e esquecido pelo governo do Estado, o abastecimento de água terá fatores complicadores, que só devem se agravar. Culpar apenas a falta de chuvas, e assinar atestado de incompetência. E propaganda na televisão não enche reservatório. Há, ainda, suspeita de o volume morto do Sistema Cantareira estar contaminado com metais pesados. Muito mais grave ainda. Com a palavra...
A falta de representatividade política tem rebaixado demais o Município. O governo federal faz da cidade palco de entrega de caminhões e máquinas. Nenhum veículo para Limeira. O governo estadual promete alho, e nem bugalho traz. Temo pela vinda do Poupatempo. E os R$ 21 milhões anunciados à Santa Casa, já chegaram ao seu destino? Falar é fácil...
Obra eleitoreira
Obra de duplicação da rodovia Engenheiro João Tosello, o trecho da SP 147 que Liga Limeira a Mogi Mirim, ainda não é certeza no trecho local. O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB) garantiu que até o fim deste ano acontece. A Artesp, órgão regulador dos transportes de SP, informou que não há nada definido.
É muita farinha
Esse “até o final deste ano” está me cheirando lá por volta de setembro, em pleno período eleitoral. O governador tucano Geraldo Alckmin, em tempos de eleição, em nada difere dos demais. Vai no embalo dos anúncios de obras e propagandas pela TV. Está no mesmo saco.
E já começaram
O início de obras e anúncios de novas creches é um alento na solução do crônico problema da falta de vagas nessa modalidade, em Limeira. É uma notícia que deve ser comemorada pelo Município. A maltratada educação pública brasileira agradece.
Será que agora...
...vai? O Município já teve vários planos de desenvolvimento, imaginando o futuro. O mais conhecido, talvez, seja o Limeira 2020, criado por entidades privadas – e até políticos - e do qual ninguém mais fala. Agora temos o “Conselhão”, como já é chamado o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), cujos membros já foram empossados. Também para pensar o desenvolvimento e o futuro de Limeira e dos limeirenses. Que não seja mera lenga-lenga.
A última de hoje
Sem investimentos e esquecido pelo governo do Estado, o abastecimento de água terá fatores complicadores, que só devem se agravar. Culpar apenas a falta de chuvas, e assinar atestado de incompetência. E propaganda na televisão não enche reservatório. Há, ainda, suspeita de o volume morto do Sistema Cantareira estar contaminado com metais pesados. Muito mais grave ainda. Com a palavra...
terça-feira, 13 de maio de 2014
Um tapa na cara do poder público
Se o poder público não consegue suprir de forma satisfatória as necessidades da população em alguns setores, a iniciativa privada acaba por fazer as vezes do Estado e dos municípios. Um dos melhores exemplos dessa atenção, principalmente na questão cultural, é a iniciativa do Sesc (Serviço Social do Comércio), com eventos que englobam shows de grandes artistas a apresentações literárias e artes visuais. E leva toda essa infraestrutura a várias cidades do interior de SP, atraindo aqueles que, ávidos por esse tipo de programação, não recebem a devida atenção das chamadas autoridades constituídas. Só constituídas mesmo no papel que o eleitor recebe após apertar o sim na urna eletrônica, e nada mais. Satisfeitas suas necessidades políticas, voltam as costas ao povo, que fica na dependência da boa vontade de quem não tem obrigação nenhuma, mas se esmera para levar um pouco de cultura, lazer e diversão, que também são, sim, necessidades fundamentais do cidadão.
O melhor exemplo de tudo isso que escrevi acima pôde ser visto no Parque Cidade, no último domingo, com o Circuito Sesc de Artes. Com várias apresentações de palco e fechando com o show do rapper Emicida, o evento movimentou aquela conhecida área de lazer do Município, atraindo um grande público, jovens, adolescentes, crianças e até famílias, que quando têm as devidas opções culturais respondem com a presença, para o sucesso desses espetáculos. Enquanto nos gabinetes se discutem e criminalizam os “rolezinhos” e os “points” em shoppings, sem apresentar políticas públicas com projetos de inclusão, principalmente de jovens e adolescentes nos próprios bairros onde moram. Incentiva-se a segregação e a formação de guetos, onde então se buscam outras possibilidades de entretenimentos, nem sempre saudáveis. E a simples diversão transforma-se em perigo, quando o “Estado paralelo” toma conta dessas “tribos”.
O que se viu no domingo, no Parque Cidade, nada mais foi do que uma resposta justa da população ao incentivo proporcionado pelo Sesc, que é uma entidade gerida pela iniciativa privada. Um verdadeiro tapa na cara do poder público, que apareceu bem na foto e pôs sua marca no circuito, apenas como apoio. E não poderia ser diferente. Se não faz, o mínimo que se espera é um apoio incondicional a quem pode de fato realizar e promover alguma coisa sem qualquer interesse político. Nesse horário eu estava fazendo uma caminhada pelas pistas do parque em companhia de minha mulher, mas era impossível não se deixar contaminar com a felicidade da juventude que por lá circulava, aguardando o show. Pessoas que provavelmente poucas opções dessa natureza – e com a frequência necessária - têm e que merecem um cuidado especial dos administradores públicos. Afinal das contas, eles foram eleitos para garantir o bem-estar dos cidadãos, sem discriminar quem quer que seja. E nessas garantias deveria estar uma oferta maior de oportunidades de lazer a todas as idades, em especial aos jovens, para tirá-los das ruas onde se concentram, quando não têm o que fazer, e são tratados como delinquentes, sem o serem. Tirá-los - também e principalmente - do alcance dos traficantes, que vendem um outro “barato”, que depois vai custar muito caro ao próprio Município. Quem quiser vestir a carapuça, que fique à vontade. Tem para todos os tamanhos de incompetência.
O melhor exemplo de tudo isso que escrevi acima pôde ser visto no Parque Cidade, no último domingo, com o Circuito Sesc de Artes. Com várias apresentações de palco e fechando com o show do rapper Emicida, o evento movimentou aquela conhecida área de lazer do Município, atraindo um grande público, jovens, adolescentes, crianças e até famílias, que quando têm as devidas opções culturais respondem com a presença, para o sucesso desses espetáculos. Enquanto nos gabinetes se discutem e criminalizam os “rolezinhos” e os “points” em shoppings, sem apresentar políticas públicas com projetos de inclusão, principalmente de jovens e adolescentes nos próprios bairros onde moram. Incentiva-se a segregação e a formação de guetos, onde então se buscam outras possibilidades de entretenimentos, nem sempre saudáveis. E a simples diversão transforma-se em perigo, quando o “Estado paralelo” toma conta dessas “tribos”.
O que se viu no domingo, no Parque Cidade, nada mais foi do que uma resposta justa da população ao incentivo proporcionado pelo Sesc, que é uma entidade gerida pela iniciativa privada. Um verdadeiro tapa na cara do poder público, que apareceu bem na foto e pôs sua marca no circuito, apenas como apoio. E não poderia ser diferente. Se não faz, o mínimo que se espera é um apoio incondicional a quem pode de fato realizar e promover alguma coisa sem qualquer interesse político. Nesse horário eu estava fazendo uma caminhada pelas pistas do parque em companhia de minha mulher, mas era impossível não se deixar contaminar com a felicidade da juventude que por lá circulava, aguardando o show. Pessoas que provavelmente poucas opções dessa natureza – e com a frequência necessária - têm e que merecem um cuidado especial dos administradores públicos. Afinal das contas, eles foram eleitos para garantir o bem-estar dos cidadãos, sem discriminar quem quer que seja. E nessas garantias deveria estar uma oferta maior de oportunidades de lazer a todas as idades, em especial aos jovens, para tirá-los das ruas onde se concentram, quando não têm o que fazer, e são tratados como delinquentes, sem o serem. Tirá-los - também e principalmente - do alcance dos traficantes, que vendem um outro “barato”, que depois vai custar muito caro ao próprio Município. Quem quiser vestir a carapuça, que fique à vontade. Tem para todos os tamanhos de incompetência.
domingo, 11 de maio de 2014
O valor da integridade de um mau profissional
Um dos setores mais criticados no Brasil, a saúde pública poderia ser um exemplo de eficiência, através do Sistema Único de Saúde (SUS). E, caso funcionasse como deveria, os planos privados de saúde seriam obrigados a demonstrar muito mais competitividade e não penalizariam tanto assim o usuário, que fica desprotegido perante a ganância do setor. Mas não é o que acontece. A falta de investimento e a má gestão dos recursos públicos transformam a deficiência em desespero da população, que se vê obrigada a mendigar um bom atendimento médico. Ao mesmo tempo, práticas extremamente lesivas – criminosas mesmo - mostram como o comércio da medicina é exercido abertamente, sem se importar com suas consequências. E, em vez da consulta, apenas se cobra por um atestado médico, como mostrou levantamento feito pelas jornalistas Renata Reis e Érica Samara da Silva, e que foi manchete desta Gazeta na última quinta-feira: “Sem consulta, atestado médico custa R$ 50”. Denunciada, e com comprovante e tudo mais, essa prática deve ser mais comum do que se imagina.
Cúmplice no crime
E quem vai pagar mais essa conta? A população e o sistema público de saúde brasileiros. E a própria economia do País, pelo alcance do atestado, comprado “in loco” num consultório da área central. Nesse caso específico, quem comprou o “documento” estaria com o final de semana abonado também, a propósito de uma falsa doença. O crime desse comércio ilegal vale para ambos os lados.
Farsa desmontada
Foi primoroso o trabalho das duas jornalistas, que se valeram de uma denúncia feita por empresária limeirense, lesada pela ausência de funcionário, que portava o documento comprado. A própria empresária foi quem levantou o problema e decidiu denunciar. Enquanto muitos aguardam nas filas do SUS, para garantir uma consulta, outros se valem da profissão e da má fé alheia para seus lucros.
A “lei de Gerson”
O que mais assusta em tudo isso é que não deve ser um caso isolado. De um único profissional da medicina – no caso, a médica denunciada – a utilizar suas prerrogativas técnicas e legais para obter vantagens financeiras. Sempre sobre a irresponsável conduta de pessoas de mau caráter, que não medem esforços para também levar vantagem em tudo. Mesmo que isso signifique prejuízos de outros.
Investigar e punir
Esclarecedora e assustadora, a reportagem assinada por Renata e Érica esmiúça a ilegalidade da comercialização de atestados médicos, que incorre em três responsabilidades (ou seriam irresponsabilidades?): fere o Código de Ética Médico, o Código Penal e a legislação sanitária. Impossível fechar os olhos para isso. E que o corporativismo da categoria não ofusque uma investigação séria sobre isso.
Cidadania é assim
Discursar contra a corrupção e seus tentáculos é fácil. Difícil é o exercício da cidadania, que obriga que cada um tome posição sobre determinado assunto. Como fez a empresária que denunciou o caso.
E quem deve falar
Os médicos cubanos começaram a atender a população na última quinta-feira. Antes que qualquer resquício de política partidária empane nosso pensamento, vamos observar o trabalho dos profissionais e ouvir a opinião daqueles que estão sendo atendidos.
Serviço deficiente
O trânsito em Limeira – e não só na região central – está cada vez mais difícil. Reflexo claro do aumento do número de veículos nas ruas e, principalmente, de um transporte público de qualidade, e que atenda às necessidades dos usuários. O que ainda não acontece. Não adiantam audiências públicas para debater o tema, se as concessionárias dos serviços não se conscientizarem que têm responsabilidades, que vão muito além dos lucros. Enquanto isso, quem poderia usufruir melhor do sistema acaba optando por tirar o carro da garagem, comprometendo ainda mais o tráfego nos horários de pico. E não dá para culpar a população, que quer agilidade e comodidade.
Segurança precária
Outro segmento extremamente precário no Município é a segurança pública. E cito um exemplo, que envolve também o trânsito. Moro e trabalho na região central. Poderia deixar o carro na garagem, e ir à pé. Não dá. Meu expediente começa às 16h, encerrando entre 22h e 23h. Na ida o tráfego é intenso e, na volta, não há sequer uma viatura, da Polícia Militar ou da GCM, patrulhando as ruas e praças da cidade. Nesse caso, meu carro compõe esse cenário caótico do trânsito em horário de pico e a falta de segurança me impede de voltar a pé para meu apartamento.
Sem perspectivas
Não vejo, a curto prazo, nenhuma perspectiva de mudança nesse quadro. Tanto do trânsito como da segurança pública. Serviços públicos essenciais. E mal geridos.
Pergunta rápida
Alguém sabe aonde a CPI da Petrobras vai chegar?
“Um dia de fúria”
Longe do glamour do filme protagonizado por Michael Douglas e Robert Duvall, o caso da mulher linchada em Guarujá no último dia 3, por suspeita de sequestro de crianças para rituais de magia negra, extrapola a raiva coletiva e a intolerância. Sentimentos que fazem de boatos e postagens nas redes sociais motivos para se decretar sentenças de morte. A justiça pelas próprias mãos é deplorável. E o mau uso da internet mostra que há muito o que fazer para transformá-la em ferramenta pela vida, e não arma letal. Quem participou desse crime está no mesmo patamar do criminoso comum. Assim como aqueles que incentivam, publicamente ou não, esse tipo de ação. Chega.
Nota curtíssima
A lua de mel entre Aécio Neves e Eduardo Campos não resistiu à noite de núpcias.
Chegou ao limite?
Nova rodada de pesquisas do Datafolha da corrida presidencial, publicada na última sexta-feira, merece duas considerações técnicas, se comparadas com os levantamentos anteriores. A primeira indica, aparentemente, um estancamento na queda da presidente Dilma Rousseff (PT). E a segunda, que os candidatos da oposição tiveram um ganho no porcentual de crescimento, o que pode levar, definitivamente, a eleição para um segundo turno. Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) têm muito o que comemorar com esses novos números. Dilma, porém, precisa ficar mais atenta aos recados das pesquisas e fazer uma leitura crítica dos erros e acertos de seu governo. Ainda é cedo para uma definição. Vislumbra-se, entretanto, que será uma contenda com sangue nos olhos.
Frase da semana
"Não achem que o Brasil é a Alemanha". Do secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, alertando os torcedores europeus como se comportarem durante a Copa no Brasil. Sexta-feira, 9. No UOL Copa.
Cúmplice no crime
E quem vai pagar mais essa conta? A população e o sistema público de saúde brasileiros. E a própria economia do País, pelo alcance do atestado, comprado “in loco” num consultório da área central. Nesse caso específico, quem comprou o “documento” estaria com o final de semana abonado também, a propósito de uma falsa doença. O crime desse comércio ilegal vale para ambos os lados.
Farsa desmontada
Foi primoroso o trabalho das duas jornalistas, que se valeram de uma denúncia feita por empresária limeirense, lesada pela ausência de funcionário, que portava o documento comprado. A própria empresária foi quem levantou o problema e decidiu denunciar. Enquanto muitos aguardam nas filas do SUS, para garantir uma consulta, outros se valem da profissão e da má fé alheia para seus lucros.
A “lei de Gerson”
O que mais assusta em tudo isso é que não deve ser um caso isolado. De um único profissional da medicina – no caso, a médica denunciada – a utilizar suas prerrogativas técnicas e legais para obter vantagens financeiras. Sempre sobre a irresponsável conduta de pessoas de mau caráter, que não medem esforços para também levar vantagem em tudo. Mesmo que isso signifique prejuízos de outros.
Investigar e punir
Esclarecedora e assustadora, a reportagem assinada por Renata e Érica esmiúça a ilegalidade da comercialização de atestados médicos, que incorre em três responsabilidades (ou seriam irresponsabilidades?): fere o Código de Ética Médico, o Código Penal e a legislação sanitária. Impossível fechar os olhos para isso. E que o corporativismo da categoria não ofusque uma investigação séria sobre isso.
Cidadania é assim
Discursar contra a corrupção e seus tentáculos é fácil. Difícil é o exercício da cidadania, que obriga que cada um tome posição sobre determinado assunto. Como fez a empresária que denunciou o caso.
E quem deve falar
Os médicos cubanos começaram a atender a população na última quinta-feira. Antes que qualquer resquício de política partidária empane nosso pensamento, vamos observar o trabalho dos profissionais e ouvir a opinião daqueles que estão sendo atendidos.
Serviço deficiente
O trânsito em Limeira – e não só na região central – está cada vez mais difícil. Reflexo claro do aumento do número de veículos nas ruas e, principalmente, de um transporte público de qualidade, e que atenda às necessidades dos usuários. O que ainda não acontece. Não adiantam audiências públicas para debater o tema, se as concessionárias dos serviços não se conscientizarem que têm responsabilidades, que vão muito além dos lucros. Enquanto isso, quem poderia usufruir melhor do sistema acaba optando por tirar o carro da garagem, comprometendo ainda mais o tráfego nos horários de pico. E não dá para culpar a população, que quer agilidade e comodidade.
Segurança precária
Outro segmento extremamente precário no Município é a segurança pública. E cito um exemplo, que envolve também o trânsito. Moro e trabalho na região central. Poderia deixar o carro na garagem, e ir à pé. Não dá. Meu expediente começa às 16h, encerrando entre 22h e 23h. Na ida o tráfego é intenso e, na volta, não há sequer uma viatura, da Polícia Militar ou da GCM, patrulhando as ruas e praças da cidade. Nesse caso, meu carro compõe esse cenário caótico do trânsito em horário de pico e a falta de segurança me impede de voltar a pé para meu apartamento.
Sem perspectivas
Não vejo, a curto prazo, nenhuma perspectiva de mudança nesse quadro. Tanto do trânsito como da segurança pública. Serviços públicos essenciais. E mal geridos.
Pergunta rápida
Alguém sabe aonde a CPI da Petrobras vai chegar?
“Um dia de fúria”
Longe do glamour do filme protagonizado por Michael Douglas e Robert Duvall, o caso da mulher linchada em Guarujá no último dia 3, por suspeita de sequestro de crianças para rituais de magia negra, extrapola a raiva coletiva e a intolerância. Sentimentos que fazem de boatos e postagens nas redes sociais motivos para se decretar sentenças de morte. A justiça pelas próprias mãos é deplorável. E o mau uso da internet mostra que há muito o que fazer para transformá-la em ferramenta pela vida, e não arma letal. Quem participou desse crime está no mesmo patamar do criminoso comum. Assim como aqueles que incentivam, publicamente ou não, esse tipo de ação. Chega.
Nota curtíssima
A lua de mel entre Aécio Neves e Eduardo Campos não resistiu à noite de núpcias.
Chegou ao limite?
Nova rodada de pesquisas do Datafolha da corrida presidencial, publicada na última sexta-feira, merece duas considerações técnicas, se comparadas com os levantamentos anteriores. A primeira indica, aparentemente, um estancamento na queda da presidente Dilma Rousseff (PT). E a segunda, que os candidatos da oposição tiveram um ganho no porcentual de crescimento, o que pode levar, definitivamente, a eleição para um segundo turno. Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) têm muito o que comemorar com esses novos números. Dilma, porém, precisa ficar mais atenta aos recados das pesquisas e fazer uma leitura crítica dos erros e acertos de seu governo. Ainda é cedo para uma definição. Vislumbra-se, entretanto, que será uma contenda com sangue nos olhos.
Frase da semana
"Não achem que o Brasil é a Alemanha". Do secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, alertando os torcedores europeus como se comportarem durante a Copa no Brasil. Sexta-feira, 9. No UOL Copa.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Câmara lenta...
Sessão da Câmara de Limeira, na última segunda-feira, foi muito tranquila. Troca de gentilezas estampadas em cada pronunciamento, apartes e discussões. A paz reinou. O título desta nota é só um trocadilho, que não consegui evitar.
E viva a mídia
A eleição de 2014 – em todos os seus níveis – será midiática. O investimento na informação e na contrainformação deve ser a preocupação de todos os marqueteiros, publicitários e jornalistas que nela trabalharão. Quem melhor souber se utilizar disso vai, com certeza, colher bons resultados.
Retorno à vista
As redes sociais dos três principais candidatos estão até acima da velocidade permitida, mas informação é o que não falta. Cada um na sua fatia de mercado. Se algum candidato disser que não está preocupado com o “lucro futuro”, mente descaradamente...
Convite aberto
Alguns corredores centrais já melhoraram em relação à questão dos semáforos. O tráfego até que está fluindo bem. Gostaria, porém, de fazer um convite à secretária dos Transportes, para que percorra todas as ruas nas quais há semáforos sequenciais, para que ela sinta, ao volante, que o trânsito ainda é lento em muitos desses corredores.
E que escuridão
A situação da iluminação pública em Limeira é, de fato, crítica. Não é necessário nenhum levantamento para perceber que não só o anel viário, como muitas ruas – inclusive do centro da cidade – estão escuros. E a burocracia para que a empresa responsável troque uma luminária queimada é impressionante.
Que dê resultado
O vereador Jorge de Freitas (Solidariedade) está exercendo sua função de fiscalização e isso é importante, mas se não resultar em ação prática de correção do problema não terá adiantado nada. Com a resposta, os responsáveis pelo setor.
A última de hoje
A convocação da seleção brasileira, por Felipão, representa o verdadeiro “complexo de vira-latas” do brasileiro, conforme expressão criada pelo jornalista, dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, que era apaixonado por futebol.
Sessão da Câmara de Limeira, na última segunda-feira, foi muito tranquila. Troca de gentilezas estampadas em cada pronunciamento, apartes e discussões. A paz reinou. O título desta nota é só um trocadilho, que não consegui evitar.
E viva a mídia
A eleição de 2014 – em todos os seus níveis – será midiática. O investimento na informação e na contrainformação deve ser a preocupação de todos os marqueteiros, publicitários e jornalistas que nela trabalharão. Quem melhor souber se utilizar disso vai, com certeza, colher bons resultados.
Retorno à vista
As redes sociais dos três principais candidatos estão até acima da velocidade permitida, mas informação é o que não falta. Cada um na sua fatia de mercado. Se algum candidato disser que não está preocupado com o “lucro futuro”, mente descaradamente...
Convite aberto
Alguns corredores centrais já melhoraram em relação à questão dos semáforos. O tráfego até que está fluindo bem. Gostaria, porém, de fazer um convite à secretária dos Transportes, para que percorra todas as ruas nas quais há semáforos sequenciais, para que ela sinta, ao volante, que o trânsito ainda é lento em muitos desses corredores.
E que escuridão
A situação da iluminação pública em Limeira é, de fato, crítica. Não é necessário nenhum levantamento para perceber que não só o anel viário, como muitas ruas – inclusive do centro da cidade – estão escuros. E a burocracia para que a empresa responsável troque uma luminária queimada é impressionante.
Que dê resultado
O vereador Jorge de Freitas (Solidariedade) está exercendo sua função de fiscalização e isso é importante, mas se não resultar em ação prática de correção do problema não terá adiantado nada. Com a resposta, os responsáveis pelo setor.
A última de hoje
A convocação da seleção brasileira, por Felipão, representa o verdadeiro “complexo de vira-latas” do brasileiro, conforme expressão criada pelo jornalista, dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, que era apaixonado por futebol.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Volta Lula. Muito mais sério do que parece
Os próximos dias deverão ser de solavancos políticos para Dilma Rousseff e o próprio Partido dos Trabalhadores. A pesquisa eleitoral da IstoÉ e Instituto Sensus, publicada na edição desta semana da revista, reflete um momento complicado para a presidente e suas pretensões de reeleição. Uma turbulência sem precedentes nesses últimos 11 anos de governo petista, muito mais impactante até do que o próprio mensalão, no primeiro mandato de Lula. Apesar da manutenção da liderança nas pesquisas, um segundo turno começa a ficar mais próximo, frustrando as pretensões do PT, que até há bem pouco tempo nadava de braçada numa eleição ganha em primeiro turno.
Como já mostrei neste espaço, em artigo publicado no dia 8 de abril (“Luz acesa e um balde de água fria”), a deterioração dos índices de popularidade de Dilma indicava que ela não estava mais sozinha no páreo. Apesar de os porcentuais estarem bem próximos – dentro da margem de erro – para a efetivação de um segundo turno, o cenário com os candidatos da oposição, o senador tucano mineiro, Aécio Neves, e o governador socialista de Pernambuco, Eduardo Campos, continua na mesma. Não conseguem decolar para um voo mais alto. Continuam não empolgando, pela própria falta de discurso. Beneficiam-se apenas das trapalhadas do governo federal, da divisão da base aliada e da própria queda de popularidade da petista, que não se sabe se já chegou ao limite ou tem, ainda, mais pontos a perder.
Os solavancos políticos, que mencionei no início deste texto, ficam por conta do acirramento do movimento “volta Lula”, que ganha mais adeptos a cada dia, em especial entre aqueles aliados que não querem perder a “boquinha” na máquina governamental. Particularmente não acredito muito nessa possibilidade – embora entre o não acreditar e o fato consumado a distância seja bastante curta – até pela própria postura do ex-presidente, mesmo com a proximidade e obrigação de acionar definitivamente a luz vermelha do Planalto e do comando petista. Se a intenção do criador é continuar apostando em sua criatura, não há como desprezar a força dos apelos de correligionários, que entendem que é hora de uma virada de mesa. E isso é muito mais sério do que parece.
Nesse sentido é bom lembrar que, quando o fim de seu segundo mandato se aproximava, aventava-se uma emenda constitucional, muito defendida por alguns caciques do partido, para um possível terceiro mandato ao então presidente, muito comum aqui na América Latina. Ele sempre foi enfático em sua resistência a essa situação, muito mais casuísta e de puro fisiologismo do que propriamente a uma ação política de alcance prático. Mesmo com os índices de popularidade que apontavam para uma nova reeleição, caso ele assim o quisesse e uma proposta, nesse sentido, passasse pela Câmara e pelo Senado Federal. Entendo que Lula deva, agora, manter essa mesma postura sóbria de não querer avançar o sinal e tomar o lugar de sua pupila. O que seria um reconhecimento ao fracasso de sua aposta política, quando tirou a então candidata do ostracismo para uma eleição tranquila.
Seria prudente, também, que Aécio e Campos não subestimassem e nem desprezassem o potencial desse “volta Lula”. Em política, nem sempre dois mais dois são quatro.
Como já mostrei neste espaço, em artigo publicado no dia 8 de abril (“Luz acesa e um balde de água fria”), a deterioração dos índices de popularidade de Dilma indicava que ela não estava mais sozinha no páreo. Apesar de os porcentuais estarem bem próximos – dentro da margem de erro – para a efetivação de um segundo turno, o cenário com os candidatos da oposição, o senador tucano mineiro, Aécio Neves, e o governador socialista de Pernambuco, Eduardo Campos, continua na mesma. Não conseguem decolar para um voo mais alto. Continuam não empolgando, pela própria falta de discurso. Beneficiam-se apenas das trapalhadas do governo federal, da divisão da base aliada e da própria queda de popularidade da petista, que não se sabe se já chegou ao limite ou tem, ainda, mais pontos a perder.
Os solavancos políticos, que mencionei no início deste texto, ficam por conta do acirramento do movimento “volta Lula”, que ganha mais adeptos a cada dia, em especial entre aqueles aliados que não querem perder a “boquinha” na máquina governamental. Particularmente não acredito muito nessa possibilidade – embora entre o não acreditar e o fato consumado a distância seja bastante curta – até pela própria postura do ex-presidente, mesmo com a proximidade e obrigação de acionar definitivamente a luz vermelha do Planalto e do comando petista. Se a intenção do criador é continuar apostando em sua criatura, não há como desprezar a força dos apelos de correligionários, que entendem que é hora de uma virada de mesa. E isso é muito mais sério do que parece.
Nesse sentido é bom lembrar que, quando o fim de seu segundo mandato se aproximava, aventava-se uma emenda constitucional, muito defendida por alguns caciques do partido, para um possível terceiro mandato ao então presidente, muito comum aqui na América Latina. Ele sempre foi enfático em sua resistência a essa situação, muito mais casuísta e de puro fisiologismo do que propriamente a uma ação política de alcance prático. Mesmo com os índices de popularidade que apontavam para uma nova reeleição, caso ele assim o quisesse e uma proposta, nesse sentido, passasse pela Câmara e pelo Senado Federal. Entendo que Lula deva, agora, manter essa mesma postura sóbria de não querer avançar o sinal e tomar o lugar de sua pupila. O que seria um reconhecimento ao fracasso de sua aposta política, quando tirou a então candidata do ostracismo para uma eleição tranquila.
Seria prudente, também, que Aécio e Campos não subestimassem e nem desprezassem o potencial desse “volta Lula”. Em política, nem sempre dois mais dois são quatro.
domingo, 4 de maio de 2014
A abominável prática da queima da palha da cana
Limeira e região conviveram, na semana passada, com o desconforto de ver a cidade sob a chuva de pó preto, originária de queimada de cana em duas áreas próximas ao Município. A prática, por si só abominável do ponto de vista ambiental, antiquada e pré-histórica e, mais ainda em relação à saúde pública, vez ou outra deixa seu rastro de poluição e também de sujeira. E o mais curioso nesse processo é que ninguém assume a responsabilidade por esses atos de desrespeito ao ser humano e à vida e, de maneira muitas vezes suspeita, são tratados como incêndios criminosos, como se nunca fossem propositais. Tenho minhas dúvidas – e muitas – sobre essas versões, inclusive corroboradas por autoridades ambientais. Que são criminosas essas queimadas é senso comum e não precisa nenhum estudioso afirmar isso, só que nunca o “criminoso” é identificado para sofrer as sanções legais. Se é que elas existem. E os municípios que aprovaram leis inteligentes sobre esse procedimento acabaram vendo o lobby canavieiro vencer em instâncias judiciais. E Limeira está entre eles.
Só para lembrar
Ribeirão Preto, Americana e Cedral tiveram suas leis suspensas pela Justiça. Mogi Mirim teve a sua contestada no Tribunal de Justiça de São Paulo, que a derrubou. A de Paulínia foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal, através de liminar do ministro Eros Grau e, em janeiro de 2009 foi a vez de a legislação limeirense também ser derrubada, pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do STF.
Fósforos na mão
É evidente que a queima da palha da cana para colheita facilita o processo, porém, não garante o direito à saúde do cidadão, porque além de tudo, é realizada em período de clima seco, muito propício a problemas respiratórios. É o interesse privado se sobrepondo ao interesse coletivo, que deixa a população desprotegida e à mercê de um desconforto, e só quem passa por ele entende sua gravidade.
Como interpretar
O entendimento das instâncias superiores do Poder Judiciário, em todos esses casos citados, é que o município só pode legislar sobre situações de interesses locais. Não pode se sobrepor às legislações estadual e federal. Questão de interpretação, pois as leis antiqueimadas aprovadas pelos municípios não confrontam leis estaduais ou federais. Apenas zelam pelo bem-estar da população local.
Protocolo de 2007
Pode até parecer uma interpretação simplista e sem fundamento jurídico. É a legalidade respaldada na imoralidade. No caso do Estado de S. Paulo, os sindicatos e entidades representativas se apegam ao Protocolo Ambiental assinado em 2007, que prevê o fim das queimadas em áreas mecanizáveis até 2014 – este ano, portanto – e no restante até 2017. Resta saber, entretanto, se o setor vai mesmo cumpri-lo à risca ou...
Fica no ar, então
A estranha coincidência, nesses chamados “atos criminosos”, é que sempre acontecem no início do período de colheita da cana. Confundem-se com as chamadas queimadas “supervisionadas” pelos produtores.
O direito autoral
No caso de Limeira, e para que não pairem dúvidas sobre sua autoria, a lei municipal antiqueimada foi de autoria do então vereador Eliseu Daniel dos Santos (DEM). Foi aprovada pela Câmara Municipal, sancionada, e entrou em vigor em 2007.
Fechando o cerco
É ditado popular que o órgão mais sensível do ser humano é o bolso. Basta mexer nele para assustar o dono da calça. Trata-se de uma verdade, que corrige muitos desvios de conduta, embora não seja regra geral. E é dessa forma que o Município pode dificultar muitas ações ilícitas em locais de grande frequência, impondo sanções financeiras a seus praticantes. É o caso do comércio, facilitação para a venda e consumo de drogas em bares, que um projeto do prefeito Paulo Hadich (PSB), enviado à Câmara, pretende combater, cassando o alvará dos estabelecimentos flagrados nessas situações. Nada mais apropriado, uma vez que são os locais mais denunciados por tal prática.
Então, cumpra-se
Se o projeto prosperar e se transformar em lei, a partir do momento em que for sancionada pelo prefeito, será um passo importante para coibir o tráfico e o consumo de drogas nesses estabelecimentos comerciais. É preciso, entretanto, que essa legislação não entre para o rol de muitas outras, que nunca foram cumpridas e muito menos fiscalizadas como deveriam. Por isso, a ideia de cassar o alvará de funcionamento desses bares é interessante. Sem exceções, pois não há inocente útil nesses casos.
A causa e o efeito
Assustador. Assim pode ser definido o aumento no número de acidentes de trabalho, de 2012 para 2013, em Limeira. De 2.223 para 2.492 registros. Não acredito, entretanto, que os números oficiais sejam os números reais.
Pergunta rápida
Quais são as chances de Limeira eleger um deputado federal e um estadual neste ano?
A Fifa manda e...
...desmanda. Bares, restaurantes e lanchonetes não poderão vender cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica no entorno do Maracanã, durante o período da Copa do Mundo. Serão nos dias em que o estádio receberá os jogos entre seleções, sete ao todo. No interior do Maracanã, entretanto, a cerveja poderá ser vendida livremente, desde que, é evidente, seja a marca patrocinadora da Fifa. Já aconteceu isso na Copa da Alemanha, em 2006, quando os alemães não podiam consumir sua própria cerveja, que é regionalizada. Todos se lembram que, durante o sorteio dos grupos, na Barra do Sauípe, nem água de coco podia ser vendida próximo ao resort onde ocorreu o evento.
Nota curtíssima
A ninguém é dado o direito de se utilizar da hipocrisia para cobrar postura ética de outrem.
Ninguém o quer
Quem esperava que a Itália pudesse dar o troco ao Brasil, negando a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, numa clara resposta ao País por não ter mandado de volta o ativista de esquerda, Cesare Basttisti, pode ter se enganado. No próximo dia 5 de junho, a Corte de Apelação de Bolonha, Itália, julga o pedido de extradição feito pelas autoridades brasileiras, já que Pizzolato foi condenado por aqui na ação penal 470, o mensalão do PT. Há claros indícios, e que fazem tremer setores do governo brasileiro, de que o ex-diretor do BB seja devolvido. Explica-se: ano eleitoral, um grande estrago – mais um – seria feito no governo petista, se ele resolver abrir a boca e, talvez, colocar mais pimenta ainda em um tempero que já está azedando.
Frase da semana
"Nós o responsabilizamos publicamente pela vida e pela saúde do companheiro José Genoino". Do presidente do PT, Rui Falcão, ao criticar o presidente do STF, Joaquim Barbosa. Sexta-feira, 2. Na Folha de S. Paulo.
Só para lembrar
Ribeirão Preto, Americana e Cedral tiveram suas leis suspensas pela Justiça. Mogi Mirim teve a sua contestada no Tribunal de Justiça de São Paulo, que a derrubou. A de Paulínia foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal, através de liminar do ministro Eros Grau e, em janeiro de 2009 foi a vez de a legislação limeirense também ser derrubada, pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do STF.
Fósforos na mão
É evidente que a queima da palha da cana para colheita facilita o processo, porém, não garante o direito à saúde do cidadão, porque além de tudo, é realizada em período de clima seco, muito propício a problemas respiratórios. É o interesse privado se sobrepondo ao interesse coletivo, que deixa a população desprotegida e à mercê de um desconforto, e só quem passa por ele entende sua gravidade.
Como interpretar
O entendimento das instâncias superiores do Poder Judiciário, em todos esses casos citados, é que o município só pode legislar sobre situações de interesses locais. Não pode se sobrepor às legislações estadual e federal. Questão de interpretação, pois as leis antiqueimadas aprovadas pelos municípios não confrontam leis estaduais ou federais. Apenas zelam pelo bem-estar da população local.
Protocolo de 2007
Pode até parecer uma interpretação simplista e sem fundamento jurídico. É a legalidade respaldada na imoralidade. No caso do Estado de S. Paulo, os sindicatos e entidades representativas se apegam ao Protocolo Ambiental assinado em 2007, que prevê o fim das queimadas em áreas mecanizáveis até 2014 – este ano, portanto – e no restante até 2017. Resta saber, entretanto, se o setor vai mesmo cumpri-lo à risca ou...
Fica no ar, então
A estranha coincidência, nesses chamados “atos criminosos”, é que sempre acontecem no início do período de colheita da cana. Confundem-se com as chamadas queimadas “supervisionadas” pelos produtores.
O direito autoral
No caso de Limeira, e para que não pairem dúvidas sobre sua autoria, a lei municipal antiqueimada foi de autoria do então vereador Eliseu Daniel dos Santos (DEM). Foi aprovada pela Câmara Municipal, sancionada, e entrou em vigor em 2007.
Fechando o cerco
É ditado popular que o órgão mais sensível do ser humano é o bolso. Basta mexer nele para assustar o dono da calça. Trata-se de uma verdade, que corrige muitos desvios de conduta, embora não seja regra geral. E é dessa forma que o Município pode dificultar muitas ações ilícitas em locais de grande frequência, impondo sanções financeiras a seus praticantes. É o caso do comércio, facilitação para a venda e consumo de drogas em bares, que um projeto do prefeito Paulo Hadich (PSB), enviado à Câmara, pretende combater, cassando o alvará dos estabelecimentos flagrados nessas situações. Nada mais apropriado, uma vez que são os locais mais denunciados por tal prática.
Então, cumpra-se
Se o projeto prosperar e se transformar em lei, a partir do momento em que for sancionada pelo prefeito, será um passo importante para coibir o tráfico e o consumo de drogas nesses estabelecimentos comerciais. É preciso, entretanto, que essa legislação não entre para o rol de muitas outras, que nunca foram cumpridas e muito menos fiscalizadas como deveriam. Por isso, a ideia de cassar o alvará de funcionamento desses bares é interessante. Sem exceções, pois não há inocente útil nesses casos.
A causa e o efeito
Assustador. Assim pode ser definido o aumento no número de acidentes de trabalho, de 2012 para 2013, em Limeira. De 2.223 para 2.492 registros. Não acredito, entretanto, que os números oficiais sejam os números reais.
Pergunta rápida
Quais são as chances de Limeira eleger um deputado federal e um estadual neste ano?
A Fifa manda e...
...desmanda. Bares, restaurantes e lanchonetes não poderão vender cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica no entorno do Maracanã, durante o período da Copa do Mundo. Serão nos dias em que o estádio receberá os jogos entre seleções, sete ao todo. No interior do Maracanã, entretanto, a cerveja poderá ser vendida livremente, desde que, é evidente, seja a marca patrocinadora da Fifa. Já aconteceu isso na Copa da Alemanha, em 2006, quando os alemães não podiam consumir sua própria cerveja, que é regionalizada. Todos se lembram que, durante o sorteio dos grupos, na Barra do Sauípe, nem água de coco podia ser vendida próximo ao resort onde ocorreu o evento.
Nota curtíssima
A ninguém é dado o direito de se utilizar da hipocrisia para cobrar postura ética de outrem.
Ninguém o quer
Quem esperava que a Itália pudesse dar o troco ao Brasil, negando a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, numa clara resposta ao País por não ter mandado de volta o ativista de esquerda, Cesare Basttisti, pode ter se enganado. No próximo dia 5 de junho, a Corte de Apelação de Bolonha, Itália, julga o pedido de extradição feito pelas autoridades brasileiras, já que Pizzolato foi condenado por aqui na ação penal 470, o mensalão do PT. Há claros indícios, e que fazem tremer setores do governo brasileiro, de que o ex-diretor do BB seja devolvido. Explica-se: ano eleitoral, um grande estrago – mais um – seria feito no governo petista, se ele resolver abrir a boca e, talvez, colocar mais pimenta ainda em um tempero que já está azedando.
Frase da semana
"Nós o responsabilizamos publicamente pela vida e pela saúde do companheiro José Genoino". Do presidente do PT, Rui Falcão, ao criticar o presidente do STF, Joaquim Barbosa. Sexta-feira, 2. Na Folha de S. Paulo.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Final coerente
Terminou como deveria a denúncia contra o vereador José Roberto Bernardo, o Zé da Mix (PSB), na Corregedoria da Câmara, sobre o caso suposto assessor fantasma: arquivada por falta de documentos probatórios de tal situação. Acertou o corregedor José Eduardo Monteiro Júnior, o Jú Negão (PSB), em sua decisão.
Estremecido?
Se essa decisão causou estremecimento na base aliada, em especial com o PT, cujo vereador Wilson Nunes Cerqueira chancelou a denúncia, isso é uma história que veremos mais adiante. Uma prática muito mais intimidatória do que política.
Infelizmente...
...a ação bancada pelo bloco governista, apesar de não ter chegado onde queria, serviu para arrefecer os ânimos da oposição, que vem demonstrando cautela desde que a denúncia foi levantada.
Ação da GCM
Não se nota mais no Parque da Cidade, local preferido para muitos estudantes matarem aula, a presença de adolescentes com mochilas nas costas, em grupinhos, circulando pelo local. Pelo menos por enquanto, parece que a estratégica da Guarda e do Conselho Tutelar estão dando resultado. Pelo menos por lá.
Sem compras
Hoje, Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, os supermercados não abriram em Limeira. Um acordo entre sindicatos garantiu o descanso também dos trabalhadores do setor. Nada mais justo. Ninguém pode reclamar, porque avisado foi.
Hora de mudar
Agora, para que esse tipo de acordo fique melhor ainda, está na hora de o sindicato dos trabalhadores flexibilizar o horário de abertura das lojas, aos finais de semana. Em especial aos sábados.
A última de hoje
Quando Dilma Rousseff (PT) começou uma faxina em seu ministério, desbancando até aliados de Lula, sua popularidade esteve em alta – até mais do que a do próprio Lula e FHC juntos. Se tivesse continuado, seria imbatível. Agora, colhe os frutos de ter aceitado o fisiologismo da base aliada. O “Volta Lula” é muito mais sério do que se imagina.
Terminou como deveria a denúncia contra o vereador José Roberto Bernardo, o Zé da Mix (PSB), na Corregedoria da Câmara, sobre o caso suposto assessor fantasma: arquivada por falta de documentos probatórios de tal situação. Acertou o corregedor José Eduardo Monteiro Júnior, o Jú Negão (PSB), em sua decisão.
Estremecido?
Se essa decisão causou estremecimento na base aliada, em especial com o PT, cujo vereador Wilson Nunes Cerqueira chancelou a denúncia, isso é uma história que veremos mais adiante. Uma prática muito mais intimidatória do que política.
Infelizmente...
...a ação bancada pelo bloco governista, apesar de não ter chegado onde queria, serviu para arrefecer os ânimos da oposição, que vem demonstrando cautela desde que a denúncia foi levantada.
Ação da GCM
Não se nota mais no Parque da Cidade, local preferido para muitos estudantes matarem aula, a presença de adolescentes com mochilas nas costas, em grupinhos, circulando pelo local. Pelo menos por enquanto, parece que a estratégica da Guarda e do Conselho Tutelar estão dando resultado. Pelo menos por lá.
Sem compras
Hoje, Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, os supermercados não abriram em Limeira. Um acordo entre sindicatos garantiu o descanso também dos trabalhadores do setor. Nada mais justo. Ninguém pode reclamar, porque avisado foi.
Hora de mudar
Agora, para que esse tipo de acordo fique melhor ainda, está na hora de o sindicato dos trabalhadores flexibilizar o horário de abertura das lojas, aos finais de semana. Em especial aos sábados.
A última de hoje
Quando Dilma Rousseff (PT) começou uma faxina em seu ministério, desbancando até aliados de Lula, sua popularidade esteve em alta – até mais do que a do próprio Lula e FHC juntos. Se tivesse continuado, seria imbatível. Agora, colhe os frutos de ter aceitado o fisiologismo da base aliada. O “Volta Lula” é muito mais sério do que se imagina.
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