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domingo, 28 de abril de 2013

Colaborar. Verbo que precisa de conjugação

Taí um  bom exemplo da ineficiência do cidadão, quando o assunto é procurar seus próprios direitos e contribuir com a melhoria do convívio social e da comunidade em que vive. Colaborar, verbo transitivo indireto e intransitivo, que significa cooperar, contribuir, auxiliar. Tem mais significados ainda, mas neste caso esses três sinônimos são os mais importantes. O individualismo, que toma conta das pessoas, tem levado a sociedade a extremos preocupantes, onde muitos jogam a sua própria responsabilidade sobre os ombros de quem está ao lado. Ou de qualquer pessoa que possa tirar-lhe o fardo da culpa, por uma omissão egoísta, quando é chamado a participar e dar sua contribuição - colaboração - às mudanças políticas e sociais necessárias. A crítica pela crítica, que é muito comum e vem daqueles que gostam de imputar responsabilidades a outros e fugir das suas, é a pior de todas as facetas do ser humano, que se esquece de perguntar como pode participar. No que e como pode ajudar. Antes, prefere o silêncio, que logo em seguida é transformado em cobrança de uma ação, que deveria ser a sua própria.  

É preciso mais ação
O mínimo que um cidadão pode fazer pelo seu próximo, ou pela sociedade onde vive, já é o bastante para grandes transformações. A isso se chama colaboração. E por incrível que possa parecer, nem esse mínimo é feito. Se algo dá errado em sua vida, a culpa é do político - e na maioria das vezes tem razão - que ele próprio ajudou a eleger. E assim não consegue enxergar a sua própria cegueira.

Não estou nem aí...

Muitos gostam de se gabar de sabedoria, mas quando confrontados com a realidade e cobrados a agir, têm por  hábito dizer que não é com eles. No corrido dia a dia, nem sempre quem chega primeiro leva. Há fura-filas por todas as partes, esperando o momento de agir. Há desrespeito nas situações mais simples do cotidiano, que uma boa eduação, em todos os sentidos, poderia resolver. 

Cobrar. Um direito
A consequência de tudo isso é que, por omissão e egoísmo, vem junto a acomodação, que abafa a cobrança. Quando um cidadão se cala perante uma calamidade ou aquilo que lhe causa desconforto e pode ser mudado com sua participação efetiva, com sua colaboração, além do prejuízo pessoal próprio, ele leva consigo muitos de seus semelhantes. Transferir responsabilidades significa alimentar sua própria ignorância.

É hora de acordar
Tudo isso pode parecer uma utopia aos olhos de muita gente. Justamente de quem deveria ter uma atuação - e tem capacidade para isso - efetiva na sociedade.

Mais que necessário
O prefeito Paulo Hadich (PSB) teve encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), na semana passada, em busca de apoio para as obras do aeroporto e para que o local tenha status regional. A localização geográfica de Limeira é um trunfo inestimável e comporta esse investimento. Quem sabe o governo federal garanta um sinal verde para a finalização da obra. Ou o Município deslancha de vez ou fica na mesmice de sempre.

E não é ficção, não
Mesmo porque, o governo do Estado pouco faz pelo Município. História antiga, esta. Limeira carece de representatividade na efera estadual, que hoje não tem. Não há um interlocutor, que faça essa aproximação. E, principalmente, sobra a má vontade de Alckmin, como sobrou de todos os seus antecessores, independentemente da sigla partidária. Limeira ganhou a duplicação da SP-147, até Piracicaba, em cima de um palanque eleitoral. Assim foi com o campus II da Unicamp, a FCA. A Fundação Casa levou sete anos para ser concluída. E riscou Limeira do mapa do Poupatempo.

Outra novela triste
O novo presídio, anunciando há muito tempo, teve sua área e localização anunciadas também sob os auspícios de uma campanha eleitoral. José Serra (PSDB) era o candidato do partido à Presidência nas eleições de 2010 e coube a Alberto Goldman, o governador em exercício à época (era vice do tucano) trazer a "boa nova", em um palanque bem caracterizado. Até agora, palavras, palavras e pouca ação. O governo paulista só dá atenção quando há interesse eleitoral em jogo.

Movimento vivo
A presidente do Sindsel, Eunice Ruth Araújo Lopes, respondendo por e-mail a nota "Causa Estranheza", publicda nesta coluna na última quinta-feira, disse que a categoria continua empenhada na luta para ter atendida suas reivindicações. Amanhã estará na Câmara novamente e espera mais empenho dos vereadores para com a causa dos servidores públicos municipais. "Não sou de ficar esperando para levar tiro", disse Nicinha.

Pergunta rápida
Por que a "feirinha da madrugada" assusta tanto os comerciantes limeirenses?

A quem interessa?
A bola da vez é a briga entre o Congresso Nacional - Senado e Câmara dos Deputados - e o Supremo Tribunal Federal. Se não pode haver ingerência de um Poder sobre o outro, nenhum dos dois tem a prerrogativa dessa intromissão. Decisão do STF se acata, é a corte máxima, e deputados e senadores não podem e nem devem tentar reduzir os poderes da última instância do Judiciário brasileiro. Assim como ministros do Supremo não devem interferir nas discussões e nos debates das duas casas legislativas. Especialistas e juristas ainda não chegaram a um consenso sobre isso. Vai dar muito o que falar ainda.

A crise está aberta
O gerador de toda essa celeuma começou com a condenação e cassação, pelo próprio STF, dos deputados mensaleiros. Agora se estende à discussão sobre o projeto de restrição à criação de novos partidos. E quem sempre defendeu essas restrições, os partidos de oposição, agora se opõem à medida por interesses próprios, assim como o próprio governo tem os seus. Se alguém sonha com uma reforma política isenta, que recolha o seu cavalinho, para que ele não se molhe.

Nota curtíssima
A classe política está conseguindo uma proeza: fazer com que Deus e o diabo se sentem do mesmo lado da mesa.

Frase da semana
"Reduzir poderes do STF fragiliza a democracia". Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, sobre a PEC que reduz os poderes do Supremo. Quinta-feira, 25, na Folha de S. Paulo-Poder.

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