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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Privatização. Ineficiência e apenas inchaço

As privatizações ocorridas nos dois governos de FHC são saudadas, hoje, pelos tucanos, como exemplo de eficiência, modernidade e política de desenvolvimento.  Até aí é um direito de cada um defender o seu lado. O seu interesse particular. O grande e grave problema, entrentanto, encontra-se na prestação de serviços dos setores privatizados, em especial o das telecomunicações, hoje com internet e pacotes com TV a cabo. As ações recentes da Anatel sobre a Oi, Tim e Claro, são novos e práticos exemplos, não de modernidade ou desenvolvimento, mas de inchaço e vendas de serviços pelas empresas privatizadas, que não têm o devido suporte técnico para atendimento rápido e eficiente ao cliente. Apesar de hoje termos a portabilidade e direito de escolha, essas empresas não têm o direito de tripudiar sobre nós, clientes. Deveriam fidelizar esse cliente com serviços de qualidade e agilidade que isso requer. Ficar à espera de uma visita técnica é outra comprovação desse inchaço, mas que na prática não funciona, porque a demanda por serviços é maior que a oferta da assistência oferecida por elas. Complicado.

Qualidade teórica
Para quem tem no telefone e na internet as principais ferramentas de trabalho, e pela rapidez e instantaneidade que o processo comunicacional exige hoje, a falta de sinal no sistema ultrapassar 24h é tão absurda, quanto às desculpas dadas pelos SACs das corporações, que ganharam o direito em explorar esses serviços com o compromisso de melhorá-lo, o que na prática ainda está muito longe de acontecer.

Só vender, vender
A equação dessas operadoras é vender cada vez mais, através de ações do chamado marketing agressivo, relegando a segundo plano o atendimento técnico, quando solicitado. Acredito até que não seja intencional essa deficiência, mas esbarra na falta de planejamento prévio do mercado alvo. É preciso, antes de vender o serviço ou produto, garantir que o cliente tenha o devido atendimento pós-venda.

É preciso planejar
Essa barafunda nos serviços de telefonia pós-privatizações - o serviço público também era deficiente antes disso, é bom que se diga e parece que não é preocupação do setor privado também - é facilmente comprovada pelos Procons e seus incontáveis registros de reclamações. E até mesmo na Anatel. E, também, nas reclamações que chegam à mídia. Até nós jornalistas, enquanto porta-vozes que somos da população como um todo. Dos nossos leitores. E se expressamos as necessidades dessa população, temos obrigação de relatar nossas próprias experiências como consumidores desses serviços.

Sou NET. E daí?
Na semana passada, entre segunda e quarta-feira, tive uma triste experiência de um consumidor na busca por seus direitos para ser atendido pela operadora NET  (telefonia, internet e TV a cabo). Fiz dois registros, devidamente protocolados, através do 10621 e um terceiro, na sede da empresa aqui em Limeira (que não sei se gerou protocolo, pois não me foi informado) e tudo o que obtive foi um "nada podemos fazer fora dos prazos estipulados". Cai por terra toda aquela massificação da marca do "seja um NET". Eu sou, e o que ganho com isso, telefone mudo por cerca de 47h e internet sem sinal pelo mesmo período. Quando fiz a migração fui tratado como um verdadeiro rei. Agora nem bobo da corte posso me considerar.

Sem saudosismo
Para aqueles que não conviveram com as estatais das telecomunicações, quando era uma empresa por estado da Federação, qualquer problema era resolvido no dia e muito rápido. A Telesp, por exemplo, que operava no Estado de São Paulo, tinha sempre um técnico à disposição e qualquer problema era rapidamente sanado (provocava muita reclamação e crítica, também). Assim como as empresas de eletricidade. Bastava um contato e era a certeza da resolução do problema. A privatização desses setores expandiu o mercado, aumentou a gama de serviços oferecidos, porém a expansão foi desordenada e o crescimento no consumo com a migração nas classes sociais, parece ter pego todo mundo de surpresa. Ou então foi muito mal avaliado.

Prática sem volta
Apesar de às vezes parecer o contrário, sou favorável a um Estado mínimo na economia como um todo. A concorrência é que garante a qualidade (deveria, ao menos). Porém, se houve a privatização é dever desses setores cumprirem com essa obrigação: a qualidade esperada de uma empresa. Que satisfaça o cliente.

É mais que justo
Como jornalista, recebo muitas reclamações e denúncias e as torno públicas. Como consumidor e cidadão estou tornando públicas as minhas próprias experiências com a deficiência desses serviços. O cliente, seja ele qual for, merece respeito. Afinal, é quem paga a conta no final dessa cadeia produtiva

Pergunta rápida
Qual é o tamanho das pernas da mentira?

O início do baile
Sem a imunidade legal que o cargo lhe proporcionava, o prefeito cassado Silvio Félix da Silva (PDT) deve enfrentar um trâmite mais rápido das muitas ações judiciais, iniciadas ainda em seu primeiro mandato. E com as seguidas derrotas até nas cortes superiores, não fica difícil prever o que vem pela frente. Um verdadeiro balaio de frutas azedas à espera de uma inevitável degustação.

É despejo total
Com Carlinhos Silva, Piuí, Elza Tank, Iraciara (ainda sonha), Mário Botion, Eliseu Daniel, Paulo Hadich e Almir fora das disputas deste ano, a renovação nos assentos da Câmara Municipal de Limeira pode beirar, tranquilamente, os 80%, levando-se em conta os 14 existentes. Outros sete novos - ou velhos mesmo - se juntarão a eles. Vale uma boa reflexão. 

Frase da semana
"Que isso, gente, sou só o barnabé do processo". Do ministro do STF, Joaquim Barboza, ao ser chamado de herói por duas mulheres, quando saía do Supremo. Na sexta-feira, 6, na Folha-Poder.

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