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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Administração em xeque. A quem interessa?

Mais um anúncio de adiamento da entrega das obras do novo viaduto sobre o Barroca Funda, na rotatória envolvendo o hipermercado Walmart e o Jardim Florença, que vai fazer ligação direta centro-bairro, entre a Avenida Comendador Agostinho Prada e Via Guilherme Dibern, para desafogar aquele trecho do anel viário. Exemplo de falta de planejamento, e que vem, com certeza, da administração do prefeito cassado Silvio Félix. Envolvida na obra, a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos já não é mais comandada por Celso Gonçalves (remanescente da era Félix). E que deve ter deixado a Pasta por conta justamente desses atrasos. E outros problemas. E como não se faz uma obra desse porte do dia para a noite, coube ao atual secretário escalado pelo prefeito Orlando Zovico (PDT), Dagoberto Guidi o novo anúncio: de setembro para outubro, depois de os anteriores, feitos em julho e agosto, conforme mostrou esta Gazeta em reportagem da jornalista Daíza Lacerda. O que deixa margens para muitas dúvidas e perguntas não respondidas sobre essa imensa responsabilidade administrativa. Interrogações.

O trato é o mesmo
Infelizmente e por mais boa vontade que se possa ter, o setor público ainda é uma caixa de Pandora, cujos segredos parecem infindáveis. Se mesmo fechada, esses segredos não param de sair, aberta então pode causar um rebuliço maior ainda. Tudo por falta da tão sonhada e necessária transparência no trato com o dinheiro público. Boas intenções, nesse caso, não são suficientes para estancar essa sangria.

Coragem e firmeza
A melhor forma de demonstrar uma mudança de postura administrativa é abrir as contas públicas e esmiuçar seus caminhos e, principalmente, atalhos. Ainda não se viu um gestor público se expor a esse ponto. O simples bater no peito e prometer não é suficiente, porque são palavras que se perdem rapidamente. O receio em ferir suscetibilidades políticas precisa ser banido do vocabulário na administração pública. 

Consenso e teoria

O que mais irrita, entretanto, é que todos sabem disso. E não há quem conteste tais práticas. O problema está em executar essa prática. Só assim poderemos ter, definitivamente, o setor público voltado aos interesses públicos. E não de poucas pessoas ou grupos. E se há entendimento de que pode agir dessa forma, a questão é que a teoria nunca se transforma em ação. Entra administração, sai administração, fala-se a mesma língua, porém não há esse objetivo como prioridade.

As moscas mudam
É comum, em período eleitoral como este pelo qual estamos passando, ouvir à exaustão as promessas de auditorias nas contas públicas, obras e serviços. E há muito tempo e de quatro em quatro anos - com a reeleição, esse prazo se estendeu por igual período - ouço essa surrada ladainha das auditorias. O vencedor do pleito - no caso o prefeito - toma posse, fala firme  e até mostra convicção em suas palavras, porém nunca tomei conhecimento de um resultado prático dessa busca pelos descaminhos da corrupção. E se alguma teve algum resultado prático, nunca foi divulgado. E num surto repentino de amnésia, tudo fica esquecido...

É oratória pontual
Estamos entrando na reta final desse primeiro turno das eleições municipais. E os discursos dos quatro candidatos a prefeito não trazem muitas novidades, não. São bem semelhantes e até afinados em vários pontos. Um imenso pacote de bondades, que se cumprido um décimo das promessas, estaremos presenciando a redenção de um município, que foi abalado na sua confiança em gerar bem-estar e riquezas ao seu povo. Município que completou, ontem, 186 anos de existência e está recebendo, neste aniversário, um grande presente: um cidadão consciente, ciente de seus direitos e deveres e que soube se mobilizar, quando foi chamado.

Os reis da mídia
Uma análise midiática da propaganda eleitoral no rádio e TV colocam alguns candidatos e partidos em vantagem. Entre os prefeituráveis, Kleber Leite é especialista. Lusenrique Quintal melhorou muito desde sua primeira candidatura e Paulo Hadich está fazendo uma campanha certinha e também tem se mostrado bom de microfone e câmera. Eliseu é que destoou um pouco desses três, mesmo com sua oratória fácil de vários mandatos como vereador. Quanto aos candidatos a vereador, a utilização de jargões, rimas, apelidos e ligações profissionais (enfermeiro, cabeleireiro, etc...) não ajudam em nada. Dá apenas um ar engraçado às aparições. Nada mais que isso.

Números novos
A Gazeta de Limeira está publicando, na edição de hoje, uma nova rodada de pesquisas para o cargo de prefeito. Pesquisa eleitoral não pode ser analisada linearmente e nem ser comparada. Quem deve decidir, mesmo, é o eleitor e no dia da eleição.

Pergunta rápida
Quem, de fato, o prefeito cassado Silvio Félix da Silva (PDT) está apoiando para prefeito em Limeira?

É preciso educar
Quem passou pelo Centro de Limeira, na sexta-feira, percebeu a ação dos agentes de trânsito, contra motociclistas e motoqueiros que teimam em estacionar em vagas destinadas a automóveis. Uma ação esperada há muito tempo, que deve inibir essa ocupação irregular e ostensiva e que às vezes beira o desrespeito mesmo. Que os agentes continuem esse trabalho. E também atuem contra motoristas infratores, que teimam em se utilizar de vagas especiais destinadas a idosos ou deficientes.

Já que estamos...
...falando em educação, muitos cidadãos estão reclamando de candidatos a vereador que estão despejando "santinhos" em ruas de muitos bairros de Limeira. Principalmente dos mais simples e afastados. Cumpre ao eleitor, então, não votar em candidatos que emporcalham sua própria cidade.

Frase da semana
"Se já fomentam discórdia, ataques e ofensas sem o poder, o que esperar se o conquistarem pelo voto? É para pensar". Trecho de nota da Arquidiocese de São Paulo, criticando a Igreja Universal, que apoia Celso Russomano. Sexta-feira, 14, na Folha de S. Paulo, Poder-Eleições 2012.

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