Muro e história
O debate da vez, desde o final da semana passada e início desta, é o muro da creche Prada e do Edifício Prada, sede hoje do Paço Municipal. Questões preservacionistas à parte, tem muita gente misturando interpretação e fazendo análise simplista e imediatista e contrapondo preservação do patrimônio histórico e desenvolvimento. É bom que se esclareça, que preservar não significa conter o progresso, mas sim garantir a história que faz esse progresso.
O passado vivo
No meu artigo de terça-feira, aqui mesmo nesta coluna, tratei do assunto (Bom senso. Que falta que faz...), fazendo uma análise da importância da preservação da nossa história aliada às obras desenvolvimentistas. Há, sim, como conciliar tudo isso, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo essa preservação.
Nossa história
Negar a importância do passado é negar o próprio passado pessoal. Não é preciso voltar ao tempo da carroça e do paralelepípedo, como disseram alguns, apenas garantir que a vida continue e, com ela, tenhamos algo importante a mostrar. E para que as gerações futuras se lembrem de como começou. Ninguém se esquece de uma mãe, do pai, dos avós, que contribuíram para a história individual de cada um. São nosso passado e a razão da nossa existência, como somos dos nossos filhos e, quando vierem, do netos e gerações futuras. Só que esse futuro está diretamente ligado à história construída lá atrás.
Pensar. E fazer
Limeira é uma cidade sem avenidas centrais. As ruas são estreitas e de difícil acesso para obras. E duplicar a capacidade dessas vias, pode ser - e é bom que se pense nisso também - apenas um paliativo de momento. A frota de carros particulares aumenta em progressão oposta à qualidade do transporte público urbano. E a consequência é uma só: ruas estreitas entupidas de veículos. Será que se tivéssemos um tansporte público de qualidade, eficiente e adequado às necessidades da população, não seria também uma solução? Daqui a cinco anos, ou até menos, após as duplicações pretendidas, tenho certeza de que estaremos todos reclamando da lentidão do trânsito novamente. O problema é que a engenharia é imediatista, mal planejada e na maioria das vezes não enxerga o ser humano como vida inteligente.
Quanto custa??
É preciso, antes de qualquer ação, prever os custos e os benefícios de cada ação. O poder público, infelizmente, não trabalha dessa forma. Faz, desmancha, refaz. É useiro e vezeiro de realizar retrabalhos. Planejamento evitaria tudo isso.
A última de hoje
Como diria um professor que tive na universidade, brilhante educador, é preciso humanizar alguns cursos superiores. Em especial os de engenharia com mais conteúdo humanístico, para complementar o exato. Talvez, assim cada profissional percebesse a própria falibilidade e aceitasse que o erro faz parte do ser humano.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
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