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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Violência urbana. Mortes e outras estatísticas

Mais uma morte violenta em Limeira. E novamente de pessoa pública, o que eleva o grau de divulgação e também a atenção da população, que anda refém do medo e até do dia seguinte. Conhecido politicamente e pela atuação em várias administrações públicas no Município, Marcos Camargo entra para a estatística fria da violência urbana, que está atingindo níveis assustadores. E justamente por ser uma pessoa pública, o caso vai ter uma sequência na mídia, assim como teve o do empresário Odair Zambom, ainda não solucionado. E anterior, de anos, o caso do menino Yago, que ficou conhecido pelo desaparecimento da mãe do garoto. Zambom ainda carece de esclarecimentos por parte das autoridades. Yago a mãe foi indiciada, porém não localizada. Vamos aguardar. O fato é que essa violência - independentemente de sua gravidade - não atinge somente pessoas públicas. Chega ao cidadão comum e acaba virando apenas notas em páginas de jornais e posteriormente são esquecidos, como se não merecessem lembranças. Enganam-se os que pensam dessa forma. De A a Z, influente ou não, as autoridades estão obrigadas a dar satisfações à população e mostrar soluções.
 
Repercussão geral
Não justificativa racional, que alimente esse tipo de tragédia. Não como entender o mecanismo de mentes assassinas sem recorrer a chavões do senso comum. A violência, por si , é injustificável, parta de onde partir. Até mesmo do próprio Estado, que muitas vezes não consegue conter seus próprios agentes da lei, como vimos em episódios recentes de autoritarismo puro, em ações do aparelho policial.
 
Satisfação pública
Seja como for o rumo das investigações, e nesse caso mais recente, a polícia deve se preocupar sempre com o fato em si e não apenas com os personagens dessa história macabra. E quando sinais claros de execução por encomenda ou mando, as atenções precisam ser redobradas, e nisso a mídia precisa estar sempre atenta aos rumos tomados. E a informação é a principal ferramenta de todos os envolvidos.
 
Um fato que choca
As primeiras reações da opinião pública ao anúncio da morte de Marcos Camargo corrobora com tudo isso que escrevi acima. A principal preocupação de quem acessou e comentou o post no Facebook da Gazeta, momentos após o fato, era justamente sobre o medo e a impotência  provocada por ações dessa natureza, principalmente porque envolve o desconhecido. E tudo que não tem explicação lógica, racional e objetiva, acaba por desencadear tais sensações, que lenta e gradualmente se transformam em pânico. Muitas vezes um dano irreparável à consciência humana.
 
Clareza necessária
Cabe agora, aos responsáveis pela investigação do crime, total transparência na sequência dessas ações. E na medida do possível deixar a população informada, para afastar esse desconforto emocional, que atinge toda a sociedade. É preciso confiar no trabalho dessas autoridades. E também cobrar as soluções previsíveis.
 
Esse espaço é meu
O período eleitoral nos faz lembrar, agora, que a vida segue. E com ela a rotina dos candidatos a prefeito e vereador, que neste momento disputam palmo a palmo os melhores espaços para exposição das imagem de campanha. A cidade começa a ficar tomada pela propaganda eleitoral visual. E locais em que não falta fotografia de candidato. Às vezes até dos quatro juntinhos. Imagem é tudo. Poluição visual atrapalha.
 
É preciso requentar
Está frio, sem tempero e mal cozido. Vai longe ainda a guerra nos bastidores da política, que possa provocar um frenesi entre os candidatos e seus assessores. Uma rusga aqui e outra ali, que apenas fomenta o ego entre integrantes de um mesmo staff e nada mais que isso. Faz-se, nesse momento, uma campanha eleitoral sem paixão. Literalmente
 
E o mensalão vai...
... entrar na segunda semana em julgamento no Supremo Tribunal Federal. As defesas foram pródigas em negações e ataques entre réus. De concreto, mesmo, até agora, mesmo a denúncia da Procuradoria Geral da República, que convenhamos, também não é nenhuma peça espetacular
 
Pergunta rápida
Será que a polícia estaria diante de mais um caso sem solução?
 
De "sacola" cheia
A retomada da polêmica sobre as sacolinhas de supermercado, provocada na semana passada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, é um exemplo claro de que a interferência regulatória em determinadas áreas atrapalha. E provoca mais danos para todos os lados. A recomendação do TJ-SP, em sentança, de que a partir de 15 de setembro as sacolas plásticas voltem a ser cobradas do consumidor - estipulando inclusive um valor de R$ 0,59 a unidade - em nada acrescenta. Pelo contrário, induz a muitas interpretações e nenhuma definição.
 
lei. Cumpra-se
Se legislação estadual, que tem por objetivo a proteção ambiental contra os descartes de material plástico na natureza, então que se cumpra. É preciso deixar de lado as interferências de lobistas (de todos os lados) e fazer o que for necessário pela preservação da vida. Que é muito mais importante que essa discussão, reaberta agora pelo TJ. Esse caso do " sacola, tira sacola, vende sacola" deveria estar encerrado. Nem deveria, aliás, nem ter voltado ao debate.
 
Frase da semana
"Dilma, não deixe a falta de diálogo sepultar a esperança. Reabra a negociação". Faixa de grevistas da Universidade Federal de Minas Gerais, aberta em protesto contra o governo. Sexta-feira, 10. Folha.com-Poder.

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