Pages

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Como esperar mais, com educação de menos?

Na semana passada, no dia 14, o MEC divulgou os novos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Uma leve melhora nos resultados, que não leva, entretanto, a lugar algum. Ou seja, não pode ser comemorado porque os índices ainda são baixos. Para não dizer baixíssimos. Estão sendo analisados, aqui, o Estado de São Paulo e o Município de Limeira. E não cabe aqui comparativos com outras regiões, porque cada uma tem seus próprios "regionalismos" e as realidades são diferentes, embora dentro de uma mesma Federação. Se Limeira ficou abaixo da média esperada, no Estado de SP, de uma maneira geral, não foi diferente. Há tempos que escrevo neste espaço, que de 1975 para cá, o sistema educacional paulista vem em queda livre, com a criação da chamada rede física a partir de 1976. Se a ideia era de aproximação do aluno com seu bairro ou comunidade, a proposta pedagógica não funcionou. E a educação pública não se recuperou mais e, a partir da progressão continuada (1996), o sistema entrou praticamente em falência, pois a aplicação não levou em conta a teoria.

É preciso empurrar
Com a progressão continuada, cuja teoria é magnifícia, não houve a preocupação em fechar os ciclos propostos, mas em empurrar série após série e poder afirmar, lá na frente, que o índice de repetência zerou, reduzindo a evasão escolar. Os gestores da educação simplesmente deram de ombros ao ensino e ao aprendizado. Esqueceram-se de que para avançar esses ciclos era preciso ensinar e não deixar nada para trás.

Resultado previsto
Com tudo isso posto, não era de se esperar muito às futuras gerações. E índices como o Ideb, por exemplo, trariam à tona toda a fragilidade do sistema educacional no País, cujos estados não investem em qualificação e valorização do professor. Em SP não é diferente. O telhado é mais forte que o alicerce. Ou seja, uma educação básica que não garante acesso à sua rede pública universitária, pois não ensina nada.

Discussão pesada
Ainda na semana passada, por conta da divulgação do Ideb, ouvi um debate interessante na rede CBN, quando alguns intelectuais comentaram sobre suas experiências, que vinham todas da escola pública, que tinha qualidade e se preocupava com o nível de ensino. De pronto lembrei-me que também cursei escola pública e, à época, ir para uma escola particular era reconher a incapacidade de acompanhar o nível da educação oferecida pelo estado. Hoje as escolas particulares tentam preencher essa obrigação que é justamente do estado. Resultado: a rede privada, criada para dar lucro, caminha na mesma estrada e não está oferecendo boa formação também. Também está indo para o perigoso caminho do fingimento: "nós fingimos que temos método e os alunos fingem que aprendem.

É preciso sacudir
Passou da hora de provocar um  verdadeiro terremoto no ensino público e trazê-lo ao patamar pela qual a sociedade realmente dele espera. É um direito constitucional.

Falta de educação
Se falta Educação nas escolas, está faltando para muita gente também. Principalmente alguns candidatos, que não respeitam a legislação eleitoral e deixam sua propaganda política em canteiros com vegetação, entre outras áreas verdes. Tenho visto, em Limeira, muito cavalete de candidato em gramados públicos e até mesmo em canteiros centrais de avenidas, que não dispõem de piso cimentado ou asfáltico.

Nas telinhas e ...
...nos aparelhos receptores de rádio, tem início a campanha eleitoral, na próxima terça-feira, 21, com a propaganda gratuita. O eleitor começará a conhecer melhor seu candidato. Ou não.

Passando a limpo
Para total clareza do processo político dos últimos anos em Limeira, é preciso que os protagonistas desta história venham a público se manifestar. Está na hora de Sérgio Sterzo e o próprio Silvio Félix virem a público esclarecer alguns detalhes desses 7 anos de administração. A nova CPI da Merenda é uma boa oportunidade para isso. Se não atenderem à convocação oficial, os membros da CPI devem, sim, e sem temores ou melindres, se utilizar da condução coercitiva aos convocados. De até mesmo usar a força policial para tal propósito, se necessário. Qualquer outra atitude é desrespeitar a opinião pública, que está atenta a essa situação.

Fim de privilégios
Se muitos dos convocados - como Carlos Henrique Pinheiro, José Carlos Pejon, o ex-vereador César Cortez e tantos outros - se dispuseram a atender à investigação, não deve haver exceção. Aqueles que estão "fugindo" precisam, também, prestar contas de seus atos. E têm todo direito à defesa e ao contraditório. Só que devem encarar os fatos e explicá-los. Pelo menos justificá-los. Se há, realmente, como justificá-los.

Nenhuma melhora
A situação do trânsito continua caótica na cidade. Em menos de 20 dias, o semáforo no cruzamento das ruas Senador Vergueiro e Barão de Campinas teve pane, passando a operar apenas com o sinal amarelo intermitente. Um desses dias foi num sábado, de comércio lotado e na hora do almoço. Coincidência ou....

Pergunta rápida
A bomba pode explodir ou já foi completamente desarmada?

Hora do rush 45

O candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, andou de trem da CTPM na sexta-feira, às 13h. Ele foi cobrado por usuários a fazer o mesmo trajeto, às 18h. Não respondeu. Será que ele achou que aquilo era um trem cenográfico? Ainda há quem acredita nele. No Serra, não no trem.

Frase da semana
"Cabe ao Sterzo [Sérgio Sterzo] dizer se o dinheiro saía da prefeitura". José Josué dos Santos, o Messias, sobre o dinheiro que recebia de Félix pelos serviços particulares prestados ao prefeito cassado, em depoimento à CPI da Merenda, na última quarta-feira. Quinta-feira, 16, na Gazeta.


0 comentários: