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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pela metade e às pressas. Não vai funcionar!

O novo terminal do transporte coletivo urbano é uma bela peça arquitetônica e urbanística. Bem construída, a obra melhorou significativamente a paisagem da baixada da rodoviária e todo o seu entorno. E a sua funcionalidade? Eis a questão. Inaugurado às pressas - e sem a devida infraestrutura - o terminal, que deveria deslocar todo alvoroço da Praça do Museu para , corre o risco de naufragar em sua função. Explico: recentemente fui à Estação Rodoviária esperar minha filha, que chegaria de São Carlos, onde estuda. Funcionários que me reconheceram como colunista desta Gazeta, vieram me fazer algumas considerações, que achei interessantes. Reclamaram da ausência de agentes de trânsito e, principalmente, de segurança efetiva por . Uma das pessoas que me abordaram disse-me que é frequente a entrada de caminhões e carros dentro do terminal, que deveria ser exclusivo para os ônibus das 7 linhas inaugurais, que circulam por . Logo no início, segundo esse funcionário, havia alguns agentes circulando por . Agora, simplesmente desapreceram. E como o terminal é aberto, motoristas estão abusando disso.

O perigo de assaltos
Outra questão abordada por eles, quanto ao terminal, é a falta de guardas municipais, principalmente, à noite, quando o movimento - que é pequeno - fica mais reduzido ainda. Segundo me disseram, houve assaltos no terminal, pois ele fica totalmente desprotegido. Até mesmo alguns ônibus, que deveriam passar por , não entram, complicando ainda mais a situação. O que não pode é continuar como está, reclamaram.

Vaidades e vaidades
A grande questão do administrador público, hoje, é fazer valer sua vaidade pessoal e ser lembrado como "tocador de obras" que sejam vistosas ao olhar do eleitor. E não administrar justamente o bem-estar da comunidade, fazendo com que essas obras funcionem de fato e tenham alcance social e prático. Infelizmente, por aqui não escapamos disso também. Os resultados dessa falta de sintonia pública serão sentidos na frente. Sim!

Uma fruta passada
O desabafo do prefeito afastado, Silvio Félix (PDT), em seu blog pessoal e reproduzido como informe publicitário nos jornais da cidade, é falta de respeito com o cidadão. Com o eleitor. Procurado insistentemente por esta Gazeta desde que os vereadores o apearam do cargo, ele nunca retornou ou deu satisfações. Para reparar a "injustiça", que diz estar sofrendo, ele deveria se despir de toda e qualquer mágoa, convocar uma coletiva, explicar-se e responder perguntas dos jornalistas. Ninguém aceita mais monólogos prontos. Essa história de golpe, perseguição política, etc, etc, não emplaca mais. Vide os casos dos ministros, que um a um, estão caindo, como frutas passadas do tempo de consumo. E olha que, de plantas, Félix deveria entender bem!

Coisa ultrapassada
Além de todo o seu desabafo, Félix está se utilizando de um expediente que caiu de moda muito tempo, ao dizer que está sendo vítima de perseguição política. É uma desculpa que não cola mais nem um caminhão de superbonder. O cidadão não engole mais esse tipo de argumento. Ainda bem!

Questão de cultura
O Japão sofreu, em março, um tsunami que desfigurou o país. Poucos dias depois, uma estrada - que tinha sido engolida pela catástrofe natural - estava totalmente recuperada. Nova. Sinalizada. O país continua sua recuperação e não brecou seu comércio. Por aqui, destrói-se o que está feito. Depredam-se equipamentos de serviços públicos, como orelhões, por exemplo. E, mais recentemente, 10 estruturas metálicas em formato de globos, nas rotatórias da cidade, que acabaram sendo retiradas, tamanho o estrago. É uma parcela da população que ainda não aprendeu que, ao ter direitos, têm-se obrigatoriamente deveres.

É muito sem sentido
Ao mesmo tempo que vimos, no dia 28, namara Municipal, a cobrança popular, ordeira e consciente, sobre os escândalos políticos e a tomada de providências por parte dos vereadores, assistimos, posteriormente, a atos de vandalismo e selvageria com os globos instalados nas rotátórias. Uma ação não combiana com a outra.

Pergunta rápida
Limeira chegou ao fundo do poço político?

Se você quer ler
Mais um livro de poemas para a leitura diária. E de um dos grandes nomes da poesia brasileira, incansável lutador pelo povo amazonense, seu Estado natal. Estou falando de Mormaço na Floresta, de Thiago de Mello, publicado em 1984. Uma obra para ser lida com o coração, para sentir a profundidade de seus versos. Principalmente para entender a alma de quem o escreveu. Thiago de Mello nasceu Amadeu Thiago de Mello, na cidade de Barreirinha, Estado do Amazonas, em 1926. Preso durante a ditadura, exilou-se no Chile, onde conheceu Pablo Neruda, que traduziu alguns de seus escritos, como Thiago de Mello também traduziu Neruda. Além de ter morado em outros países da América Latina e Europa. Com o fim da ditadura voltou ao Brasil e foi morar em sua cidade natal, onde vive até hoje. Um de seus escritos mais famosos é Faz Escuro Mas eu Canto, indicado aqui.

Eu Recomendo!
Um filme um pouco mais recente, na sugestão de hoje. Uma sugestão, diga-se, da minha amiga jornalista Renata Reis, que indico aqui. Trata-se de Jogo Entre Ladrões (Thick as Thieves, EUA-2009), dirigido por Mimi Leder. E com elenco de primeira grandeza, com nomes como Morgan Freeman, Antonio Banderas, Tom Hardy, Radha Mitchell, Robert Forster, Rade Serbedzija, entre outros. A história é mais ou menos assim: Jack Monahan é um criminoso que está com muito azar. Sua vida muda ao conhecer Ripley, um experiente ladrão que o chama para participar de um arriscado roubo, envolvendo uma das joias mais valiosas da atualidade, guardada em uma joalheria russa. Jack aceita o convite, mesmo sabendo que no mundo do crime não se pode confiar em alguém. Gênero: policial. Duração: 104 min.

Frase da semana
"Laranja madura, na beira da estrada, bichada , ou tem marimbondo no ". Estribilho da letra da música "Laranja Madura", de Ataulfo Alves.

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