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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Para comemorar e não esquecer. Para entrar na história!

O ano de 2011 se vai pelos últimos dias. Rapidamente já será 2012, porém, antes da tradicionais perspectivas para o ano novo que se inicia, é necessário refletir sobre este, que está com os dias contados. E foi um ano atípico para Limeira, considerando-se a partir da segunda dezena de novembro. Ano este que deve ser resumido em apenas dois momentos. O primeiro, até o dia 23 de novembro, quando tudo parecia caminhar dentro do que se pode chamar de normalidade. Sem qualquer intercorrência, o município seguia seu ritmo. De pontos positivos e negativos, mostrados diariamente pela imprensa.
Reclamações e denúncias conhecidas, em áreas como saúde, educação, lazer, transporte público e o irresoluto trânsito e seus desconfigurados semáforos; e notícias vigorosas, como o anúncio oficial da vinda da Samsung (e os investimentos que isso renderia para o município e toda região) e a inauguração do Samu faziam o cotidiano do noticiário local. Estou citando apenas esses dois, em minha opinião os mais marcantes. E muito comemorados.
O grande solavanco, entretanto, que atingiu a geografia política de Limeira e ganhou espaço - e de destaque - na mídia nacional, foi sentido no dia 24 de novembro. Um turbilhão de acontecimentos, que fez tremer na base um bom número de políticos e aliados, tanto de primeira como de última hora. E toda etrutura político-administrativa do governo Silvio Félix (PDT). Estava começando o segundo momento a que me referi no início deste artigo. O dia 24 amanheceu e logo ao nascer do sol a população, perplexa, assistia á prisão da primeira-dama, Constância Félix, seus dois filhos e outras nove pessoas - do seu círculo familiar e também de convívio - em uma ação conjunta do Ministério Público e Polícia Militar. Mandados de prisão, busca e apreensão, revelavam crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica, iniciando uma devassa completa na vida dessas pessoas. E não parou mais.
Fatos que puseram em xeque até mesmo o desenvolvimento do próprio município, mostraram um vice-prefeito ausente e apático e, que por vias ainda não reveladas, mas com certeza já traçadas, devem atingir em cheio o próprio prefeito, que agora governa à base de uma liminar judicial e enfrenta uma Comissão Processante na Câmara Municipal, que tem hoje seu "dia D", quando será decidido se continua ou não. Se a oposição comemora e a população se mobiliza pela continuidade das investigações, muitos articulam sobre panos quentes e o famoso "deixa estar, para ver como é que fica". É possível, sim, comemorar, pelo efeito mobilizador que esses fatos produziram na sociedade. Não dá para esquecê-los, pela legitimidade e transparência com a coisa pública. Então é preciso que entrem para a história como marco de uma aspiração coletiva: a moralidade e a ética na política. Limeira numca mais será a mesma. E que venha 2012!

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