Cavalo selado não passa duas vezes na mesma porta. A analogia desse conhecido ditado é simples: nunca se deve perder a primeira opotunidade, quando ela se apresenta diante de nós. Por mais paradoxal que possa parecer, às vezes não entendemos os recados recebidos e quando percebemos uma única chance de mudança, ela escapuliu a galope, montada justamente no cavalo que passou selado e deixamos fugir.
Limeira está, hoje, diante de uma situação bem semelhante a essa, por mim acima descrita. De solavancos em solavancos, e mesmo com eventuais (porém dolorosos) traumas - e eles existirão - a possibilidade de se promover uma depuração ética na política é clara e está muito mais próxima do que podemos imaginar. Se há um caminho natural a ser seguido e quais consequências isso poderá acarretar lá na frente, o tempo é o melhor conselheiro e quem vai, também, ditar a sequência dos fatos. A verdade é que hoje há uma mobilização generalizada, que se propaga pelos quatro pontos cardeais da geografia nacional, de busca pela moralidade, que chegou para ficar. E dar um basta tudo isso que vínhamos assistindo de mãos atadas ou dando de ombros, como se não fosse com a gente.
O cidadão, que antes a tudo via passivamente e depois se conformava, como se a concordar com chamado "rouba mas faz", que vem caracterizando uma porção de administrações pelo país afora, parece-nos mais atento agora. Está deixando de lado sua comodidade e aprendendo a se utilizar da força que tem, enquanto cidadão, contribuinte e eleitor. Começou a perceber que tem, sim, força suficiente para fazer valer sua vontade e que, se unido a seus iguais, se torna mais forte.
Esse movimento, quase mesmo um levante popular, pacífico mas consistente, que entendo justo e desprovido de condução política - embora alguns espertos tentem se aproveitar da oportunidade e dele tirar proveito - não vai e não deve dar tréguas daqui para frente. E aquele que acreditar na chamada amnésia popular, até então bastante conhecida, estará cometendo um erro estratégico. Ninguém pode subestimar essa força, que está cada vez mais presente no dia a dia da população, que é a vontade de dar um basta em tanta bandalheira privada em nome da coisa pública. Estamos, de fato, num momento atípico da vida política nacional. E também local. Acredito que essa via seja de mão única, e sem retorno.
É preciso mostrar a quem queira entender e esteja disposto a compreender esse sinal, que nenhuma liminar, nem na mais alta corte brasileira, pode reverter: o julgamento da vontade popular. Principalmente quando essa vontade se chama voto. O recado está dado e o cavalo está neste momento passando selado, diante daqueles que têm o poder da decisão final nas mãos. É preciso que montem rápido. Não haverá um segundo cavalo passando por aqui!
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
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