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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

2012, um ano que pode não terminar. Será?

Exoterismos e previsões à parte e com ou sem a anuência dos deus maia Bolon Yokte, que representaria a Nova Era, a partir do dia 21 de dezembro de 2012, o fim do mundo ainda vai longe. Mas inspira cuidados. E muito resguardo para alguns. A exatos sete dias do primeiro dia do novo ano - e que será brindado, exaltado e festejado - as premissas em torno do ideário político são as mais obscuras. E não adianta não querer falar disso justamente hoje, ou tentar abafar as explosões com os panos quentes da hipocrisia, que não vai aplacar as turbulências. Nem nossas consciências. Estamos impregnados até a alma pelos tristes acontecimentos, que envolveram este fim de 2011, que é quase impossível ser otimista. É preciso, sim e sempre, acreditar na sensibilidade e responsabilidade dos homens, mas acima de tudo enfrentar a realidade com a mente e olhos bem abertos. Difícil dizer em poucas linhas o tamanho da contaminação que chega a 2012 e quais serão os remédios mais eficazes, capazes de reduzir e eliminar tais vírus. Mais que isso, o problema talvez não esteja justamente no tratamento, mas sim na dosagem dos medicamentos.

Tiro no mosquito
Lembro-me, aqui, de uma frase que a pediatra dos meus filhos, minha querida doutora Tupanema, costumava empregar, em alguns casos a ela por nós levados. Dizia a médica que era preciso ter cuidado e atenção, para não darmos um tiro de canhão num mosquito. Como os pais são sempre aflitos, era preciso haver uma contrapartida de ponderação. O caso de Limeira é inverso. O tiro pode sair pela culatra. Não está difícil.

Cautela e caldo...
...de galinha não fazem mal a ninguém. A euforia exagerada (e me desculpem o pleonasmo, mas é preciso) pode jogar um momento histórico para o povo limeirense na vala comum várias tentativas frustradas de fazer valer a ética na política local. O tratamento deve continuar, sim. É preciso, entretanto (como no uso incorreto de um antibiótico), que não cause reações adversas o tenha efeitos colaterais na frente, sem a cura real.

Prática indevida
Pessoas idosas e portadoras de deficiências voltam a reclamar da falta de respeito para com as vagas preferenciais - ou especiais - em estacionamento nas vias públicas. Fazia algum tempo que eu não escrevia isso por aqui, mas fui abordado por um amigo, que acabou relatando algumas histórias, semelhantes às que comentei neste espaço, em outras oportunidades. E não é dicífil perceber como eles têm razão. Basta um passeio pelo Centro, e um bom observador vai testemunhar essa falta de educação. Além de não portar adesivos ou papeletas de usuários preferenciais, são na maioria jovens. Sem qualquer tipo de problema. Apenas se aproveitam da falta de fiscalização e quem precisa fica sem saber a quem recorrer, a não ser a nós, jornalistas e colunistas.

Tanto como
Na edição de sexta-feira, dia 22, esta Gazeta trouxe uma denúncia nesse sentido, ilustrada com fotos, desse desrepeito. na cidade de Cordeirópolis. Por aqui nos cansamos de comentar, criticar, expor... E tudo continua na teoria. A prática é totalmente outra. Falta de educação parece contagiosa.

Pergunta rápida
Você acredita em Papai Noel?

Se você quer ler
Para não perder o pique do momento, minha sugestão para leitura, hoje é A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., sobre a era das privatizações, no governo FHC, que chegou a alguns de seus mais influentes ministros e revela nomes até então blindados pela grande mídia. Lançado recentemente, é um dos mais vendidos da Livraria da Folha (venas on-line) e traz denúncias e documentos de toda uma era. críticas favoráveis, e também desfavoráveis. Alguns especialistas afirmam que não atinge diretamente o ex-governador paulista e candidato à Presidência, José Serra, mas é rico em documentos. O seu conteúdo, hoje em livro, quase foi um dossiê na campanha eleitoral do ano passado, porém, abortado pela campanha petista, antes de seu início. Vale no mínimo uma leitura crítica.

Eu Recomendo!
Um presente de Natal, na indicação de hoje para um bom filme. Estou falando de Bonnie & Clyde - Uma Rajada de Balas (Bonnie and Clyde, EUA-1967), dirigido por Arthur Penn. Um gênero misto entre comédia, policial e romance, que marcou época. Baseado em fatos reais, conta a história de um casal de assaltantes, durante a era da Grande Depressão: Bonnie (Faye Dunaway) e Clyde (Warren Beatty), dois jovens que se conhecem de forma inusitada e acabam se apaixonando. E se tornam uma das duplas de assaltantates mais famosas de toda a história americana. O elenco traz ainda Gene Hackman; Gene Wilder; Michael J. Pollard; Estelle Parsons; Denver Pyle; Dub Taylor e Evans Evans. 112 minutos.

O ano das redes
O ano de 2011 foi marcado pelo crescimento e acesso às redes sociais na web. De simples criações para o deleite de adolescentes, Twitter e Facebook acabaram se transformando em eficientes meios de informação. E de mobilização social e política. Se nas eleições presidenciais e legislativas de 2010 houve uma efetiva contribuição dessas ferramentas, em 2012 elas devem ser mais efetivas ainda. Principalmente porque teremos eleições municipais, quando o debate é local e concentrado. Um exemplo real: a mobilização popular, pela CP namara, bombou nessas redes. Como está acontecendo agora. Então, "enter" para enviar sua mensagem.

Hora de festejar
Aproveitar este espaço, também, para agradecer e desejar votos de feliz Natal, é um ato de reconhecimento. Principalmente aos leitores que nos acompanham diariamente, com suas opiniões. Sejam elas elogiosas ou críticas. Ouvir elogio é gostoso, e faz bem. Aceitar as críticas é uma lição, para que melhoremos, sempre, nossa conduta. E como a opinião é a matéria-prima do nosso trabalho, nada melhor do que termos sempre isso em mente. Nós também erramos e muitas vezes precisamos ser corrigidos. Então, um feliz Natal a todos e até daqui a pouco. O feriado domingueiro é um tiro curto neste ano.

Frase da semana
"É o exercício da democracia, que impõe medo à tirania e à vilania". Da coluna Texto&Contexto. Na Gazeta, domingo, dia 18.

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