Pequenas ações; bons resultados

Hoje o dia é da política. 2º turno das eleições presidenciais. Mas o tema aqui é outro: saúde. A questão das superbactérias, como a KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemases), que vem causando mortes e assustando ambientes hospitalares. Antes de tudo é preciso estabelecer o abuso na automedicação, em especial com antibióticos, como gerador e uma das causas do aparecimento dessas superbactérias. E, mais que isso, a nossa própria despreocupação com certos hábitos simples, como lavar as mãos, por exemplo, também ganha status de fonte geradora dessa propagação. Todos se lembram como funcionaram bem algumas ações, quando do surgimento do vírus H1N1, a gripe suína. Não mantivemos aqueles hábitos, infelizmente. Lembrou bem, nesta semana, o vereador José Farid Zaine (PDT), quando em requerimento sugeriu à Prefeitura uma campanha de esclarecimento à população sobre o “uso indiscriminado de antibióticos” que pode levar ao surgimento dessas superbactérias. Está certo o vereador, nessa guerra a melhor e mais importante arma ainda é a informação.

A medida certa
E a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na última quinta-feira, publicou portaria, obrigando as farmácias a reterem uma das vias de receitas de antibióticos. Essa portaria começa a valer no próximo dia 28 de novembro. Vale lembrar, então, que os médicos serão obrigrados a prescrever antibióticos como os chamados remédios controlados. O problema é grave. É sério!

Foi só escrever
Depois de elogiar a Secretaria de Transportes pelo retorno dos agentes de trânsito às ruas, a decepção. Sumiram novamente. Nesta semana não vi nenhum. Porém os abusos dos motociclistas continuam. Agora eles ocupam cada vez mais vagas de veículos. Em frente à Casas Bahia, por exemplo, além do estacionamento regulamentar, as motos avançam para 2 e até 3 vagas de carros.

Agora a política
Não ia passar em branco nos temas políticos. Mesmo porque estamos no dia mais importante para o País: a escolha do próximo presidente (a) da República. Consciência na hora de escolher é priorizar programas de governo, não ataques que desconstroem. Principalmente os anônimos. Boa votação a todos!

CPI queeenntee
E não é que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Merenda esquentou. Pelo menos desta vez louve-se o presidente da CPI, vereador Sílvio Brito (PDT), fez valer também os interesses da oposição e não deixou de aprovar nenhum requerimento. Isso é excelente para a investigação. E muito inteligente da parte dele. Está agindo de forma política e principalmente correta e transparente. Vamos torcer que continue dessa forma. A opinião pública agradece!

Suspeição, sim!
Certa vez escrevi, aqui, que não citaria mais o nome da vereadora Elza Tank (PTB) em minha coluna. Qualquer dia explico as razões, que foram pessoais de vontade própria minha. Porém, não dá para passar em branco desta vez. Antes que o MP e a Justiça possam agir, seria fundamental, da parte da vereadora, arguir sua própria suspeição, e deixar a CPI da Merenda, para a entrada de outro vereador. Depois do discurso que fez, publicado anteontem por esta Gazeta, fica impossível distinguir onde termina a amizade e começa a política. Seria uma atitude nobre por parte dela. E evitaria mais desgastes desnecessários.

Se você quer ler
Minha sugestão de leitura de hoje é para um livro que li no início década de 1980 e tem como autora a educadora e pesquisadora social gaúcha Moema Viezzer. O título é sugestivo: “Se me deixam falar...”. Um livro depoimento e a personagem central é Domitila Barrios de Chungara. Ou simplesmente Domitila, casada com um mineiro dos Andes bolivianos, mãe de 7 filhos, que em 1975, no Ano Internacional da Mulher, organizado pelas Nações Unidas, no México, representou o “Comitê de Donas de Casa do Siglo XX”, que agrupa esposas dos trabalhadores daquele centro produtor de estanho. Moema conheceu Domitila, tomou seu depoimento, transformando-o num livro humano e realista, comprometido com a causa social das mulheres latino-americanas. Leitura de primeira!

Eu Recomendo!
O filme que vou indicar hoje é interessante, atual. Trata-se de A Comédia do Poder (L’Ivresse du Pouvoir – França, 2006) dirigido Claude Chabrol. Traz no elenco Isabelle Huppert, François Borléand, Patrick Bruel, Marilyne Canto, Robin Renucci entre outros. Apesar do título, este drama conta a história de Jeanne Charmant-Killman (Isabelle Huppert), poderosa juíza, que se dedica arduamente às investigações em torno de agentes do governo envolvidos com corrupção, fraudes e desvios de verbas. Um dos investigados é Martino (Pierre Vernier), presidente de um importante conglomerado industrial, que não deseja que o caso siga adiante. Paralelamente Jeanne precisa lidar com sua vida pessoal, especialmente a falta de atenção dada ao seu marido, Philippe (Robin Renucci). 110 minutos.

Está muito feia
A Praça Itália, aquela área de lazer lá no Jardim Montezuma - e uma das primeiras nesse gênero em Limeira - está que é só abandono. Mato, grama alta, quadra de areia e brinquedos abandonados compõem a paisagem daquele que já foi um dos locais mais aprazíveis para uma caminhada, para diversão das crianças, ali ao lado da sede de campo do Ítalo. Uma pena!

Frase da semana
“Não vi nenhuma novidade na declaração do papa, este é o mesmo comportamento da Igreja Católica desde que ela existe”. Do presidente Lula sobre as declarações do Papa Bento XVI sobre o aborto aos bispos brasileiros. Na sexta-feira, 29, no UOL Notícias.

Antonio Claudio Bontorim