No último domingo, neste espaço, fiz algumas ponderações sobre a total ausência dos agentes de trânsito, os chamados “laranjinhas”, no centro da cidade. Depois de ações intensas e do uso - e às vezes abuso - dos talões de multa, de uma hora para outra simplesmente desapareceram, contribuindo para que motoristas e motociclistas começassem a agir em total desrespeito às regras de trânsito. Em especial no que diz respeito ao estacionamento rotativo, em vagas exclusivas. Se o excesso de “autoridade” inicial contrastou com essa total ausência, nesta semana eles começaram a voltar (Gazeta trouxe matéria sobre o retorno na última sexta-feira). Aos poucos, e em duplas, reapareceram. E espera-se que não precisem agir de forma excessiva ou abusiva, mas que a simples presença desses agentes e viaturas iniba os faltosos, motoristas e motociclistas. É importante que haja disciplina e obediência às leis de trânsito e é para isso que os “laranjinhas” existem. O retorno dos agentes às ruas centrais é uma resposta inteligente da Secretaria de Trânsito. É dessa forma que todo poder público deveria agir. Com prática.
Resposta verde!!
Recebi, na sexta-feira, e-mail do secretário Domingos Furgione Filho, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades de Limeira, sobre alguns temas abordados por mim, tanto na coluna do último domingo, como na da quinta-feira. Cobrei algumas políticas públicas relativas ao meio ambiente principalmente sobre a questão da coleta seletiva de lixo em Limeira.
Reciclar Solidário
É o nome do programa de coleta seletiva de Limeira criado há 3 anos, que hoje conta com 200 ecocoletores e desenvolvido pelo Fundo Social de Solidariedade com a Secretaria de Meio Ambiente, Ceprosom e Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Objetivos: geração de renda às famílias, educação e conscientização da população sobre a coleta seletiva e preservação do meio ambiente.
É louvável, mas...
Segundo as explicações de Furgione, “cada um desses ecocoletores arrecada aproximadamente 700 kg de materiais/mês, sem contar as 25 toneladas que são arrecadadas via caminhão, que percorre alguns bairros da cidade como projeto piloto, com os materiais entregue na COOPERELI. Interessante pelo seu alcance social, objetivos claros e definidos, porém sua praticidade precisa ser comprovada. Três anos é muito tempo para um programa continuar sendo apenas piloto. E ainda tem a questão do lixo eletrônico tóxico (sucatas de informática, baterias de computadores, celulares, pilhas, etc...)
Falta divulgação?
O secretário garantiu que irá responder o requerimento do vereador Carlinhos Silva (PDT), questionando também sobre a coleta seletiva de lixo em Limeira, assim que chegar às suas mãos. Se um vereador protocolou requerimento sobre essa questão é por que alguma coisa está de fato errada nesse processo. Há alguma interferência entre o que está sendo feito e o que se fala. Enfim, é preciso também dar crédito às informações do secretário Furgione, que é a palavra oficial. Nas próximas colunas estarei comentando outras informações que me foram passadas pelo secretário do Meio Ambiente.
CPI: mais pressão
A nova ação civil, por improbidade contra ao vereador César Cortez (que estende punições também ao ex-vereador Carlos Gomes Ferraresi, PDT, à SP Alimentação e seu sócio-proprietário), que o promotor Cleber Masson ajuizou anteontem, deve pressionar os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da merenda a um trabalho efetivo e transparente. Em especial à bancada governista. Apesar dos 3x2 no placar entre os parlamentares a favor de Poder Executivo, o mais novo e vereador de primeiro mandato, Silvio Brito (PDT), que preside a CPI, precisa ter independência nas suas deliberações e pensar também em seu futuro político, que pode estar em jogo pela repercussão que o caso começa a ganhar.
Se você quer ler
Minha sugestão de hoje é mais um livro-reportagem. Desta vez do jornalista Gilberto Dimenstein, que faz um retrato da prostituição infantil brasileira. Trata-se de “Meninas da Noite” ou “A prostituição de Meninas-Escravas no Brasil”, lançado em 1992. Foi um trabalho de seis meses do jornalista, que investigou a rota do tráfico de meninas na Amazônia, viajando pelo submundo da prostituição infantil. Um relato minucioso e testemunhal, no qual aparecem as meninas e seus traficantes em cativeiros protegidos pela selva amazônica. Ganhei-o de um grande amigo e compadre querido, no ano de seu lançamento. Mais precisamente no mês de julho de 1992. Vale a leitura, apesar da crua e dura realidade ambientada na Região Norte do País.
Eu Recomendo!
Nesta semana, a atriz Kim Novak foi diagnosticada com câncer de mama, aos 77 anos. Para homenageá-la, minha dica de filme para esta semana é Um Corpo Que Cai (Vertigo – EUA, 1958), que tem direção do mestre do suspense, Alfred Hitchcock e 128 minutos de duração. A história se passa em São Francisco, onde um detetive aposentado (James Stewart), que sofre de um terrível medo de alturas, é encarregado de vigiar uma mulher (Kim Novak) com possíveis tendências suicidas, até que algo estranho acontece nesta missão. Traz no elenco, além da diva Novak, Barbara Bel Geddes, Tom Helmore, Raymond Bailey, Konstantin Shayne, o próprio Hitchcock (que sempre faz uma aparição surpresa em seus filmes) e James Stewart .
Frase da semana
“Candidatos não devem confundir questões de Estado com questões confessionais, que são pessoais e não políticas”. Do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao criticar a ênfase dada aos temas religião e aborto na disputa presidencial deste ano. Segunda-feira, 18, em evento em São Paulo. Portal iG-Último Segundo-Eleições.
Antonio Claudio Bontorim
domingo, 24 de outubro de 2010
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