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domingo, 20 de julho de 2014

Foi-se a Copa. Então, que venham as eleições

Os 32 da Copa do Mundo de Futebol no Brasil se foram rapidamente. Com um tremendo fiasco futebolístico da seleção brasileira nos gramados. Para ser esquecido e do qual se deve tirar, também, muitas lições, por quem tem obrigação de aprender com esse fracasso. Um pouco mais demorada – os preparativos vão até dia 4 de outubro – chegou a hora da outra Copa. A “copa eleitoral”, que será decidida no tempo normal ou em prorrogação, mas sem cobrança de pênaltis. Os dois turnos previstos para os cargos executivos em disputa – governadores e presidente da República – permitem um jogo quase igual entre os grandes times, mas relegam aos menores um papel coadjuvante, que podem ser fundamentais na hora da soma dos gols marcados, quero dizer, os votos recebidos. Podem sim, decidir se haverá ou não prorrogação. Isso, entretanto, é uma outra história. Vem pela frente pouco mais de dois meses até a primeira partida, dia 5 de outubro. E nesse período haverá um bombardeio de informações, que será diuturno. Sem tréguas. Sem qualquer tratado de paz.     

A timidez eleitoral
Embora o calendário oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha liberado as propagandas, carros de som e comícios e pela internet, ainda é tímido o movimento dos candidatos. Eles vão chegando, aos poucos, meio que pedindo licença, mas sem muita convicção se desejam ou não se expor imediatamente. Como diriam os mais antigos, estão sondando o terreno. Se é solo firme ou não.

Espaço alternativo
A propaganda eleitoral obrigatória, nas emissoras de rádio e TVs, ainda leva tempo para começar. E estão chegando as veiculações publicitárias pagas na mídia impressa. Resta o espaço livre da internet, através das redes sociais ou páginas dos próprios candidatos, que se apresentam como tais e quais são suas plataformas políticas. Seus compromissos e preocupações sociais. Muita “curtição” até lá.

De volta ao virtual
Assim como em 2010, quando os candidatos e os militantes partidários despertaram definitivamente para as redes sociais, a impressão é que neste ano, as campanhas devem explodir na internet. Um meio de comunicação sem custo com material publicitário. E pode ser uma arma poderosa nas mãos daqueles que souberem utilizá-la com correção. Os principais concorrentes já estão disputando seus eleitores pelo Twitter e Facebook.

Na busca dos votos
Na questão das redes sociais é interessante que cada candidato saiba respeitar a privacidade de amigos e seguidores, sem invadir a “linha do tempo” de ninguém. Que tornem suas postagens públicas à sua rede de amizades e que possam contar, também, com os compartilhamentos desses amigos. A internet será, sem dúvida, a melhor alternativa à falta de dinheiro para bancar uma campanha eleitoral, que é caríssima.

E não vai ser fácil
Limeira já contabiliza 24 candidatos próprios, entre os que concorrem à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal. É muita sede e não há, definitivamente, pote para tanto candidato. A seca vai continuar por aqui.

Separar e...separar
Se o debate político é um tema que empolga jornalistas, analistas e políticos, muitas vezes não empolga quem mais deveria: o eleitor. Já o leitor terá, daqui para frente, um verdadeiro bombardeio de informações, que vai tomar conta da mídia de uma maneira geral. E é ai que entra o bom senso e o poder de discernimento para separar, processar e aproveitar o que é bom e descartar o que possa parecer engodo. Qualquer tentativa de desviar o foco de uma discussão proveitosa. O que sem dúvida vai fazer parte da campanha eleitoral deste ano também. O eleitor e o leitor deverão estar muito atentos com os candidatos, que têm obrigação em assumir compromissos e não esvaziar-se em promessas eleitoreiras, que todos estão cansados de saber, jamais serão cumpridas.  

Momento Ricúpero
Vira e mexe, o PSDB retoma seu momento Ricúpero. Lembram-se, do ministro de FHC, Rubens Ricúpero, que numa indiscrição na TV disse em alto e bom som “Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura; o que é ruim, a gente esconde”. Pois é, nesta semana o portal UOL, SBT, Folha de S. Paulo e Jovem Pan, iniciaram as sabatinas com os presidenciáveis. Eduardo Campos (PSB) foi o primeiro, na terça-feira e, na quarta-feira, foi a vez do tucano Aécio Neves. Acostumada ao estardalhaço e aos autoelogios, a militância tucana, perante a pífia participação do presidenciável, praticamente se calou. A indecisão de Aécio em algumas respostas e evasivo em outras, devem ter preocupado geral. E esconder a sabatina foi a saída encontrada. Difícil.

E fugir não adianta
Já a petista Dilma Rousseff, que deveria participar na quinta-feira, 17, não foi. O que não é bom para o debate. Esse tipo de expediente, que expõe arrogância, foi utilizado em outras épocas e por outros políticos, que lideravam pesquisas. FHC entre eles. Por que Dilma não foi? Isso quem tem que explicar são os organizadores, que não deram nenhuma informação sobre isso. Não respeitaram o leitor como deveriam.

Pergunta rápida
Algum candidato de Limeira tem chance de ser eleito deputado?

Número assustador
Manchete desta Gazeta da última quinta-feira, 17, levanta um problema grave que atinge a rede municipal de ensino: interdição de cozinhas em escolas públicas do Município. E pelos mais diversos problemas. O problema já havia sido mostrado em outras matérias, mas o que assusta é a proporção que essa situação tomou. Então vamos aos números. “Em 16 meses, 14 escolas são interditadas”. Quase uma por mês, que a Divisão de Medicina e Segurança no Trabalho da própria prefeitura vem interditando. E sempre pelo mesmo motivo: vazamento na tubulação de gás. Alguma coisa está muito errada nesse processo, pois além de expor funcionários ao perigo, requer logística para que a unidade interditada não fique sem merenda.

Nota curtíssima
Avião de passageiros derrubado por míssil; Israel invade Gaza. Não precisamos disso.

Frases da semana
" Se o PT tivesse escolhido o Lula, nós estaríamos discutindo com ele com a maior tranquilidade". Eduardo Campos, durante sabatina UOL, Folha de S. Paulo, SBT e Jovem Pan. Terça-feira, 15

"Manterei o que dá certo no Bolsa Família e Mais Médicos". Aécio Neves, também na sabatina UOL, Folha de S. Paulo, SBT e Jovem Pan. Quarta-feira, 16/07/14.

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