Não dá para encerrar uma semana e iniciar outra sem lembrar dos tristes episódios envolvendo os vereadores Nilton Santos (PRB) e André Henrique da Silva, o Tigrão (PMDB), que transformaram o Plenário da Câmara numa verdadeira lavanderia de roupa suja. Tudo por conta do projeto que reduziu os descontos aos vereadores faltosos. Tigrão foi um dos signatários da proposta e acabou votando contra ela, que se indispôs o vereador-pastor. Daí para a troca de insultos foi apenas um empurrãozinho. A exaltação era visível de ambos os lados, e ninguém conseguia parar a troca de ofensas entre os dois vereadores. Até que a sessão foi suspensa pelo presidente em exercício, o vereador Luisinho da Casa Kühl (PSDB). Sem contar que houve “puxão de orelhas” naqueles que assinaram o projeto, e depois votaram contrários. A questão, entretanto, não é essa. Vale lembrar que tanto Nilson Santos como Tigrão trocaram insultos públicos, em plena sessão, e mereceriam, no mínimo, um voto de censura pública. E não dá nem para descaracterizar certa falta de decoro dos dois.
Resposta esperada
Dado a gravidade do momento, e com a devida isenção, penso que a Mesa Diretora, bem como o presidente da Casa, vereador Ronei Martins (PT), deveriam puxar o coro por uma punição aos dois “brigões”. A Corregedoria do Poder Legislativo está lá para isso. E nada melhor que uma ação exemplar, para apagar um pouco a falta de interesse da bancada situacionista em penalizar também seus pares.
Em medidas iguais
É imprescindível que essa Corregedoria, comandada pelo vereador José Eduardo Monteiro Júnior, o Jú Negão (PSB), que é governista – inclusive do próprio partido do prefeito Paulo Hadich – mostre que está acima de interesses partidários e de bancada, o que até agora não aconteceu. E tome como exemplo o caso do vereador Raul Nilsen Filho (PMDB), que, apesar de tudo, teve vistas grossas.
Instrumentos legais
Mesmo a discussão e o descontentamento do público presente ao auditório da Câmara, para acompanhar a sessão, não dão o direito, a quem quer que seja, de ofender esse ou aquele vereador, como fez um cidadão, que pediu para que as “meninas parassem de brigar”. Nesse caso sou, sim, favorável a uma ação, dentro da lei, contra esse “agressor”, que também deveria conhecer seus limites perante a instituição.
Para respeitar. E...
...ser respeitado. É sempre bom lembrar que, como cidadãos e eleitores, temos todo o direito de mostrar nossa desilusão com a classe política, através de cobranças e críticas. O que não se pode é, a pretexto de ideologias e ou siglas partidárias, partir para xingamentos, como se vê comumente pelas redes sociais. Há um limite estipulado pelo bom senso, e respeito é sempre bom e não faz mal a ninguém. Apenas engrandece.
Estar de olho neles
Amanhã acontece mais uma sessão ordinária na Câmara Municipal. E nada melhor que se preste atenção nas atitudes de cada vereador. O cidadão precisa acompanhar a cotidiano dos seus políticos e exigir respeito com seu voto.
Boas ideias existem
Querer e ter vontade política em fazer são o suficiente para pôr em prática qualquer ideia. E a prova disso foi dada na semana que passou. Na quinta-feira a Secretaria Municipal da Saúde anunciou uma parceria com a Santa Casa de Limeira, através do Hospital Ensino, para levar formandos até as unidades do Programa Saúde da Família (PSF). Isso nada mais é do que um projeto de humanização da medicina, que está seletiva em demasia. E uma oportunidade de dar conhecimento a esses futuros profissionais (15 ao todo) na carreira que abraçaram. Terão suas atividades monitoradas pelos médicos das unidades e estarão restritos a procedimentos específicos de aprendizado.
E que tenha sucesso
Trata-se de um proposta extremamente interessante e, se der os resultados esperados, com certeza trará melhoras ao sistema da saúde pública municipal. Levar o médico aonde há necessidade e falta dele para o atendimento da população, especialmente nos bairros, é de grande importância. Além de mostrar que a medicina é muito mais que consultórios elegantes com ar- condicionado. Enfim, vamos esperar os resultados.
Sem comemorações
Amanhã, 31 de março, o golpe militar que afundou o País numa sanguinária ditadura – só não pior que a da argentina de Jorge Rafael Videla – e governou o Brasil por 21 anos, completa 50 anos. Sem bolo. Mas com muitas velas, que devem ser acesas em honra aos mortos e desaparecidos vítimas da exceção e dos porões do regime. Mais que isso, é preciso um outro tipo de comemoração: a liberdade, conquistada às custas de muito sangue. Tenho muita esperança de que a história ainda vai mostrar tudo o que aconteceu entre 1964 e 1985, para que não volte a acontecer. Só não podemos esquecê-la.
Pergunta rápida
Por que os semáforos do Centro não funcionam durante o dia como funcionam à noite?
E o STF acertou
O relator do julgamento do mensalão tucano mineiro no STF, ministro Luís Carlos Barroso, foi muito feliz em seus argumentos e sua decisão – que foi acompanhada pela maioria, menos o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa – ao devolver o julgamento do ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) à primeira instância. Como cabe a quem não tem mais foro privilegiado, e como deveria ter acontecido no mensalão do PT. Gostaria, particularmente, de ver o mesmo peso e a mesma medida nesse caso, mas não dá para não julgar tecnicamente. O que Barroso fez e Barbosa não. Os pesos e medidas deveriam ter sido aplicados lá atrás.
Nota curtíssima
A decisão do STF, em relação a Azeredo, dará muito mais munição política ao PT.
Silêncio cúmplice
Ao contrário do que se viu - e muito se leu – quando do julgamento dos embargos infringentes a favor de alguns réus do mensalão, a decisão do STF de agora, de devolver à primeira instância a ação contra o ex-deputado e ex-governador mineiro tucano, não provocou a mesma ira nas redes sociais e nem sequer fez cócegas na mídia. Para quem se aprofunda nas teorias midiáticas e no papel da imprensa, vê-se nítida e claramente uma certa manipulação nas informações. É fato. É concreto, basta ver os exemplos e nenhuma contestação daqueles que silenciaram por completo.
Frase da semana
“Os tucanos gostam de ser guiados pela mídia”. Do jornalista Altamiro Borges, durante debate sobre a democratização da mídia, realizado na Câmara Municipal de Limeira. Na terça-feira, 25.
segunda-feira, 31 de março de 2014
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