Está aberta a temporada de caça às pesquisas eleitorais. Embora o País esteja distante das próximas eleições em mais de um ano, ou seja, um ano e três meses contados e mais alguns dias, o movimento nesse sentido acirra a cobiça pelos porcentuais ganhos por um lado e perdidos por outros e vira guerra de dados e informações entre partidários da situação e da oposição. Traduz-se na velha teoria de que quem está no poder não quer perdê-lo e, quem está longe dele, quer tomá-lo a todo e qualquer custo. E esse "a todo é qualquer custo" é assim mesmo, no verdadeiro sentido da expressão e de tudo o que ela implica.
Os números de cada amostragem divulgados refletem o momento e não podem ser considerados o retrato do que virá pela frente. Em baixa hoje, em alta amanhã e vice-versa. As duas recentes eleições mais importantes, a de Dilma Rousseff (PT), em 2010, à Presidência da República, e a do também petista Fernando Haddad, em 2012, à prefeitura paulistana (até então a menina dos olhos do PSDB) são provas concretas desse raciocínio, pois ambos saíram de patamares inferiores a dois dígitos e alcançaram vitória expressiva. Isso é fato, que não pode ser contestado.
Uma nova rodada de pesquisas publicadas nesta semana pela Folha de S. Paulo, revela que o atual governador, o tucano Geraldo Alckmin, venceria até Lula numa possível disputa pela reeleição e aponta Dilma como reeleita em primeiro turno, tendo Marina Silva, da Rede Solidariedade em segundo lugar e a aposta tucana, o senador Aécio Neves, em terceiro, logo atrás. Alckmin teria 42% e Lula, 26, num dos cenários pesquisados. Isso se o ex-presidente se candidatasse. A presidente chegaria aos 51%, contra 16%, de Marina e 14%, de Aécio. Eduardo Campos, do PSB, estaria lá atrás, com apenas 6%. Esse é o quadro pintado hoje, mesmo com a ligeira queda - a primeira - de popularidade de Dilma, que ainda bate Lula e FHC em aprovação, se comparados os mesmos períodos de cada governo.
Quanto a Alckmin ainda há uma dúvida sobre seus reais índices. A própria Folha publicou, na última sexta-feira, 7, que a violência em SP fazia a sua popularidade despencar na Grande São Paulo, ameaçando o projeto eleitoral tucano. E, três dias depois, ontem, portanto, pelo Datafolha, ele tem 52% de aprovação dos paulistas. Uma estranha contradição, com traços de manipulação da notícia, que não detalha as diferenças entre elas, principalmente pelo curto espaço de tempo, entre a divulgação de uma e a da outra. Os acertos que essas pesquisas vêm colecionando há varias eleições, entretanto, credenciam a credibilidade de cada instituto, mesmo perante a confusão e divulgação de índices conflitantes. Faz parte do jogo político e da opção partidária de cada um.
O que talvez mais incomode a oposição, e o PSDB em especial, é que o PT tem uma segunda alternativa, que é imbatível no cenário nacional: o próprio Lula, caso um fato novo - de repercussão eleitoral - possa desandar a reeleição de Dilma em 2014. Quanto a SP, o PSDB corre, sim, real perigo de perder o poder.
terça-feira, 11 de junho de 2013
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1 comentários:
Retiro o que disse sobre os vereadores no ultimo comentario (falei que tinham tido uma sabia decisao ao fiscalizar o executivo - que eh papel deles alias), pois ficou claro apos noticia veiculada na gazeta hoje sobre CPI das consultorias que a fiscalizacao vai ser restrita somente ao governo anterior...
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