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terça-feira, 26 de junho de 2012

Perfil e coerência elegerão novo prefeito

A partir de agora, a política deverá ser a tônica de todas as rodas de discussões. De bares aos altos escalões partidários, o tema eleições municipais entrará no cardápio dos limeirenses. Dos que gostam será o prato principal. Daqueles que tentam não se envolver, precisará ser digerido com calma. E de um outro grupo, os que abominam (tanto teoria, quanto a prática) o assunto e temem uma indigestão, podendo até causar náuseas, será mastigado às pressas e engolido sem a preocupação com o estrago que essa atitude pode causar.
Com a apresentação dos primeiros nomes, já oficializados, apoios e coligações definidos, começa a ganhar forma o contexto eleitoral. As cores começam a se espalhar por esse quadro, que ganhará sua pincelada final no dia 7 de outubro, em primeiro turno ou, pela primeira vez no Município, num segundo turno, no dia 28 do mesmo mês. Enfim, a largada para a corrida à principal cadeira do Edifício Prada e às 21, do Palácio Tatuiby, foi dada no último domingo, com as chapas majoritárias comandadas por Paulo Hadich-Antonio Carlos Lima (PSB, PT, PMDB)  e Eliseu Daniel dos Santos-Reinaldo Bastelli (DEM, PP, PMN, PT do B e PRP). A partir dessas coligações surgirão ainda as relativas às eleições proporcionais, ou seja, para vereadores.
Como ainda faltam outros candidatos e coligações a serem oficializadas em convenções que devem acontecer até a data limite do calendário, que é o dia 30 (nomes como Pedrinho Kühl, Luserinque Quintal e Kleber Leite ainda devem ser homologados) qualquer prognóstico agora seria perda de tempo. Assumir publicamente que esse ou aquele candidato tem mais vigor que o outro é incorrer no grave erro das previsões, que nunca valem para a política. E nem para o futebol. E como nós, jornalistas, somos intrometidos ou metidos a entender de tudo, sobram leitores e observadores nos indagando sobre as candidaturas, chances de cada uma delas, e ávidos de informações, querem ouvir o que temos a dizer. Nesse caso, cautela  e caldo de galinha (para quem gosta) não fazem mal a ninguém.
Eu prefiro a cautela. Mesmo as pesquisas eleitorais feitas dentro dos parâmetros técnicos e científicos merecem cuidado ao serem analisadas. FHC e Jânio, em 1985 e Luiza Erundina e Paulo Maluf, em 1988, são os mais claros exemplos dessa minha afirmação anterior. Costumo dizer que as chances de cada um estão no andamento que darão às suas campanhas e dos valores que conseguirão a ela agregar. E, em alguns casos, de como se livrar de alguns estigmas do passado, bem passado ou recente. É no perfil que cada um conseguirá traçar de si próprio, para convencer o eleitor, que está a chave do sucesso. E na coerência dos discursos. Com o recente episódio da cassação de Silvio Félix da Silva (PDT), os eleitores estão mais atentos. Não vão se aventurar com facilidade. Imagem só, não bastará.

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