Para quem ainda não parou para pensar no assunto, uma boa reflexão a partir de agora é o primeiro passo para uma escolha certa e sem receios. Estou falando do ano eleitoral e das eleições municipais, que tem neste mês de junho, ora iniciado, um cronograma de datas importantes para partidos e candidatos. E quando digo reflexão, é porque estamos vivendo um período atípico na política local, que sacudiu violentamente muitas bases antes consideradas fortes, a ponto de fazer ruir sólidas - pelo menos é o que se pensava - carreiras políticas. E se essa situação levou a uma verdadeira mobilização popular pela transparência e ética com o trato da coisa pública, nada melhor do que dar continuidade a esse desenvolvimento, para uma limpeza completa de alguns resíduos, que ainda continuam precisando de um esfregão mais forte para ir direto ao esgoto. De nada terá valido toda a participação da população no processo de condução política para essa faxina, se lá em outubro os mesmos erros forem repetidos. A lição desses últimos seis meses de turbulência precisa ser assimilada definitivamente, para que outubro valha a pena.
Ainda não começou
Se a campanha eleitoral ainda não teve início oficialmente, com propaganda e tudo que partidos e candidatos tenham direito, é justamente nesse início de processo que pesa mais ainda uma boa reflexão. Cada cidadão, eleitor, deve se voltar para dentro de si mesmo e se perguntar o que de fato deve ser colocado na balança para uma escolha correta. É preciso muito cuidado com as falsas promessas.
É quase um mantra
Se falar sobre tudo isso pode parecer repetitivo, recorrente e às vezes até mesmo chato, é essa insistência que vai garantindo, mesmo que lentamente, as mudanças políticas no País. E foi, também, na insistência e persistência da pressão popular, que Limeira entrou definitivamente no mapa do combate à corrupção no serviço público, patrocinado por agentes políticos e empresas de duvidosa idoneidade.
Errar para acertar
Esse é todo um legado, que em hipóstese alguma pode ser desperdiçado. Ignorado ou esquecido. Podemos cometer novos erros, os mesmos jamais.
Calendário cheio...
Junho é um mês decisivo ao processo eleitoral. Vamos às datas do calendário oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E algumas dizem respeito à própria mídia. Teça-feira, dia 5, é o último dia para a Justiça Eleitoral enviar aos partidos políticos a relação de todos os devedores de multa eleitoral, na qual embasará a expedição das certidões de quitação eleitoral. Já a partir do dia 10, domingo, uma série de situações deverão ser observadas, conforme a legislação vigente. Têm início as convenções partidárias; início de nomeação dos membros das mesas receptoras de votos; data final para fixação dos limites de gastos com as campanhas para os cargos em disputa.
O cuidado na mídia
A partir do dia 10, também, há referências aos meios de comunicação. É a data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de televisão transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção. E, também, passa a ser "assegurado o exercício do direito de resposta ao candidato, ao partido político ou à coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidas por qualquer veículo de comunicação social". Tudo isso conforme os preceitos da legislação eleitoral.
O "Dia D" eleitoral
E encerrando junho, dia 30, é o prazo final para que os partidos políticos realizem suas convenções, escolham seus candidatos aos cargos de vereador, prefeito e vice e deliberem sobre as coligações partidárias. Depois, os candidatos se apresentarão publica e oficialmente ao conhecimento do eleitorado, para a chancela do voto em primeiro turno, no dia 7 de outubro. E nós estaremos por aqui todos os dias escancarando as ideias de cada um deles.
Pergunta rápida
Quantas vezes o prefeito cassado Silvio Félix (PDT) vai precisar ser derrotado na Justiça para perceber que seu tempo político já passou?
Esconder o rabo....
...é melhor que perdê-lo. O acórdão costurado na CPI do Cachoeira expõe a fragilidade partidária no Brasil. E de alguns políticos para ser mais direto. Nesse caso, tanto situaçao e - principalmente - a oposição correram para não sofrer baques fortes lá na frente. E vai de PT a PSDB, passando pelo PMDB e quantos outros "pes" da vida político-partidária. E que fique bem claro, pois dessa correnteza que se formou vai ser difícil alguém que atire a primeira pedra. O silêncio de tucanos e democratas é assustador. O PT nunca silencia. É franco atirador, mas às vezes precisa assinar alguns "termos de ajustamento de conduta" com a oposição. Apesar de ser uma situação triste, não deixa de ter uma certa graça.
Os falsos na rede
Tem "fakes", os chamados perfis falsos, no Facebook, que estão servindo de suporte para que a empresa Facebook desative originais. O mecanismo consiste em denunciar um determinado perfil ao provedor por calúnia, prejuízos pessoais, que ele é logo desativado, sem consulta prévia e sem saber se o perfil denunciado é o verdadeiro ou não. É preciso ficar atento a quem se adiciona à rede. Aquele que pode parecer um "amigo", pode se voltar contra quem o adicionou. Pelos últimos acontecimentos políticos locais, é preciso ficar atento com a bandidagem na rede. Eles somem, às vezes, mas não desistem.
Frase da semana
"Eu realmente quis escapar daquela menina. Eu queria escapar dessa imagem, mas parece que a foto não me deixou escapar". Da vietnamita Phan Thi Kim Phuc, hoje com 49 anos, sobre a foto que se tornou símbolo da guerra do Vietnã, quando foi fotograda por Huynh Cong 'Nick' Ut (da Associated Press), aos 9 anos, no dia 8 de junho de 1972, correndo nua, para escapar de explosões na vila onde morava. Na sexta-feira, dia 1º, no UOL Notícias-Internacional.
domingo, 3 de junho de 2012
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