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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Toda mudança causa desconforto. O que fazer?

Qualquer tipo de mudança, que mexa com a rotina das pessoas, causa desconforto. Seja ela estrutural ou até mesmo cultural, é preciso sempre estar atento à necessidade de adaptação. E como o ser humano é pródigo em se ajustar às necessidades de momento, essa chamada zona de desconforto acaba se projetando em manifestações de desalinho à própria realidade. Tenho sentido, desde que extinguiram as vagas de estacionamento na Rua Tiradentes (para transformá-la em corredor de ônibus) e com a saída do "terminal" do transporte coletivo da Praça do Museu para um local próprio e mais adequado, uma discussão apaixonada e muitas vezes até fora de propósito. Essa transformação na urbanidade de toda aquele região, de fato, mexeu e continua mexendo com muita gente. De usuários do transporte público a comerciantes da rua sem estacionamento, muitas vezes indignados com o momentâneo desconforto, todos estão querendo o velho status de volta. Ora, é preciso avançar e esse avança passa, necessariamente, por "rebuliços" como essses. Um choque, reconheço, que precisa e deve ser assimilado rápido.

Promessas públicas
O poder público, agente de toda essa transformação, tem as soluções para que os comerciantes da Tiradentes voltem a receber seus clientes e os usuários do transporte público urbano se sintam mais confortáveis e percebam os benefícios dessas mudanças. São soluções previstas, mas que precisam de agilidade na sua concretização. Para os ônibus, a integração entre linhas é melhor saída para os usuários.

Paciência necessária
Quanto ao comércio na Rua Tiradentes, requer um pouco mais de estudo e a proposta de um estacionamento público é interessante. É inegável, porém, e a olhos vistos, que a retirada das vagas de estacionamento está produzindo uma fluidez melhor no trânsito, o que por si , é um benefício considerável, levando em conta esse grave problema urbando de Limeira, que não dispõe de avenidas centrais.

As obras polêmicas
Vou me alongar um pouco mais no assunto, e com exemplos concretos, de obras que causaram polêmica, mas depois mostraram-se necessárias e hoje algumas estão obsoletas. A Rodovia dos Bandeirantes, por exemplo, foi duramente criticada. Hoje ela está saturada. O Terminal Tietê, em São Paulo, quando deixou a região da Estação da Luz, causou um grande alvoroço. Posteriormente foi bem assimilado. Aqui em Limeira, na década de 80, quando o então prefeito Mattos Silveira construiu a Estação Rodoviária, foi criticado pela "portentosidade da obra". Hoje não cabe nem mais uma linha no local. E futuras obras e transformações urbanas, mesmo que necessárias, vão continuar causando questionamentos. Recebendo críticas e depois percebidas como necessárias.

Tempo ao tempo...
Conclusão: toda mudança traz complicações. Previstas ou não. É preciso, entretanto, discernimento para enfrentá-la. Para tirar dela o benefício esperado.

E a acessibilidade?
Os portadores de necessidades especiais também estão cobrando mais acessibilidade ao novo terminal urbano. E com razão. Mesmo porque o projeto continha sugestões para tais benefícios, hoje amplamenten difundidos e defendidos por todas as pessoas de bom senso. E têm, sim, que se reunir, e cobrar, como fizeram e de forma pública, essa acessibilidade. O curioso é que na reunião realizada na quintta-feira, 2, namara, todos estavam . Menos representantes da Secretaria de Obras e também de Planejamento. São no mínimo contraditórias tais ausências. Alguém precisa responder por essas falhas.

E em banho-maria
Segue esta primeira semana de fevereiro, após novas derrotas do prefeito afastado Silvio Félix (PDT) no Tribunal de Justiça de São Paulo, e vem transcorrendo dentro de certa normalidade e calma. Sem manchetes ou novas decisões. Enquanto isso, espera-se que a CP esteja trabalhando nos documentos do MP e investigando tudo o que precisa ser investigado, para chegar a uma decisão justa, dentro da esperada limpeza ética na política local.

Pergunta rápida
Pela isenção do IPTU, as igrejas evangélicas abririam mão do dízimo pago por seus fiéis?

Se você quer ler
Um futuro utópico, no qual não haja propriedade privada, governo, sistema legal e penal, nem educação formal. Um sonho do escritor inglês William Morris, projetado em seu livro Notícias de Lugar Nenhum (News from Nowhere, no original). Um sonho, cuja representação de um futuro imaginado lança mão da caracterização dos limites da imaginação política contemporânea. E essa visão do escritor, de um mundo livre do aparato e opressão do Estado, traz um foco satírico da política da sua própria época e até mesmo das condições políticas da atualidade. Leitura interessante, de uma espécie de manifesto socialista, que traz todas as virtudes e defeitos do homem com uma pitada de sensualidade.

Eu Recomendo!
Filme que revelou Macaulay Culkin (com apenas 8 anos à época), para o cinema, a dica de hoje é Esqueceram de Mim (Home Alone, EUA-1990) - que teve mais uma versão com ele próprio e outras duasdirigido por Chris Columbus. Com atores do nível de Joe Pesci, Daniel Stern, John Heard, Catherine O'Hara e Roberts Blossom, entre outros, essa comédia, que marcou toda uma geração, se passa em em Chicago, onde uma família inteira planeja passar o Natal em Paris. que, com as tradicionais confusões que uma viagem proporciona, um dos filhos, que é interpretado por Macaulay Culkin, é esquecido em casa. Assim, o garoto se obrigado a se virar sozinho e a defender a casa de dois ladrões, com muita criatividade e graça. Muito riso e diversão garantida. 105 minutos de duração.

Frase da semana
"Não acho nada do terminal, porque não consigo chegar ". Do professor Joaquim Pereira Lazzari, cadeirante, sobre o novo terminal urbano de Limeira, durante reunião namara Municipal. Na Gazeta, sexta-feira, 3.

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