Nós, jornalistas, vivemos de levar emoções aos leitores. Às vezes decepções, quando não nos resta outra saída senão divulgar a antítese do bem. Na maioria das vezes somos obrigados a deixar nossas próprias emoções embutidas no casulo de nossa consciência, para não contagiar análises, teorias e raciocínios e, dessa forma, comprometer a objetividade da informação. Não se fala aqui em isenção e imparcialidade, pois são características que já não se enquadraram com tanta naturalidade - a bem da verdade nunca se enquadraram - ao processo comunicacional humano. Isenção e imparcialidade que morrem, no momento em que direcionamos a contextualização do nosso discurso. Essa, entretanto, é uma outra teoria, que apesar de polêmica e suscitar defesas e ataques acalorados, não é o tema deste artigo. Mas vale como reflexão, que se mostrará importante com o desenrolar dessa pequena análise.
Enquanto a mobilização popular dava o tom das discussões e acirrava o debate entre acusadores e defensores do prefeito cassado Sílvio Félix, na redação dividíamos nossas inquietações e imaginávamos os possíveis cenários pós-encerramento dos trabalhos e votação final na Comissão Processante, instaurada na Câmara Municipal. Sem, é evidente, deixar aflorar nos textos escritos em todo esse período, o que de fato estávamos sentindo. O expor de opiniões e as equações matemáticas sobre um momento nada matemático, ditavam o tom das conversas. Nossas expectativas e desejos não podiam, de forma alguma, contaminar a eficácia daquilo que queríamos transmitir, embora já estivéssemos infectados, de cima a baixo, com o vírus exposto na crescente mobilização do mais puro exercício da cidadania, provocado por um desejo de mudança e limpeza ética na política limeirense. Vez ou outra, durante o transcorrer de todo esse processo, as entrelinhas estavam sempre mais visíveis.
Não existe emoção que não transpareça a qualquer momento. Como não é possivel, também, esconder de forma duradoura, que o sentimento coletivo estava impregnando tudo e a todos. Então por que não se deixar levar por ele, numa corrente que só aumentava e com elos cada vez mais fortes? Confesso, não nego, que me deixei levar, sim, pela correnteza, embora sempre objetivo em minhas opiniões e buscando apoios para não morrer afogado em afirmações desditosas ou incoerentes, das quais o momento não precisava. Qualquer excesso poderia pôr a perder uma conquista que se avizinhava, mesmo ninguém mais acreditando que fosse possível. O obituário da cidadania estava preparado, em meio às turbulências de intenções nada republicanas, prontas para varrer a sujeira para debaixo do tapete e transformar a lama em água cristalina. Se o resultado veio moldado na vontade popular, é preciso agora revisar alguns valores, sem subestimar, daqui para frente, a mobilização da sociedade. Isso posto, não há mais o que esconder. Nem o momento histórico que ajudamos a escrever e muito menos as emoções.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
A manifestação popular e seus efeitos imediatos
Venho, desde o início do processo que envolveu a família Félix e, por consequência, o agora prefeito cassado Silvio Félix (PDT), batendo na tecla da importância da participação popular em todo e qualquer processo de decisão política em que agentes públicos em cargos eletivos estejam envolvidos. Orquestrados ou não, os movimentos populares são o divisor de águas dessas decisões e, invariavelmente, provocarão, cedo ou tarde, as mudanças esperadas. Mesmo quando o inesperado seja o ponto de ebulição desse clima de agitação social. Inesperado, porque uma simples revisão de posicionamento político ocasionou, aqui em Limeira, a tão pedida mudança. O que se viu desde a instauração da Comissão Processante na Câmara Municipal até a última sexta-feira, 24, que resultou na cassação do então prefeito afastado, foi uma onda crescente de descontentamento e desconforto por parte de todos os setores da sociedade limeirense, que motivou manifesto atrás de manifesto, e qualquer outra decisão - mesmo que na esfera política - não seria possível. Não seria aceitável, justamente pela ótica dessa participação dos limeirenses das mais diferentes camadas sociais. Seria como se fosse uma ducha de água fria no calor do clamor popular. Que assim seja.
Interesses à parte
Mais que evidente está, que o forte significado político desse momento e todas suas implicações também fazem o pano de fundo desse novo cenário na vida do limeirense. E que mesmo por trás de interesses, inclusive partidários, a parcela de contribuição do povo, que esteve sempre presente nas dependências da Câmara, foi como um tempero a dar o sabor final a essa conquista. Tempero picante e fundamental ao prato final.
Fatos e argumentos
Somando-se a todas essas oportunidades de reflexão que o momento suscitava, a ação técnica do Ministério Público, através das investigações e coleta de provas, e o pulso decisivo do Judiciário, em bancar mandados e barrar os casuísmos tentados, produzia diariamente novos fatos e argumentos embasados em documentos, que não deixava dúvidas sobre as ações praticadas ao arrepio da lei pelos denunciados.
O que mais falar??
Restam os personagens de todo esse enredo. Para alguns a história destinará a eternização, talvez em livros e compêndios. Para outros, o esquecimento mais que merecido, não por exercerem o direito à opinião própria e ao livre arbítrio, mas por conta do desrespeito para com a opinião pública. Do escárnio contra toda uma população, que estava cansada, descontente, frustrada e desesperançada.
Fina Ironia da vida
Para encerrar, a questão que fica sobre a atuação do vereador Ronei Martins (PT), merece análise. Vamos voltar lá em 2005, quando ele deu início à investigação da merenda escolar e quase foi cassado pela tropa de choque Félix, com Iraciara e Nilce. Quase foi cassado por exercer seu mandato como agente fiscalizador do Poder Executivo, foi suspenso e coube a ele, na sexta-feira, o voto decisivo para selar os destinos do próprio Félix. Justiça seja feita à sua persistência e coragem.
Ainda não acabou
Voltarei, oportunamente e nas próximas colunas, ao assunto. Ele não se esgota nesse episódio e ainda vai requere muitas análises e comentários. Para não cansar o leitor.
É meu... É meu
Por falar em José Serra, mais uma vez ele coloca o PSDB todo em suas mãos. Como um refém de suas vontades. Um político que manipula seu próprio partido, inventa bolinhas de papel e favelas cenográficas, não pode governar um cidade, um estado ou um país....Ou o PSDB enquadra Serra ou ele acaba com o próprio partido.
É preciso refletir
Duas situações não me convecem, quando leio alguns formadores de opinião se expondo na mídia, em artigos e tratados: o desrespeito ao ser humano - não importa quem seja - e o bater instistente na tecla da ética e da moral, com o rabo preso na porta. Ou sem mirar o próprio rosto no espelho.
Pergunta rápida
Quem foi o maior beneficiado com a cassação de Silvio Félix?
Se você quer ler
Minha sugestão de leitura para hoje é um auto, do português Gil Vicente, representado pela primeira vez em 1517. Trata-se de o Auto da Barca do Inferno, que apesar do tempo, ainda é bem atual na lógica de seus personagens e seus próprios destinos. Trata-se de uma alegoria dramática de Gil Vicente, onde um diabo, da Barca do Inferno, e um anjo, da Barca da Glória, disputam, através de diálogos, o destino de alguns mortos ilustres, outros nem tanto. Os mortos são um Fidalgo, um Ozeneiro (agiota), um Sapateiro, um Parvo, um Frade cortesão com sua dama Florença, uma Alcoviteira, um Judeu usurário, um Corregedor e um Procurador, um Enforcado e quatro Cavaleiros, que morreram por combater a fé. Só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória, os outros vão todos para o inferno. Daí surgem os diálogos, espirituosos e dramáticos, porém sempre críticos. Leitura de ótima qualidade para quem quer conhecer a alma humana.
Eu Recomendo!
Nada melhor para um domingo do que um bom filme de ação. O de hoje é Caçado (The Hunted, EUA-2033), dirigido por Willian Friedkin, com excelentes participações de Benício Del Toro e Tommy Lee Jones, que traz ainda no elenco Connie Nielsen, Jenna Boyd, Leslie Stefanson, Robert Blanche, Ron Canada, Steve Enfield e John Finn . O filme conta a história de Aaron Hallam, um perigoso assassino que perseguia caçadores de cervos como se fosse um esporte, em uma floresta de Portland. Hallam é capturado pelo agente do FBI L.T. Bonham e levado para a cidade. Após fugir, ele passa a usar o caos urbano para se esconder e não ser novamente capturado. 94 minutos.
Frase da semana
"Barrabás! Barrabás! Barrabás!". Bordão utilizado pelo advogado do prefeito cassado Sílvio Félix, José Roberto Batochio, ao compará-lo a Jesus, que teve sua condenação pedida por populares, em troca da absolvição de um bandido. Sexta-feira, 24, na Câmara.
Interesses à parte
Mais que evidente está, que o forte significado político desse momento e todas suas implicações também fazem o pano de fundo desse novo cenário na vida do limeirense. E que mesmo por trás de interesses, inclusive partidários, a parcela de contribuição do povo, que esteve sempre presente nas dependências da Câmara, foi como um tempero a dar o sabor final a essa conquista. Tempero picante e fundamental ao prato final.
Fatos e argumentos
Somando-se a todas essas oportunidades de reflexão que o momento suscitava, a ação técnica do Ministério Público, através das investigações e coleta de provas, e o pulso decisivo do Judiciário, em bancar mandados e barrar os casuísmos tentados, produzia diariamente novos fatos e argumentos embasados em documentos, que não deixava dúvidas sobre as ações praticadas ao arrepio da lei pelos denunciados.
O que mais falar??
Restam os personagens de todo esse enredo. Para alguns a história destinará a eternização, talvez em livros e compêndios. Para outros, o esquecimento mais que merecido, não por exercerem o direito à opinião própria e ao livre arbítrio, mas por conta do desrespeito para com a opinião pública. Do escárnio contra toda uma população, que estava cansada, descontente, frustrada e desesperançada.
Fina Ironia da vida
Para encerrar, a questão que fica sobre a atuação do vereador Ronei Martins (PT), merece análise. Vamos voltar lá em 2005, quando ele deu início à investigação da merenda escolar e quase foi cassado pela tropa de choque Félix, com Iraciara e Nilce. Quase foi cassado por exercer seu mandato como agente fiscalizador do Poder Executivo, foi suspenso e coube a ele, na sexta-feira, o voto decisivo para selar os destinos do próprio Félix. Justiça seja feita à sua persistência e coragem.
Ainda não acabou
Voltarei, oportunamente e nas próximas colunas, ao assunto. Ele não se esgota nesse episódio e ainda vai requere muitas análises e comentários. Para não cansar o leitor.
É meu... É meu
Por falar em José Serra, mais uma vez ele coloca o PSDB todo em suas mãos. Como um refém de suas vontades. Um político que manipula seu próprio partido, inventa bolinhas de papel e favelas cenográficas, não pode governar um cidade, um estado ou um país....Ou o PSDB enquadra Serra ou ele acaba com o próprio partido.
É preciso refletir
Duas situações não me convecem, quando leio alguns formadores de opinião se expondo na mídia, em artigos e tratados: o desrespeito ao ser humano - não importa quem seja - e o bater instistente na tecla da ética e da moral, com o rabo preso na porta. Ou sem mirar o próprio rosto no espelho.
Pergunta rápida
Quem foi o maior beneficiado com a cassação de Silvio Félix?
Se você quer ler
Minha sugestão de leitura para hoje é um auto, do português Gil Vicente, representado pela primeira vez em 1517. Trata-se de o Auto da Barca do Inferno, que apesar do tempo, ainda é bem atual na lógica de seus personagens e seus próprios destinos. Trata-se de uma alegoria dramática de Gil Vicente, onde um diabo, da Barca do Inferno, e um anjo, da Barca da Glória, disputam, através de diálogos, o destino de alguns mortos ilustres, outros nem tanto. Os mortos são um Fidalgo, um Ozeneiro (agiota), um Sapateiro, um Parvo, um Frade cortesão com sua dama Florença, uma Alcoviteira, um Judeu usurário, um Corregedor e um Procurador, um Enforcado e quatro Cavaleiros, que morreram por combater a fé. Só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória, os outros vão todos para o inferno. Daí surgem os diálogos, espirituosos e dramáticos, porém sempre críticos. Leitura de ótima qualidade para quem quer conhecer a alma humana.
Eu Recomendo!
Nada melhor para um domingo do que um bom filme de ação. O de hoje é Caçado (The Hunted, EUA-2033), dirigido por Willian Friedkin, com excelentes participações de Benício Del Toro e Tommy Lee Jones, que traz ainda no elenco Connie Nielsen, Jenna Boyd, Leslie Stefanson, Robert Blanche, Ron Canada, Steve Enfield e John Finn . O filme conta a história de Aaron Hallam, um perigoso assassino que perseguia caçadores de cervos como se fosse um esporte, em uma floresta de Portland. Hallam é capturado pelo agente do FBI L.T. Bonham e levado para a cidade. Após fugir, ele passa a usar o caos urbano para se esconder e não ser novamente capturado. 94 minutos.
Frase da semana
"Barrabás! Barrabás! Barrabás!". Bordão utilizado pelo advogado do prefeito cassado Sílvio Félix, José Roberto Batochio, ao compará-lo a Jesus, que teve sua condenação pedida por populares, em troca da absolvição de um bandido. Sexta-feira, 24, na Câmara.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Rotativas à toda
A partir de hoje, a mídia impressa - e todos os veículos de comunicação - deve trazer manchetes sucessivas sobre um mesmo tema. A cassação ou não do prefeito afastado Silvio Félix (PDT). E não adianta fugir disso. É a notícia de momento e pelo alto grau de importância à toda sociedade, não deve sair de pauta tão cedo.
Infeliz tentativa
O panfleto distribuído no domingo, 20, por toda a cidade de Limeira, assinado pela "Família Félix" compõe o enredo de mais uma tentativa infeliz, de Félix se justificar perante a opinião pública, atacando setores da política local, através de conhecidas teorias conspiratórias de luta pelo poder, argumento de credibilidade zero em tempos de combate à corrupção, à falta de decoro e outros crimes cometidos por agentes públicos ou políticos. Outro tiro no pé. Seja lá de quem tenha partido a ideia.
Respeito devido
Hoje, ao iniciar-se a votação do relatório da vereadora Nilce Segalla (PTB), a sociedade quer, de todos vereadores, obediência e respeito aos princípios republicamos. Não se pede nada, absolutamente nada, além disso. Espera-se, no mínimo, que esses legisladores saibam o que significa "princípio republicano".
No sinal vermelho
Após prestar depoimento aos promotores, a vereadora Iraciara Bassetto (PV), para não ter que falar com a imprensa, saiu pelo estacionamento em veículo com motorista particular. Ao ser abordado pela imprensa, o motorista fugiu em disparada com o veículo, ultrapassando o sinal vermelho do semáforo da Santa Cruz com Boa Morte. Tudo isso sob os olhares de policiais militares. Entre os vereadores, Iraciara foi a única a sair pelo estacionamento. Os demais vereadores saíram todos pela porta da frente.
Português claro
Palavra muito usada na política, para denotar ações nada republicanas, casuísmo é, segundo o novo dicionário Houaiss da língua portuguesa, um substantivo masculino. Casuísmo significa: submissão total a ideias, sistemas de pensamento, doutrinas e princípios de toda espécie; obediência ao que a lei determina, ou interpretação ou apego excessivamente formal à jurisprudência dos tribunais; argumento ou medida fundamentada em raciocínio enganador ou falso, especialmente em direito e em moral, e baseada muitas vezes em casos concretos e não em princípios fortemente estabelecidos e sistema moral, atitude ou conduta hipócrita, de acomodação.
A última de hoje
Quando mais se fala em qualidade, percebem-se certos monopólios perigosos e que só pioram no atendimento dos serviços prestados. O transporte intermunicipal de passageiros é um desses absurdos. Basta se dirigir à estação rodoviária e pedir por itinerários. Nas mãos de poucos e mal servidos. Lamentável.
A partir de hoje, a mídia impressa - e todos os veículos de comunicação - deve trazer manchetes sucessivas sobre um mesmo tema. A cassação ou não do prefeito afastado Silvio Félix (PDT). E não adianta fugir disso. É a notícia de momento e pelo alto grau de importância à toda sociedade, não deve sair de pauta tão cedo.
Infeliz tentativa
O panfleto distribuído no domingo, 20, por toda a cidade de Limeira, assinado pela "Família Félix" compõe o enredo de mais uma tentativa infeliz, de Félix se justificar perante a opinião pública, atacando setores da política local, através de conhecidas teorias conspiratórias de luta pelo poder, argumento de credibilidade zero em tempos de combate à corrupção, à falta de decoro e outros crimes cometidos por agentes públicos ou políticos. Outro tiro no pé. Seja lá de quem tenha partido a ideia.
Respeito devido
Hoje, ao iniciar-se a votação do relatório da vereadora Nilce Segalla (PTB), a sociedade quer, de todos vereadores, obediência e respeito aos princípios republicamos. Não se pede nada, absolutamente nada, além disso. Espera-se, no mínimo, que esses legisladores saibam o que significa "princípio republicano".
No sinal vermelho
Após prestar depoimento aos promotores, a vereadora Iraciara Bassetto (PV), para não ter que falar com a imprensa, saiu pelo estacionamento em veículo com motorista particular. Ao ser abordado pela imprensa, o motorista fugiu em disparada com o veículo, ultrapassando o sinal vermelho do semáforo da Santa Cruz com Boa Morte. Tudo isso sob os olhares de policiais militares. Entre os vereadores, Iraciara foi a única a sair pelo estacionamento. Os demais vereadores saíram todos pela porta da frente.
Português claro
Palavra muito usada na política, para denotar ações nada republicanas, casuísmo é, segundo o novo dicionário Houaiss da língua portuguesa, um substantivo masculino. Casuísmo significa: submissão total a ideias, sistemas de pensamento, doutrinas e princípios de toda espécie; obediência ao que a lei determina, ou interpretação ou apego excessivamente formal à jurisprudência dos tribunais; argumento ou medida fundamentada em raciocínio enganador ou falso, especialmente em direito e em moral, e baseada muitas vezes em casos concretos e não em princípios fortemente estabelecidos e sistema moral, atitude ou conduta hipócrita, de acomodação.
A última de hoje
Quando mais se fala em qualidade, percebem-se certos monopólios perigosos e que só pioram no atendimento dos serviços prestados. O transporte intermunicipal de passageiros é um desses absurdos. Basta se dirigir à estação rodoviária e pedir por itinerários. Nas mãos de poucos e mal servidos. Lamentável.
Quando um ato revela o homem
A resistência ou persitência, embora inerentes à condição humana, nem sempre é saudável. Nos casos nas quais são atos de bravura ou de sobrevivência mesmo, revela heróis e às vezes mártires. É preciso, entretanto, conhecer seus limites e perceber até quando é possível resistir e persitir em atos ou atitudes, sem se deixar contaminar pela teimosia. Pelo egocentrismo ou vaidade, sem que isso se torne prejudicial à própria pessoa - a nós mesmos - ou àqueles de convivência próxima; aos que estão ao nosso redor e conosco compartilham alegrias e sofrimentos.
Na política todas essas ponderações deveriam, sempre, fazer parte do dicionário de quem dela vive. Não está instrínseco, porém, na cultura política brasileira, atos dessa natureza. Renúncia é uma palavra que pode significar a derrota, mas denota também caráter e vitória sobre as próprias vaidades. Dificilmente, salvo raros casos de ameaças ou perdas iminentes de um poder adquirido, ouve-se dizer que um político renunciou pelo bem comum. Renuncia, sim, para não perder mandato e para que possa voltar - e sempre volta - ao seu status inicial.
Trata-se, acima de tudo, de um doloroso processo de autoconhecimento da própria capacidade para entender o que isso pode significar. No agora e no depois. Uma capacidade de avaliação, que precisa ser muito bem trabalhada. Mais uma vez volto à reflexão de que nossa cultura política não conhece esse tipo de discernimento, quando assistimos a exemplos como o do presidente da Alemanha, Christian Wulff, que renunciou ao cargo na semana passada, por que fora acusado de tráfico de influência, abalando sua reputação. Entre as acusações repercutidas na imprensa alemã, Wulff estaria favorecendo um amigo empresário em um empréstimo público. Isso quando ainda era governador da Baixa Saxônia.
Mesmo alegando inocência, Christian Wulff renunciou e vai, agora, tratar de sua defesa política sem ter nenhuma investigação formal ou judicial contra ele. Renunciou pelas acusações. Se pelo bem da Alemnha como nação ou para se preservar de futuros problemas políticos, o fato em si merece essa análise, a partir do momento que toda uma nação, que hoje luta numa Europa desgasta e em crise, mantém posição de liderança entre seus parceiros quase falidos.
Um bom exemplo, que poderia ser seguido por Silvio Félix e só traria benefícios a todos os envolvidos - e Limeira seria a maior beneficiada - nesses tristes episódios que por aqui aportaram naquele fatídico 24 de novembro de 2011. Lá se vão quase três meses e o município vive de incertezas por conta dessa situação. A verdadeira expressão do poder não significa mantê-lo a qualquer custo, mas saber a hora em que se deve dele abrir mão, por algo maior que a simples aparência.
Na política todas essas ponderações deveriam, sempre, fazer parte do dicionário de quem dela vive. Não está instrínseco, porém, na cultura política brasileira, atos dessa natureza. Renúncia é uma palavra que pode significar a derrota, mas denota também caráter e vitória sobre as próprias vaidades. Dificilmente, salvo raros casos de ameaças ou perdas iminentes de um poder adquirido, ouve-se dizer que um político renunciou pelo bem comum. Renuncia, sim, para não perder mandato e para que possa voltar - e sempre volta - ao seu status inicial.
Trata-se, acima de tudo, de um doloroso processo de autoconhecimento da própria capacidade para entender o que isso pode significar. No agora e no depois. Uma capacidade de avaliação, que precisa ser muito bem trabalhada. Mais uma vez volto à reflexão de que nossa cultura política não conhece esse tipo de discernimento, quando assistimos a exemplos como o do presidente da Alemanha, Christian Wulff, que renunciou ao cargo na semana passada, por que fora acusado de tráfico de influência, abalando sua reputação. Entre as acusações repercutidas na imprensa alemã, Wulff estaria favorecendo um amigo empresário em um empréstimo público. Isso quando ainda era governador da Baixa Saxônia.
Mesmo alegando inocência, Christian Wulff renunciou e vai, agora, tratar de sua defesa política sem ter nenhuma investigação formal ou judicial contra ele. Renunciou pelas acusações. Se pelo bem da Alemnha como nação ou para se preservar de futuros problemas políticos, o fato em si merece essa análise, a partir do momento que toda uma nação, que hoje luta numa Europa desgasta e em crise, mantém posição de liderança entre seus parceiros quase falidos.
Um bom exemplo, que poderia ser seguido por Silvio Félix e só traria benefícios a todos os envolvidos - e Limeira seria a maior beneficiada - nesses tristes episódios que por aqui aportaram naquele fatídico 24 de novembro de 2011. Lá se vão quase três meses e o município vive de incertezas por conta dessa situação. A verdadeira expressão do poder não significa mantê-lo a qualquer custo, mas saber a hora em que se deve dele abrir mão, por algo maior que a simples aparência.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Sobre a corrupção e seus efetios nocivos
Se há corruptos, é por que há corruptores. Uma afirmação tão antiga e conhecida, mas que sempre vale comentários sobre ela. Das mais nefastas ações sobre a sociedade, a corrupção é símbolo máximo da vileza humana. Sua prática destrói a confiança e põe em xeque a cidadania. Antes de qualquer postulado filosófico e sociológico, é bom refletir sobre suas consequências nas administrações públicas, onde ocorre com mais frequência. Embora setores privados também não estejam imunes a ela. É o cidadão que precisa dos serviços públicos, que acaba esbarrando nessa nada republicana "troca de favores" e sentindo seus efeitos. Quando há desvios de recursos ou benefícios - não necessariamente financeiros - o reflexo é imediato. E são os serviços essenciais sempre os mais comprometidos com a falta de investimentos, quando ocorrem esses desvios. O posto de saúde não abre ou atende precariamente; as creches não atendem às demandas e escolas públicas ficam sem qualidade de ensino; a segurança fica coprometida. Enquanto isso, muitos bolsos se fartam daquilo que falta ao atendimento da população.
A prática do poder
Se não há fórmula mágica para o combate à corrupção, é quase impossível sua punição. Primeiro, porque ela não passa recibo e embora se saiba onde está sendo praticada, é difícil rastreá-la; segundo, porque há uma interação tão perfeita entre corrupto e corruptor, que a ação ganha contornos de normalidade e todos agem com tamanhã autenticidade, que o ciclo se completa com sorrisos de escárnio.
No ato da compra
Nas raras vezes em que há flagrante, e sempre pela delação de envolvidos que não receberam o que desejavam, os processos se arrastam em audiências de instrução e ao sabor de recursos judiciais de espertos advogados. E o dólar na cueca, o dinheiro sendo recebido frente a uma câmera escondida ou os benefícios a aliados políticos, muitas vezes alimentam sorrisos irônicos, que matam a cidadania.
Para completar a...
... história, resta apenas a vontade popular como força motriz para uma mudança. Mas que pode fazer a diferença. Para o político corrupto, além da merecida cadeia é preciso afastá-lo da fonte que o abastece. Para isso o melhor tribunal ainda se chama voto. Um exercício que podemos fazer já neste ano.
Ficha Limpa 2012
E o Supremo Tribunal Federal (STF) referendou e tornou os efeitos práticos da Lei da Ficha Limpa definitivos, que já valem para as eleições deste ano. Uma centelha de esperança, que pode ser mais um recomeço, dos tantos já tentados, no combate à própria corrupção. Candidatos com suas fichas sujas - e há aos montes - já estão fora do pleito de outubro. Um grande avanço, do qual não é mais possível retroagir. Muitos já estão ensaiando como farão suas despedidas.
Pergunta rápida
A vereadora Nilce Segalla (PTB) leu O Contrato Social, de Rousseau, além dos apontamentos de Bobbio e Nietzsche, para embasar seu relatório na CP?
Minha fantasia
É domingo de carnaval, e ainda não escolhi minha fantasia. Porém, acho até que ela já me escolheu, pois não consigo de forma alguma retirar do meu semblante essa caracterização de bobo da corte, que teima em seguir comigo. Não estou nem mesmo conseguindo olhar no espelho. Os guizos pendurados nas pontas do chapéu não me deixam esquecer, em nenhum momento, o quanto estão nos fazendo de bobos.
Máquina cheia
Na sexta-feira,17, pela manhã, na Senador Vergueiro, do lado oposto do Fórum, dirigi-me a um parquímetro para o estacionamento rotativo. Moeda a moeda, que ia colocando, era devolvida, sem consignar o horário desejado. Moedas novas, mais antigas, a máquina não aceitou nenhuma. Fui embora, deixei o carro estacionado, porém, não encontrei a notificação ao retornar. E se houvesse recebido uma, para pagar os R$ 8,00, pela ausência da cartela? Cadê a Hora Park?
Se você quer ler
Então não há como fugir da hit da semana. Minha sugestão de leitura é justamente o livro O Contrato Social (Du contrat social ou Principes du droit politique), considerada a obra prima do suíço Jean-Jacques Rousseau. Apesar de algumas teorias nele expostas serem consideradas ultrapassadas, em 1762, quando publicou seus escritos, Rousseau tinha uma visão da sociedade e do homem bem definida. Talvez a mais polêmica de suas teorias esteja na conhecida frase "o homem é naturalmente bom, mas a sociedade, regida pela política, é responsável pela sua degeneração", aceita por muitos e por outros apenas estudada como possibilidade. Rousseau, que viveu 66 anos, entre seu nascimento, em 1712, em Genebra e seu falecimento, em 1778, na França, foi dos mais importantes filósofos do iluminismo, além de teórico político e escritor. É sempre bom recomendar algumas obras, que foram responsáveis por nossa formação teórica.
Eu Recomendo!
Outro faroeste histórico e repleto de ação. Uma indicação apropriada para o fina de semana. Estou falando do filme Por uns Dólares a Mais (Per Qualche Dollare in Più, Itália, Mônaco, Espanha - 1965), dirigido por Sergio Leone. O elenco é composto pelos atores Clint Eastwood, Lee Van Cleef, Gian Maria Volonté, Mara Krupp, entre outros. E conta a história de um caçador de recompensas, Manco, que perambula pelas cidades do velho oeste sempre em busca de um novo alvo. Ele o encontra quando vê o cartaz de procurado do perigoso Indio, bandido que também está sendo procurado por outro caçador de recompensas, o coronel Douglas Mortimer. Ambos partem à procura de Indio mas, sem conseguir capturar o bandido nem um eliminar o outro, eles precisam decidir entre unir forças ou serem eliminados pela quadrilha de Indio. Já indiquei, neste espaço, um outro filme, Por um punhado de dólares, que compõe uma trilogia.130 minutos.
Frase da semana
"A população, no geral, não está aqui". Do vereador Antonio Braz do Nascimento, o Piuí, do PDT, em entrevista, após ter absolvido Félix na CP da Câmara, quando questionado sobre a pressão popular para que votasse pela cassação do prefeito afastado. Quarta-feira, 15, na Gazeta.
A prática do poder
Se não há fórmula mágica para o combate à corrupção, é quase impossível sua punição. Primeiro, porque ela não passa recibo e embora se saiba onde está sendo praticada, é difícil rastreá-la; segundo, porque há uma interação tão perfeita entre corrupto e corruptor, que a ação ganha contornos de normalidade e todos agem com tamanhã autenticidade, que o ciclo se completa com sorrisos de escárnio.
No ato da compra
Nas raras vezes em que há flagrante, e sempre pela delação de envolvidos que não receberam o que desejavam, os processos se arrastam em audiências de instrução e ao sabor de recursos judiciais de espertos advogados. E o dólar na cueca, o dinheiro sendo recebido frente a uma câmera escondida ou os benefícios a aliados políticos, muitas vezes alimentam sorrisos irônicos, que matam a cidadania.
Para completar a...
... história, resta apenas a vontade popular como força motriz para uma mudança. Mas que pode fazer a diferença. Para o político corrupto, além da merecida cadeia é preciso afastá-lo da fonte que o abastece. Para isso o melhor tribunal ainda se chama voto. Um exercício que podemos fazer já neste ano.
Ficha Limpa 2012
E o Supremo Tribunal Federal (STF) referendou e tornou os efeitos práticos da Lei da Ficha Limpa definitivos, que já valem para as eleições deste ano. Uma centelha de esperança, que pode ser mais um recomeço, dos tantos já tentados, no combate à própria corrupção. Candidatos com suas fichas sujas - e há aos montes - já estão fora do pleito de outubro. Um grande avanço, do qual não é mais possível retroagir. Muitos já estão ensaiando como farão suas despedidas.
Pergunta rápida
A vereadora Nilce Segalla (PTB) leu O Contrato Social, de Rousseau, além dos apontamentos de Bobbio e Nietzsche, para embasar seu relatório na CP?
Minha fantasia
É domingo de carnaval, e ainda não escolhi minha fantasia. Porém, acho até que ela já me escolheu, pois não consigo de forma alguma retirar do meu semblante essa caracterização de bobo da corte, que teima em seguir comigo. Não estou nem mesmo conseguindo olhar no espelho. Os guizos pendurados nas pontas do chapéu não me deixam esquecer, em nenhum momento, o quanto estão nos fazendo de bobos.
Máquina cheia
Na sexta-feira,17, pela manhã, na Senador Vergueiro, do lado oposto do Fórum, dirigi-me a um parquímetro para o estacionamento rotativo. Moeda a moeda, que ia colocando, era devolvida, sem consignar o horário desejado. Moedas novas, mais antigas, a máquina não aceitou nenhuma. Fui embora, deixei o carro estacionado, porém, não encontrei a notificação ao retornar. E se houvesse recebido uma, para pagar os R$ 8,00, pela ausência da cartela? Cadê a Hora Park?
Se você quer ler
Então não há como fugir da hit da semana. Minha sugestão de leitura é justamente o livro O Contrato Social (Du contrat social ou Principes du droit politique), considerada a obra prima do suíço Jean-Jacques Rousseau. Apesar de algumas teorias nele expostas serem consideradas ultrapassadas, em 1762, quando publicou seus escritos, Rousseau tinha uma visão da sociedade e do homem bem definida. Talvez a mais polêmica de suas teorias esteja na conhecida frase "o homem é naturalmente bom, mas a sociedade, regida pela política, é responsável pela sua degeneração", aceita por muitos e por outros apenas estudada como possibilidade. Rousseau, que viveu 66 anos, entre seu nascimento, em 1712, em Genebra e seu falecimento, em 1778, na França, foi dos mais importantes filósofos do iluminismo, além de teórico político e escritor. É sempre bom recomendar algumas obras, que foram responsáveis por nossa formação teórica.
Eu Recomendo!
Outro faroeste histórico e repleto de ação. Uma indicação apropriada para o fina de semana. Estou falando do filme Por uns Dólares a Mais (Per Qualche Dollare in Più, Itália, Mônaco, Espanha - 1965), dirigido por Sergio Leone. O elenco é composto pelos atores Clint Eastwood, Lee Van Cleef, Gian Maria Volonté, Mara Krupp, entre outros. E conta a história de um caçador de recompensas, Manco, que perambula pelas cidades do velho oeste sempre em busca de um novo alvo. Ele o encontra quando vê o cartaz de procurado do perigoso Indio, bandido que também está sendo procurado por outro caçador de recompensas, o coronel Douglas Mortimer. Ambos partem à procura de Indio mas, sem conseguir capturar o bandido nem um eliminar o outro, eles precisam decidir entre unir forças ou serem eliminados pela quadrilha de Indio. Já indiquei, neste espaço, um outro filme, Por um punhado de dólares, que compõe uma trilogia.130 minutos.
Frase da semana
"A população, no geral, não está aqui". Do vereador Antonio Braz do Nascimento, o Piuí, do PDT, em entrevista, após ter absolvido Félix na CP da Câmara, quando questionado sobre a pressão popular para que votasse pela cassação do prefeito afastado. Quarta-feira, 15, na Gazeta.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
E sobre a tal CP
O jogo foi jogado. Aberto. Sob os protestos com o resultado e com exposição clara de todos os personagens. Não há como negar, que apesar da desolação popular, venceu a maioria governista na Câmara. Estava explícito na expressão de cada um. Alguém acreditava em outra forma de tudo isso acabar?
Os meus escritos
Por favor, se alguém não leu, dê uma rápida passagem pelo meu artigo de terça-feira, 14, aqui neste espaço (O "dia D". De democracia). Irão perceber, lá, a semente que todo esse debate plantou na sociedade limeirense. O cidadão fez a parte dele. Dos outros personagens não havia muito mais o que esperar.
Início desatroso
O vereador Antonio Braz do Nascimento, o Piuí, expulso do PR e aninhado no PDT, em seu primeiro mandato, tem uma lição a aprender: não se tripudia sobre o povo. Tem todas as características de político de mandato único. De Almir e Nilce, não se esperava mais que o corporativismo político em torno de Sílvio Félix.
Será que fica??
Como julgamento político, qualquer resultado seria político. Como foi. Sob as investigações do MP e às barras dos tribunais, entretanto, é preciso lembrar que não há cor partidária. Félix, se continuar prefeito, deixa o cargo em 31 de dezembro deste ano. A partir de primeiro de janeiro de 2013 perde seu foro privilegiado como prefeito. O melhor e mais eficiente julgamento, entretanto, virá no dia 3 de outubro. E contra o voto popular não há liminar que reverta qualquer decisão.
E o PSDB de...
...Pedrinho Kühl está em cacos. Não conseguiu controlar seu vereador, o tucano Almir Pedro dos Santos, como ocorre há muito tempo. Vai ser preciso muita cola para juntar os pedaços. Confiou-se no mais governista entre até mesmo os governistas; ou foi ingênuo ou subestimou a fidelidade de Almir a Félix.
Português claro
Trata-se de um sentimento, hoje na boca do povo. Estou falando da palavra vergonha. Uma palavrinha interessante, e, que segundo o novo dicionário Houaiss da língua portuguesa, vergonha é um substantivo feminino, que significa: desonra que ultraja, humilha; opróbio; sentimento da própria honra, dignidade, honestidade; brio; sentimento penoso causado pela inferioridade, indecência ou indignidade; atitude ou situação indecorosa ou vexatória.
A última de hoje
Assim que vagar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, já tenho quem indicar. E que ficará muito bem trajando o fardão azul da ABL. Que o digam Norberto Bobbio, Friedrich Nietzsche e Jean-Jacques Rousseau.
O jogo foi jogado. Aberto. Sob os protestos com o resultado e com exposição clara de todos os personagens. Não há como negar, que apesar da desolação popular, venceu a maioria governista na Câmara. Estava explícito na expressão de cada um. Alguém acreditava em outra forma de tudo isso acabar?
Os meus escritos
Por favor, se alguém não leu, dê uma rápida passagem pelo meu artigo de terça-feira, 14, aqui neste espaço (O "dia D". De democracia). Irão perceber, lá, a semente que todo esse debate plantou na sociedade limeirense. O cidadão fez a parte dele. Dos outros personagens não havia muito mais o que esperar.
Início desatroso
O vereador Antonio Braz do Nascimento, o Piuí, expulso do PR e aninhado no PDT, em seu primeiro mandato, tem uma lição a aprender: não se tripudia sobre o povo. Tem todas as características de político de mandato único. De Almir e Nilce, não se esperava mais que o corporativismo político em torno de Sílvio Félix.
Será que fica??
Como julgamento político, qualquer resultado seria político. Como foi. Sob as investigações do MP e às barras dos tribunais, entretanto, é preciso lembrar que não há cor partidária. Félix, se continuar prefeito, deixa o cargo em 31 de dezembro deste ano. A partir de primeiro de janeiro de 2013 perde seu foro privilegiado como prefeito. O melhor e mais eficiente julgamento, entretanto, virá no dia 3 de outubro. E contra o voto popular não há liminar que reverta qualquer decisão.
E o PSDB de...
...Pedrinho Kühl está em cacos. Não conseguiu controlar seu vereador, o tucano Almir Pedro dos Santos, como ocorre há muito tempo. Vai ser preciso muita cola para juntar os pedaços. Confiou-se no mais governista entre até mesmo os governistas; ou foi ingênuo ou subestimou a fidelidade de Almir a Félix.
Português claro
Trata-se de um sentimento, hoje na boca do povo. Estou falando da palavra vergonha. Uma palavrinha interessante, e, que segundo o novo dicionário Houaiss da língua portuguesa, vergonha é um substantivo feminino, que significa: desonra que ultraja, humilha; opróbio; sentimento da própria honra, dignidade, honestidade; brio; sentimento penoso causado pela inferioridade, indecência ou indignidade; atitude ou situação indecorosa ou vexatória.
A última de hoje
Assim que vagar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, já tenho quem indicar. E que ficará muito bem trajando o fardão azul da ABL. Que o digam Norberto Bobbio, Friedrich Nietzsche e Jean-Jacques Rousseau.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
O "dia D". De democracia
Não pretendo escrever um tratado sobre a democracia. Muito menos exaltar um regime de governo que, sob todos os aspectos e desconfortos, é indubitavelmente o mais adequado à convivência humana. Ao pleno exercício da cidadania. O desconforto fica por conta daqueles que não aceitam as regras desse jogo e tentam se impor pela força, pelo grito e pela tirania. Os déspotas nada esclarecidos de nossos dias. Tem, entretanto, um objetivo claro de exaltar o momento, pelo qual Limeira atravessa e que hoje pode culminar com uma uma nova página na sua história política. Uma página ainda em branco, mas que deve estar carregada de tinta, assim que esse triste - porém necessário - episódio for concluído. Sob todos os seus aspectos. Políticos e legais.
Hoje será lido e votado o relatório final, do vereador Ronei Martins (PT), na comissão processante instaurada na Câmara, para apurar possível falta de decoro do prefeito afastado Silvio Félix (PDT), no qual será pedida - ou não - a cassação de seu mandato eletivo. Se por um lado há um claro anseio, quase uma aclamação mesmo, por um resultado mais que esperado do ponto de vista político, não podemos nos esquecer - e isso sim, merece ser comemorado - de que o amplo debate que se formou em torno do assunto, é consequência de uma mudança de postura da Mesa Diretora da Câmara, que permitiu e se abriu a esse debate, fruto da mobilização popular que vem se avolumando desde o último dia 24 de novembro, quando veio à tona todo esse escândalo, envolvendo familiares de Félix.
Embora, nítida e notadamente, haja desconforto de vários vereadores com essa situação, pois estavam acostumados ao estalar de dedos e aos berros descabidos de uma postura ditatorial e personalista, esse processo é irreversível. Ao se escancarar a porta às manifestações, que têm sido acima de tudo a esperada dentro de um comportamento civilizado, sem violência nem insultos ou ofensas, garantiram-se acima de tudo a transparência nas discussões e a lisura dos princípios democráticos e republicanos. Esse é o sinal que se espera de instituições de representação popular, como é o caso dos poderes legislativos. Neste caso uma Câmara Municipal.
Nada salutar é - como vinha ocorrendo - o fechar de portas e o emprego de força policial para proporcionar conforto momentâneo a quem não queria ser incomodado com pressões externas. A quem simplesmente desejava manter um status sobre falsos pedestais. Essa Câmara Municipal de Limeira, espera-se, não exista mais. Assim como aqueles ainda resistentes aos novos ares que sopram por lá, tenham aprendido a lição de que é preciso partilhar o poder, justamente com aqueles que lá os colocaram. Com os eleitores, os quais vou chamar de vontade popular. E qualquer que venha a ser o resultado final desse "julgamento" (que é imprevisível), ninguém, de forma consciente, pode deixar de comemorar. Que todos se lembrem desse "dia D". De democracia.
Hoje será lido e votado o relatório final, do vereador Ronei Martins (PT), na comissão processante instaurada na Câmara, para apurar possível falta de decoro do prefeito afastado Silvio Félix (PDT), no qual será pedida - ou não - a cassação de seu mandato eletivo. Se por um lado há um claro anseio, quase uma aclamação mesmo, por um resultado mais que esperado do ponto de vista político, não podemos nos esquecer - e isso sim, merece ser comemorado - de que o amplo debate que se formou em torno do assunto, é consequência de uma mudança de postura da Mesa Diretora da Câmara, que permitiu e se abriu a esse debate, fruto da mobilização popular que vem se avolumando desde o último dia 24 de novembro, quando veio à tona todo esse escândalo, envolvendo familiares de Félix.
Embora, nítida e notadamente, haja desconforto de vários vereadores com essa situação, pois estavam acostumados ao estalar de dedos e aos berros descabidos de uma postura ditatorial e personalista, esse processo é irreversível. Ao se escancarar a porta às manifestações, que têm sido acima de tudo a esperada dentro de um comportamento civilizado, sem violência nem insultos ou ofensas, garantiram-se acima de tudo a transparência nas discussões e a lisura dos princípios democráticos e republicanos. Esse é o sinal que se espera de instituições de representação popular, como é o caso dos poderes legislativos. Neste caso uma Câmara Municipal.
Nada salutar é - como vinha ocorrendo - o fechar de portas e o emprego de força policial para proporcionar conforto momentâneo a quem não queria ser incomodado com pressões externas. A quem simplesmente desejava manter um status sobre falsos pedestais. Essa Câmara Municipal de Limeira, espera-se, não exista mais. Assim como aqueles ainda resistentes aos novos ares que sopram por lá, tenham aprendido a lição de que é preciso partilhar o poder, justamente com aqueles que lá os colocaram. Com os eleitores, os quais vou chamar de vontade popular. E qualquer que venha a ser o resultado final desse "julgamento" (que é imprevisível), ninguém, de forma consciente, pode deixar de comemorar. Que todos se lembrem desse "dia D". De democracia.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Equívoco, desespero ou... falta de argumentos reais
Quando não se tem mais o que contar, inventa-se. Um equívoco bastante comum, que aos montes circulam pelos tribunais do País, na ânsia de se tentar reverter uma situação, que às vezes é irreversível. Quando não se tem mais como argumentar, cria-se fatos que, de tanto martelados, podem até parecer verdadeiros, porém não o são. Equivocam-se os que pensam que podem jogar ao bel prazer das ondas, barquinhos frágeis de papel que não resistem a uma simples marolinha na areia. A tentativa do prefeito afastado Silvio Féllix da Silva (PDT), em mirar sua artilharia em juízes e promotores, parece-me mais desespero de causa, do que uma defesa sólida, que lhe garanta fôlego no imbróglio arranjado por seus familiares. Antes de alardear ilegalidade em todo o processo, inclusive no que corre nos tribunais, Féllix deveria basear-se em fatos e provas, documentos que alega possuir, mas que não aparecem nunca. Se o silêncio é imperativo a todos os acusados, então não há como garantir uma defesa segura. É preciso que a inocência alegada seja comprovada, pois a culpa costuma se fortalecer no inaudível. Nesse silêncio.
Formar e informar
Os fatos estão sendo mostrados quase diariamente na imprensa, de forma clara e com amplas oportunidades para o outro lado falar também. O que é uma raridade. Oportunidades que são dadas pelos jornalistas que cobrem o tema, sempre desperdiçadas, não podem ser contestadas por Félix e família. A necessária coletiva de imprensa vai longe de acontecer. A tecla, infelizmente, é sempre a mesma.
Distorcer, jamais...
Uma única tecla, que tenta bater apenas no desacreditar do Judiciário e do Ministério Público. É pouco, muito pouco. Ainda não vi em nenhum lugar desmentidos categóricos por parte dos acusados, que insistem em ações de retaliação contra juízes e promotores. E tem sido recorrente, como a resposta a fatos e documentos, esses sim, exibidos pelos denunciantes. Só é preciso esclarecer e não tentar distorcer.
Um trabalho árduo
É sempre importante esclarecer, nesse caso - e quantas vezes forem necessárias - o papel da mídia em tudo isso. Que, diga-se, não é condenar e nem absolver ninguém ou insuflar atitudes ou movimentos. O nosso papel, tanto do ponto de vista factual como opinativo, é mostrar cotidianamente os acontecimentos, para que a opinião pública forme suas conclusões e, a partir delas, siga um ou outro caminho.
Um dia de reflexão
E o domingo, que deveria ser um dia de leitura amena, de lazer e entretenimento, acaba por se tornar necessário, também, para que tudo fique bem expllicado. Essa é a nossa missão maior. Informar e formar a opinião pública, para que ela possa, a seu modo, refletir e tirar suas próprias conclusões. Tapar o sol com a peneira, nunca.
A leitora reclama
Na coluna do último dia 2, comentei sobre os espaços públicos utilizados como showroom de estacionamentos para vender veículos, ou seja, vagas em ruas ou áreas verdes. Na quinta-feira, via Facebook, uma leitor assim escreveu: "Quanto às constatações de vagas no centro, creio que não é só por lá que está complicada. Precisei estacionar nas imediações da Rua Santa Josefa para levar meu marido ao médico e, além de naquela região também estar difícil achar vagas, muitas delas estão sendo ocupadas, no meu entender, por veículos para venda/revenda na rua e não no interior de estabelecimento para tal finalidade. Estão colocando os carros para negociação, com os respectivos banners afixados, nos espaços destinados às vagas". Taí o desabafo da leitora. Quem tiver competência, que resolva essa situação, que é recorrente por aqui.
Para rir ou para...
...chorar. Notícia incomum publicada na capa do UOL, na quinta-feira, dia 10. Veja apenas o abre da notícia: "O Tribunal de Justiça de São Paulo foi obrigado a tomar uma decisão incomum por falta de previsão legal: determinou prisão domiciliar a um morador de rua preso em flagrante acusado de furto. A solução encontrada pelo Judiciário criou mais um problema para o morador de rua. Ele pode ser preso a qualquer momento por não cumprir a decisão judicial de ficar em casa". Como comentar um assunto desses? Sinceramente não sei.
Pergunta rápida
Quando nossos legisladores criarão coragem e vergonha na cara para atualizar o nosso ultrapassado Código Penal?
Se você quer ler
Hoje vou de Graciliano Ramos e uma de suas obras-primas, dentre as tantas que escreveu. Não é bem um romance, mas um livro composto por 13 contos, sendo o primeiro o que dá o título à obra. Trata-se de Insônia. Como é um livro de contos não há, necessariamente, personagens, apenas passagens pelos textos curtos e geniais. Lembro-me de ter lido alguns deles em outros livros, em especial os didáticos da língua portuguesa do meu passado e longínquo grupo escolar e ginásio, hoje renomeados como ensino fundamental. Depois foi a obra toda, por isso estou recomendando. Como obras primas não têm validade de vencimento, essa é uma das que vale a pena perder o sono por ela. Boa leitura.
Eu Recomendo!
O filme que vou recomendar hoje foi exibido na última quinta-feira, à noite, pelo canal pago AXN. Trata-se de Os Últimos Passos de Um Homem (Dead Man Walking, EUA - 1995), dirigido por Tim Robbins. Traz no elenco nada mais nada menos que Susan Sarandon e Sean Penn, além de um elenco formado por Jack Black, Robert Prosky, Raymond J. Barry, R. Lee Ermey, Celia Weston, Lois Smith, Scott Wilson e Roberta Maxwell, entre outros. A história se passa em Louisiana, onde uma freira católica, interpretada por Susan Sarandon, torna-se uma guia espiritual, que passa a lutar pela vida de um homem (Sean Penn), que está no corredor da morte e está à espera da execução a qualquer momento, condenado que fora por ter assassinado dois adolescentes, sendo uma das vítimas uma jovem, que foi estuprada antes de morrer. Drama. 123 minutos de duração. Recomendadíssimo
Frase da semana
“Inegável que a simples soltura do acusado não se mostra apropriada, já que nada assegura que, em razão dos delírios decorrentes da certificada doença mental, não volte a cometer delitos”. Do desembargador Figueiredo Gonçalves, que é o relator do habeas corpus que pedia a soltura do morador de rua condenado à prisão domiciliar. No UOL Notícias-Cotidiano. Quinta-feira, 10.
Formar e informar
Os fatos estão sendo mostrados quase diariamente na imprensa, de forma clara e com amplas oportunidades para o outro lado falar também. O que é uma raridade. Oportunidades que são dadas pelos jornalistas que cobrem o tema, sempre desperdiçadas, não podem ser contestadas por Félix e família. A necessária coletiva de imprensa vai longe de acontecer. A tecla, infelizmente, é sempre a mesma.
Distorcer, jamais...
Uma única tecla, que tenta bater apenas no desacreditar do Judiciário e do Ministério Público. É pouco, muito pouco. Ainda não vi em nenhum lugar desmentidos categóricos por parte dos acusados, que insistem em ações de retaliação contra juízes e promotores. E tem sido recorrente, como a resposta a fatos e documentos, esses sim, exibidos pelos denunciantes. Só é preciso esclarecer e não tentar distorcer.
Um trabalho árduo
É sempre importante esclarecer, nesse caso - e quantas vezes forem necessárias - o papel da mídia em tudo isso. Que, diga-se, não é condenar e nem absolver ninguém ou insuflar atitudes ou movimentos. O nosso papel, tanto do ponto de vista factual como opinativo, é mostrar cotidianamente os acontecimentos, para que a opinião pública forme suas conclusões e, a partir delas, siga um ou outro caminho.
Um dia de reflexão
E o domingo, que deveria ser um dia de leitura amena, de lazer e entretenimento, acaba por se tornar necessário, também, para que tudo fique bem expllicado. Essa é a nossa missão maior. Informar e formar a opinião pública, para que ela possa, a seu modo, refletir e tirar suas próprias conclusões. Tapar o sol com a peneira, nunca.
A leitora reclama
Na coluna do último dia 2, comentei sobre os espaços públicos utilizados como showroom de estacionamentos para vender veículos, ou seja, vagas em ruas ou áreas verdes. Na quinta-feira, via Facebook, uma leitor assim escreveu: "Quanto às constatações de vagas no centro, creio que não é só por lá que está complicada. Precisei estacionar nas imediações da Rua Santa Josefa para levar meu marido ao médico e, além de naquela região também estar difícil achar vagas, muitas delas estão sendo ocupadas, no meu entender, por veículos para venda/revenda na rua e não no interior de estabelecimento para tal finalidade. Estão colocando os carros para negociação, com os respectivos banners afixados, nos espaços destinados às vagas". Taí o desabafo da leitora. Quem tiver competência, que resolva essa situação, que é recorrente por aqui.
Para rir ou para...
...chorar. Notícia incomum publicada na capa do UOL, na quinta-feira, dia 10. Veja apenas o abre da notícia: "O Tribunal de Justiça de São Paulo foi obrigado a tomar uma decisão incomum por falta de previsão legal: determinou prisão domiciliar a um morador de rua preso em flagrante acusado de furto. A solução encontrada pelo Judiciário criou mais um problema para o morador de rua. Ele pode ser preso a qualquer momento por não cumprir a decisão judicial de ficar em casa". Como comentar um assunto desses? Sinceramente não sei.
Pergunta rápida
Quando nossos legisladores criarão coragem e vergonha na cara para atualizar o nosso ultrapassado Código Penal?
Se você quer ler
Hoje vou de Graciliano Ramos e uma de suas obras-primas, dentre as tantas que escreveu. Não é bem um romance, mas um livro composto por 13 contos, sendo o primeiro o que dá o título à obra. Trata-se de Insônia. Como é um livro de contos não há, necessariamente, personagens, apenas passagens pelos textos curtos e geniais. Lembro-me de ter lido alguns deles em outros livros, em especial os didáticos da língua portuguesa do meu passado e longínquo grupo escolar e ginásio, hoje renomeados como ensino fundamental. Depois foi a obra toda, por isso estou recomendando. Como obras primas não têm validade de vencimento, essa é uma das que vale a pena perder o sono por ela. Boa leitura.
Eu Recomendo!
O filme que vou recomendar hoje foi exibido na última quinta-feira, à noite, pelo canal pago AXN. Trata-se de Os Últimos Passos de Um Homem (Dead Man Walking, EUA - 1995), dirigido por Tim Robbins. Traz no elenco nada mais nada menos que Susan Sarandon e Sean Penn, além de um elenco formado por Jack Black, Robert Prosky, Raymond J. Barry, R. Lee Ermey, Celia Weston, Lois Smith, Scott Wilson e Roberta Maxwell, entre outros. A história se passa em Louisiana, onde uma freira católica, interpretada por Susan Sarandon, torna-se uma guia espiritual, que passa a lutar pela vida de um homem (Sean Penn), que está no corredor da morte e está à espera da execução a qualquer momento, condenado que fora por ter assassinado dois adolescentes, sendo uma das vítimas uma jovem, que foi estuprada antes de morrer. Drama. 123 minutos de duração. Recomendadíssimo
Frase da semana
“Inegável que a simples soltura do acusado não se mostra apropriada, já que nada assegura que, em razão dos delírios decorrentes da certificada doença mental, não volte a cometer delitos”. Do desembargador Figueiredo Gonçalves, que é o relator do habeas corpus que pedia a soltura do morador de rua condenado à prisão domiciliar. No UOL Notícias-Cotidiano. Quinta-feira, 10.
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