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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Competir... e vencer. Tripudiar jamais!

O esporte deve, sempre, apesar do seu espírito competitivo, que leva da euforia da vitória à tristeza das derrotas, fomentar a educação para a cidadania. Mostrar que o campo de batalhas é igual para todos, mas a alegria da conquista não deve nunca ultrapassar os limites do respeito. Fazer graça, cantar, sorrir, gritar, dançar e inventar coreografias fazem parte de cada espetáculo, principalmente dos chamados esportes coletivos, nos quais a competição é entre equipes. Exibir-se como senhor das armas para calar na arrogância o contendor abatido é um convite claro à revanche. Um perigo de desforra inconsequente, que vai alimentar a antiesportividade. E é, o futebol, o maior exemplo dessa natureza criativa e que, infelizmente, às vezes, extrapola o aceitável. Quem é da área sabe que os ídolos servem de exemplos, principalmente às crianças e adolescentes. Normalmente são imitados nos gestos, nos trejeitos e até no vestir ou corte de cabelo. São suas atitudes em campo, entretanto, que moldam as personalidades em formação. Um perigo que deve ser ensinado, principalmente nas chamadas escolinhas de futebol.

Exemplos reais
Estamos hoje entrando pela segunda rodada da Copa Gazeta 2011. Como parte da equipe de cobertura nas categorias menores, presencio essa influência - às vezes negativa - que esses ídolos têm sobre essas crianças. São meninos, em formação, que precisam de muita atenção, para que entendam seus limites. Além de ensinar as técnicas do bom jogo, é necessário ainda uma preparação psicológica a esses garotos.

No lar também
Os pais também precisam participar dessa formação, que irá definir o caráter e a personalidade do adulto depois. E às vezes isso também não acontece. Em conversa com um auxiliar de arbitragem, ele me revelou que pefere bandeirar um jogo de rivalidade forte entre adultos a partidas entre times infantis. "O que alguns pais e mães dizem na arquibancanda não tenho nem coragem de dizer", disse-me. É para refletir!

Faltou previsão?
que o assunto é futebol, a atitude o prefeito Silvio Félix (PDT) em ordenar a liberação do gramado do Limeirão para fãs de um show gospel na última quinta-feira causou mal-estar junto a esportistas. Na sexta-feira, a informação é que houve superlotação - acima dos 6 mil ingressos distribuídos - inesperada e para evitar riscos aos presentes a ordem foi dada. Deveria ter sido previsto. Sou visceralmente contrário a shows em estádios de futebol que não tenham estrutura para isso. Que não sejam arenas multiuso

Para quem pode
O passeio do helicóptero da Receita Federal pelos ares de Limeira, na última quinta-feira, deixou muita gente preocupada. É que os técnicos de arrecadação farão um mapeamento para descobrir a sonegação de informações, em especial de condomínios de luxo, onde proprietários declaram apenas terrenos, mas constroem verdadeiras mansões. Tem muito espertinho que vai ter de tirar o escorpião do bolso. Inclusive pagar atrasados sobre bens não declarados.

Lógica correta
A ação da Receita é justa, pois é sabido que estão entre as classes mais abastadas os maiores devedores. E nada mais exemplar do que cobrar de quem realmente pode - e deve - pagar. Em Piracicaba, onde teve início esse tipo de operação, teve muita gente correndo à sede da Receita Federal para regularizar a situação. Não deve ser diferente por aqui também.

Pergunta rápida
Será que haverá filas também na Receita Federal em Limeira?

Vizinhos felizes...
Cordeirópolis amanheceu em festa na última quinta-feira. Pois teve a concretização do investimento de mais de US$ 1 milhão e cerca de 100 novos postos de trabalho com a inauguração da unidade industrial da Inteva. Que contou inclusive com a presença do vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos.

Estatística ruim
Para quem não se recorda - ou não sabia - a Inteva foi uma das empresas que trocou Limeira por Cordeirópolis, assim como outras se mudaram daqui para Iracemápolis. E foram várias, ao longo dos últimos sete a oito anos. Na ponta do lápis, hoje a conta entre saídas e chegadas deve estar mais positiva para Limeira. Seria interessente, entretanto, que o prefeito Silvio Félix também divulgasse essa migração de investimentos e explicasse, com muita clareza, por que isso acorreu. Com certeza não foi apenas estratégia desses grupos industriais.

Se você quer ler
Um clássico de um escritor clássico. Quem ainda não leu, deveria ler, questionando-se sobre as críticas que o livro expressa. Estou falando do livro O retrato de Dorian Gray, do escritor irlandês Oscar Wilde, que viveu no século XIX. Dorian Gray, rapaz belo e da alta sociedade inglesa, posa para um amigo pintor e, quando vê o retrato pronto, ele imediatamente exprime o desejo de trocar de lugar com a própria pintura, pois assim não envelheceria, continuando eternamente jovem. Seu desejo é atendido e, enquanto o retrato vai envelhecendo, seu rosto continua jovem e sua vida sofrerá muitas mudanças. O livro foi publicado originalmente em 1890 em uma revista e, posteriormente, o próprio autor fez algumas mudanças, publicando-o em forma de romance, em 1891.

Eu Recomendo!
Mais um clássico do mestre do suspense, Alfred Hitchcock. E dos bons. Trata-se de A Sombra de uma Dúvida (Shadow of a Doubt, EUA - 1943). Traz no elenco Henry Travers, Joseph Cotten , Teresa Wright, Macdonald Carey, Patricia Collinge, Hume Cronyn e Wallace Ford. Suspense de 108 minutos que narra a história de um criminoso, Charlie Oackley, que seduz e mata viúvas. E para fugir da polícia vai visitar sua irmã Emma, que vive com seu marido e sua filha Charlie que, com a convivência, começa a cada dia mais desconfiar de que seu tio não é realmente a pessoa que diz ser.

Frase da semana
"Todo fundamentalismo é perigoso, seja quando se trata de religião, política, economia, nacionalismo ou até em temas prosaicos, como futebol e música". Zeca Baleiro, cantor e compositor, em seu artigo na revista semanal IstoÉ. Quarta-feira, 16/11.

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