Pages

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um tiro no escuro. E à queima-roupa!

A manchete desta Gazeta do último dia 22, sobre a morte de uma mulher de 33 anos - confirmada pelos setores competentes da Saúde municipal - por salmonelose, é de causar arrepios. E deveria indignar tanto quanto o mais bárbaro dos crimes. Até mesmo ser enquadrado penalmente como homicídio, pelas suas características e tipicamente qualificado pela impossibilidade de defesa da vítima. A causa? Alimento contaminado! Em algum momento, entre o período da contaminação, incubação da bactéria e sintomas, ela ingeriu, aqui em Limeira (ela teria consumido marmitex antes dos primeiros sintomas) ou em outro estado do País, onde ela esteve por alguns dias, segundo confirmação da Secretaria da Saúde e se alimentou com comida contendo uma das mais agressivas bactérias que atacam o trato intestinal, a salmonela, que pode ser encontrada em produtos de origem animal, principalmente ovos, carnes, leite e derivados entre outros.
O que causa essa contaminação? Falta de higiene. Simples, assim. Falta de higiene no trato e manuseio dos alimentos, que pode ter inclusive origem dentro da própria casa, se as mais tradicionais e conhecidas práticas da boa higienização e cozimento desses alimentos forem observadas. Todo o cuidado é pouco. Essas "boas práticas" entretanto, não é o foco deste artigo. Isso vai da consciência de cada um, desde cedo, quando aprende a lavar as mãos. O que está em foco, aqui, são as causas e origens dessa morte inocente. Mais uma entre tantas outras, que ocorrem diariamente no trânsito, por homicídios ou até mesmo outros tipos de doenças e contaminações.
Principalmente porque a Vigilância Sanitária apreendeu alimentos fora do prazo de validade, em estabelecimentos comerciais de Limeira ainda há pouco. De supermercados a padarias. Isso é grave. É extremamente grave e carece de uma divulgação ampla e sem hesitação. E de multas pesadas e até mesmo cassação de alvarás desses locais, independentemente do seu porte ou nome e sobrenome. É a saúde pública que está em jogo e, nesse caso, de forma absurdamente irresponsável de quem deveria ter o mínimo cuidado - ou melhor, o máximo, mesmo - com o que comercializa. Com os riscos aos quais estão expondo o consumidor, que confia na marca do produto e de quem o vende. De balcões frigoríficos velhos e enferrujados a gôndolas refrigeradas sem termostados, os supermercados são useiros e vezeiros dessa prática. Fiscalização rigorosa e competente é, no mínimo, o que se pede a quem de direito. E menos ganância com os lucros de alguns empresários inescrupulosos.
Quanto ao caso da morte por salmonelose, ela soa tanto inacreditável e ao mesmo ridícula, que serve como um alerta claro de que a falta de higiene é tão perigosa quanto uma arma de fogo. E tem muita gente com o dedo nesse gatilho. Que pouco está se importanto em quem vai acertar o tiro. É preciso olho neles!

0 comentários: