Uma lição que se aprende em casa

Esta Gazeta traz, hoje, as nove redações que obtiveram o primeiro lugar, entre as 45 premiadas deste ano, no Prêmio Literário Gazeta de Limeira. Tema difícil e de certo grau de complexidade para sua discussão, porém muito bem trabalhado por todos aqueles que tiveram suas redações escolhidas e passaram, posteriormente, pelo crivo de uma comissão julgadora bastante exigente. “Revendo os valores morais na vida em sociedade” foi o tema deste ano. E quem lê as redações hoje aqui publicadas - e leu as demais concorrentes - vai chegar à mesma conclusão que cheguei: o valor moral de cada um é formado dentro de casa, no seio da família, que dá o start à formatação do caráter de cada um. Cada estudante participante desta 21ª edição do Prêmio também partiu dessa premissa e discorreu em torno das próprias experiências que traz consigo da sua convivência familiar. E que é o local exato onde tudo deve começar. Mais que escolher os melhores escritos, a grande lição deste ano foi e está sendo a capacidade desses estudantes, do ensino fundamental ao médio, de participar desse difícil debate.

Aptos ao debate
Outra - e principal - lição dessa "lição de casa" proporcionada por este jornal, mais uma vez, é a comprovação de que a criança, o adolescente e o jovem estão conscientes daquilo que querem para si próprios e para a própria convivência em sociedade. Ao entenderem o recado proposto pelo tema da redação deste ano, mostraram-se conhecedores de suas obrigações e de seus direitos, que passam pelo limite da responsabilidade.

O complemento
Ora, se o exemplo vem da célula familiar, a discussão tem que continuar. E nada melhor que o ambiente escolar para essa sequência, que vai acabar contribuindo para a formação do caráter de cada cidadão. Costumo dizer que estamos vendo brotar uma geração responsável - em certos casos, até conservadora mesmo - que pode e deve ser uma agente transformador do seu próprio meio. Isso é o que todos nós queremos. De verdade!

Futuro próspero
O prêmio é uma consequência. A participação é fundamental. Por isso, parabéns a todos os estudantes que escreveram seus pensamentos. Vocês foram nota dez!

Do e-mail para...
...o correio. Enquanto estava escrevendo esta coluna, não havia recebido praticamente nada da correspondência parada nos Correios por conta da greve, que terminou há duas semanas. O que recebi, até agora, foi secundário. Das correspondências que precisaria ter recebido, até o momento, nem sinal...

Seleção correta
Espera-se que, pela experiência que os separadores de correspondências tenham, eles consigam detectar o que é e o que não é prioritário. Então...

Ritual antiquado
Servir-se da boa fé do cidadão e roubar-lhe a esperança com promessas impossíveis, há muito caiu de moda. Quem estiver pensando em ressuscitar essa odiosa prática, que se prepare para enfrentar turbulências. Já pela segunda década do Século XXI, não dá para acreditar nesse tipo de mesquinharia.

Pergunta rápida
Quanto custa fabricar uma boa imagem política na mídia?

Se você quer ler
Tenho, nestes últimos dias, falado muito de palhaços e Palhaços. E nada melhor, então, que indicar um livro de um palhaço. De um palhaço verdadeiro, diga-se. E dos bons. Estou falando de Waldemar Seyssel, ou melhor, o Palhaço Arrelia, que escreveu e publicou, em 1977 um livro de memórias. Trata-se de Arrelia e o Circo, da Editora Melhoramentos. Participei (e tenho um livro seu autografado) de uma das noites de autógrafos de Seyssel. No livro ela narra, também, muitas viagens turísticas que fez com a família pela Europa, EUA, Argentina, México, entre tantos outros países. Descontraído e leitura para diversão e boas gargalhadas.

Eu Recomendo!
Hoje vai aqui uma sugestão, a mim passada pelo amigo Gu Tigers. Trata-se do filme Duro de Matar (Die Hard, EUA-1988), estrelado por Bruce Willis. Trata-se do primeiro e até agora melhor da série, que já tem o 2, 3, 4.0, e que vai se encaminhando para o quinto. Dirigido por John McTiernam, traz ainda no elenco Bonnie Bedelia, Reginald VelJohnson, Paul Gleason, De'voreaux White, William Atherton, Hart Bochner, James Shigeta e Alan Rickman. E conta a história do policial John McClane, que é um detetive de Nova York que vai para Los Angeles ao encontro da mulher, mas ao chegar no prédio onde ela trabalha, percebe um assaltado sendo realizado no edifício por um bando de terroristas e decide atrapalhar seus planos para resgatar sua mulher. Ação em 127 minutos.

Frase da semana
"Virar a página do passado é conveniente não para esquecê-lo, mas não deixarmo-nos aprisionados para sempre". Do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) sobre a aprovação, no Senado, da lei que cria a Comissão da Verdade. Na Folha.com - Poder. Dia 26, quarta-feira.