As cenas de uma câmera de segurança, exibindo adolescentes destruindo mudas de árvores recém-plantadas na Avenida Comendador Agostinho Prada, mostrada por esta Gazeta, com exclusividade, na última sexta-feira, é a mais pura e triste imagem da inversão de valores de nossa sociedade. Enquanto o preservacionismo é o tema do momento, jovens em bando, sentido-se no direito de destruir o patrimônio público, cujo dinheiro que o custeou saiu dos bolsos dos próprios pais, é de provocar calafrios. Se as imagens reproduzidas em fotos são chocantes, o vídeo é mais estarrecedor ainda. Embora essas imagens estejam em poder da polícia, tenho dúvidas de que esses jovens sejam identificados e seus pais responsabilizados. Posso estar enganado, mas o assunto terá o mesmo final de tantas outras denúncias que a mídia produz. A questão, entretanto, não é a ação - ou a falta dela - das autoridades, mas sim a dos próprios jovens, que sem saber que estavam sendo filmados, se divertiam com o estrago que provocavam. Está, mais uma vez, comprovada a falta de políticas públicas voltadas à juventude limeirense. Triste!
Ausência total
É verdade que toda essa energia empregada na destruição, como se fosse diversão, vai além de um simples "ocupar de tempo" desses adolescentes. Passa pela sua formação familiar, complementada pela escola, e por aí afora. Uma situação puxa a outra. Não se pode, entretanto, eximir a falta de interesse do poder público em cumprir o seu papel nesse cenário todo. É preciso chamar à responsabilidade suas próprias deficiências.
E faz-de-conta
Por isso me revolto - e a sociedade deve se revoltar também - sempre que vejo um vereador propondo leis restritivas. É desfocar da realidade. É buscar o caminho mais fácil, descompromissado com ações práticas e que demandem a capacidade desse poder público como gestor de soluções. Remediar é muito mais cômodo do que prevenir. A questão é o efeito colateral do remédio, às vezes pior que todo o seu poder terapêutico.
Marketing dúbio
Tentar explicar o inexplicável é zombar da inteligência do cidadão. É chamá-lo de estúpido e, ainda por cima, tripudiar sobre o seu discernimento em certas situações. Insistir nessa estratégia é assinar um colossal atestado de incompetência. Iludir a opinião pública já não é tão bom negócio assim!!!
Dito e assumido!
Continuo com minha promessa de não falar mais nada, nem mesmo criticar, o sistema de semáforos em Limeira. Assumi publicamente esse compromisso com o secretário Rodrigo Oliveira, durante o programa A Voz do Povo, de Osvaldo Davoli. Comentei, em minha participação, que não tocaria mais no assunto, até todos os problemas de sincronia, onda verde, etc, serem sanados. Vou continuar com meu silêncio, esperando pelo sinal verde!
Tem algo no ar...
Não sou dado a previsões políticas. Não tenho bola de cristal, e é uma das áreas do conhecimento humano onde mais se erra. Pouco ou quase nada se acerta, quando se tenta adivinhar, tamanha é a flexibilidade (interesses) dos políticos. Tenho opinião formada sobre o assunto. Sinto, entretanto, que o imprevisível está por acontecer. Tenho acompanhado, como observador, uma situação que pode estar mudando. E se mudar, como imagino, vai pegar muita gente de surpresa. Ainda é cedo para qualquer anúncio, mas minha percepção tem me indicado esse caminho. A cada dia que passa. Vou apenas deixar no ar!
Com muito sabor
A Uniap - Unidade de Apoio aos Portadores de Câncer - de Limeira promove, no próximo dia 15 de novembro, o Dia da Pizza. O preço, por um dos quatro sabores oferecidos na campanha, é de R$ 15,00. Mais informações pelo fone (19) 3441-6724. O endereço da entidade é Rua Tenente Belizário, 555, Centro. Conheça a Uniap, através do site www.uniap.org.br
Pergunta rápida
O que é mais fácil: tapar o sol com peneira ou enxugar uma pedra de gelo?
Se você quer ler
Mestre dos contos e falecido recentemente, Dalton Trevisan, paranaense nascido em Curitiba, deixou um legado literário ímpar. Tem em "O Vampiro de Curitiba" o seu mais conhecido - senão o mais celebrado - livro. Porém, dois de seus livros, O Pássaro de Cinco Asas e A Trombeta do Anjo Vingador (reunidos em um único volume) são os exemplos mais contundentes de sua obra. Vale a pena uma passada por essas obras, para acompanhar como Trevisan - o "vampiro" de Curitiba, que foi por muito tempo um codinome - desenvolve sua narrativa, levando sua experiência no jornalismo, tanto como repórter policial como crítico de cinema, aos seus livros. Interessante e arrebatador. Boa leitura!
Eu Recomendo!
Mais um filme do grande mestre Carlitos. De sua melhor fase. Trata-se de Luzes da Cidade (City Lights, EUA-1931), dirigido pelo próprio Charles Chaplin. Além do próprio Chaplin, o elenco tem ainda Virginia Cherrill, Florence Lee, Harry Myers, Hank Mann, T.S. Alexander e Al Ernest Garcia. A história mostra um vagabundo (Chaplin), que impede um homem rico (Harry Myers) que, bêbado, tenta se matar. Grato, ele o convida o vagabundo à sua casa, tornando-se seu amigo, mas assim que fica sóbrio esquece o que aconteceu e trata o vagabundo de forma diferente. Paralelamente, o vagabundo se interessa por uma florista cega (Virginia Cherrill), a quem tenta ajudar a pagar o aluguel atrasado e restaurar a visão, e que pensa que seu benfeitor é um milionário. Comovente. 87 minutos.
Frase da semana
"Não tem para onde a água da chuva escorrer. A ponte não tinha sido inaugurada". Do secretário de Obras, Celso José Gonçalves, após o surgimento de rachaduras e valetas no asfalto da ponte na Limeira-Cordeirópolis, aberta ao tráfego há menos de dez dias. Na Gazeta. Quinta-feira, 20.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário