...vai começar! Ou já começou? O título deste artigo pode soar um pouco forte. Pecaminoso até. Carregado de significados com interpretações as mais variadas possíveis. Que vão depender do ponto de vista de quem quiser entendê-los. Partem da intenção dos que pleiteiam uma vaga como candidato a político; passa pela propaganda corpo a corpo, quando ele se apresenta ao eleitor, até as condutas pouco lícitas para chamar a atenção e ganhar o voto, que vai lhe garantir o mandato.
A própria palavra assédio, em si mesma, traz conotações pesadas por aquilo que expressa. Que está nos dicionários. Como nos ensina Houaiss, em seu “novíssimo” dicionário da língua portuguesa (atualizado com a nova ortografia), assédio é um substantivo masculino e tem dois sinônimos: o primeiro trata-se de “operação militar, ou mesmo conjunto de sinais ao redor ou em frente de um local determinado, estabelecendo um cerco com a finalidade de exercer o domínio”; e, o segundo, um sentido figurado, que quer dizer “insistência impertinente, perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém”. E é sobre esse último que vamos delinear este artigo. Essa “insistência impertinente” que leva ao inevitável ‘tapinha nas costas’, tão comum nesses tempos de caça ao voto.
É que o mês de junho, além de seus santos e suas festas é, também, decisivo no processo eleitoral que se desencadeará daqui para frente até o dia 3 de outubro, quando o País vai às urnas para escolher seus representantes - ou agentes políticos, para ser mais exato - em dois níveis de poder: o estadual e o federal. E por que junho? Porque é o limite para a escolha dos nomes, que irão compor as chapas de cada partido e que serão apresentadas ao eleitor. É quando o pré-candidato deixa de existir, dando lugar ao candidato propriamente dito. As regras da propaganda eleitoral ficam mais rígidas e começa a se esboçar o tom da campanha.
Um verdadeiro divisor de águas, que vai apontar para dois sentidos ou nenhum deles. Vai mostrar quem é - e está - na situação; quem é - ou está - na oposição. Ou então está no “tanto faz, como tanto fez”, apenas buscando espaço nesse tabuleiro de cores vivas, de um jogo de xadrez de todos contra todos.
Tenho participado de eventos sociais e corporativos e de algum tempo para cá, e mesmo antes do prazo inicial do calendário eleitoral (10 de junho), que deu partida às convenções, o metro quadrado de solo tem sido disputado intensamente por prováveis - ou pretensos - candidatos, com o evidente sorriso de quem está flertando com intenções de namoro. E nesse caso, quanto mais metro quadrado o interessado somar em suas deslocações de festas de casamento, jantares comemorativos, festas religiosas, ou até mesmo nos domingos em praça pública, maior a possibilidade de um resultado positivo. Ou então afastar de vez o pretendente ao casamento. Que ninguém duvide que daqui para frente essa legião só tende a aumentar. Ia me esquecendo: com ‘tapinha nas costas' e tudo o mais!
Antonio Claudio Bontorim
terça-feira, 15 de junho de 2010
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