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terça-feira, 9 de junho de 2015

Considerações políticas. E outras histórias



Ainda é cedo para arriscar qualquer palpite, que possa ter alguma garantia – a mínima que seja – de estar cravando no acerto. A futurologia política, na maioria das vezes, se mostra tão volátil quanto uma bolha de sabão, que ao primeiro acariciar da brisa se desmancha sem qualquer resistência. Nesse processo todo, apenas uma situação já é 100% certa: os movimentos de bastidores. Falta tempo ainda, dirão os mais céticos. Até outubro, quando  estará a um ano das eleições municipais, e data limite para que as definições sejam concretizadas, muita água passará por debaixo da ponte. Em correnteza ou mansamente. Ou em turbilhão, colocando em risco até mesmo a ponte. As expectativas, entretanto, são de que haverá uma disputa acalorada e muita gente chamuscada. O silêncio é muito mais barulhento do que se pode imaginar e ninguém é ingênuo para acreditar no conforto que ele representa. Ninguém fica quieto por acaso e é justamente isso que mais preocupa, quando se sabe que o jogo será duro. E pode ser até desleal, em se tratando de mudanças ou de manutenção do status quo.
Por enquanto, só mesmo o espalhafato pelas redes sociais mostra quem é quem e como deverá ser a disputa, quando outubro de 2016 chegar. Sem levar em consideração o que dizem e escrevem os internautas vinculados, de alguma maneira, a esse ou aquele partido, o que reforça evidente manipulação de opinião, tanto de um lado quanto do outro, o importante mesmo é saber ler o que vai pelas entrelinhas, que dão significados mais contundentes ao pensamento ideológico de cada um. Se é que se podem avaliar ideologias, quando na realidade são meros interesses disfarçados.
Que ninguém se iluda com a deterioração política e administrativa dos atuais ocupantes do Edifício Prada ou de cada uma das cadeiras no Legislativo, que a memória curta se encarrega de provar o contrário. O tempo cura feridas e apaga lembranças. E, que ninguém se iluda, também, porque essa aparente tranquilidade nada mais é do que um esconderijo eficaz para o planejamento que está em curso. Ninguém está dormindo em berço esplêndido, apenas preparando munição pesada para a batalha que está por vir. Tem muita gente acreditando que já está chutando cachorro morto, quando ele está se fingindo de morto, apenas esperando para se levantar e morder. Há, ainda, quem avance o sinal vermelho, sem levar em consideração o amarelo, que pede atenção. A luz não está tão verde como pensam.
Aos mais afoitos, um lembrete: quem faz a máquina funcionar deve estar atento à sua lubrificação. E para que ninguém chegue areia às engrenagens. E se alguém pensa que ela não está protegida vai dar com os burros n’água. Há muito essa máquina vem sendo abastecida e recebendo o melhor lubrificante. E pode surpreender os que estão apostando o contrário. Se há ferrugem, é apenas superficial.     



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