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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Jô Soares e nós
Inusitado. Para não dizer curioso. Assim pode ser definida uma Moção de Congratulações, protocolada na segunda-feira pelo vereador Júlio César Pereira dos Santos (DEM). Ele quer homenagear o humorista, escritor e apresentador de TV Jô Soares, pelos 25 anos do seu talk-show, que passou por várias emissoras e hoje está na Globo. Emblemática, a moção.

E se for ironia...
Das duas, uma. Ou é mais uma daquelas moções para ganhar mídia mesmo ou, então, uma ironia, tendo em vista a situação política atual da Câmara, onde a situação passa como um rolo compressor sobre a oposição. E apesar de a democracia contemplar a vontade da maioria – como é o caso do grupo situacionista – não custa refletir se estamos mesmo numa democracia. Ou seria a ditadura da maioria?

Menos, menos
Na década de 1970, no auge da ditadura militar, o jornal O Estado de S. Paulo publicava receitas de bolo em suas páginas de editoriais, para mostrar como funcionava a censura. Se a intenção do vereador foi essa, penso que foi brilhante; uma sátira mordaz ao “establishment”. Se for, de fato, uma moção desinteressada, de um fã do Jô Soares, penso que há temas muito mais sérios a serem discutidos.

Que diferença!
O que há de gente comemorando a postura do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a execução imediata das penas dos mensaleiros condenados pelo STF, é uma festa. São os mesmos que comemoravam quando o procurador-geral era Geraldo Brindeiro, que engavetava as denúncias contra o governo FHC e ficou conhecido como “engavetador-geral”. Esquecer a história parece ser uma conveniência para os tucanos.

Assim é que é
Janot está cumprindo com o dever que seu cargo lhe impõe, independentemente de quem o tenha indicado. Geraldo Brindeiro sempre foi um eterno agradecido a FHC, blindando-o (sem trocadilhos) sempre das ações contra o governo. Engavetando todas elas.

A última de hoje

Na coluna do próximo domingo estarei tratando da Ouvidoria da Câmara, anunciada pelo vereador Ronei Martins (PT), presidente da Casa. E que já foi batizada de “Disque-Câmara".

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