Depois da fumaça produzida com a história da TV Câmara – muita fumaça
sem fogo - e nesse caso sou voz dissonante e entendo que o assunto não
deveria ter sido retirado da pauta de debates nesse momento, uma semana
para se fortalecer com uma agenda positiva. Tanto para o vereador Ronei
Martins (PT) quanto para a própria Câmara, à qual preside. Aa criação da
Ouvidoria Parlamentar, disponibilizando canais de comunicação para que a
população possa participar com críticas, sugestões – e até mesmo
elogios – aos próprios vereadores e também à atuação do Poder
Legislativo municipal. Essa é uma iniciativa interessante e propícia ao
momento atual da política limeirense, que vem demonstrando a
insatisfação da população, através das denúncias diárias veiculadas na
mídia convencional e através das redes sociais. Se a premissa do
vereador Ronei, de que “político bom é político vigiado” vingar, a
Ouvidoria estará prestando um papel relevante à sociedade, que poderá
pautar a atuação de cada parlamentar, direcionando-o fiscalizar o Poder
Executivo com mais intensidade. O voto também fala. E muito.
O convite público
O mais importante dessa iniciativa é que transforma o cidadão em
protagonista da cena política, à medida em que ele possa levar seu
descontentamento e sua reprovação à maneira de atuar de cada vereador. É
um chamado que ninguém poderá se recusar a ouvi-lo, sob pena de perder a
razão em sua própria crítica. E pode ser considerada, também, uma um
xeque-mate a argumentos políticos. E vazios.
Uma ação cidadã
É preciso, entretanto, que o limeirense deixe a comodidade de lado e
parta para uma ação efetiva e participativa nesse processo, junto à
Ouvidoria Parlamentar, que eu sugeriria até em nomeá-la como Ouvidoria
Legislativa. O nome aqui é o que menos importa, entretanto, se ela for
bem utilizada e traga as devidas respostas de todos os 21 parlamentares,
que hoje compõem o quadro da Câmara Municipal.
Ouvir... entender
Se de fato houver a devida participação popular, no sentido de buscar
cada vereador, seja pessoalmente ou pelos canais disponibilizados pela
Ouvidoria, será preciso que o retorno também seja efetivo, para não
deixar a população na mão e, dessa forma, comprometer todo o trabalho
proposto. O parlamentar terá que se despir da prepotência, da arrogância
e ouvir com atenção todas as críticas. E ouvir não significa apenas
escutar. Pressupõe aceitação.
Disque-Câmara...
...e não disque-pizza. É engraçado a analogia, mas cabe o registro. Se
os vereadores não se comprometerem com a Ouvidoria Parlamentar, todo o
processo estará comprometido e vira uma pizzaria mesmo.
Como participar
Quando nos propomos a análises efetivas sobre qualquer situação, é
preciso que haja participação direta nessa situação. No caso da
Ouvidoria, sobre a qual discorri acima, trata-se de um processo de
entendimento, de busca pela melhoria – e espera-se que não se transforme
em utopia – da atuação do vereador. Assim, seguem os contatos.
Telefone: 0800774-7509; e-mail: ouvidoria@camaralimeira.sp.gov.br;
carta: Rua Pedro Zaccaria, 70, Jd. Nova Itália – CEP 14.484-350. Ou
pessoalmente. Horário de funcionamento das 8h às 18h.
De ponta-cabeça
A conta no Twitter do prefeito Paulo Hadich (PSB), exibiu foto de
atendimento à população, veiculada de cabeça para baixo. A mesma foto,
no Facebook de Hadich estava correta. Alertada, a assessoria do prefeito
informou que foi um problema na edição. A foto foi exibida por volta
das 9h30 e lá permaneceu por mais de uma hora. Após o alerta foi
retirada para correção. Os mais críticos chegaram ironizar a postagem.
Não passa nada.
Ferramenta útil
As redes sociais têm se mostrado ferramenta útil aos políticos, tanto
aos que exercem cargos nos poderes Executivo e Legislativo, como nas
campanhas eleitorais. No Judiciário, juízes e promotores – nem todos -
também mantêm perfis no Twitter como no Facebook. Forma rápida de se
chegar à opinião pública. E sem restrição da legislação eleitoral.
Pergunta rápida
Será que o cidadão, o eleitor, vai efetivamente participar junto a Ouvidoria Parlamentar?
Agora é cumprir
Semana agitada, a que passou, também na política nacional por conta do
mensalão e seus condenados. O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou na
quinta-feira, véspera do feriado da República, a decisão que determina a
prisão imediata dos condenados. José Dirceu, João Paulo Cunha, José
Genoíno e o empresário Marcos Valério já se entregaram a Polícia
Federal. No final da noite de sexta-feira, os demais, cujos mandados
foram expedidos, também se apresentaram à PF em seus estados.
E um procurado
Esta nota foi acrescida hoje, só nesta versão da coluna. O ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que deveria se entregar junto como demais, agora é consiedrado foragido. Quando do fechamento desta coluna ainda não havia nenhuma notícia sobre sua fuga. Agora é com a Interpol. E se Cacciola e PC Farias foram presos, esse também o será. Em breve. Assinou a própria confissão de culpa.
E um procurado
Esta nota foi acrescida hoje, só nesta versão da coluna. O ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que deveria se entregar junto como demais, agora é consiedrado foragido. Quando do fechamento desta coluna ainda não havia nenhuma notícia sobre sua fuga. Agora é com a Interpol. E se Cacciola e PC Farias foram presos, esse também o será. Em breve. Assinou a própria confissão de culpa.
Nota curtíssima
Qualquer brecha legal ou política, a partir de agora, é danosa e deve ser evitada.
Pedras e vidraças
Daqui para frente é preciso ficar de olho bem aberto, para que as
condenações e prisões tenham efeito real sobre essa odiosa prática, que
atinge todos os níveis das administrações públicas. E não escolhe
partido ou ideologia. Ninguém pode atirar a primeira pedra, pois todos
são vidraças. Ainda tem o mensalão do PSDB mineiro e o propinoduto dos
trilhos, do tucanato paulista, que merecem igual destino. Se a Justiça
usar a balança do equilíbrio...
Frase da semana
“Político bom é político vigiado". Do presidente da Câmara de Limeira,
vereador Ronei Martins (PT), durante o lançamento da Ouvidoria
Parlamentar, na semana que passou. Na quarta-feira, 13. Na Gazeta de
Limeira.
0 comentários:
Postar um comentário