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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Não acabou. 2012, quase. Triste aprendizado

Pois é. O mundo não acabou no dia 21, conforme previsão do calendário maia, mas 2012 vai, aos tropeções, encaminhando-se para o seu final. E fecha um ano contemplado, como sempre, com boas e más notícias; com catástrofes, tragédias e perdas irreparáveis. Pessoais e globais. Para todos. Vitórias fantásticas para alguns e derrotas inacreditáveis para outros. Assim é a vida, mas sempre sobra tempo para muita coisa, pois somos seres incompletos e sempre carentes de informações e novas lições, que não se ensinam nos bancos escolares, mas se aprendem na batalha do dia a dia. Foi, sobretudo, o ano do fim da impunidade para corruptos e corruptores. Para quem jamais imaginaria ser pego com a boca na botija, agora vai tomar água de canequinha. A grande lição - meio que aos trancos e barrancos - dada pelo Supremo Tribunal Federal, que pode, daqui para frente, servir como ponto de equilíbrio e de atenção a quem pensa o contrário.
Para Limeira, 2012 se fecha com o símbolo do imponderável. Aquilo que parecia ser, confirmou-se e quase oito anos da política local foram jogados no ralo da corrupção, da improbidade e do desrespeito para com o cidadão. Um cidadão, entretanto, que reagiu com dignidade e razão e soube dar uma resposta à altura e mostrou o caminho das pedras a incrédulos e relutantes serviçais do poder público. Um atalho importante, suavizado posteriormente com um fato histórico e inédito para os limeirenses: a cassação do prefeito Silvio Félix da Silva (PDT), por uma Câmara que, até os últimos momentos sinalizava que não daria esse retorno à população, que esteve em todos os momentos, a partir do afastamento do então prefeito, com presença garantida nos trabalhos de investigação, sempre clamando por dignidade, honra e, acima de tudo, transparência. Principalmente ao dinheiro e patrimônio públicos.
É certo que três ou quarto vereadores saltaram do barco de última hora, enquanto ia a pique, não querendo compartilhar do naufrágio. E o capitão e alguns de seus vassalos afundaram literalmente. Os retardatários, por consequência, acabaram sendo levados pela correnteza da mobilização popular, expressa pelos resultados das urnas em outubro. Outra lição clara e com muitos recados. Principalmente aos apressados, que dão por certo o ovo, antes de a galinha cantar. E foi com lição sobre lição, que 2012 transcorreu e agora chega a seus últimos dias, abrindo novas portas e oportunidades para a mudança. Afinal das contas, é preciso respeitar a vontade das urnas, que é soberana, sem perder a esperança na Justiça, que ao que tudo indica, a partir de agora, vai dar a última palavra àqueles, que ainda simulam indiferança, perante uma realidade irreversível. O ano de 2012 foi, para eliminar qualquer dúvida ainda restante, o ano que vai representar uma virada na história. De Limeira e do Brasil. O mundo pode não ter acabado, ainda. Espera-se, entretanto, que a impunidade tenha encontrado seu carrasco.   

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