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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

E se o mundo não acabar no dia 21...

Muitos municípios brasileiros estão prestes ao troca-troca (ou não) político-administrativo com a posse dos prefeitos eleitos, que ocorrerá no primeiro dia do ano novo. Boa parte deles reconduziram seus comandantes, outras elegeram sucessores da própria situação e, parte não menos importante fez a opção pela metamorfose, do ponto de vista ideológico e de lideranças. Giros completos em torno da própria circunferência, para dar uma resposta simples e objetiva: está na hora de experimentar o novo. De dar vez e voz ao outro lado de uma mesma moeda, porém, com valores totalmente diferentes. Foi dada a largada para a temporada de mudanças, que fizeram com que os eleitores acreditassem na proposta vencedora. Agora, cabe uma resposta a todas essas esperanças.
Limeira foi uma das cidades que optaram pelo encerramento de um ciclo, de longa data conservador, para levar ao poder dois partidos de força ideológica mais à equerda de tudo o que se viu até hoje. Se é que hoje se pode fazer uma análise dessa natureza, enquanto se observa transformações de perfis a toda hora, sem levar em conta a própria história partidária e o que ela representa - ou representou - até o momento. Assumem, a partir do dia primeiro de janeiro de 2013, dois neófitos da política local (embora com experiências e militância partidária) nos cargos de prefeito e vice, por uma coligação até há algum tempo impensada para os padrões políticos do próprio Município.
Por que neóficos, se ambos têm essa militância e, no caso do prefeito eleito, Paulo Haich (PSB), um primeiro mandato de vereador no currículo? É simples, porque tanto Hadich, como seu vice, o petista Antonio Carlos Lima, são novidade (e novatos) nas novas funções que assumirão e, principalmente, poderão dar - pelo menos é o que se espera, pelo próprio simbolismo dessa mudança de direção - uma nova cara ao Poder Executivo limeirense. E ao derrotarem o conservadorismo e a mesmice política, representadas pelos três outros candidatos, é preciso que tenham coragem para assumir esse papel e garantir que todas as expectativas, nunca experimentadas por Limeira, não sejam, pós-posse, uma vaga lembrança de um sonho acalentado.
Só ao analisar o próprio perfil do eleitorado limeirense fica clara a busca e a opção por alternativas, que possam dar continuidade às boas iniciativas e, ao mesmo tempo jogar uma pá de cal no que se viu de ruim acontecer por aqui até o momento. Se corresponderão aos anseios demonstrados nos resultados das urnas, é uma outra questão. Mesmo porque é comum, na história política brasileira, o novo se tornar velho já nos primeiros dias do seu nascimento. É contra isso que devem lutar, prefeito e vice, para que não se tornem, também eles, mais uma mesmice no cenário político de Limeira. Condições para isso ambos têm. Resta saber se terão vontade para tanto.

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