Uma nova (velha) polêmica - e um "retrocesso desnecessário", como ponderou Roberto Lucato, em seu artigo Ponto Um, da quinta-feira - envolve o bispo dom Vilson Dias de Oliveira e a comunidade católica, com as transferências de padres de algumas paróquias da Diocese. Tanto aqui em Limeira, como para outros municípios sob sua jurisdição. Como bem comentou o padre Alquermes, um dos alvos preferenciais e o que mais incomodou os paroquianos desde sua transferência da Catedral, não são essas transferências que são contestadas, mas o método empregado nesse processo e as próprias comunidades atingidas pelas ações do bispo. E como estamos num País laico, tanto o próprio dom Vilson como toda a Diocese devem estar preparados para as contestações e críticas, e vivem, agora, um novo bombardeio da mídia, que não pretende interferir - e nem tem poder e competência para isso - na hierarquia do clero, mas fazer valer a voz daqueles que estão descontentes. Como esperar envolvimento da comunidade se não se dá tempo aos próprios padres solidificarem seus trabalhos comunitários?
Os outros alvos
Essa polêmica, na realidade, nem envolve o entrevero entre o bispo e o padre Alquermes, por ele ter aceitado o cargo de secretário do Meio Ambiente, na futura gestão de Paulo Hadich (PSB). Envolve, sim as novas transferências feitas, que acertaram novamente alvos errados e geraram descontentamento entre os fiéis das paróquias comandadas pelos padres Valdinei e Ismael, muito queridos por suas comunidades.
Censurar jamais
Espera-se, pelo menos desta vez, que as críticas e essas contestações sejam assimiladas, sem que haja tentativa por parte da Diocese de censurar jornalistas, com ações judiciais que envolvem um dos preceitos básicos da Constituição: a liberdade de imprensa. E não há - e nunca houve - desde a primeira vez, ofensas morais, difamação ou injúria, para tipificar crimes de imprensa, motivadores de qualquer ação judicial.
Muito a debater
Esse tema, é certo, não vai sair tão já dos debates. Seja através da mídia ou internamente dentro das próprias instituições envolvidas. E tem que ser uma discussão produtiva e prática. Característica das boas práticas de convivência, dentro da pluralidade de opiniões. Sem unilateralidade.
Quando se erra
Uma das principais características do ser humano é a humildade. Não há por que temer os erros e nem mesmo procurar a infalibilidade, como obrigação. Somos passíveis de nossas próprias falhas. E nada melhor que o tempo para corrigi-las, porém, nunca deixaremos de as cometer, nesse processo contínuo de aprendizado. Quem "não erra" é porque não quer aprender.
As forças ocultas
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público (MP) e a Prefeitura de Limeira, estipulando prazo para duplicação da Limeira-Cordeirópolis é, sem dúvida, muito positivo e beneficia todos. Limeirenses e cordeiropolenses na sua maioria, que se utilizam da via diariamente. Até há pouco tempo, o ex-secretário de Obras, Celso José Gonçalves, garantia que a obra era difícil, porque dependia de Cordeirópolis também e de proprietários de terra das margens da pista. Eram evidentes a falta de interesse e a vontade política de trabalhar na obra. Pergunta-se, então, por que agora pode? Há muito mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia, disse, certa vez, Hamlet, personagem de William Shakespeare.
Então, mãos à obra
O prazo para melhorias de segurança, que consta do TAC é de oito meses. Se existe uma arrecadação na praça do pedágio municipal, que não é de se desprezar, então o mínimo que se pode fazer é investir na melhoria das próprias condições da pista. Mais uma herança do governo Silvio Félix (PDT), que foi empurrada com a barriga, enquanto a propaganda corria solta, com obras como a torre do Morro Azul (abortada) e o moinho alemão, um monumento - pelo menos da forma como está - de muito mau gosto e que expõe Limeira de forma negativa. Além, é evidente, dos globos nas rotatórias. Será que um dia tais gastos serão explicados?
E se souber usar
Quem terá de se preocupar com a obra e cumprimento do TAC, entretanto, é o prefeito que assume, Paulo Hadich (PSB). Obra que deve entrar para o portfólio de Hadich de forma positiva e como mote publicitário de peso. Triste é saber que uma obra importante e necessária precise da intervenção do MP.
Pergunta rápida
Será que alguém acreditou mesmo, que o mundo iria acabar?
Que venha 2013
Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer a todos os leitores desta coluna, para desejar um feliz Natal a todos. Boas-festas e muita reflexão.
Nota curtíssima
Vai longe o embate jurídico entre o eleito Paulo Hadich e o derrotado Quintal.
Ainda não é hora
O ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470, o mensalão, e presidente do STF, rejeitou o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), para prisão imediata dos condenados no processo. Dirceu e Cia, com certeza, agradecem.
Frase da semana
"Mais uma vez, aquele que deveria usar o seu cajado para conduzir usa para punir". Do padre Alquermes Valvasori, após desentendimento com o bispo dom Vilson Dias de Oliveira, sobre ocupar cargo de secretário na Prefeitura de Limeira. Quinta-feira, 20, na Gazeta.
domingo, 23 de dezembro de 2012
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